Tag: Carro Elétrico

  • Embraer recebe R$ 200 milhões do BNDES para protótipo de carro voador

    Embraer recebe R$ 200 milhões do BNDES para protótipo de carro voador

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou o financiamento de R$ 200 milhões para a empresa Eve Air Mobility (Eve) – uma subsidiária da Embraer – desenvolver o protótipo e realizar testes com o chamado carro voador, uma aeronave 100% elétrica que decola e aterrissa verticalmente (eVTOL, na sigla em inglês). O anúncio foi feito pelo banco nesta segunda-feira (2).

    Por não usar combustível fóssil, como gasolina, óleo ou querosene, o eVTOL é tratado como uma tecnologia verde, que pode contribuir com a transição energética para uma economia de baixo carbono. Os combustíveis fósseis são emissores de dióxido de carbono (CO₂) na atmosfera, causador do efeito estufa e do aquecimento global.

    Com o empréstimo, a Eve desenvolverá o protótipo e iniciará uma campanha de testes para a certificação da aeronave, para, em seguida, fabricar o veículo comercialmente.

    A Agência Nacional de Aviação Civil do Brasil (ANAC) publicou, em 1º de novembro, os critérios finais de aeronavegabilidade para o eVTOL. O documento apresenta padrões que a aeronave precisa cumprir, quanto à sua estrutura, sistemas de controle, propulsão e bateria, por exemplo. Essas informações são determinantes para garantir a segurança do voo.

    O BNDES é a instituição do governo federal que oferece financiamentos estratégicos de longo prazo, e o dinheiro emprestado à Eve faz parte do Fundo Clima, um dos instrumentos da Política Nacional sobre Mudança do Clima, vinculado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os recursos do fundo são destinados a apoiar projetos relacionados à redução de emissões de gases do efeito estufa e à adaptação às mudanças do clima.

    Construção de fábrica

    Em outubro, o BNDES já havia aprovado financiamento de R$ 500 milhões para a primeira fase do projeto, que consistia na construção de uma fábrica da Eve em Taubaté, no interior paulista.

    “O apoio contínuo do BNDES é fundamental para o avanço do nosso programa de eVTOL e a transição do desenvolvimento do protótipo para a certificação e a produção”, afirmou o presidente executivo da Eve, Johann Bordais.

    O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que a construção da fábrica garantiu empregos de qualidade na região do Vale do Paraíba e destacou a importância do projeto para a transição energética.

    “Além de apoiar um projeto inovador, estamos investindo em uma indústria de tecnologia disruptiva, que também é verde, contribuindo para a o fortalecimento da indústria nacional no mercado mundial e para a transição energética”.

    O diretor de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do BNDES, José Luís Gordon, explica que, além de inovador, o projeto de carro voador se enquadra nos objetivos do Fundo Clima.

    “Prevê investimentos em desenvolvimento tecnológico de bens e serviços voltados à descarbonização, com redução da emissão de gases de efeito estufa e foco na eficiência e qualidade de vida”.

    A Eve, empresa listada na Bolsa de Valores de Nova York, informou que conta também com um investimento de US$ 50 milhões (cerca de R$ 300 milhões) do banco americano Citibank para desenvolvimento do carro voador.

  • AirConsole: Carros elétricos da Volkswagen ganham acesso a games multijogador

    AirConsole: Carros elétricos da Volkswagen ganham acesso a games multijogador

    A Volkswagen revoluciona a experiência de esperar na fila do carregador. A montadora anunciou uma parceria com a AirConsole para trazer uma variedade de jogos casuais multijogador para seus veículos, transformando momentos de espera em pura diversão. Modelos como ID.7, ID.5, ID.4, ID.3, Passat, Tiguan, Golf e Golf Variant já estão na lista para receber essa novidade.

    Como o AirConsole funciona?

    Carros elétricos da Volkswagen ganham acesso a jogos casuais multijogador

    É simples! Basta conectar seu smartphone ao sistema do veículo e pronto: o celular se transforma em um controle para os jogos. A plataforma AirConsole, já popular em outras plataformas como Android TV e Google TV, permite que até mesmo os passageiros do banco de trás entrem na brincadeira, tornando os momentos a bordo ainda mais divertidos.

    Mas atenção: a diversão só é permitida quando o veículo está estacionado. A ideia é oferecer uma opção de entretenimento para os ocupantes enquanto o carro é carregado ou durante pequenas paradas.

    Por que os jogos nos carros estão em alta?

    AirConsole: Carros elétricos da Volkswagen ganham acesso a games multijogador

    A integração de jogos nos veículos é uma tendência que vem ganhando força nos últimos anos. A Tesla, por exemplo, já permitiu acesso à plataforma Steam em alguns de seus modelos, mostrando que a indústria automotiva está buscando novas formas de proporcionar experiências mais agradáveis aos seus clientes.

    E o futuro?

    As possibilidades são infinitas! Se a ideia de jogar videogame no carro já é empolgante, imagine poder transformar seu veículo em uma verdadeira sala de jogos. Algumas pessoas já sonham com a instalação de consoles de última geração como o PlayStation 5 em seus carros.

    A Volkswagen, com essa iniciativa, mostra que está atenta às novas demandas dos consumidores e que a tecnologia pode ser uma grande aliada para tornar a experiência de dirigir ainda mais prazerosa.

  • Tesla convoca milhares de seus veículos por risco de acidente

    Tesla convoca milhares de seus veículos por risco de acidente

    A fabricante de veículos elétricos Tesla emitiu um alerta urgente para dezenas de milhares de proprietários australianos de seus modelos Y e 3. Um defeito de fabricação pode fazer com que os capôs dos carros se abram inesperadamente enquanto estão em movimento.

    O serviço de recall de veículos do governo federal divulgou nesta manhã um aviso aos donos de Tesla Model Y e Model 3 produzidos entre 2020 e 2024. Estima-se que cerca de 35 mil veículos estejam afetados na Austrália.

    Segundo o comunicado, “devido a um defeito de fabricação, a trava do capô pode não detectar quando é aberto pelo motorista e, portanto, falhar em alertar o motorista sobre o capô aberto”. O aviso destaca ainda que “se o veículo for conduzido com o capô destrancado, ele pode abrir abruptamente durante a condução, resultando em obstrução da visão do motorista. A obstrução da visão do motorista pode aumentar o risco de acidente, causando ferimentos ou morte a usuários da via”.

    A Tesla entrará em contato com os proprietários afetados para realizar uma atualização de software remota (OTA) nos veículos. Aqueles que já possuem a versão 2024.20.3 ou posterior do software não são afetados.

    A empresa recomenda que os proprietários confirmem a versão do software de seus veículos acessando “Controles” > “Software” na tela sensível ao toque. Para mais informações, os clientes devem entrar em contato diretamente com a Tesla.

  • Entenda nova versão do projeto que regulamenta reforma tributária

    Entenda nova versão do projeto que regulamenta reforma tributária

    Após mais de dois meses de discussões, o projeto de lei complementar de cerca de 600 páginas que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo recebeu as primeiras mudanças na Câmara dos Deputados. A nova versão do texto não incluiu as carnes na lista de produtos da cesta básica que terão isenção do futuro Imposto sobre Valor Adicionado (IVA).

    Os deputados incluíram carros elétricos e apostas no Imposto Seletivo, também conhecido como imposto do pecado. Os parlamentares também criaram a figura jurídica no nanoempreendedor e alteraram levemente a lista de medicamentos que terão alíquota zero e alíquota reduzida.

    As mudanças em relação ao texto original do governo, enviado no fim de abril, não são definitivas. O projeto pode receber emendas durante a tramitação em plenário. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, disse que pretende votar o texto na próxima semana.

    Diferentemente da proposta de emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária, que exigia três quintos dos votos para ser aprovada (308 na Câmara e 49 no Senado), o projeto de lei complementar exige maioria absoluta. Isso equivale à metade mais um dos parlamentares (257 votos na Câmara e 41 no Senado). Diferentemente da PEC, a votação ocorre apenas em um turno, não em dois. O texto, no entanto, pode voltar à Câmara caso sofra mudanças no Senado.

    As mudanças foram inseridas por um grupo de trabalho criado no fim de maio composto pelos seguintes deputados: Claudio Cajado (PP-BA), Reginaldo Lopes (PT-MG), Hildo Rocha (MDB-MA), Joaquim Passarinho (PL-PA), Augusto Coutinho (Republicanos-PE), Moses Rodrigues (União-CE) e Luiz Gastão (PSD-CE). Arthur Lira criou o grupo para chegar a um relatório comum, dada a complexidade do texto.

    A aprovação e a eventual sanção do projeto pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva não significam que as regras tributárias mudarão instantaneamente. Haverá um prazo de transição que começa em 2026 e vai até 2033, quando os tributos atuais sobre o consumo serão substituídos pelo IVA e pelo Imposto Seletivo.

    Entenda as principais mudanças inseridas pelo grupo de trabalho na Câmara

    Carnes e cesta básica

    Apesar de o presidente Lula ter defendido a inclusão de carnes “populares” na cesta básica nacional, que terá isenção de IVA, o grupo de trabalho deixou esses alimentos fora da cesta. Dessa forma, as carnes de boi e de frango vão pagar 40% da alíquota cheia do IVA, como previsto no texto enviado pelo governo.

    Caso a alíquota cheia fique em 26,5%, as carnes pagariam 10,5% de imposto, assim como diversos alimentos e insumos agropecuários com alíquota reduzida. Segundo o grupo de trabalho, caso as carnes fossem incluídas na cesta básica, a alíquota do IVA poderia subir para até 27,1%, o que tornaria o Brasil o país com a maior alíquota desse tipo de imposto, superando a Hungria, que cobra 27%.

    Em troca da não inclusão da carne da cesta básica, o substitutivo sugeriu que a carne e o frango entrem no cashback, sistema de devolução de imposto em dinheiro a famílias mais pobres. A reforma tributária prevê a criação desse mecanismo.

    Também enviada no projeto de lei complementar, a regulamentação do cashback estabeleceu que a devolução de tributos beneficiará famílias com renda per capita de até meio salário mínimo e as inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Quem estiver em uma dessas duas categorias será automaticamente incluído no programa. Uma lei ordinária definirá o funcionamento do programa.

    Imposto Seletivo

    Também apelidado de imposto do pecado, o Imposto Seletivo teve a lista de produtos ampliada pelo grupo de trabalho. O tributo, que substituirá parcialmente o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), passará a incidir sobre carros, incluindo os elétricos, e apostas.

    Em troca, os parlamentares não incluíram a cobrança sobre caminhões, armas e munições. Durante a tramitação da PEC, o Imposto Seletivo sobre armamentos e munições foi retirado do Imposto Seletivo. Parlamentares e entidades da sociedade civil tentarão reincluir a tributação sobre os armamentos durante a tramitação.

    Agora, a lista de produtos com Imposto Seletivo é composta por:
    • cigarros;
    • bebidas alcoólicas;
    • bebidas açucaradas;
    • embarcações e aeronaves;
    • extração de minério de ferro, de petróleo e de gás natural;
    • apostas físicas e online;
    • carros, incluindo os elétricos

    Nanoempreendedor

    Os deputados criaram a figura do nanoempreendedor, que não existe na legislação brasileira. A categoria é composta por empreendedores que faturam R$ 40,5 mil anualmente (R$ 3.375 mensais) que poderão escolher entre ficar no Simples Nacional, regime simplificado para micro e pequenas empresas cumulativo (com taxação em cascata), ou migrar para o IVA, que tem alíquota maior, mas não é cumulativo.

    Pelo texto proposto, o nanoempreendedor que migrar para o IVA deixará de recolher para a Previdência Social. Atualmente, o empreendedor com o menor volume de receitas são os microempreendedores individuais (MEI), que faturam até R$ 81 mil anuais e contribuem para a Previdência. Dessa forma, o volume de receita para definir o nanoempreendedor equivale à metade do MEI.

    Medicamentos e absorventes

    Os deputados retiraram o citrato de sildenafila, medicamento para impotência sexual popularmente conhecido como Viagra, da lista de medicamentos com alíquota zero. O princípio ativo passará a pagar 40% da alíquota cheia. A tadalafila, outro princípio ativo usado para tratar disfunções eréteis, continuará com o IVA reduzido, na mesma categoria do Viagra.

    Em contrapartida, os absorventes, que na versão original do projeto estavam na lista de alíquota reduzida de 40%, passarão para a alíquota zero.

    A quantidade de medicamentos e produtos para a saúde com alíquota reduzida e com isenção de IVA foi mantida. Como ocorreram troca de produtos entre as listas, a quantidade de substâncias isentas de tributos ficou em 383 e a quantidade de princípios ativos com alíquota reduzida permaneceu em 850.

    Edição: Denise Griesinger

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  • Importação de veículos elétricos provoca queda na balança comercial

    Importação de veículos elétricos provoca queda na balança comercial

    Puxado pela queda no preço da soja e do milho e pelo aumento na importação de veículos elétricos, o superávit da balança comercial caiu em junho. No mês passado, o país exportou US$ 6,711 bilhões a mais do que importou, divulgou nesta quinta-feira (4) o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC).

    O resultado representa queda de 33,4% em relação ao mesmo mês do ano passado, mas é o quarto melhor para meses de junho, só perdendo para o recorde de junho de 2021, de US$ 10,414 bilhões; de 2023, de US$ 10,077 bilhões, e de 2022, de US$ 8,89 bilhões.

    Segundo o diretor de Estatísticas e Estudos de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Herlon Brandão, o aumento da importação de carros elétricos indica uma antecipação de compras para formar estoques e escapar da elevação do Imposto de Importação sobre esses veículos.

    “Tem demanda para esses veículos híbridos e elétricos. E tem a questão do aumento da tarifa de importação. Como em julho teve aumento, é esperado que os importadores antecipem suas operações para pagar tarifas menores”, explicou. Seguindo um cronograma estabelecido em novembro do ano passado, as tarifas para carros elétricos subiram de 12% para 25% em julho.

    A balança comercial acumula superávit de US$ 42,31 bilhões no primeiro semestre deste ano, com queda de 5,2% em relação aos mesmos meses do ano passado. Esse é o segundo maior resultado para o período desde o início da série histórica, em 1989, só perdendo para 2023, que registrou US$ 44,617 bilhões.

    Em relação ao resultado mensal, as exportações subiram levemente, enquanto as importações cresceram mais, impulsionada por veículos elétricos. Em junho, o Brasil vendeu US$ 29,044 bilhões para o exterior, alta de 1,4% em relação ao mesmo mês de 2023. As compras do exterior somaram US$ 22,333 bilhões, alta de 3,9%.

    Do lado das exportações, a queda no preço internacional da soja, do aço e das carnes foram os principais fatores que impediram o maior crescimento das vendas. As vendas de alguns produtos, como petróleo bruto, minério de ferro, algodão e café, subiram no mês passado, compensando a diminuição de preço dos demais produtos.

    Do lado das importações, as aquisições de fertilizantes, de petróleo e derivados, de aeronaves e de carros elétricos subiram, enquanto as compras de carvão e de válvulas e turbos termiônicos caíram.

    Após baterem recorde em 2022, após o início da guerra entre Rússia e Ucrânia, as commodities recuam desde a metade de 2023. A principal exceção é o minério de ferro, cuja cotação vem reagindo por causa dos estímulos econômicos da China, a principal compradora do produto.

    No mês passado, o volume de mercadorias exportadas subiu 2%, puxado pela alta nas vendas de café, de combustíveis e de petróleo bruto, enquanto os preços caíram 2,2% em média na comparação com o mesmo mês do ano passado. Nas importações, a quantidade comprada subiu 22,3%, mas os preços médios recuaram 6,7%.

    Setores

    No setor agropecuário, a queda de preços pesou mais nas exportações. O volume de mercadorias embarcadas subiu 5,9% em junho na comparação com o mesmo mês de 2023, enquanto o preço médio caiu 10,2%. Na indústria de transformação, a quantidade caiu 4%, com o preço médio recuando 0,3%. Na indústria extrativa, que engloba a exportação de minérios e de petróleo, a quantidade exportada subiu 12,5%, enquanto os preços médios subiram 3,6%.

    Estimativa

    Apesar da queda no superávit em junho, o governo revisou para cima a projeção de superávit comercial para 2024. A estimativa subiu de US$ 73,5 bilhões para US$ 79,2 bilhões, queda de 19,9% em relação a 2023. Na previsão anterior, a queda estava estimada em 25,7%. A próxima projeção será divulgada em outubro.

    Segundo o MDIC, as exportações subirão 1,7% este ano na comparação com 2023, encerrando o ano em US$ 345,4 bilhões. As importações subirão 10,6% e fecharão o ano em US$ 266,2 bilhões. As compras do exterior deverão subir por causa da recuperação da economia, que aumenta o consumo, num cenário de preços internacionais menos voláteis do que no início do conflito entre Rússia e Ucrânia.

    As previsões estão mais pessimistas que as do mercado financeiro. O boletim Focus, pesquisa com analistas de mercado divulgada toda semana pelo Banco Central, projeta superávit de US$ 81,55 bilhões neste ano.

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  • Reforma tributária: grupo inclui carros elétricos no imposto seletivo

    Reforma tributária: grupo inclui carros elétricos no imposto seletivo

    O grupo de trabalho criado pela Câmara dos Deputados para tratar da regulamentação da reforma tributária (PLP 68/24) apresentou hoje (4) o relatório final, com alterações no texto. Entre as mudanças estão a inclusão dos carros elétricos e das apostas na cobrança do imposto seletivo, que têm alíquota maior e será aplicado em produtos prejudiciais à saúde, como cigarros e bebidas alcoólicas, e ao meio ambiente. A expectativa é de que o texto seja votado na próxima semana no plenário da Casa.

    “A intenção continua sendo que a gente vote antes do início do recesso parlamentar, para que possamos oferecer ao Brasil essa proposta de um novo sistema tributário”, disse o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE), integrante do GT.

    Pela proposta, a alíquota média de referência da nova tributação, que é a soma do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) de estados e municípios e a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) federal, será 26,5%. Vários setores, porém, terão descontos na alíquota referencial ou isenção, como é o caso da cesta básica.

    “Esse modelo moderno é capaz de fazer a magia de reduzir a carga tributária de 35%, em média, para 26,5%, por fora”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), que tembém integra o grupo. “Vale reafirmar que essa reforma tributária não é sobre a renda, é sobre o bem de consumo. A renda vai ser outra medida, eventualmente proposta, e estamos aqui trabalhando com bens de consumo, não tem nada a ver com renda”, explicou o deputado Cláudio Cajado (PP-BA).

    Os novos tributos vão substituir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), o Programa de Integração Social (PIS), a Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (Cofins), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e o Imposto sobre Serviços (ISS). Após a aprovação, a nova legislação entrará em vigor em etapas: parte em 2025, depois 2027, 2029 e 2033, quando o novo sistema tributário entrará totalmente em vigor.

    Com 335 página e 511 artigos, o texto apresentado manteve as regras para a devolução do imposto para as pessoas mais pobres, o chamado cashback, para água, esgoto e energia. Pelo texto, o IBS e o CBS serão devolvidos às pessoas integrantes de famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com renda familiar mensal per capita de até meio salário mínimo.

    Pela proposta, o cashback será de 100% para a CBS e de 20% para o IBS, na aquisição do botijão de 13kg de gás liquefeito de petróleo (GLP); 50% para a CBS e 20% para o IBS, nas operações de fornecimento de energia elétrica, água, esgoto e gás natural; de 20% para a CBS e para o IBS, nos demais casos. O texto também abre a possibilidade de que a União, os estados, o Distrito Federal e os municípios aumentem os descontos previstos na lei.

    O texto prevê a incidência do split payment, mecanismo no qual o valor pago do IBC e CBS por um comprador é automaticamente dividido entre o vendedor e as autoridades fiscais no momento da transação. Segundo os deputados, o mecanismo ruduz a possibilidade de sonegação fiscal e melhora a eficiência da arrecadação tributária.

    “A reforma vai combater a inadimplência, a sonegação e a fraude. A tendência é que de 2033 em diante ela [a alíquota de referência] possa ir caindo, favorecendo o consumidor”, complementou o deputado Moses Rodrigues (União-CE).

    A reforma cria ainda uma nova categoria, a do nano empreendedor, que não terá cobrança de imposto. Segundo o texto, a categoria do nano empreendedor será aplicada às pessoas com 50% do limite de faturamento anual do microempreendedor individual (MEI), que atualmente é de R$ 81 mil.

    De acordo com o deputado Reginaldo Lopes, a intenção é que a alíquota zero seja aplicada para as pessoas que utilizam a chamada modalidade de venda direta para complementar a renda.

    “Essa foi uma ousadia do grupo de trabalho. A ideia é que não seja cobrado imposto para esse modelo de venda de casa em casa, que chama de venda direta. Temos mais de 5 milhões de brasileiros que complementam a sua renda dessa forma e mais de 90% são mulheres”, afirmou.

    Carne

    O GT não incluiu a carne entre os itens previstos para ter alíquota zero. A justificativa é que a inclusão da proteína poderia causar impacto no aumento de cerca de 0,57% na alíquota média de 26,5%. Os integrantes do GT afirmaram ainda que o projeto encaminhado pelo governo não previa a inclusão da carne entre os itens da cesta básica que terão a alíquota zerada.

    “O ponto-chave, desde o início dos trabalhos, era a preocupação que mantivéssemos a alíquota que já tinha sido divulgada e qualquer concessão que viéssemos a fazer, teríamos que ver de onde seria tirada a despesa”, disse o deputado Augusto Coutinho (Republicanos-PE).

    Com isso, as carnes terão o imposto reduzido em 60% da alíquota média. Essa alíquota será aplicada nas proteínas bovina, suína, ovina, caprina e de aves e produtos de origem animal, com exceção do foies gras, carne caprina e miudezas comestíveis de ovinos e caprinos.

    Os peixes também entram na lista, exceto salmonídeos, atum, bacalhau, hadoque, saithe e ovas e outros subprodutos. Os moluscos e crustáceos, à exceção de lagostas e lagostim, também terão a mesma alíquota, que também incidirá sobre derivados do leite, como fermentados, bebidas e compostos lácteos, além de queijos dos tipos mussarela, minas, prato, de coalho, ricota, requeijão, provolone, parmesão, queijo fresco não maturado e do reino.

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  • Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos com talentos de Rivian, Tesla e Apple

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos com talentos de Rivian, Tesla e Apple

    A área de veículos elétricos anda agitada recentemente, e a Ford está capitalizando em cima disso para fortalecer sua secreta equipe de EVs de baixo custo.

    Uma análise da TechCrunch feita em dados do LinkedIn revelou que a Ford expandiu essa equipe para cerca de 300 funcionários no último ano. Isso inclui aproximadamente 50 vindos da Rivian, mais de 20 da Tesla e uma dúzia da Canoo, empresa com problemas financeiros. A empresa também contratou cerca de 10 funcionários da Lucid Motors e alguns da equipe de veículos elétricos recentemente desmantelada da Apple, conhecida como Projeto Titan.

    Para trabalhar no projeto, a Ford ainda recrutou dois aerodinamicistas seniores de equipes de Fórmula 1.

    O crescimento da equipe secreta acontece em um momento em que a empresa, assim como suas rivais, busca maneiras de reduzir drasticamente o custo dos EVs para alcançar a Tesla e se defender da concorrência chinesa de baixo custo. “Todas as nossas equipes de EVs estão focadas implacavelmente em custo e eficiência em nossos produtos elétricos, porque a competição final será a Tesla acessível e as fabricantes chinesas”, disse o CEO Jim Farley em fevereiro, quando revelou o projeto em uma teleconferência com analistas.

    As contratações recém-divulgadas se juntam a um grupo que a empresa já havia reforçado com a aquisição da startup Auto Motive Power (AMP) no final de 2023. Essa equipe de mais de 100 pessoas foi incorporada à Ford para ajudar a avançar o trabalho em uma plataforma de veículo elétrico de baixo custo, destinada a equipar veículos de próxima geração que possam competir de verdade com a Tesla no mercado de massa.

    A empresa já estava expandindo a equipe antes da aquisição. O centro principal está localizado em Irvine, Califórnia, a mesma cidade reivindicada como sede pela Rivian. No segundo semestre de 2023, a Ford contratou cerca de doze ex-funcionários da Rivian, muitos deles engenheiros. Também trouxe a bordo o ex-diretor de operações de software da Canoo e um fabricante sênior. (A Canoo possui um grande escritório na vizinha Torrance, Califórnia.)

    As contratações se aceleraram no início de 2024, trazendo um engenheiro sênior de projeto mecânico que trabalhou na equipe de “gigafundição” da Tesla. Esse esforço envolve a criação da parte inferior de um veículo em apenas algumas peças grandes, em vez de soldar ou rebitar muitas outras, para simplificar o processo.

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos baratos com talentos de Rivian, Tesla e Apple
    Créditos: Ford

    A decisão da Rivian de demitir 10% de sua força de trabalho em fevereiro também parece ter oferecido à Ford a oportunidade de adquirir talentos, já que a equipe de EVs Avançados contratou mais uma dúzia de engenheiros nos meses seguintes. A Ford também trouxe o ex-vice-presidente de engenharia da Canoo em maio.

    Mais recentemente, a Ford expandiu a presença da equipe em Palo Alto. Contratou engenheiros elétricos e gerentes de programa da operadora de veículos autônomos Nuro (que se reestruturou em 2023), Lucid Motors (que cortou 1.300 empregos no ano passado) e a startup de eVTOL Joby. Em maio e junho de 2024, também adicionou vários engenheiros do Projeto Titan ao escritório de Palo Alto.

    Pouquíssimas das novas contratações da Ford para o projeto no último ano vieram de fora do mundo dos carros elétricos. Aqueles que vieram tendiam a ser de startups de eVTOL como Joby, Archer e Supernal.

    A empresa se recusou a responder a perguntas específicas sobre como está construindo a equipe, conhecida internamente como Ford Advanced EV. Também observou que parte do trabalho realizado pela FAEV poderia ser aplicado a outros esforços da empresa, não necessariamente apenas ao projeto de veículos elétricos de baixo custo.

    “A equipe Ford Advanced EV faz parte de um esforço global para construir equipes focadas em tecnologia e desenvolvimento de produtos locais aos melhores centros de talento. Esta equipe está liderando o desenvolvimento de produtos e tecnologias revolucionárias para EVs”, disse Doug Field, diretor de EVs, digital e design da empresa, em comunicado à TechCrunch.

    Análise da contratação agressiva da Ford: Impacto e Estratégias

    Ford reforça equipe secreta de veículos elétricos baratos com talentos de Rivian, Tesla e Apple
    Créditos: Ford

    A investida da Ford na equipe secreta de EVs de baixo custo levanta questões interessantes sobre o futuro do mercado de veículos elétricos. Vamos analisar o impacto dessas contratações e as estratégias por trás delas.

    Impacto:

    • Aceleração do desenvolvimento: A adição de centenas de engenheiros talentosos, vindos de empresas líderes em EVs como Tesla e Rivian, sem dúvida acelerará o desenvolvimento da plataforma de EVs de baixo custo da Ford. A experiência desses profissionais em projetos elétricos inovadores pode contribuir significativamente para a criação de um veículo competitivo.
    • Acesso a tecnologias avançadas: Ao atrair talentos que trabalharam em conceitos como “gigafundição” da Tesla, a Ford pode obter uma vantagem tecnológica. Isso pode se traduzir em processos de fabricação mais eficientes e veículos com melhor desempenho e alcance.
    • Redução de custos: A experiência coletiva da equipe recém-formada deve auxiliar a Ford na busca por soluções que reduzam o custo final do veículo elétrico. Isso é crucial para competir com a Tesla e as fabricantes chinesas que estão entrando no mercado com EVs acessíveis.
    • Fortalecimento da posição no mercado: Com uma equipe especializada e focada, a Ford tem a chance de se consolidar como uma player importante no segmento de EVs de massa. O sucesso desse projeto pode mudar o panorama do mercado e atrair mais consumidores para a marca Ford.

    Estratégias:

    • Caça talentos agressiva: A Ford demonstrou sua seriedade na corrida dos EVs ao mirar ex-funcionários de empresas líderes no setor. Aproveitando-se de reestruturações e demissões na concorrência, a Ford conseguiu atrair profissionais experientes.
    • Centros de desenvolvimento estratégicos: A escolha de Irvine, Califórnia, como sede principal coloca a Ford próxima a Rivian e aproveita o ecossistema de tecnologia local. A expansão para Palo Alto permite acesso a talentos de empresas como Tesla e startups de eVTOL.
    • Aquisição estratégica: A compra da AMP forneceu à Ford uma base sólida para o projeto, com engenheiros especializados em EVs de baixo custo.
    • Confidencialidade: Manter a equipe em segredo permite à Ford trabalhar sem muita interferência e especulação. Isso pode ser vantajoso para evitar vazamentos de tecnologia e estratégias.

    Desafios:

    Apesar das vantagens, a Ford também enfrenta alguns desafios:

    • Integração da equipe: Reunir centenas de novos funcionários de diversas origens exigirá um esforço significativo para promover a integração e o compartilhamento de conhecimento.
    • Cultura corporativa: Integrar a mentalidade ágil e inovadora de startups como Tesla na cultura tradicional da Ford pode ser um obstáculo.
    • Pressão para entregar resultados: A expectativa do mercado é alta, e a empresa precisará entregar um produto competitivo e acessível para justificar o investimento pesado na equipe.

    Conclusão

    A contratação agressiva da Ford para sua equipe secreta de EVs de baixo custo é uma jogada ousada com o potencial de mudar o cenário do mercado. O sucesso dependerá da capacidade da empresa de integrar talentos, inovar e entregar um produto que atenda às necessidades dos consumidores. Somente o tempo dirá se a estratégia será suficiente para alcançar a Tesla e outras fabricantes que dominam o segmento atualmente.

  • Governo aumenta impostos sobre carros elétricos e painéis solares

    Governo aumenta impostos sobre carros elétricos e painéis solares

    O governo federal começou nesta segunda-feira (1º/01/2024) a taxar veículos elétricos e híbridos importados, bem como painéis solares fabricados no exterior. A medida tem como objetivo incentivar a produção nacional desses produtos.

    Veja também: Governo aumenta imposto sobre o diesel nesta 2ª

    Carros elétricos

    As alíquotas para veículos elétricos serão gradativas, começando em 10% e chegando em 35% em julho de 2026. Híbridos (movidos a combustível e energia) pagarão alíquota de 15% e os chamados híbridos plug-in (que podem ser conectados a tomadas) 12%.

    Painéis solares

    A TEC (Tarifa Externa Comum do Mercosul) sobre a importação de módulos solares será de 10,8%. A alíquota aumentará em 2025.

    Aerogeradores

    O limite de potência para isenção tarifária de aerogeradores das turbinas eólicas foi elevado de 3.300 kVA para 7.500 kVA. A partir de 2025, todas as compras fora do país recolherão 11,2% de imposto de importação.

    Impacto

    A medida deve aumentar os preços dos veículos elétricos e painéis solares importados, o que pode reduzir a demanda por esses produtos. No entanto, o governo espera que a medida incentive a produção nacional, tornando esses produtos mais baratos e competitivos.

  • Carro elétrico tem isenção do IPVA?

    Carro elétrico tem isenção do IPVA?

    Fala, galera. Beleza? O ano de 2023 começou e, tão certo quanto o amanhecer, é que virá o IPVA. Mas carro elétrico não é isento de pagar IPVA? Bem, depende do estado que o veículo foi emplacado.

    Apesar do assunto ser muito mais amplo que o universo da mobilidade elétrica, eu gostaria de fazer uma pequena apresentação dos três amiguinhos que acompanham a ressaca do réveillon: DPVAT, Licenciamento e IPVA.

    DPVAT é o seguro obrigatório de danos pessoais causados por veículos automotores de vias terrestres, ou por sua carga, a pessoas transportadas ou, criado pela Lei n° 6.194/74, com a finalidade de amparar as vítimas de acidentes de trânsito em todo o território nacional, não importando de quem seja a culpa dos acidentes.

    Desde 2021 o valor do pagamento é igual a zero. Quer dizer que o DPVAT deixou de existir? Não, a cobertura continua. Apenas a arrecadação que não ocorre mais. Apesar de não haver mais o recolhimento, eu menciono aqui porque a cobrança pode voltar nos próximos anos.

    O licenciamento é a emissão anual do certificado de registro e licenciamento do veículo (CRLV), documento de porte obrigatório que permite a circulação do veículo. Em resumo, você paga o licenciamento anualmente sem motivo objetivo nenhum, exceto para garantir que você tenha pagado todas as multas e IPVA devidos.

    Apesar da data de vencimento ser conforme o final da placa e distribuída ao longo do ano, muitos optam por licenciar junto com o IPVA, para não o esquecer. A brincadeira pode sair cara se você for parado com o documento vencido.

    Agora, sobre o IPVA: O imposto sobre propriedades de veículos automotores é um imposto anual pago pelos proprietários ou possuidores de veículos. O valor é calculado com base no preço do veículo e a quitação é um requisito para o licenciamento.

    O recurso arrecadado pelo IPVA é dividido da seguinte forma: 20% para o fundo de manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais da educação (Fundeb) e o remanescente do valor é repartido 50% (cinquenta por cento) para o Estado e a outra metade para o município de registro do veículo. A quota-parte estadual vai compor o orçamento anual e, dessa forma, destinar-se-á às diversas áreas de atuação do Estado, dentre as quais, a saúde, a educação, a segurança pública e a infraestrutura.

    Mais uma vez, o IPVA nada mais é que outra forma de arrecadação de recursos para a máquina pública sem que necessariamente o benefício seja aplicado em alguma área diretamente ligada ao transporte.

    Mas qual é a relação entre os impostos acima citados e a mobilidade elétrica? Para começar, em relação ao DPVAT, já apresentei algumas vezes a minha opinião sobre a influência dos veículos elétricos e uma condução mais segura e consciente. Dessa forma, podemos imaginar que o aumento de veículos elétricos na frota brasileira poderia afetar positivamente na redução dos números de acidentes de trânsito.

    Quanto ao licenciamento, ele só pode ser pago se o alvo deste texto for pago. Não há muito impacto em quase nada, exceto por se tratar de uma garantia de regularização das pendências do veículo.

    Em alguns países, o subsídio é bancado por aqueles que continuam comprando veículos à combustão. Mesmo que o carro seja de uso particular, a ausência de emissão de ruídos e gases nocivos é benéfico a todos ao redor Aliás, se fosse para escolher por taxar alguém para subsidiar os veículos elétricos, eu escolheria os carros mais barulhentos.

    Seria o mais poluidor ajudando a quem não quer poluir. Isso faria sentido no Brasil? Sim, mas provavelmente geraria uma imagem negativa à mobilidade elétrica. Imagino que venderiam o seguinte discurso: “O pobre que não consegue comprar carro elétrico está pagando parte do carro do rico.”

    Há controvérsias. Primeiramente, quem é pobre, pobre, pobre, não compra carro zero. Compra carro usado (isso quando compra). Outro ponto é que nem os carros mais baratos do Brasil são tão acessíveis assim. O preço já passou do que poderia se considerar popular.

    Os modelos básicos têm preço inicial de aproximadamente R$ 65 mil, mas você precisará contabilizar os impostos que este carro pagará. Ainda está muito distante do carro elétrico mais barato do Brasil? Sim. Diria que ainda teria uma diferença de cerca de R$ 80 mil, se levarmos em consideração o JAC eJS1, que tem o preço anunciado de R$145.000 e imaginando que seu estado tenha isenção de IPVA. Mas essa diferença pode ser compensada a médio prazo se colocarmos na conta o custo de manutenção dos veículos (revisões e combustível).

    Leia também

    Diferentemente dos países mais maduros em relação à mobilidade elétrica, o Brasil não possui subsídio para aquisição de veículos elétricos, como EUA e alguns países da União Europeia.

    Para nós, sobram algumas renúncias fiscais ou aplicação de alíquotas diferenciadas. Temos estados que decidiram dar uma mãozinha com isenções ou redução do IPVA de veículos elétricos e híbridos. Parece que não, mas a isenção pode significar uma bela economia na aquisição de um carro elétrico.

    Vou dar um exemplo: A alíquota do IPVA no Distrito Federal é de 3%. Considerando que você compre um veículo de R$ 250.000, o valor do imposto será de R$7.500. Como a lei distrital prevê a isenção por cinco anos, isso significaria uma economia de R$37.500,00, algo em torno de 15% do valor do veículo.

    Ah, mas o valor do IPVA diminui de um ano para o outro… Bem, na verdade a tendência é que o IPVA acompanhe o valor do carro. Dessa forma, a proporção é válida. Entretanto, desde que comprei meu iEV40, o valor do IPVA aumenta cada vez mais.

    Apesar de não aparentar fazer tanta diferença, a isenção do imposto na aquisição do veículo é a forma mais justa. A melhor maneira de incentivar um novo mercado é fazendo com que o estado pese menos sobre ele. Ainda há muito espaço para incentivos, como redução ou isenção de diversos impostos envolvendo veículos elétricos, como ICMS, IPI, IOF e tantos outros Is…

    Claro que nada disso é simples. Não basta boa vontade política para deixar de arrecadar um recurso. Você precisa garantir que a ausência dele não afete as contas públicas ou obter uma nova fonte de receita. Além disso, precisa ser muito bem justificada a desoneração e apresentar benefícios coletivos para que a proposta seja aceita.

    Com certeza o benefício existe e já foi bem exposto, senão não teríamos tantos estados que já aprovaram a isenção do IPVA, como DF, PE, MA, PI, RN, SE, PR e RS.

    Alguns estados, como RJ, aplicam alíquotas menores para veículos elétricos. Todavia, não é o caso do estado de São Paulo. A maioria das pessoas confundem a restituição da quota-parte da prefeitura de São Paulo e pensam que o estado aplica algum benefício.

    Para ser bem sincero, o estado de São Paulo tem se mostrado bem tímido em relação à mobilidade elétrica. Como um motorista de App, é bem frustrante ver que uma parte da economia que você fez com o carro elétrico ao longo do ano pode ir embora em apenas três parcelas do IPVA.

    Tenho esperanças de que os estados que ainda não assumiram um compromisso real com a mobilidade elétrica tendem a seguir os pioneiros. Não se trata nem de incentivo, mas de justiça para com aqueles que adotam uma forma mais sustentável de se locomover.

    Então, meu caro leitor, se você quer fazer algo para incentivar a mobilidade elétrica, me ajude para que esse texto chegue aos representantes (deputados, secretários e governadores). Vamos começar a demonstrar a importância de um compromisso real com o transporte sustentável.

    Até mais.