Tag: Carros Elétricos

  • Reforma tributária: grupo inclui carros elétricos no imposto seletivo

    Reforma tributária: grupo inclui carros elétricos no imposto seletivo

    O grupo de trabalho criado pela Câmara dos Deputados para tratar da regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24) apresentou hoje (4) o relatório final, com alterações no texto. Entre as mudanças estão a inclusão dos carros elétricos e das apostas na cobrança do imposto seletivo, que têm alíquota maior e será aplicado em produtos prejudiciais à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas, e ao meio ambiente. A expectativa é de que o texto seja votado na próxima semana no plenário da Casa.

    “A intenção continua sendo que a gente vote antes do início do recesso parlamentar, para que possamos oferecer ao Brasil essa proposta de um novo sistema tributário”, disse o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), integrante do GT.

    Pela proposta, a alíquota média de referência da nova tributação, que é a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal, será 26,5%. Vários setores, porém, terão descontos na alíquota referencial ou isenção, como é o caso da cesta básica.

    “Esse modelo moderno é capaz de fazer a magia de reduzir a carga tributária de 35%, em média, para 26,5%, por fora”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que tembém integra o grupo. “Vale reafirmar que essa reforma tributária não é sobre a renda, é sobre o bem de consumo. A renda vai ser outra medida, eventualmente proposta, e estamos aqui trabalhando com bens de consumo, não tem nada a ver com renda”, explicou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).

    Os novos tributos vão substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Após a aprovação, a nova legislação entrará em vigor em etapas: parte em 2025, depois 2027, 2029 e 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor.

    Com 335 página e 511 artigos, o texto apresentado manteve as regras para a devolução do imposto para as pessoas mais pobres, o chamado cashback, para água, esgoto e energia. Pelo texto, o IBS e o CBS serão devolvidos às pessoas integrantes de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.

    Pela proposta, o cashback será de 100% para a CBS e de 20% para o IBS, na aquisição do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP); 50% para a CBS e 20% para o IBS, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural; de 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. O texto também abre a possibilidade de que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios aumentem os descontos previstos na lei.

    O texto prevê a incidência do split payment, mecanismo no qual o valor pago do IBC e CBS por um comprador é automaticamente dividido entre o vendedor e as autoridades fiscais no momento da transação. Segundo os deputados, o mecanismo ruduz a possibilidade de sonegação fiscal e melhora a eficiência da arrecadação tributária.

    “A reforma vai combater a inadimplência, a sonegação e a fraude. A tendência é que de 2033 em diante ela [a alíquota de referência] possa ir caindo, favorecendo o consumidor”, complementou o deputado Moses Rodrigues (União-CE).

    A reforma cria ainda uma nova categoria, a do nano empreendedor, que não terá cobrança de imposto. Segundo o texto, a categoria do nano empreendedor será aplicada às pessoas com 50% do limite de faturamento anual do microempreendedor individual (MEI), que atualmente é de R$ 81 mil.

    De acordo com o deputado Reginaldo Lopes, a intenção é que a alíquota zero seja aplicada para as pessoas que utilizam a chamada modalidade de venda direta para complementar a renda.

    “Essa foi uma ousadia do grupo de trabalho. A ideia é que não seja cobrado imposto para esse modelo de venda de casa em casa, que chama de venda direta. Temos mais de 5 milhões de brasileiros que complementam a sua renda dessa forma e mais de 90% são mulheres”, afirmou.

    Carne

    O GT não incluiu a carne entre os itens previstos para ter alíquota zero. A justificativa é que a inclusão da proteína poderia causar impacto no aumento de cerca de 0,57% na alíquota média de 26,5%. Os integrantes do GT afirmaram ainda que o projeto encaminhado pelo governo não previa a inclusão da carne entre os itens da cesta básica que terão a alíquota zerada.

    “O ponto-chave, desde o início dos trabalhos, era a preocupação que mantivéssemos a alíquota que já tinha sido divulgada e qualquer concessão que viéssemos a fazer, teríamos que ver de onde seria tirada a despesa”, disse o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

    Com isso, as carnes terão o imposto reduzido em 60% da alíquota média. Essa alíquota será aplicada nas proteínas bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal, com exceção do foies gras, carne caprina e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos.

    Os peixes também entram na lista, exceto salmonídeos, atum, bacalhau, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos. Os moluscos e crustáceos, à exceção de lagostas e lagostim, também terão a mesma alíquota, que também incidirá sobre derivados do leite, como fermentados, bebidas e compostos lácteos, além de queijos dos tipos mussarela, minas, prato, de coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, queijo fresco não maturado e do reino.

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  • Carros elétricos que estourarem cotas de importação pagarão tarifas

    Carros elétricos que estourarem cotas de importação pagarão tarifas

    A partir deste mês, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país voltam a pagar Imposto de Importação. As alíquotas serão gradualmente recompostas até chegarem a 35% em julho de 2026.

    Nesse período, haverá cotas iniciais para compras do exterior com isenção. Dessa forma, as tarifas incidirão apenas caso as importações superarem os limites estabelecidos.

    Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a medida pretende ajudar a indústria nacional, desenvolvendo a cadeia produtiva do setor e acelerando a descarbonização (redução de emissões de gás carbônico) da frota brasileira.

    O cronograma de recomposição das alíquotas para carros elétricos é o seguinte: 10% de Imposto de Importação em janeiro de 2024; 18% em julho de 2024; 25% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.

    Para carros híbridos, cujas baterias se recarregam nas freadas ou no funcionamento do motor a combustão, a tarifa será restabelecida da seguinte forma: 12% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.

    Os carros híbridos plug-in, também movidos a combustíveis fósseis e recarregados na tomada, serão tarifados em 12% em janeiro de 2024; 20% em julho de 2024; 28% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.

    Há ainda uma quarta categoria, a de “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, que começarão com taxação de 20% em janeiro e chegarão aos 35% já em julho de 2024. Nesse caso, a retomada da alíquota cheia é mais rápida porque existe uma produção nacional suficiente.

    A decisão foi aprovada em novembro pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). A resolução com as novas alíquotas e as cotas foi publicada no fim de novembro.

    Cotas

    Em relação às cotas com isenção de imposto, o ministério informou que os limites são temporários e têm como objetivo preservar a possibilidade de atendimento a novos importadores, enquanto a indústria nacional de veículos elétricos se desenvolve.

    Para híbridos, as cotas serão de US$ 130 milhões até junho de 2024; US$ 97 milhões até julho de 2025; e US$ 43 milhões até 30 de junho de 2026.

    Para híbridos plug-in, de US$ 226 milhões até julho de 2024, US$ 169 milhões até julho de 2025 e de US$ 75 milhões até 30 de junho de 2026.

    Para elétricos, nas mesmas datas, respectivamente, de US$ 283 milhões, US$ 226 milhões e US$ 141 milhões. Para os caminhões elétricos, de US$ 20 milhões, US$ 13 milhões e US$ 6 milhões.

    Edição: Juliana Andrade
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  • Governo aumenta impostos sobre carros elétricos e painéis solares

    Governo aumenta impostos sobre carros elétricos e painéis solares

    O governo federal começou nesta segunda-feira (1º/01/2024) a taxar veículos elétricos e híbridos importados, bem como painéis solares fabricados no exterior. A medida tem como objetivo incentivar a produção nacional desses produtos.

    Veja também: Governo aumenta imposto sobre o diesel nesta 2ª

    Carros elétricos

    As alíquotas para veículos elétricos serão gradativas, começando em 10% e chegando em 35% em julho de 2026. Híbridos (movidos a combustível e energia) pagarão alíquota de 15% e os chamados híbridos plug-in (que podem ser conectados a tomadas) 12%.

    Painéis solares

    A TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul) sobre a importação de módulos solares será de 10,8%. A alíquota aumentará em 2025.

    Aerogeradores

    O limite de potência para isenção tarifária de aerogeradores das turbinas eólicas foi elevado de 3.300 kVA para 7.500 kVA. A partir de 2025, todas as compras fora do país recolherão 11,2% de imposto de importação.

    Impacto

    A medida deve aumentar os preços dos veículos elétricos e painéis solares importados, o que pode reduzir a demanda por esses produtos. No entanto, o governo espera que a medida incentive a produção nacional, tornando esses produtos mais baratos e competitivos.

  • Imposto de Importação para carros elétricos será retomado em 2024

    Imposto de Importação para carros elétricos será retomado em 2024

    A partir de janeiro de 2024, carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in comprados fora do país voltarão a pagar Imposto de Importação. As alíquotas serão gradualmente recompostas até chegarem a 35% do valor de importação em julho de 2026. Nesse período, haverá cotas iniciais para compras do exterior com isenção.

    A decisão foi aprovada nesta sexta-feira (10) pelo Comitê Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex). Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic), a medida pretende ajudar a indústria nacional, desenvolvendo a cadeia produtiva do setor e acelerando a descarbonização (redução de emissões de gás carbônico) da frota brasileira.

    O cronograma de recomposição das alíquotas para carros elétricos é o seguinte: 10% de Imposto de Importação em janeiro de 2024; 18% em julho de 2024; 25% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.

    Para carros híbridos, cujas baterias se recarregam nas freadas ou no funcionamento do motor a combustão, a tarifa será restabelecida da seguinte forma: 12% em janeiro de 2024; 25% em julho de 2024; 30% em julho de 2025; e alcança os 35% apenas em julho de 2026

    Os carros híbridos plug-in, também movidos a combustíveis fósseis e recarregados na tomada, serão tarifados em 12% em janeiro de 2024; 20% em julho de 2024; 28% em julho de 2025; e 35% em julho de 2026.

    Há ainda uma quarta categoria, a de “automóveis elétricos para transporte de carga”, ou caminhões elétricos, que começarão com taxação de 20% em janeiro e chegarão aos 35% já em julho de 2024. Nesse caso, a retomada da alíquota cheia é mais rápida porque existe uma produção nacional suficiente.

    Cotas

    A portaria com a distribuição de cotas para compras do exterior com isenção só será publicada em dezembro. Segundo o Mdic, o governo pretende preservar a possibilidade de atendimento a novos importadores, enquanto a indústria nacional de veículos elétricos se desenvolve.

    Para híbridos, as cotas serão de US$ 130 milhões até junho de 2024; de US$ 97 milhões até julho de 2025; e de US$ 43 milhões até 30 de junho de 2026.

    Para híbridos plug-in, US$ 226 milhões até julho de 2024, US$ 169 milhões até julho de 2025 e de US$ 75 milhões até 30 de junho de 2026.

    Para elétricos, nas mesmas datas, respectivamente US$ 283 milhões, US$ 226 milhões e US$ 141 milhões. Para os caminhões elétricos, US$ 20 milhões, US$ 13 milhões e US$ 6 milhões.

    Produtos químicos

    Na reunião desta sexta, a Camex também decidiu restabelecer a alíquota de importação de 73 produtos químicos cujo Imposto de Importação tinha sido reduzido em 10% em maio do ano passado. As tarifas subirão entre 0,4 e 1,4 ponto percentual, dependendo do produto a partir da publicação no Diário Oficial, prevista para os próximos dias.

    Segundo o Mdic, a decisão foi tomada para reverter os impactos negativos causados à indústria nacional por causa do forte aumento das importações e da forte variação de preços. De janeiro a agosto deste ano, o volume de importações sobre a demanda interna cresceu 47% em relação ao mesmo período do ano passado.

    Edição: Marcelo Brandão
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  • Brasil: carros elétricos são prioridade para transição energética

    Brasil: carros elétricos são prioridade para transição energética

    O desenvolvimento de uma indústria voltada à produção de carros elétricos é uma das prioridades do governo federal. Para viabilizar a fabricação e a comercialização desse tipo de veículo, as autoridades do setor pretendem fazer do país um grande centro produtor de baterias de lítio.

    A afirmação foi feita ontem, quarta-feira (14) pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a abertura do evento Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil, promovido pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em Brasília.

    Um dos componentes mais caros dos veículos automotivos elétricos é a bateria, que pode ser de lítio, substância bastante encontrada em território nacional.

    “Temos desenvolvido a cadeia de produção do lítio, fundamental para a eletrificação da frota. Tornaremos o nosso país um hub para a produção de baterias, com geração de emprego e renda para nossa população, como no Vale do Jequitinhonha [MG]”, disse Alexandre Silveira ao citar a mobilidade elétrica como uma das principais frentes para descarbonizar os transportes.

    Brasília (DF), 14/06/2023 - O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, durante a abertura do evento
    Ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, na abertura do evento – Marcelo Camargo/Agência Brasil

    Vantagem competitiva

    Segundo ele, o país já domina a tecnologia voltada à produção desse tipo de bateria, mas precisa agora garantir escala para se tornar mais competitivo, tornando esta uma “realidade acessível” à população. “Mas quero ressaltar: faremos tudo isso sem esquecer dos biocombustíveis”, acrescentou.

    Silveira reiterou que o Brasil tem “compromisso claro” com a transição energética e com a redução do carbono na matriz de transportes, além de se destacar por 88% de sua matriz elétrica ser de fontes limpas.

    “Temos uma vantagem competitiva grande nesse setor, que já é responsável pela descarbonização de parte significativa da nossa matriz de transportes leve, com o etanol. Mas queremos mais. Queremos mais tecnologia nos nossos biocombustíveis; mais eficiência; mais produtividade no campo; mais sustentabilidade da cadeia. Tudo isso vai garantir geração de emprego e renda, menor preço ao consumidor e diminuição da pegada de carbono”, argumentou.

    PL dos Combustíveis do Futuro

    De acordo com o ministro, todas essas questões foram levadas em conta para a formulação do chamado PL dos Combustíveis do Futuro que, segundo ele, está em fase final de aprimoramento pela Casa Civil após larga discussão com diversos atores do segmento produtivo da indústria automotiva.

    “Com isso, vamos destravar também novas possibilidades para os setores de aviação e de transporte terrestre”, complementou, ao lembrar da importância do setor automotivo para a economia, por meio de cadeias produtivas vinculadas, gerando ainda mais emprego e renda no país.

    As ações que estão sendo desenvolvidas pelo governo federal, segundo ele, permitirá ao Brasil ser “protagonista” no crescimento de uma economia verde.

    “Estamos também trabalhando em políticas que viabilizem o desenvolvimento da cadeia produtiva dos minerais estratégicos e necessários para os veículos elétricos, investindo em pesquisa mineral no desenvolvimento dos elos da cadeia produtiva”, complementou.

    Durante o evento Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil, autoridades e empresários participam de diversos painéis sobre experiências internacionais voltadas a mobilidade elétrica veicular; produção local de veículos elétricos e baterias; cadeia de fornecimento de peças; componentes e tecnologia; infraestrutura de geração, transmissão e distribuição de energia; e novas tecnologias e materiais usados na eletrificação.

    Brasília (DF), 14/06/2023 - Veículos elétricos e híbridos expostos no evento
    Veículos elétricos e híbridos expostos no evento Anfavea: Conduzindo o Futuro da Eletrificação no Brasil – Marcelo Camargo/Agência Brasil