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  • Conab entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil a indígenas em insegurança alimentar em Mato Grosso

    Conab entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil a indígenas em insegurança alimentar em Mato Grosso

    Até sexta-feira (11), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) entrega mais de mil quilos de castanhas-do-brasil para auxiliar no combate à vulnerabilidade alimentar de famílias da etnia Xavante.

    O produto, comprado da Associação Indígena Abanatsa – AIABA, Terra Indígena da Aldeia Rikbaktsa, localizado no município de Cotriguaçu, em Mato Grosso, estava estocado na Unidade Armazenadora da Conab em Rondonópolis, para atendimento a demandas de segurança alimentar e nutricional.

    Adquirido por meio do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), na modalidade Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF), o alimento teve um investimento total no valor de aproximadamente R$ 24 mil, com recursos do Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS).

    Programa de Aquisição de Alimentos

    O PAA une o incentivo à produção das agricultoras e dos agricultores familiares ao fornecimento de alimentos a pessoas em situação de vulnerabilidade e insegurança alimentar. O Programa é coordenado pelo MDS, em parceria com os ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Fazenda, e executado pela Conab, além de estados e municípios.

    A modalidade Compra Direta é um instrumento do PAA que tem como objetivo a aquisição de alimentos da agricultura familiar, de forma específica e pontual, em operação aprovada pelo grupo gestor do programa, para disponibilizar alimentos para pessoas em situação de insegurança alimentar e nutricional.

  • Comunidade indígena Zoró inaugura fábrica de beneficiamento de Castanha do Brasil

    Comunidade indígena Zoró inaugura fábrica de beneficiamento de Castanha do Brasil

    A comunidade indígena extrativista Zoró, no município de Rondolândia, região Noroeste de Mato Grosso, está mostrando que é possível produzir em grande escala com sustentabilidade. Após coletar 70 toneladas de castanha do brasil e revender para uma indústria carioca, a comunidade está dando mais um passo importante em suas atividades. Em meados de março, deve inaugurar uma fábrica de beneficiamento de castanhas do Brasil, o que vai potencializar ainda mais a produção dos indígenas, trazendo mais renda e qualidade de vida à etnia.

    De acordo com Paulo Nunes, que é o coordenador geral do projeto Sentinelas da Floresta, da Associação de Desenvolvimento Rural de Juruena (ADEJUR), a fábrica terá 100 metros quadrados e contará com toda infraestrutura para que os indígenas beneficiem as castanhas que são coletadas em plena floresta amazônica, agregando ainda mais valor às amêndoas.

    A ADERJUR foi a proponente do projeto Sentinelas da Floresta, financiado pelo REM MT (do inglês, REDD para Pioneiro). O Programa aportou recursos na ordem de R$ 1,4 milhão, que servirá para construir a fábrica e custear outras ações – dentro do projeto – que irão beneficiar a comunidade.

    “A fábrica contará com equipamentos, como secador rotativo para castanha, autoclave, selecionador, quebrador de castanha automatizado e manual, balanças, embalador a vácuo e outros. E além da construção do prédio da fábrica e da compra de equipamentos, os recursos do projeto também serão destinados ao treinamento dos indígenas”, enfatiza Paulo.

    Produto mais valorizado

    Nunes explica ainda que os Zoró coletam a castanha de forma in natura e a comercializam para diferentes compradores. Mas, com a fábrica, esse processo será potencializado, valorizando a produção da comunidade.

    Para se ter uma ideia, só na última remessa de vendas, a Cooperativa de Produção do Povo Indígena Zoró (COOPERAPIZ) conseguiu um valor de R$ 500 mil pelas castanhas in natura, a partir da coleta de 70 toneladas do produto, referente a safra mais recente iniciada em dezembro e que terminará no final de maio.

    “Se a fábrica já estivesse funcionando esse valor de meio milhão subiria para, no mínimo, em R$ 800 mil, já que os Zoró iriam comercializar o produto beneficiado, ou seja, totalmente descascado,que acaba sendo a preferência das empresas especializadas nesse ramo”, destaca o coordenador da ADEJUR.

    Fortalecimento das cadeias produtivas

    A fábrica é apenas umas das metas do projeto apoiado pelo REM MT, que prevê em linhas gerais a estruturação e o fortalecimento das cadeias produtivas de valor da Castanha do Brasil e também do Babaçu na comunidade extrativista Zoró e em Juruena MT.

    Somado à instalação da fábrica, o Sentinelas da Floresta estipula ainda apoio aos Zoró para a gestão e acesso a comercialização para mercados institucionais e empresariais da castanha.

    “Esse apoio envolve 11 aldeias e 100 mulheres e homens na coleta, beneficiamento e comercialização em Rondolândia”, detalha o coordenador do projeto.

    Apoio financeiro

    Ao todo, o REM MT investe R$ 1,4 milhão no Sentinelas da Floresta, que faz parte da chamada de projetos 03/2020 do Subprograma Agricultura Familiar de Povos e Comunidades Tradicionais (AFPCTs) do Programa REM MT, e que serão investidos em quatro associações de base comunitária indígenas e de agricultores familiares da região Noroeste de Mato Grosso.