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  • Registre-se: Mato Grosso se prepara para realizar Semana Nacional de Registro Civil 2025

    Registre-se: Mato Grosso se prepara para realizar Semana Nacional de Registro Civil 2025

    A Corregedoria-Geral da Justiça de Mato Grosso se prepara para a realização da Semana Nacional de Registro Civil – Registre-se! 2025, que ocorrerá em todo o país de 12 a 16 de maio. A iniciativa, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), busca erradicar o sub-registro civil e ampliar o acesso à documentação básica para pessoas em situação de vulnerabilidade.

    Para organizar a ação, a Corregedoria Nacional de Justiça convocou as corregedorias estaduais para uma reunião online preparatória, realizada na tarde de terça-feira (25 de fevereiro). O corregedor-geral da Justiça de Mato Grosso, desembargador José Luiz Leite Lindote, e a juíza auxiliar da CGJ-TJMT, Myrian Pavan Schenkel, responsável pelos temas relacionados ao foro extrajudicial, participaram do encontro virtual.

    Os juízes auxiliares da Corregedoria Nacional de Justiça, Carolina Ranzolin Nerbass, Liz Rezende de Andrade e Fernando Chemin Cury, que atuam na área do extrajudicial, apresentaram diretrizes para a realização da Semana Nacional nos estados. Magistrados e servidores das justiças estaduais participantes do evento sugeriram estratégias para garantir a efetividade das ações em cada unidade da federação.

    A iniciativa faz parte de uma política nacional voltada à inclusão social por meio da documentação civil, garantindo o acesso a direitos essenciais, conforme os princípios do Provimento CNJ 140, de 22 de fevereiro de 2023.

    Registre-se em Mato Grosso

    Nas duas edições da campanha realizadas no Estado, foram promovidos mais de 1,4 mil atendimentos, abrangendo a população em situação de rua, ribeirinhos, pessoas privadas de liberdade, migrantes e indígenas, além da demanda espontânea. As ações ocorreram em Cuiabá e na Aldeia Pakuera, da etnia Bakairi, no município de Paranatinga, a 400 quilômetros da capital. Desses atendimentos, 755 foram emissões de certidões de registro civil e 404 solicitações de Carteira de Identidade Nacional.

  • Helena desbanca Miguel e se torna o nome mais popular de Mato Grosso em 2024

    Helena desbanca Miguel e se torna o nome mais popular de Mato Grosso em 2024

    Após quatro anos consecutivos na liderança, o nome Miguel perdeu o posto de nome mais popular entre em Mato Grosso. Em 2024, quem roubou a cena foi Helena, que com 592 registros, se tornou a escolha favorita das famílias mato-grossenses.

    A preferência por Helena marca um crescimento consistente da popularidade do nome nos últimos anos, tanto em Mato Grosso quanto no cenário nacional.

    O nome, que já foi tendência na década de 50, demonstra um retorno às raízes e uma busca por nomes clássicos e atemporais.

    Tendências e Influências

    O levantamento realizado pela Arpen-Brasil, entidade que reúne os Cartórios de Registro Civil do país, revela um panorama interessante sobre as escolhas dos pais mato-grossenses.

    A preferência por nomes curtos, de fácil pronúncia e com sonoridade agradável é uma característica marcante, com nomes como Gael, Ravi, Theo, Noah e Maite ganhando destaque.

    Essa busca por simplicidade se mescla com a tradição, com a utilização de nomenclaturas bíblicas, e com a originalidade, influenciada por personalidades do mundo digital e da cultura pop.

    Os nomes mais populares em Mato Grosso

    Os nomes mais populares em Mato Grosso em 2024 foram:

    1. Helena: Com 592 registros, Helena conquistou o primeiro lugar, demonstrando a preferência por nomes clássicos e atemporais.
    2. Miguel: Apesar de ter perdido a primeira posição, Miguel continua sendo uma escolha popular, com 530 registros.
    3. Cecília: Com 508 registros, Cecília se consolida como um nome feminino elegante e tradicional.
    4. Heitor: O nome Heitor, com 390 registros, demonstra a preferência por nomes fortes e com sonoridade marcante.
    5. Gael: De origem irlandesa, Gael (382 registros) reflete a influência de outras culturas nas escolhas dos pais mato-grossenses.
    6. Davi: Um nome bíblico com 363 registros, Davi continua sendo uma escolha popular entre os pais.
    7. Maria Cecília: A combinação de nomes, como Maria Cecília (359 registros), é uma tendência que permite personalizar a escolha.
    8. Aurora: Com 348 registros, Aurora representa a busca por nomes com significado e que remetem à natureza.
    9. Arthur: Um nome clássico e elegante, Arthur (338 registros) mantém sua popularidade.
    10. Ravi: De origem indiana, Ravi (334 registros) demonstra a abertura para nomes de diferentes culturas.

    O Significado do Nome

    “O nome é o que nos identifica, conta nossa história e estabelece nosso primeiro vínculo com o mundo”, destaca Velenice Dias, presidente da Anoreg/MT. A escolha de um nome é um momento especial para os pais, que buscam um nome que represente a identidade e a história de seus filhos.

    O Futuro dos Nomes

    As tendências em relação aos nomes de bebês estão em constante mudança, refletendo as transformações sociais e culturais. É possível que nos próximos anos novas tendências surjam, com a influência de diferentes culturas e a busca por nomes cada vez mais originais e personalizados.

  • Cartórios lançam autorização eletrônica para doação de órgãos

    Cartórios lançam autorização eletrônica para doação de órgãos

    Os cartórios de todo o país lançaram nesta terça-feira (2) um documento eletrônico que vai permitir a oficialização da vontade dos cidadãos que querem ser doadores de órgãos. A iniciativa foi anunciada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Colégio Notarial do Brasil, por meio da campanha Um Só Coração: Seja Vida na Vida de Alguém.

    A partir de agora, quem desejar se tornar doador de órgãos poderá preencher a Autorização Eletrônica de Doação de Órgãos (AEDO) em qualquer um dos 8,3 mil cartórios de notas do país. A emissão é gratuita.

    As autorizações ficarão disponíveis em um sistema eletrônico e poderão ser acessadas pelos profissionais de saúde para comprovar o desejo de quem faleceu.

    O cidadão poderá autorizar a doação dos seguintes órgãos: coração, pulmão, rins, intestino, fígado, pâncreas, medula, pele e músculo esquelético.

    Quem se interessar pela autorização eletrônica pode acessar o site da AEDO e preencher um formulário eletrônico, que será enviado ao cartório selecionado no momento do acesso. A seguir, uma data será agendada pelo cartório para a realização de uma videoconferência, na qual o cidadão será identificado e deverá assinar o documento eletronicamente.

    Após a tramitação do pedido, o documento ficará armazenado no Sistema Nacional de Transplantes e poderá ser acessado no momento do óbito do doador.

    A ministra da Saúde, Nísia Trindade, participou do evento de lançamento da campanha. Para a ministra, a iniciativa vai favorecer a doação de órgãos no Brasil. Segundo Nísia, as doações de órgãos possibilitaram 9.2 mil transplantes no país, em 2023. O número representa aumento de 13% em relação ao ano de 2022.

    “Tenho certeza de que nós vamos contribuir muito para que o número de doadores aumente. Muitas vidas são salvas com a nossa doação individual. Sou uma entusiasta da doação de órgãos, da doação de sangue. O Brasil é uma referência nesse sentido”, concluiu.

    Edição: Aline Leal

    — news —

  • Avanço da inteligência artificial gera busca por proteção de direitos

    Avanço da inteligência artificial gera busca por proteção de direitos

    Desde a pandemia da covid-19, têm se tornado cada vez mais frequentes nos cartórios de notas do Brasil registros de diretivas antecipadas de vontade (DAVs) feitas por pessoas que desejam proteger sua imagem e voz, diante do avanço da inteligência artificial (IA).

    Segundo disse à Agência Brasil a vice-presidente do Colégio Notarial do Brasil seção Rio de Janeiro, Edyanne de Moura Frota Cordeiro, tabeliã titular do 7º Ofício de Notas, os tabelionatos já registraram cerca de 5 mil DAVs em todo o país, nos últimos três anos. No estado do Rio de Janeiro, foram 107 escrituras sobre direitos digitais, sendo 31 somente nos primeiros semestre deste ano. O maior número de registros se concentra nas regiões Sudeste e Sul, informou.

    O assunto ganhou destaque recentemente após a aparição da cantora Elis Regina em um comercial da Volkswagen, cuja imagem foi reconstituída a partir de inteligência artificial. Elis Regina morreu em 1982.

    Caso semelhante ocorreu com o ator americano Paul Walker, que faleceu em um desastre de carro, em 2013, no meio das filmagens do filme Velozes e Furiosos 7. Para concluir o longa-metragem, foi utilizada tecnologia de computação gráfica (CGI, na sigla em inglês).

    Na tecnologia, as imagens geradas por computadortêm três dimensões e profundidade de campo.A cantora Madonna também alterou seu testamento,proibindo o uso de hologramas após sua morte.Tais fatos despertaram a atenção da sociedadepara as escrituras sobre direitos digitais.

    A tabeliã lembrou que, em paralelo ao desenvolvimento da mídia e ao aparecimento de influencer sem plataformas digitais, a IA vem sendo cada vez mais aprimorada “e, hoje em dia, se pode fazer várias coisas com a voz da pessoa e imagem, mesmo pós-mortem. Por isso, ela destacou anecessidade de se regular as relações jurídicas.

    Instrumentos

    De acordo com Edyanne,os instrumentos vão se diferenciar. No caso de uma pessoa que quer ter suas obras perpetuadas depois de morta, comoletrasde música, imagens, voz, por exemplo, ou mesmo partilha de bens, o instrumento adequado seria o testamento, que só terá eficácia depois que a pessoa morrer.

    Contudo, se for uma preocupação em vida, o instrumento são as DAVs. Isso se aplica a pessoas vivas que desejam preservar os direitos de voz ou imagem em caso de algum acontecimento inesperado, como problema de saúde, acidentes, situação de hospitalização sem discernimento ou coma. Nesses casos, a pessoa pode fazer uma diretiva para proteger tanto senhas de acesso, códigos de redes sociais, ativos, mas também regular o que vai ser feito com sua imagem e voz, caso ela esteja impossibilitada de manifestar a sua vontade. Esse é um instrumento novo que poucas pessoas sabem que existe, afirmou. “Nós temos esses dois tipos de documentos de escrituras notariais.”

    Ética

    Os direitos digitais são objeto do Projeto de Lei 3.592/2023, de autoria do senador Rodrigo Cunha (Podemos/AL), que busca disciplinar e estabelecer regras para a utilização das imagens e recursos digitais, principalmente no caso de pessoas já falecidas. “Porque a pessoa viva ainda tem como se defender”, advertiu a vice-presidente do CNB/RJ.

    De acordo com o PL, o uso da imagem de uma pessoa falecida por meio de inteligência artificial só será permitido com o consentimento prévio e expresso da pessoa em vida ou dos familiares mais próximos. A proposta ainda determina que a permissão deve ser obtida e apresentada de forma clara, inequívoca e devidamente documentada, especificando os objetivos a serem alcançados com o uso deimagens eáudios.

    Edyanne Cordeiro avaliou que a questão de bioética é muito recente e não está ainda regulada.“Tudo surgindo agora, tanto no que se refere à sucessão e ao que for usado depois da morte, reunidos na chamada herança digital, como aos direitos da personalidade, porque a pessoa está viva”. São direitos existenciais, constitucionais. “Têm muitos liamesporque, se a pessoa não deu autorização e terceiros forem usar, isso vai gerar muita demanda de ações de indenização por danos morais e, até, danos materiais, porque pode-se manchar a imagem da pessoa e ela acabar perdendo direitos.”.

    A tabeliãalertou que herdeiros, inclusive, podem ser vítimas de uso indevido de imagem e voz de parentes e deverão pedir indenização.

    Plataforma

    Para realizar uma DAV,a pessoainteressadadeve comparecer em um cartório de notas com documentos pessoais ou fazer o procedimento em plataforma digital nacional,administrada pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil.

    No formato eletrônico,o cidadão escolhe o cartório de notas de sua preferência para solicitar o serviço.Em seguida, é agendada uma videoconferência com o tabelião de notas e a escritura é assinada eletronicamente, por meio de um certificado digital gratuito que pode ser emitido pela mesma plataforma.Embora gratuito, esse certificado vai servir somente para questões de cartório.

    SegundoEdyanne, a antecipação de vontade é muito simples e não necessita de testemunhas, nem de acompanhamento por advogado. “ADAV é para se precaver em vida”, ressaltou. A tabela dos cartórios de notas para fazer uma DAV estabelece custo médio em torno de R$ 300, no estado do Rio de Janeiro. Dependendo do que for inserido na diretiva, o preço pode subir. Para testamentos, o valor tende a ser maior.

    O testamento público é o documento pelo qual uma pessoa, denominada testador, declara como e para quem deseja deixar seus bens após sua morte. Para realizar o ato, é necessária a presença de duas testemunhas que não podem ser herdeiras ou beneficiadas pelo testamento, além dos documentos de identidade de todas as partes, requerentes e testemunhas. A presença de um advogado é opcional. O documento pode ser alterado e revogado enquanto o testador viver e estiver lúcido, e terá validade e publicidade somente após a sua morte.

    Tabelionatos

    O Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio de Janeiro é a entidade de classe que representa institucionalmente os tabelionatos de notas do estado. As seccionais dos colégios notariais de cada estado estão reunidas em um Conselho Federal (CNB/CF), que é filiado à União Internacional do Notariado (UINL).

    A entidade não governamental reúne 88 países e representa o notariado mundial existente em mais de 100 nações, correspondentes a dois terços da população global e 60% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial, praticando atos que conferem publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos negócios jurídicos pessoais e patrimoniais, contribuindo para a desjudicialização.

    Edição: Maria Claudia

  • Polícia interdita falso cartório de notas que funcionava no Rio

    Polícia interdita falso cartório de notas que funcionava no Rio

    A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu ontem (21) quatro pessoas pelo crime de falsificação de selo ou sinal público. Elas atuavam, direta e indiretamente, em um cartório de notas que funcionava de forma irregular, em Pedra de Guaratiba, zona oeste da capital, interditado pelos agentes da Delegacia de Defraudações.

    O cartório Carioca FSP – Serviços Cartoriais informava no letreiro que fornecia soluções e facilidades. Ele funcionava no centro de Pedra de Guaratiba, na Estrada da Matriz, com letreiro grande, induzindo as pessoas ao erro. O falso cartório estava instalado há quase um ano no local.

    Durante o monitoramento, a equipe abordou um homem que saiu do falso cartório com um documento que possuía um selo de autenticação, com logomarcas de cartório de ofício.

    Após buscas, os policiais encontraram selos de autenticação verdadeiros e já assinados por escreventes do 33º Ofício de Notas, no bairro de Campo Grande, também na zona oeste, além de documentos autenticados. A notícia inicial era de que os selos seriam falsos, mas foi verificado que eram verdadeiros, comprovando-se, assim, o desvio do cartório para a atividade ilegal.

    Dois dos presos eram responsáveis pelo falso cartório e os outros dois eram escreventes do ofício de nota, que desviavam os selos.

    Após a ação dos policiais, os autores foram levados à sede da especializada, onde foram formalizados os autos de prisão em flagrante.

    “No decorrer da diligência, descobrimos que havia a participação de conivência de dois escreventes de um ofício de notas de um cartório verdadeiro que faziam essa parceria com o cartório ilegal e forneciam os selos já assinados de autenticação para eles não precisarem nem ir ao cartório. Essas pessoas que não tinham nenhum tipo de fé juramentada, de treinamento e capacitação para isso, tinham em posse selos de autenticação e autenticavam documentos de pessoas de boa fé”, afirmou o delegado Alan Luxardo, responsável pela investigação,

    Edição: Aline Leal