Tag: #catsorriso

  • Mato Grosso sedia evento gratuito que mostra a contribuição das abelhas para o aumento da produtividade da soja

    Mato Grosso sedia evento gratuito que mostra a contribuição das abelhas para o aumento da produtividade da soja

    Trata-se de uma relação em que duas atividades — a agricultura e a apicultura — ganham em produção e em sustentabilidade. Dados e estudos sobre essa interação serão apresentados durante o workshop gratuito “O Agro e as Abelhas”, no município de Sorriso (MT). O evento, que será realizado no dia 8 de maio, reunirá produtores, estudantes, pesquisadores e representantes de entidades no campus do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) de Sorriso. A organização é conjunta entre o IFMT e o Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso).

    Com foco nos ganhos econômicos e ambientais, o encontro terá como um dos destaques a palestra do engenheiro agrônomo e pesquisador da Embrapa Soja, Dr. Décio Luiz Gazzoni. Ele apresentará os resultados de estudos que comprovam que a presença de abelhas nas lavouras pode aumentar, em média, 15% a produtividade da soja, sem alterar os custos de produção.

    “A presença de abelhas no entorno das lavouras aumenta a produtividade da soja. Há estudos que mostram ganhos de, no mínimo, 10%, e outras pesquisas apontam até 30%, dependendo de fatores como clima, manejo e localização das lavouras. E é importante destacar que esse acréscimo representa uma renda líquida ao produtor, já que não exige mudanças no sistema nem aumento de custos”, explica Gazzoni. O pesquisador ressalta ainda que a atividade apícola também é beneficiada pela proximidade dos cultivos de soja. “Há uma maior produção de mel, sim. Durante a floração da soja, é possível colher entre 40 e 60 kg de mel por caixa. Isso é o dobro ou até o triplo da média nacional.”

    Maior produção, mais sustentabilidade

    A associação dos fatores econômicos com a preservação será um dos temas abordados pelo engenheiro agrônomo e embaixador do Clube Amigos da Terra, Xico Graziano. Ele fará a abertura oficial do workshop “O Agro e as Abelhas” com uma palestra que traz reflexões sobre o futuro do agro no Brasil.

    “Vou mostrar que a agropecuária brasileira está caminhando firmemente para uma produção sustentável e responsável. A integração entre a soja e a apicultura é um exemplo claro disso: uma relação de ganha-ganha entre produção e preservação”, afirma Xico Graziano.

    “Precisamos também aproximar a nova geração do campo, mostrando que o agro moderno é tecnológico, produtivo e aliado do meio ambiente.”

    O workshop “O Agro e as Abelhas” será uma oportunidade única para os participantes entenderem como a ciência e a cooperação entre diferentes áreas podem transformar o campo e gerar benefícios econômicos e ambientais para toda a região. Com mais de 3,5 milhões de hectares cultivados no médio-norte de Mato Grosso, o potencial de integração produtiva entre lavouras e polinizadores é enorme, representando uma nova fronteira para o desenvolvimento rural sustentável.

    O evento, realizado pelo CAT Sorriso e pelo IFMT, conta com o apoio da Embrapa, Prefeitura de Sorriso, Apis (Associação de Apicultores de Sorriso) e Cidesa (Consórcio Intermunicipal de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental Alto Teles Pires).

    As inscrições gratuitas podem ser feitas virtualmente, nos seguintes locais: www.catsorriso.org.br ou no link forms.gle/aizYGMV6mUVVWttE9

    SERVIÇO

    Evento: Workshop “O Agro e as Abelhas”

    Data e horário: 8 de maio de 2025 – das 7h às 17h30

    Local: Auditório do Instituto Federal de Mato Grosso, IFMT Sorriso

    Realização: Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) e IFMT Sorriso

    Informações: (66) 3544-3379

     

    PROGRAMAÇÃO COMPLETA – Workshop “O Agro e as Abelhas”

    7h00 – Credenciamento

    7h30 – Boas-vindas

    7h45 – O Agro Sustentável, com Xico Graziano (Eng. Agrônomo – SP)

    8h00 – O Agro e as Abelhas, com Dr. Décio Gazzoni (Pesquisador Embrapa Soja – Londrina, PR)

    Comentário: Dra. Jerusa Rech (Aprosoja MT)

    9h30 – Intervalo

    9h50 – Experiências de Integração entre Apicultura e Sojicultura, com Murilo Teixeira Gonçalves (Eng. Agrônomo e Produtor Rural – RS) e Aldo Machado (Produtor Rural – RS)

    Comentário: Leonardo Marcelino (Grupo Gemmi)

    11h30 – Intervalo para almoço

    Atividade: Visitação à exposição de produtos

    13h30 – Ecologia das Abelhas em MT, com Dr. Cristiano Martinotto (IFMT – Campus São Vicente)

    Comentários:

    Ms. Kárita Lira (IFMT – Sorriso)
    Júlio Junior Belinki (Empaer – MT)
    15h00 – Visita Técnica

    Local: Propriedade Mundo Verde, do produtor Leônides da Rosa

    17h30 – Encerramento

  • CAT Sorriso incentiva o Plantio Direto na Palha como prática sustentável de produção

    CAT Sorriso incentiva o Plantio Direto na Palha como prática sustentável de produção

    O Dia Nacional do Plantio Direto, celebrado em 23 de outubro, é celebrado anualmente no Brasil, por intermédio de exposições, seminários, aulas, palestras e outros eventos ou ações que contribuam para a divulgação dos princípios do plantio direto, que contribuam para a universalização da prática. A data da comemoração em todo o território nacional foi instituída por meio da Lei 14.609, em 20 de junho de 2023.

    Como surgiu o Plantio Direto

    Mas o plantio direto começou a ser praticado no Brasil há muitos anos, ainda no início da década de 1970, como uma alternativa para combater a erosão. O pioneiro do Sistema do Plantio Direto no Brasil foi o agricultor Herbert Bartz, de Rolândia, no Paraná. O produtor teve sua história contada em um livro: “O Brasil possível: a biografia de Herbert Bartz”. Ele, que apresentou seu primeiro experimento no ano de 1972, faleceu em janeiro de 2021, deixando um grande legado para o agronegócio brasileiro.

    A utilização do Sistema do Plantio Direto corresponde hoje a cerca de 90% das áreas ocupadas com lavouras de grãos no País. Segundo a Federação Brasileira do Sistema Plantio Direto (FEBRAPDP): “Bartz ficou conhecido como o “alemão louco de Rolândia” que plantava no meio do mato (em meio a plantas daninhas) para não perder seu solo para a erosão. Ele conseguiu quebrar todos os paradigmas da época e iniciou uma revolução única no mundo que se iniciou entre agricultores e foi contaminando e unindo pesquisadores, técnicos, profissionais e empresas do setor agrícola”.

    O Plantio Direto foi introduzido no Brasil há mais de 50 anos, como um exemplo de boas práticas na agricultura. Porém, a técnica evoluiu para o Sistema de Plantio Direto, que abrange uma amplitude maior, pelo fato de envolver outros princípios, conforme explica o presidente da Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto, Jônadan Ma:  “O Sistema do Plantio Direto, ele preconiza rotação de culturas diferenciadas dentro do mesmo ciclo de produção. O segundo preceito fundamental do princípio do Sistema de Plantio Direto é uma cobertura permanente do solo, o solo está sempre coberto, seja com plantas vivas e verdes, ou, pelo menos com palhada, que é o resto de cultura. E o terceiro é o mínimo revolvimento do solo, isto é, que o revolvimento do solo esteja localizado apenas no sulco do plantio da semeadeira ou plantadeira, evitar ao máximo o uso de grades, arados, escarificadores e subsoladores”.

    Segundo Jônadan Ma, apesar de o Plantio Direto ser amplamente utilizado em Mato Grosso, por cerca de 90% dos produtores, o Sistema de Plantio Direto em si, ainda é praticado por um percentual pequeno no estado, em cerca de 15% das propriedades. Por isso desde a sua criação, em 2002, a Associação Clube Amigos da Terra (CAT) defende o uso do Sistema do Plantio Direto junto aos produtores associados, sediando encontros e seminários para debater e trazer novidades sobre o tema.

    Técnica do Plantio Direto visa a recuperação do solo

    A técnica do plantio direto, na qual a semeadura é feita com a abertura de sulcos no solo e a inclusão de fertilizantes, sem o revolvimento da terra, elimina a necessidade de aração e gradagem do solo, que eram comuns a cada ciclo, mantendo-se uma cobertura de palhada.

    O Sistema do Plantio Direto visa a redução da erosão do solo, com a melhoria das condições físicas e de fertilidade da terra, o que proporciona o aumento do teor de matéria orgânica no solo, o volume de nutrientes e a agua armazenada, bem como a redução no consumo de combustíveis com a manutenção da produtividade das culturas. Tudo isso contribui para a promoção da sustentabilidade na produção agrícola, com o mínimo de impactos ambientais nas propriedades.  Além disso, proporciona a redução dos custos de produção e maior rentabilidade ao produtor.

    CAT Sorriso defende o Plantio Direto desde sua criação

    O CAT é uma associação sem fins político-partidários, religiosos ou lucrativos, que reúne produtores rurais e defende o desenvolvimento agrícola e tecnológico, em harmonia com o meio ambiente, incentivando práticas sustentáveis e redução dos impactos ambientais. Dentre as boas práticas agrícolas defendidas pelo CAT está o Sistema do Plantio Direto na Palha.

    Implantada no ano de 2002, a Associação Clube Amigos da Terra (CAT Sorriso) traz entre as finalidades no Estatuto Social da entidade, promover entre os associados, a troca de experiências e informações, treinamentos e aprimoramentos técnicos com o objetivo de estimular e orientar sobre o Sistema de Plantio Direto e outras técnicas destinadas à conservação do solo em suas propriedades. Também está entre as finalidades do CAT desenvolver e executar projetos de conscientização sobre a preservação ambiental, defesa e conservação dos recursos naturais como um todo, especialmente o solo, a água e a biodiversidade, bem como a promoção do desenvolvimento sustentável. Em 2004 a entidade foi declarada de Utilidade Pública.

    O presidente de honra e co-fundador da Associação Clube Amigos da Terra, Darcy Getúlio Ferrarin disse que conheceu a prática do Plantio Direto ainda quando fazia parte do Clube da Minhoca na região Sul do País, buscou mais conhecimentos e aperfeiçoamento sobre a técnica e trouxe a ideia para os produtores rurais de Sorriso. A partir daí surgiu a ideia da criação do CAT Sorriso.

    “Tudo começou ainda lá no Sul, com uma entidade que tinha os mesmos objetivos do CAT, era o chamado “Clube da Minhoca”. Aqui em Sorriso, no final de um evento, nos reunimos eu, o Farid, o Alfeo Augusto Trecenti e eu falei desse trabalho lá do Sul, que também tinha esse objetivo que era de implantar o Sistema de Plantio Direto. Notamos que tínhamos que fazer alguma coisa. Aqui era uma região de transição da pecuária para o plantio de grãos. E para evitar o empobrecimento do solo, erosões e outros problemas provocados pelo plantio convencional, com a aragem e gradeamento, que podem provocar um processo de erosão e desertificação do solo. Nós precisávamos conscientizar os produtores sobre os benefícios do plantio feito direto na palhada, que permite a infiltração da água, mantendo a umidade e os nutrientes e melhorando a qualidade do solo. Com esse objetivo juntamos um grupo de produtores e outras pessoas interessadas na produção com sustentabilidade e assim criamos o CAT. ”, lembrou Darcy Ferrarin.

    Outra pessoa que contribuiu para a implantação do CAT Sorriso foi o engenheiro agrônomo, Farid Tenório Santos, que na época da criação da associação, representava a Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente. Farid relembrou como foram primeiras tratativas para a criação do CAT Sorriso. “Nós buscamos primeiramente a realização de um encontro nacional que trouxesse para o produtor informações sobre medidas, orientações sobre conservação e preservação do solo. Fui representar Sorriso em Uberlândia, com a proposta de realizar um encontro técnico nacional que trouxesse essas informações sobre o uso da tecnologia do Plantio Direto no Cerrado ou Plantio Direto na Palha. Ficou determinada a realização desse encontro nacional em Sorriso no ano de 2003. O município então foi um incentivador das entidades ligadas aos produtores, como o CAT e o Sindicato Rural para realizar este evento”.

    Um dos primeiros eventos do CAT logo após a sua implantação, foi o 7º Encontro Nacional de Plantio Direto no Cerrado, realizado em Sorriso – Capital Nacional do Agronegócio em 2003. O evento teve um grande engajamento de entidades e instituições do setor do agronegócio, contando com a participação de 2.800 pessoas inscritas, entre produtores rurais, estudantes, técnicos e engenheiros agrônomos e 72 palestrantes.

    O município de Sorriso também sediou em agosto de 2018 o 16º Encontro Nacional de Plantio Direto na Palha, considerado o maior evento brasileiro de discussão sobre Sistema Plantio Direto, promovido em parceria com a Federação Brasileira de Plantio Direto e Irrigação, a FEBRAPDP, com o Sindicato Rural de Sorriso e com o Sistema Famato.

    A programação contou com palestras, debates e painéis, além de apresentação de trabalhos científicos, com o objetivo de divulgar resultados de pesquisas realizadas na área do Sistema de Plantio Direto e contribuir para o aprimoramento do conhecimento científico e tecnológico, por meio de debates e informações sobre os avanços tecnológicos, aplicações, novos rumos das pesquisas na área do Sistema Plantio Direto.

    O evento contou com a participação de mais de 1.000 inscritos entre produtores rurais, estudantes, professores, técnicos, consultores, pesquisadores, empresários, agrônomos e outras pessoas interessadas na área do Sistema de Plantio Direto.

    Além disso, o CAT Sorriso também realiza eventos sobre Sistemas Produtivos e Integração Lavoura –Pecuária- Floresta, com o objetivo de divulgar resultados de pesquisas e informações sobre o aprimoramento de tecnologias voltadas para o desenvolvimento de sistemas produtivos sustentáveis, aliado a pecuária e floresta, a fim de aumentar a produtividade das culturas, a oferta de mão-de-obra qualificada e aumento da renda e qualidade de vida do produtor rural.

    Darcy Ferrarin comemora os resultados dessa conscientização do produtor rural de Sorriso e região: “Hoje o município de Sorriso planta cerca de 95% no sistema de Plantio Direto, com cobertura de solo e Integração Lavoura Pecuária Floresta”.

    Alfeo Trecenti, diretor Técnico do CAT Sorriso é um grande defensor do Sistema do Plantio Direto.
    O diretor técnico do CAT e pesquisador do Instituto Matogrossense do Algodão (IMA), Alfeo Trecenti, destacou que o município de Sorriso teve um ganho muito grande com a vinda desses eventos em nível nacional. “Conseguimos reunir na capital Nacional do Agronegócio os melhores pesquisadores do País. Somos referência na produção de grãos, especialmente de soja e milho e pudemos disponibilizar para o agricultor tudo de mais moderno em tecnologia de plantio no sentido de melhorar a produtividade utilizando as boas práticas agrícolas, mostrando que o agricultor produz e ao mesmo tempo preserva o meio ambiente”, disse o diretor.

    Alfeo diz que o CAT a cada ano busca novidades sobre o tema para trazer aos produtores “Estamos desde 2002, e 2003 com a realização do Sétimo Encontro que a gente trouxe sobre o Plantio Direto. Todo ano a gente faz atividades e estamos a cada ano evoluindo nessas ferramentas de redução de custos, melhoria de ambientes para as plantas, melhoria de todo sistema, conservação do solo, aumentando o índice de colheita e produtividade pela área”.

    O CAT Sorriso realiza anualmente eventos como encontros, workshops, dias de campo abordando os temas do Plantio Direto, Integração Lavoura Pecuária Floresta e Encontros de Sistemas Produtivos. Tudo isso para trazer aos produtores, técnicos, estudantes e engenheiros informações atualizadas sobre sistemas de produção sustentáveis, como ressalta o presidente da associação, Junior Ferrarin:

     “Sorriso é uma das maiores regiões produtoras de grãos do País e precisamos buscar o avanço constante na produção, não só para o aumento da produtividade nas lavouras, com a constante atualização e troca de informações, sobre inovações tecnológicas aplicadas ao plantio, controle de doenças e pragas, uso correto e seguro da aplicação de defensivos agrícolas, mas também oportunizar a todos informações sobre as boas práticas,  que visam a redução dos impactos da atividade agrícola, com a preservação dos recursos naturais, que são fundamentais para a manutenção da sustentabilidade da produção no campo”.

  • Curso de Produção de Mudas Nativas é realizado para incentivar produtores à prática da recuperação ambiental

    Curso de Produção de Mudas Nativas é realizado para incentivar produtores à prática da recuperação ambiental

    O “Curso Prático de Produção de Mudas Nativas” foi realizado nesse dia 11/09, no Viveiro de Mudas Nativas do Instituto Federal de Mato Grosso – IFMT Campus Sorriso. Durante o curso, desenvolvido por meio do projeto “Cultivando Vida Sustentável”, produtores da Agricultura Familiar e discentes do instituto puderam aprender desde a semeadura até o pós-plantio das mudas.

    Na oportunidade, os participantes puderam aprender técnicas práticas para produzir mudas de plantas nativas, essenciais para a preservação e recuperação dos ecossistemas.

    A iniciativa serviu para auxiliar produtores da agricultura familiar, que necessitam realizar projetos de restauração de áreas de Reserva Legal, e a capacitação é uma forma de incentivá-los à produção de suas próprias mudas e estimulá-los à prática da recuperação ambiental, pois com o desembargo ambiental do Assentamento Jonas Pinheiro, ocorrerá o aumento da demanda por reflorestamento ambiental.

    Foram repassadas as seguintes técnicas:

    Coleta e armazenamento de sementes;
    Quebra de dormência;
    Preparo de substrato;
    Semeadura;
    Cuidado com as mudas;
    Irrigação;
    Adubação;
    Controle de pragas e doenças;
    Rustificação;
    Transplante para o campo;
    Acompanhamento pós plantio

    Parceria de sucesso

    O IFMT – Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia é um grande parceiro do CAT Sorriso. O curso foi ministrado pelos professores Everton Almeida e Bruna Estela Valério. Foram trabalhados pelos instrutores, vários tópicos como coleta e armazenamento de sementes para a produção de muda, critérios de seleção das espécies: “Selecionar árvores matrizes de qualidade é essencial para garantir a produção de mudas vigorosas e geneticamente diversificadas”.

    Além disso, é importante fazer a observação e monitoramento das mudas, período de floração e frutificação para avaliar a produção de sementes, verificação de requisitos genéticos, quebra de dormência, condições adequadas de armazenamento de sementes, plantio, adubação e irrigação, entre outros.

    Durante o curso, também foi falado sobre um passo importante, que é o momento do transplante para o campo. Nesse estágio, é importante escolher corretamente o local, selecionar os locais que ofereçam as melhores condições para o desenvolvimento ideal de cada espécie, considerando fatores colo luz, solo e disponibilidade de água.

    O preparo do solo também é importante. Para fazer a abertura das covas, caso necessário, fazer a correção do solo com calcário ou adubação orgânica. E só aí realizar o plantio, preferencialmente no início da estação chuvosa, garantindo que as mudas tenham umidade suficiente para seu estabelecimento. E no caso de estiagem, é necessário fazer a irrigação para assegurar o crescimento das mudas.

    Para a Engenheira Florestal, Bruna Estela Valério que foi uma das instrutoras do curso, foi um momento muito proveitoso: “O curso de produção de mudas nativas foi altamente proveitoso, com uma rica troca de experiências entre os participantes. Foram apresentadas as principais técnicas utilizadas em nosso viveiro, destacando práticas de sucesso, métodos de manejo e técnicas otimizadas. Acredito que o curso atingiu um excelente nível de aproveitamento”.

    O professor Everton Almeida, que também ministrou o curso, resumiu como foi a realização e aproveitamento do curso: “Foi uma grande oportunidade para mostrarmos a estrutura do nosso viveiro, em parceria com o CAT e o Ministério Público, também foi uma oportunidade de nos aproximar, abrindo nosso espaço para a comunidade externa como pequenos produtores assentados do Jonas Pinheiro e participantes de outros setores da comunidade, inclusive de alunos do IFMT que puderam participar do nosso curso. Avalio de forma muito positiva. No curso pudemos passar um pouco da nossa experiência sobre a produção de mudas, abordando os principais aspectos da produção de mudas, desde os cuidados na hora da seleção das matrizes e na coleta das sementes e também cuidados no manejo com a escolha dos substratos, dos recipientes, a semeadura, irrigação, controle de pragas e doenças e todo manejo que envolve até a muda estar pronta para ir a campo. Foi feita uma troca de experiências bastante interessante, pois tivemos a presença de produtores rurais já experientes com o cultivo agrícola que enriqueceram o curso com as experiências deles”.