A produção de carne por hectare no Brasil aumentou 20% nos últimos dez anos, passando de 55 kg para 65,8 kg. Em Mato Grosso e Goiás, essa cifra sobe para 40%, alcançando 75 kg por hectare. Esse avanço é resultado de investimentos em tecnologia e melhoramento genético, com destaque para técnicas como FIV e seleção genética.
Caso da Agropecuária LS
A Agropecuária LS, com propriedades na região do Araguaia, entre Goiás e Mato Grosso, é um exemplo de sucesso. Investindo em seleção genética, o grupo aumentou seus resultados em 130% em três anos. Paulo Siqueira de Melo, proprietário do grupo, destaca que a seleção criteriosa e o foco na pecuária de ciclo curto foram fundamentais para esse crescimento.
Transformação do Modelo de Negócios da Pecuária
Matheus Ladeia, CEO do grupo erural, aponta que o investimento em tecnologia está revolucionando a pecuária brasileira. A gestão empresarial agora inclui ferramentas digitais, como e-commerce e leilões virtuais, ampliando o alcance e as oportunidades de negócios na pecuária.
Projeto “LS Todos os Cantos”
O projeto “LS Todos os Cantos” visa levar tecnologia e genética de ponta para todo o país. No dia 21 de setembro, o leilão de touros, fêmeas, sêmen e embriões será realizado no Sindicato Rural de Cocalinho (MT), com transmissão ao vivo pelo YouTube da erural. A iniciativa segue a rota de sucesso do projeto “Todos os Cantos” de Marília Mendonça.
Sobre a Agropecuária LS
A Agropecuária LS é renomada por sua tradição e inovação na seleção de Nelore Funcional, com uma história de excelência no Brasil. Desde 1988, a empresa se dedica à seleção de bovinos superiores, consolidando-se como referência no setor.
Sobre a erural
A erural conecta pecuaristas a criadores de genética de ponta, oferecendo uma experiência de compra e venda totalmente online e segura. Com mais de 2 mil eventos realizados e R$ 150 milhões transacionados, a plataforma se destaca por sua inovação e eficiência.
Informações do Evento
Live de Apresentação: 20 de setembro de 2024
Data do Leilão: 21 de setembro de 2024
Horário: 13h
Local: Sindicato Rural de Cocalinho-MT
Destaques: 50 reprodutores, 10 fêmeas, pacotes de embriões e sêmen, e venda de um touro de central
Dezesseis bovinos da raça Senepol já foram abatidos para o Rústico: Churrasco, Cerveja e Viola marcado para o dia 14 de setembro, no aeroporto do Grupo Bom Futuro, em Cuiabá. A qualidade e sabor da proteína será oferecida no evento estão entre as principais preocupações da organização. Maciez e suculência estão garantidas nas 15 estações oferecidas ao público.
Criador de Senepol há 13 anos, Fábio Melo que também é presidente da Associação Brasileira dos Criadores de Bovinos da Raça Senepol e fornecedor da proteína que será servida no Rústico, conta que a carne para o evento tem mais de quatro pontos de marmoreio. “Tem cerca de sete milímetros (mm) de gordura subcutânea e 4 pontos de entremeada, o que garante mais sabor, maciez e suculência”.
Ele explica ainda que a gordura subcutânea é aquela que está entre o couro do animal e a carne. Criador de gado Puro de Origem (PO), Melo enfatiza que este acabamento da carcaça é importante para garantir uma carne ainda mais saborosa. A quantidade de animais abatidos para o evento equivale a cerca de dois mil quilos de proteína.
Evento
O Rústico Churrasco: Cerveja e Viola marca o encerramento da GrennFarm – Feira Internacional do Agronegócio, que acontece nos dias 12 e 14 de setembro, no aeroporto do Grupo Bom Futuro, em Cuiabá. No Rústico serão 15 estações de cortes especiais de carne bovina, além de preparações suínas, ovinas, de frango e até de frutos do mar.
A previsão é de que sejam consumidas cerca de 2,5 toneladas de proteína animal durante o evento. O público estimado é de duas mil pessoas. A música também já está garantida com shows nacionais das duplas sertanejas Pedro Paulo & Alex e Wesley & Conrado.
De acordo com a organização do Festival Rústico, o público vai apreciar boa festa com conforto e gastronomia de raiz. O espaço está sendo preparado com atenção voltada para todos os detalhes que garantam conforto aos participantes. A diversão da criançada está garantida com total segurança, o “cantinho” conta com parque e brinquedos.
Ingressos
Os ingressos já estão disponíveis no rusticobbq.com.br, mais informações pelo telefone (65) 98104-3973 e as novidades serão atualizadas nas redes sociais, @festivalrusticobbq.
Programação- Rústico: Churrasco, Cerveja e Viola Data: 14 de setembro Horário: a partir das 15h – Open de churrasco até 19h Local: Aeroporto Bom Futuro
Acesso para o Setor Único: Lote Promocional – limitado Meia entrada e meia Solidária: R$ 200,00 (150 tx open churrasco + 50 ingressos)
Inteira R$ 250,00 (150 tx open churrasco + 100 ingresso) Meia-solidária: levar 1kg de alimento não perecível no evento.
Censura: Livre – menor de idade apenas acompanhado por responsável legal PCD: ingresso será fornecido na portaria no dia e horário do evento, mediante apresentação de documento válido com foto. O mesmo é válido para seu acompanhante.
Os preços médios da carne de frango no Brasil encerraram o mês de agosto em recuperação, após uma queda observada em julho. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse aumento é impulsionado principalmente pela demanda interna aquecida, especialmente durante a primeira quinzena do mês, período que coincide com o recebimento de salários pelos consumidores.
Além da demanda aquecida, a menor disponibilidade interna de carne de frango também contribuiu para a elevação dos preços. No caso do frango vivo, o cenário foi semelhante: o aumento na procura e a oferta reduzida do animal ajudaram a alavancar as cotações no mercado doméstico.
Contrariando o movimento positivo no mercado interno, as exportações brasileiras de carne de frango in natura seguem em ritmo enfraquecido, mostrando uma dinâmica distinta em relação ao mercado nacional. A continuidade desse cenário pode refletir na estratégia de comercialização dos produtores brasileiros, que poderão focar mais no atendimento da demanda doméstica diante do cenário externo menos favorável.
Com pelo menos 15 estações de carnes, onde serão servidos cortes variados e especiais de proteína animal, o Rústico Churrasco, Cerveja e Viola será realizado no dia 14 de setembro, no aeroporto do Grupo Bom Futuro, em Cuiabá-MT. A previsão de que seja consumida mais de 1,5 tonelada de carne ao público de duas mil pessoas. Os ingressos já estão disponíveis no rusticobbq.com.br.
A música também está garantida, com a confirmação das duplas sertanejas Pedro Paulo e Alex e ainda, Wesley e Conrado. Esta última traz para o público o sucesso “Chama na Moda”.
Já os paranaenses Pedro Paulo e Alex, que já gravaram um DVD na capital mato-grossense, estão juntos desde 2011, e seguem cantando e divertindo o público com músicas como “Ia dar bom”, hit que tem a participação da cantora Ana Castela.
COMIDA COM SABOR E QUALIDADE – De acordo com o chefe executivo responsável pelo evento, Carlos Miranda, serão 15 mestres churrasqueiros presentes no Rústico e a participação feminina está garantida, com Ana Paula Tavares.
“Cada mestre terá uma equipe com quatro pessoas. Sendo assim, teremos cerca de 60 profissionais trabalhando para servir o que há de melhor quando o assunto é proteína animal”, destaca Miranda. Além da carne bovina senepol, também serão montadas estações com cortes suínos, ovinos, de peixe e jacaré. O sabor ficará por conta da experiência e criatividade de cada preparador, que poderá incluir um tempero próprio ao corte e criar um acompanhamento para o prato que ofertará. A certeza é de que a boa culinária estará garantida ao público.
SERVIÇO Rústico – Churrasco, cerveja e viola Data: 14 de setembro Horário: a partir das 15h00 Local: Aeroporto Bom Futuro Open de churrasco até 19h
Evento Setor Único Lote Promocional – limitado Meia e meia Solidária: R$ 200,00 (150,00 tx open churrasco + 50,00 ingressos) + R$ 10,00 TAXA DO SITE Inteira R$ 250,00 (150,0 tx open churrasco + 100,00 ingresso) + R$ 10,00 TAXA DO SITE Meia-solidária: levar 1kg de alimento não perecível no evento. Obs: Crianças menores de 10 anos não será cobrado ingresso. Vendas on-line: rusticobbq.com.br
Pontos de Venda: Prime Eventos 3 Américas – Casa de Festas – Loja 1 Pantanal shopping piso 2 – Segunda a sábado 10h às 20h – Loja 3 Salão Ampliato Jardim Petrópolis Segunda a Sábado 12h às 20h – Loja 2 Distribuidora do Loro CPA 3 Segunda a Sábado 13h às 21h
Censura: Livre (menor de idade apenas acompanhado por responsável legal)
PCD: ingresso será fornecido na portaria no dia e horário do evento, mediante apresentação de documento válido com foto. Ele é válido para seu acompanhante.
É na agroindústria que está o novo salto de desenvolvimento econômico de Mato Grosso. As terras férteis e a expansão industrial cada vez mais reforçam a vocação econômica mato-grossense na produção de alimentos. Nos últimos nove anos, o volume produzido de carne e grãos mais que dobrou.
Em 2022, os grãos e a carnes produzidos no estado alimentaram 275 milhões de pessoas, ou seja, 3,5% da população mundial, de acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec MT). Há duas décadas, Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do país. Atualmente, são 34,4 milhões de cabeças, o equivalente a 15% da criação nacional.
Além de liderar a produção, o estado também é o maior exportador de carne bovina do Brasil. No ano passado, de acordo com dados compilados pela área de Internacionalização do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), foram embarcadas 450 mil toneladas para cerca de 80 países, o equivalente a 22,27% da participação nacional, que rederam US$ 2,1 bilhões.
A projeção é de aumento nos próximos anos, já que em março o governo chinês habilitou seis nova plantas frigoríficas. Agora, 14 unidades, entre elas de bovinos, suínos e aves, podem exportar para o país asiático.
Além disso, o grupo JBS/Friboi retomou as atividades em Diamantino, e com R$ 300 milhões em investimento e capacidade de abate de 3,6 mil cabeças de gado por dia, transformou o frigorífico no maior da América Latina.
“Além da abertura de novos mercados é preciso agregar valor à nossa carne que é de extrema qualidade. O setor frigorífico é grande gerador de emprego e renda e tem alto poder de desenvolver as economias regionais”, afirma Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt.
A indústria é o setor que mais gera riqueza no país. A cada real produzido por ela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Levantamento do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt mostra que Mato Grosso tem 89 frigoríficos e no país é o estado que mais gera empregos no setor. São 23 mil funcionários, o equivalente a 18% dos mais de 130 mil profissionais que atuam em 1.098 estabelecimentos frigoríficos no Brasil.
Carne sustentável
Alguns mercados, em especial o da União Europeia, aplicam diversas restrições relacionadas aos critérios socioambientais de produção. Para isso, as indústrias estruturaram equipes internas para garantir que toda sua cadeia de fornecimento esteja em conformidade.
“Temos preocupação crescente com a rastreabilidade bovina e atuado juntos às indústrias na adoção de práticas que permitam acompanhar todas as etapas, desde a criação até o produto no mercado”, afirma Paulo Belicanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso.
Diversificação
Com abundância de grãos para fabricação de ração altamente protéica, Mato Grosso também se destaca na produção e exportação de carnes de aves e suínas. Em 2023, a exportação de carne suína teve acréscimo, comparada ao ano passado, de 44% em volume. Foram embarcadas 31,1 mil toneladas, que representam aumento de receita em 43,2%, alcançando US$ 61,3 milhões. Os maiores compradores são Hong Kong, China, Vietnã e Angola.
“União Avícola investirá R$ 180 milhões para ampliar estrutura e produção”, afirna Isabelitha Peron, diretora da empresa
A maior parte da produção de carne suína está concentrada no Médio-norte mato-grossense. Em 2022, de acordo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o estado produziu 269 milhões de toneladas de carne suína, sendo que 59% foram destinadas para outros estados, 29% para consumo interno e apenas 12% para venda internacional. Atualmente, o rebanho é de 3,1 milhões de animais.
No mesmo período, a exportação de aves mato-grossense cresceu 22,94%, atingindo 113 mil toneladas no ano passado. A receita obtida aumentou 16,88%, chegando a US$ 225 milhões. O Japão é o principal consumidor, seguido por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China e Iêmen
Conforme a Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav), o estado possuiu cinco plantas frigoríficas de aves. Somente em 2023, foram abatidos 96 milhões de animais, com média de 1,8 quilogramas cada. “No ciclo mensal, produzimos 15 milhões de aves de corte, o equivalente a 180 milhões de animais anuais”, afirma Lindomar Rodrigues, diretor-executivo da Amav.
Em Nova Marilândia, a 252 km de Cuiabá, o grupo União Avícola deve investir R$ 180 milhões para aumentar a produção e ampliar a estrutura. Segundo Isabelitha Peron, diretora da empresa, com foco no mercado islâmico e doméstico, a instalação de novos equipamentos e tecnologias ampliará a capacidade de abate de 140 mil para 200 mil aves por dia.
Rastreabilidade
As indústrias realizam verificações socioambientais de seus fornecedores de gado e, ao identificar irregularidades, interrompem a compra de animais dessas propriedades. O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), implementou o Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem) para auxiliar na regularização do produtor que está bloqueado no sistema de compras dos frigoríficos.
“Essa é uma importante ferramenta destinada ao monitoramento de áreas ilegalmente desmatadas nas propriedades, permitindo que o produtor possa evidenciar todo o seu esforço na restauração dessas áreas marcadas pelo desmatamento ilegal”, explica Caio Penido, presidente do Imac.
Caio Penido é presidente do Instituto Mato-grossense de Carne (Imac)
Instituto Senai de Tecnologia contribui com a qualidade da carne de Mato Grosso
O serviço de análise laboratorial de alimentos é uma área focada no controle e garantia da qualidade dos processos produtivos industriais para garantir o padrão dos produtos e a confiabilidade dos dados.
Você já parou para pensar em como a carne que chega à sua casa percorre um longo caminho até estar pronta para o consumo?
A rastreabilidade garante a segurança do consumidor e desempenha um papel fundamental para a indústria. Com o rastreio, é possível acompanhar o histórico de um produto do campo até o seu prato.
Os preços do suíno vivo e da carne suína seguem em alta em todas as praças acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores deste Centro, o impulso vem do bom desempenho das vendas.
Quanto às exportações brasileiras (considerando-se produtos in natura e processados), apesar de terem recuado em maio, frente ao mês anterior, o ritmo continuou intenso.
Conforme dados da Secex, analisados pelo Cepea, a média diária de escoamento foi praticamente a mesma da registrada em abril, de 4,4 mil toneladas; a queda na comparação mensal se deve ao menor número de dias úteis em maio.
No balanço, o Brasil embarcou 103,3 mil toneladas de carne suína, volume 7,4% inferior ao de abril, mas 2,7% superior ao de maio/23.
Vale ressaltar que, em abril/24, as exportações foram recordes para o período e atingiram o melhor desempenho mensal deste ano.
O Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) anunciou que irá auditar os incentivos fiscais concedidos às empresas que operam no estado. O anúncio foi feito pelo presidente do órgão, conselheiro Sérgio Ricardo, durante o Seminário “O Impacto das Moratórias da Soja e da Carne nas Desigualdades Sociais”, que reuniu mais de mil representantes do agronegócio, produtores rurais e agentes políticos nesta terça-feira (28).
A auditoria focará nas empresas signatárias das moratórias, em resposta a um pedido de 127 Câmaras Municipais, que argumentam que esses acordos prejudicam o desenvolvimento dos municípios ao impedir a circulação de bilhões de reais na economia local. Segundo o presidente do TCE-MT, “a lei diz que a empresa que recebe incentivo precisa devolver desenvolvimento e geração de emprego. Neste ano, foram destinados mais R$ 14 bilhões em incentivos pelo estado, então queremos saber o que as empresas incentivadas estão devolvendo para o cidadão de Mato Grosso”.
Durante o evento, Sérgio Ricardo apresentou dados que ilustram a discrepância na distribuição de renúncias fiscais entre as regiões do estado. Ele destacou que as áreas mais desenvolvidas recebem mais incentivos, enquanto as mais carentes recebem menos. “O que sugerimos como política pública não é que os recursos diminuam para os municípios, mas que sejam repassados de forma equilibrada em atenção aos mais pobres”, disse Ricardo.
O conselheiro-ouvidor Antonio Joaquim, que acolheu a demanda dos municípios, defendeu a fiscalização rigorosa das empresas que recebem incentivos. Ele afirmou: “Se está no orçamento, está na lei, o Tribunal de Contas tem obrigação de entrar no debate. Isso será feito a partir do laudo técnico, do relatório dos nossos auditores.”
As moratórias, que impedem a compra de soja e carne de áreas desmatadas até 2008, são vistas pelo setor como obsoletas após a aprovação do Novo Código Florestal em 2012, mas continuam em vigor devido às vantagens econômicas que oferecem às empresas signatárias. Este cenário afeta mais de 2,6 milhões de hectares, impactando pequenos produtores.
Antonio Joaquim ressaltou a natureza privada das moratórias, firmadas principalmente com empresas europeias. “Em cima de um acordo privado entre os compradores de soja, sua grande maioria instituições internacionais, estabeleceram-se esses critérios, que não existem na lei brasileira, tornando ilegal o que é legal.”
Lucas Costa Beber, presidente da Aprosoja Mato Grosso, criticou as moratórias, classificando-as como “injustiças” e destacando que o Código Florestal Brasileiro é o mais restritivo do mundo. “A moratória viola o direito de uso da terra do produtor. Sabemos que as empresas signatárias correspondem a 94% do mercado comprador, para atender um mercado de 15% que é o mercado europeu”, afirmou Beber.
O seminário abordou também questões como o Cadastro Ambiental Rural, regularização fundiária e ambiental, e rastreabilidade, e contou com a participação de diversos representantes políticos e institucionais, incluindo o senador Wellington Fagundes, deputados federais e estaduais, e líderes de associações do setor agropecuário.
A iniciativa do TCE-MT visa não apenas fiscalizar a aplicação dos incentivos fiscais, mas também propor uma distribuição mais equitativa dos recursos, buscando um crescimento econômico mais equilibrado e inclusivo para todas as regiões do estado.
Uma comitiva de vereadores de Lucas do Rio Verde viajou nesta segunda-feira para Cuiabá com o objetivo de endossar o apoio a medidas contra as moratórias da soja e da carne. Na capital, os parlamentares participarão hoje de um evento sobre o tema, organizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE) e Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), no hotel Gran Odara.
O seminário é voltado a representantes de prefeituras, câmaras e do setor agrícola, e abordará a complexidades das moratórias e seus impactos para o estado. Desta forma, os parlamentares luverdenses se juntam a mais de mil lideranças políticas de Mato Grosso para reforçar o apoio a possíveis medidas contra as moratórias, como, por exemplo, o fim de benefícios fiscais para empresas signatárias dos acordos.
“É uma responsabilidade nossa, porque vivemos do agro, e este tipo de acordo comercial é algo que interfere muito em uma região como a nossa, que é agrícola. Temos que dar essa força. Vamos reunir todos os poderes, em um movimento de apoio ao governo estadual, para que ele puna essas empresas que fizeram esses acordos, porque elas têm benefícios, então, que o governo faça seu papel”, afirmou o presidente em exercício, vereador Daltro Figur.
Além dele, também integram a comitiva os vereadores Gilson “Urso”, Marcos Paulista, Ademilson “Zinho”, Ideiva Foletto e Marcos Aurélio. “Elas estão extrapolando todo e qualquer tipo de poder. É como se a nossa Constituição não valesse de nada. E os agricultores que estão regulares, também serão punidos. E todos têm o CAR, a licença ambiental. É a vontade de alguns para beneficiar poucos”, concluiu Daltro.
Em março deste ano, a Câmara de Lucas já havia se manifestado contra a Moratória da Soja e da Carne. Após receberem representantes da Aprosoja, que explicaram os impactos para o Estado, os parlamentares luverdenses decidiram encaminhar um ofício ao governador Mauro Mendes, propondo algumas medidas contra as empresas ligadas aos acordos.
Definidas pela Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), as moratórias impedem a venda de soja e carne produzidas em áreas de desmatamento na Amazônia, ainda que abertas de maneira legal, a partir de 2008.
Os impactos das moratórias da soja e da carne sobre as desigualdades regionais em Mato Grosso serão amplamente debatidos em um seminário promovido pelo Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT) e pela Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja-MT). O evento ocorrerá no próximo dia 28, às 14h, no Hotel Gran Odara, em Cuiabá. Representantes dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como do setor produtivo, estarão presentes para discutir as complexidades e consequências dessas moratórias. Os interessados podem se inscrever através do site do TCE-MT.
A Relevância do Debate
O conselheiro-presidente do TCE-MT, Sérgio Ricardo, destacou a importância de discutir profundamente as moratórias e seus impactos para encontrar maneiras de mitigá-los. “É fundamental observar o direito de compra e o livre mercado, mas também é crucial entender como protocolos e obrigações específicas podem afetar o desenvolvimento regional e a economia”, afirmou.
Na sessão ordinária desta terça-feira (14), Sérgio Ricardo ressaltou a urgência do debate, convocando a participação ampla. Ele mencionou que o TCE recebeu solicitações de diversas entidades do setor produtivo e de 127 Câmaras Municipais para liderar essa discussão. “Mato Grosso está pedindo. É um assunto que tem prejudicado uma grande parte da sociedade e da população, por ser uma prática excludente do processo produtivo e de exportação.”
Questões Fiscais e Econômicas
Outro ponto de discussão no seminário será a manutenção dos aspectos fiscais e dos impostos relacionados à moratória. As associações, empresas, instituições do terceiro setor e órgãos do Governo Federal têm levantado questões sobre como esses fatores influenciam os protocolos de compra e a sustentabilidade econômica do setor agrícola e pecuário no estado.
O conselheiro Antonio Joaquim, que propôs a discussão no TCE-MT, afirmou que o evento será um momento de grande valor para a instituição. “Será um momento de engrandecimento do Tribunal de Contas, ampliando nossa reputação e reconhecimento. O TCE pode ser a chave para encontrar consenso em questões excludentes que ferem a soberania do Brasil.”
Parcerias e Colaborações
O evento conta com a parceria da Assembleia Legislativa do Estado de Mato Grosso (ALMT), da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), da União das Câmaras Municipais de Mato Grosso (UCMMAT), da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) e do Fórum Agro MT. Essas colaborações visam fortalecer o debate e buscar soluções integradas para os desafios impostos pelas moratórias.
Contexto das Moratórias
As moratórias da soja e da carne foram implementadas como parte de um esforço para mitigar o desmatamento e garantir práticas sustentáveis na produção agrícola e pecuária. No entanto, essas medidas têm gerado controvérsias e debates sobre seus efeitos socioeconômicos, especialmente em regiões onde a agricultura é a principal fonte de renda e desenvolvimento.
Expectativas para o Seminário
Os organizadores esperam que o seminário forneça uma plataforma para um debate abrangente sobre os impactos das moratórias e que resulte em propostas concretas para mitigar seus efeitos negativos. A participação de representantes de diferentes setores promete um diálogo diversificado e a busca por soluções que conciliem desenvolvimento econômico com práticas sustentáveis.
O evento é uma oportunidade para abordar as desigualdades regionais causadas pelas moratórias da soja e da carne, e para buscar um caminho que favoreça tanto a proteção ambiental quanto o crescimento econômico regional.
Durante a abertura da Acricorte, realizada nesta quinta-feira (16/05), no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá, representantes do setor agropecuário de Mato Grosso e autoridades do Governo do Estado reafirmaram o compromisso conjunto em impulsionar a exportação da carne bovina mato-grossense para o mercado internacional, com destaque para a China.
A busca por novos mercados e a divulgação da produção sustentável do estado para o mundo todo foram os principais pontos de destaque no evento, que reúne pecuaristas de todo o Mato Grosso.
Mato Grosso: Gigante da Pecuária Brasileira
O estado ostenta o título de maior rebanho bovino do Brasil, com aproximadamente 34 milhões de cabeças, e se destaca como um dos principais polos produtores de carne bovina do país. Reconhecendo a importância do setor para a economia local e nacional, o Governo do Mato Grosso, sob a liderança do governador Mauro Mendes, tem se dedicado a fortalecer a articulação entre os diversos atores da cadeia produtiva, com foco na expansão da comercialização da carne mato-grossense no mercado internacional.
Sustentabilidade em Foco: Desafios e Oportunidades
Em um contexto global cada vez mais atento à questão da sustentabilidade, a produção da carne bovina em Mato Grosso se encontra diante de um duplo desafio: garantir a competitividade no mercado internacional e atender às exigências cada vez mais rigorosas dos consumidores em relação à preservação ambiental. Nesse sentido, o Governo do Estado, em parceria com entidades do setor agropecuário, como a Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat) e o Instituto Mato-Grossense da Carne (Imac), vem investindo em iniciativas que visam aliar produtividade e responsabilidade ambiental.
Articulação Institucional e Programas Estratégicos
O presidente do Imac, Caio Penido, salientou a importância da atuação conjunta entre o Governo do Estado e o setor agropecuário para a conquista de novos mercados e a consolidação da produção sustentável. Ele destacou a participação ativa do Governo do Estado em debates globais sobre rastreabilidade e desmatamento zero, defendendo a sustentabilidade da produção local.
Passaporte Verde: Incentivando a Produção Responsável
Um dos exemplos das ações em prol da sustentabilidade é o programa Passaporte Verde, em desenvolvimento pelo Governo do Estado. A iniciativa visa incentivar a produção mais responsável e eficiente, através de mecanismos que reconhecem e premiam boas práticas na pecuária. O programa está em fase de implementação e busca se tornar uma referência nacional em produção sustentável.
Parceria Governo-Setor Privado: Uma Força Motriz
O presidente da Acrimat, Oswaldo Pereira, ressaltou a importância da parceria entre o Governo do Estado e o setor agropecuário para o sucesso da agenda de expansão da carne bovina mato-grossense no mercado internacional. Ele reconheceu o papel fundamental do Governo na estruturação do setor, desde o suporte técnico até a busca por novos mercados.
Dobrando a Produção com Sustentabilidade
Pereira também enfatizou que, nos últimos 20 anos, o estado dobrou sua capacidade de produção de animais, preservando 62% do seu território. Esse crescimento demonstra o compromisso do setor agropecuário com a sustentabilidade e com a preservação do meio ambiente.
Industrialização: A Chave para o Crescimento
O governador em exercício, Otaviano Pivetta, reforçou o compromisso do Governo do Estado com a industrialização da produção primária como estratégia para agregar valor à carne bovina mato-grossense e impulsionar o desenvolvimento econômico do estado. Ele destacou que a industrialização irá triplicar o PIB do estado e gerar mais oportunidades para a população.