Tag: carnaval

  • Turistas estrangeiros deixam no Brasil volume recorde de US$ 6,9 bi

    Turistas estrangeiros deixam no Brasil volume recorde de US$ 6,9 bi

    O volume de recursos deixados por turistas estrangeiros em 2023 no Brasil foi recorde – US$ 6,9 bilhões, o equivalente a R$ 34,5 bilhões – e levou o país a assumir a liderança sul-americana em termos de arrecadação no setor, conforme o ranking de 20 países divulgado nesta segunda-feira (5) pela agência ONU Turismo.

    O Brasil detém ainda o segundo lugar em recuperação pós-pandemia nas Américas, com aumento de 15% em relação ao período pré-pandêmico, atrás apenas do México, e ocupa a 14ª posição no mundo. O México aparece na décima colocação. De acordo com o levantamento da ONU Turismo, o país com maior crescimento nas receitas deixadas por estrangeiros foi a Sérvia, com 79%.

    Os recursos injetados no ano passado na economia brasileira por visitantes vindos do exterior superam em 1,5% a maior arrecadação obtida com o turismo internacional, registrada em 2014, quando o país foi sede da Copa do Mundo de futebol. A meta estabelecida no Plano Nacional de Turismo era de acréscimo de 8,58% na receita gerada pelo turismo internacional em 2023, mas o resultado apurado mostrou crescimento anual de 41%. Em 2022, os turistas internacionais deixaram no Brasil US$ 4,9 bilhões.

    O ministro do Turismo, Celso Sabino, disse à Agência Brasil que o número recorde foi resultado de vários esforços empreendidos pelo governo federal “no sentido de mostrar o Brasil para o mundo, da forma como o Brasil realmente é”. Sabino lembrou que as diversas visitas feitas pelo presidente Lula a outros países e destaco que o Brasil foi reconhecido pelo Banco Mundial como a nona maior economia do planeta no fim do ano passado.

    “Nosso país vem sendo chamado inclusive para mediar conflitos bélicos pelo mundo. Você vê a agenda do presidente Lula sendo disputada tanto pelo presidente da Rússia quanto pelo presidente da Ucrânia, por exemplo. Há uma maciça campanha de promoção dos nossos principais atrativos no mercado internacional, nas grandes feiras. E hoje, nós estamos podendo comemorar o recorde de R$ 34,5 bilhões gastos por turistas estrangeiros, em 2023”.

    Em agosto do ano passado, quando o Brasil superou a marca histórica para o mês, o ministro já começou a vislumbrar que 2023 se apresentaria como um ano de bons números para o turismo.

    Perspectivas

    Celso Sabino disse acreditar que o resultado deste ano será ainda melhor. Ele destacou que houve recorde de público nas festas de réveillon realizadas em todo o país, e ressaltou que Fortaleza registrou, em um único dia de evento, 1 milhão de pessoas. “Maceió batendo recorde de público, como Salvador, Recife, Rio de Janeiro. A crença de que o nosso país é um atrativo turístico e apresenta todas as condições para se empreender turismo, tanto por estrangeiros, como por nacionais, está ganhando corpo e uma forma orgânica e muito rápida”, enfatizou.

    Para o ministro, o carnaval deste ano deverá ter maior movimento de pessoas fazendo turismo no Brasil. Pesquisa do Ministério do Turismo sinaliza que mais de um terço da população brasileira deve fazer turismo no versão até março, sendo boa parte desse público no carnaval.

    “As cidades estão se organizando, se preparando para isso. O governo federal tem dado apoio, através dos ministérios do Turismo, do Desenvolvimento Regional, das Cidades, da Saúde, da Educação, dos Portos e Aeroportos, para que o brasileiro e o turista que venham aproveitar aqui o verão, até março, que tenham todas as condições de conforto, comodidade, segurança e infraestrutura”, acrescentou.

    O novo Plano Nacional de Turismo, aprovado no fim de janeiro pelo Conselho Nacional de Turismo, estabeleceu a meta de alcançar, em 2027, o montante de US$ 8,1 bilhões.

    Eventos

    Na quinta-feira (8), Celso Sabino participará de vários eventos no estado do Rio de Janeiro. De manhã, junto com o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, Sabino, dará entrevista coletiva no Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro – Galeão, anunciando o total de gastos efetuados por estrangeiros no Brasil, no ano passado. Em seguida, ele irá a Itaperuna, para lançamento do aeroporto daquela cidade e retornando ao Rio para cumprir agenda na sede do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). No sexta-feira (9), ao lado do prefeito do Rio, Eduardo Paes, Sabino participará do ato simbólico de entrega das chaves da cidade ao Rei Momo.

    Durante o carnaval, Sabino participará de vários eventos pelas principais cidades do país e, no dia 17, voltará ao Rio, para assistir, no Sambódromo, ao desfile das escolas de samba campeãs do carnaval 2024.

  • Previsão do tempo no Rio de Janeiro no sábado de carnaval

    Previsão do tempo no Rio de Janeiro no sábado de carnaval

    Se você quer saber a previsão do tempo no Rio de Janeiro para curtir o sábado de carnaval mais tranquilo, você veio ao lugar certo!

    Aqui te informaremos a previsão dos meteorologistas para a capital carioca, sem decepcionar os foliões que querem curtir os blocos de carnaval e até mesmo o desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro!

    Qual a previsão do tempo no Rio de Janeiro?

    Previsão do tempo no Rio de Janeiro
    Previsão do tempo no Rio de Janeiro – Foto: Canva

    O Rio de Janeiro terá um sábado de carnaval com sol e muitas nuvens, mas também com possibilidade de pancadas de chuva à tarde e à noite. A temperatura máxima deve chegar aos 30°C e a mínima aos 22°C, segundo a previsão do tempo no Rio de Janeiro da Climatempo.

    A umidade relativa do ar ficará entre 65% e 92%, e o vento soprará de sudeste, com velocidade média de 14 km/h. Há uma alta probabilidade de formação de arco-íris, de acordo com o site da Climatempo.

    O sábado de carnaval será o dia mais chuvoso do fim de semana, já que no domingo a previsão do tempo no Rio de Janeiro é de sol e aumento de nuvens de manhã, com pancadas de chuva à tarde e à noite. A temperatura máxima será de 33°C e a mínima de 22°C.

    Para quem vai aproveitar o feriado prolongado na cidade, a recomendação é se proteger do sol, usar roupas leves e se hidratar bem. Também é importante ficar atento aos alertas de chuva e evitar áreas de risco de alagamento ou deslizamento.

    Como se proteger das chuvas do Carnaval?

    Previsão do tempo no Rio de Janeiro
    Previsão do tempo no Rio de Janeiro – Foto: Canva

    A folia não precisa parar por causa da chuva! Com um pouco de planejamento e alguns truques, você pode curtir o carnaval com segurança e conforto, mesmo com o tempo chuvoso.

    Antes da festa:

    Fique de olho na previsão do tempo no Rio de Janeiro: Acompanhe os principais portais de meteorologia para saber a probabilidade de chuva durante o carnaval. Assim, você pode se preparar com antecedência e escolher blocos em locais fechados ou com cobertura.

    Escolha roupas adequadas: Opte por peças leves e impermeáveis, como capas de chuva, jaquetas e calças de nylon. Evite tecidos que absorvem água, como jeans e algodão.

    Proteja seus pertences: Use pochetes ou bolsas impermeáveis para guardar seus documentos, dinheiro e celular.

    Calçados: Escolha sapatos confortáveis e antiderrapantes, como tênis ou botas. As rasteirinhas e sandálias podem ser perigosas em pisos molhados.

    Durante a festa:

    • Mantenha-se hidratado: Beba bastante água, mesmo com o clima frio. A chuva pode causar desidratação, especialmente se você estiver dançando e se movimentando muito.
    • Cuidado com a eletrônica: Evite usar o celular na chuva ou em locais úmidos. Se precisar utilizá-lo, use capas protetoras ou mantenha-o em um local seguro.
    • Fique atento aos seus arredores: Tenha cuidado com áreas alagadas, fios caídos e outros perigos que podem surgir com a chuva.
    • Abrigue-se em caso de necessidade: Se a chuva ficar muito forte, procure um local seguro para se abrigar, como um bar, restaurante ou ponto de ônibus.

    Dicas extras:

    • Use maquiagens à prova d’água para evitar que borrem com a chuva.
    • Leve uma muda de roupa extra para trocar caso você se molhe.
    • Mantenha o bom humor! A chuva não precisa estragar a sua festa.
    • Com essas dicas, você vai curtir o carnaval com segurança e conforto, mesmo com o tempo chuvoso!

    Lembre-se:

    • A segurança é sempre o mais importante. Se a chuva estiver muito forte, é melhor ficar em casa.
    • Respeite os outros foliões e evite comportamentos perigosos.
    • Divirta-se muito! O carnaval é uma época de alegria e folia.
    • Aproveite o carnaval!
  • Ecad diz que marchinhas são as mais tocadas no carnaval

    Ecad diz que marchinhas são as mais tocadas no carnaval

    Levantamento do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), divulgado nesta quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, indica que 14 das 20 músicas mais tocadas em todo o Brasil no carnaval de 2023 eram marchinhas carnavalescas.

    Liderando o ranking aparece a música Mamãe eu quero, de Jararaca e Vicente Paiva. No carnaval do ano passado, o Ecad distribuiu R$ 19,9 milhões em direitos autorais de execução pública para mais de 12 mil compositores, intérpretes, músicos e outros artistas que tiveram suas canções tocadas desde o período de pré folia até os últimos eventos carnavalescos realizados no país. O Ecad esclareceu que muitos artistas têm suas músicas tocadas especialmente nessa época do ano e são beneficiados com o pagamento do direito autoral.

    A instituição reforça a importância do licenciamento para executar músicas durante os dias de folia. Para preservar a classe artística, o Ecad está lançando campanha de carnaval focada na conscientização sobre o pagamento do direito autoral. Intitulada Com música a folia fica melhor, a ação é voltada para quem vai utilizar música em programações e eventos carnavalescos, como organizadores e promotores de shows, trios elétricos, blocos de rua, prefeituras e casas de espetáculos, entre outros. A campanha conta com landing page (página de conversão, de captura ou de destino), depoimentos de artistas, postagens nas redes sociais e envio de e-mails reforçando a importância da música para esses eventos.

    Direito de remuneração

    A superintendente executiva do Ecad, Isabel Amorim, salientou que não existe carnaval sem música e os compositores, intérpretes e músicos têm o direito de serem remunerados quando elas tocam.

    “É importante lembrar que o direito autoral é diferente do cachê. O direito autoral pago por meio do Ecad é destinado a compositores e demais criadores das músicas tocadas em eventos, bailes, clubes e outros locais. Por isso, é fundamental que os organizadores de eventos de carnaval, sejam eles da iniciativa pública ou privada, façam o licenciamento musical”, afirmou.

    A obrigatoriedade do licenciamento musical prévio é uma determinação da legislação, por meio da Lei dos Direitos Autorais (9.610/98). A lei estipula, inclusive, que não é necessário que um evento tenha finalidade de lucro para que os seus responsáveis e organizadores tenham que efetuar o pagamento dos direitos autorais pelas músicas tocadas.

    O Ecad informou à Agência Brasil que não aplica multas. O não pagamento do direito autoral a compositores e artistas é uma violação à lei e o infrator poderá responder judicialmente pela utilização não autorizada de músicas. O Ecad destacou, porém, que esgota todas as possibilidades de negociação antes de recorrer ao Judiciário.

    Licenciamento musical

    Para o Ecad, o licenciamento musical é a garantia de que os valores em direitos autorais serão destinados a compositores e artistas cujas músicas serão tocadas no carnaval. São responsáveis por esse pagamento pessoas físicas e jurídicas que produzem e organizam shows, trios elétricos, bailes, clubes, casas de espetáculo, blocos e outras programações e eventos.

    Antes das programações carnavalescas, eles devem entrar em contato com a unidade mais próxima do Ecad para fazer o cadastro e solicitar o cálculo do valor a ser pago pela utilização musical. A licença permitirá o uso de todo e qualquer tipo de música, sem limite de execuções.

    Além da obrigatoriedade do pagamento dos direitos autorais, há também a responsabilidade de informar ao Ecad o repertório tocado e enviar os roteiros musicais.

    Segundo a instituição, é dessa forma que ela faz a identificação das músicas tocadas e a posterior distribuição dos valores arrecadados. Outra maneira de identificar as canções é por meio de gravações feitas por colaboradores do Ecad em trios elétricos, bailes e eventos durante o período dos festejos carnavalescos.

    Distribuição

    A distribuição dos direitos autorais de execução pública musical é feita com base em critérios utilizados internacionalmente e definidos por assembleia geral, composta pelas associações de música que administram o Ecad.

    De todos os valores arrecadados, 85% são distribuídos para compositores, intérpretes, músicos, editores e produtores fonográficos. As associações de música recebem 6% para suas despesas administrativas enquanto para o Ecad são destinados 9% para suas despesas operacionais.

    Ecad lança campanha “Com música, a folia fica melhor”, para pagamento de direito autoral a músicos. Foto: Ecad/Divulgação
    Ecad lança campanha “Com música, a folia fica melhor”, para pagamento de direito autoral a músicos. Foto: Ecad/Divulgação

    Ranking

    Além de Mamãe eu Quero, o ranking das músicas mais tocadas em blocos, bailes de carnaval, clubes, casas de diversão, eventos de rua, shows e trios elétricos no último carnaval, em todo o Brasil, inclui, em segundo lugar, Zona de Perigo, de autoria de Fellla Fellings, Yves, Rafa Chagas, Pierrot Junior, Lukinhas e Adriel Max. Seguem-se, pela ordem das mais tocadas, Allah-la-ô, de Haroldo Lobo e Antonio Nassara; Marcha do Remador, de Castelo e Antonio Almeida; A Jardineira, de Humberto Carlos Porto e Benedito Lacerda; Me dá um dinheiro aí, de Homero Ferreira, Glauco Ferreira e Ivan Ferreira; Eva, de Cartavetrata, Umto e Ficarelli; Ta-hi, de Joubert De Carvalho; Cabeleira do Zezé, de João Roberto Kelly e Roberto Faissal; e Não quero dinheiro, de Tim Maia.

    Na décima primeira colocação, aparecem as músicas Cachaça, cujos autores são Heber Lobato, Lucio de Castro, Marinosio Filho e Mirabeau; Vassourinhas, de Batista Ramos e Mathias da Rocha; Quem sabe, sabe, de Jota Sandoval e Carvalinho; Tesouro de pirata, de Fuzza, e Ziriguidum, de Marcelão; País tropical, de Jorge Ben Jor; Cidade Maravilhosa, de Andre Filho; O teu cabelo não nega, de autoria de Raul Do Rego Valença, João Valença e Lamartine Babo; Saca-rolha, de Zilda do Zé, Zé da Zilda e Waldir Machado; Arerê, de Gilson Babilonia e Alaim Tavares; e, fechando o ranking, Mulata iê iê iê, de João Roberto Kelly.

  • Ícone do carnaval carioca, Quinho morre aos 66 anos

    Ícone do carnaval carioca, Quinho morre aos 66 anos

    Faleceu nesta quarta-feira (03) o cantor Quinho do Salgueiro. Aos 66 anos, Melquisedeque Marins Marques sucumbiu a uma batalha contra o câncer de próstata, culminando em complicações respiratórias no Hospital Municipal Evandro Freire, na zona norte do Rio de Janeiro.

    Quinho, reconhecido por seu papel como intérprete da Acadêmicos do Salgueiro, deixou um legado significativo no universo do samba. Sua voz ressoou nos desfiles campeões de 1993, com o memorável “Peguei um Ita no Norte”, e em 2009, com o enredo “Tambor”.

    O início da carreira de Quinho remonta ao bloco Boi da Ilha, precursor da União da Ilha, onde começou sua jornada no mundo do samba. Ao lado de Aroldo Melodia, integrou a escola da Ilha do Governador, tornando-se, em 1985, o intérprete principal. Ito Melodia, intérprete da Unidos da Tijuca e filho de Aroldo Melodia, destacou a influência e o legado deixados por Quinho, afirmando que ele era um grande exemplo para a comunidade do samba.

    O cantor também marcou presença no carnaval paulista, representando a escola de samba Rosas de Ouro em 2000. A agremiação paulistana expressou suas condolências, enaltecendo Quinho como um dos grandes puxadores de samba na história do carnaval brasileiro.

    Repercussão

    A escola de samba Salgueiro, em postagem no Instagram, expressou seu pesar, destacando a relação profunda que Quinho mantinha com a agremiação. Ele não era apenas um talentoso intérprete; era a própria voz que ecoava nas vitórias e desfiles, entrelaçando-se intimamente com a alma do Salgueiro.

    Neguinho da Beija-Flor, um dos ícones do carnaval carioca, lamentou profundamente a perda de Quinho, descrevendo-o como um irmão, grande amigo e parceiro. Ele ressaltou que a morte de Quinho representa uma significativa lacuna no espetáculo audiovisual grandioso que é o carnaval brasileiro.

    Velório e sepultamento

    O velório de Quinho está marcado para a tarde desta quinta-feira, na quadra do Salgueiro, com o sepultamento agendado para sexta-feira (5), às 13h, no cemitério da Cacuia, na Ilha do Governador.

    A comunidade do samba lamenta a partida de Quinho do Salgueiro, reconhecendo a importância de sua contribuição para a rica tapeçaria cultural do carnaval. Sua voz permanecerá viva nas memórias dos foliões e na história das escolas de samba que teve a honra de representar.

  • Carnaval de São Paulo terá recorde com 676 blocos na avenida

    Carnaval de São Paulo terá recorde com 676 blocos na avenida

    O carnaval de rua de São Paulo deve ser ainda maior em 2024. Segundo a prefeitura da cidade, 676 blocos carnavalescos já se inscreveram para participar da folia, batendo recorde e consolidando o evento como o maior do país em termos de festa de rua. No ano que vem, o carnaval será nos dias 10 (sábado), 11, 12 e 13 de fevereiro.

    A fase de registro de blocos terminou no dia 31 de outubro. As inscrições foram divididas em duas etapas: na primeira fase, 385 desfiles foram cadastrados e, na segunda etapa, mais 291.

    Festa de graça

    A expectativa da prefeitura é que 15 milhões de pessoas participem do carnaval de rua de São Paulo no próximo ano, evento que é gratuito.

    Em São Paulo, a folia de rua terá oito dias: entre 3 e 4 de fevereiro haverá o pré-carnaval; de 10 a 13 de fevereiro, a folia de carnaval; e, entre 17 e 18 de fevereiro, a festa se encerra com o pós-carnaval.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Escolas vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo em 2024

    Escolas vão levar lendas e encantarias ao Sambódromo em 2024

    A Imperatriz Leopoldinense está confiante no bicampeonato. Para conquistar novamente o título aposta no enredo baseado no livreto O testamento da cigana Esmeralda, do poeta pernambucano de cordel Leandro Gomes de Barros.

    Apaixonado pela produção artística da cultura brasileira, o carnavalesco Leandro Vieira disse que a escolha surgiu de uma pesquisa que fez quando estava debruçado no ano passado na literatura de cordel para falar de Lampião no enredo O Aperreio do Cabra Que o Excomungado Tratou com Má-querença e o Santíssimo Não Deu Guarida, campeão de 2023.


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    Enredo da Imperatriz Leopoldinense – Foto Divulgação

    Agora, para 2024, o tema é Com a sorte virada pra lua, segundo o testamento da cigana Esmeralda. Leandro Gomes de Barros é autor de cordéis que inspiraram o escritor, filósofo e dramaturgo paraibano Ariano Suassuna a escrever o Auto da Compadecida.

    No meio da produção literária do Leandro Gomes de Barros, chamado pelo carnavalesco de “um paraibano incrível”, encontrou o livreto Testamento da Cigana Esmeralda, que é ficcional e, para ele, traz um olhar do autor para a mística do universo cigano e, a partir disso, expressa a forma como vê a cultura popular.

    “A ideia de adivinhações, da leitura das mãos, da sina de uma pessoa guardada na palma da mão, a influência dos astros e do zodíaco, ou seja, é cultura popular brasileira na veia, e tudo que tem cultura popular na veia, me encanta. Achei que esse era um mote muito bom para a produção de uma nova apresentação, sobretudo para mim, que desde da saída da Mangueira [em 2022] para a Imperatriz tenho investido nessa ideia de carnaval ficcional. O carnaval mais voltado para o delírio”, disse o carnavalesco em entrevista à Agência Brasil.

    Na visão de Leandro Vieira, a comunidade da escola recebeu o enredo de 2024 ainda sob o impacto do anterior e do campeonato. “Esse enredo, que de alguma forma é uma continuidade da Imperatriz Leopoldinense no campo do delírio, é recebido com muito calor, porque cria-se uma expectativa de que a Imperatriz pode se dar bem com isso. A comunidade avalia muito bem essas possibilidades de se dar bem, de se mostrar poderosa, pujante e viva”, avaliou.

    Leandro Vieira, que gosta de manter em sigilo a divisão dos setores, “para preservar determinadas coisas para o dia [do desfile]”, revelou que o enredo é livremente inspirado no Testamento da Cigana Esmeralda, e um dos momentos do desfile estará dedicado a ideia de decifrar o mundo de sonhos, que, para ele, é uma das páginas mais interessantes da obra do Leandro Gomes de Barros.

    “Se você sonhar com isso é porque vai acontecer isso, se sonhar com aquilo é porque vai acontecer determinada situação, [sonhar] com um sultão é um sonho que traz mal presságio, se sonhar com cisne é candura, com a rosa encarnada vai encontrar um amor. Acho essa uma passagem tão bonita, sobretudo, para o universo do meu trabalho e também da escola que eu represento, que é o subúrbio”, disse.

    A quiromancia, a leitura da mão, totalmente identificada com a cultura cigana, também estará no desfile, como ainda a influência dos astros. Todo esse universo místico, todo esse conjunto de saberes ancestrais e super populares, estão envolvidos no desenvolvimento do enredo”, completou.

    A Imperatriz continua este ano pela segunda vez consecutiva com a disputa de samba enredo aberta a todos os compositores interessados, mesmo que sejam de outras escolas ou ainda filiados a entidades musicais. O esquema de tira dúvidas, adotado pelas escolas para esclarecer aspectos do enredo com o carnavalesco, ocorreu em junho. As entregas das composições na quadra serão em agosto e a seleção começa em setembro.

    A equipe de carnaval está no meio do processo de desmonte das alegorias do ano passado e Leandro está desenhando os figurinos. “A nossa expectativa é começar o processo de ferragens [para a montagem dos carros alegóricos] na segunda quinzena de julho”, informou.

    Unidos da Tijuca


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    Carnavalesco da Unidos da Tijuca, Alexandre Louzada – Foto Divulgação

    Quem gosta de fábulas, mistérios e lendas populares, certamente vai se envolver com o desfile da Unidos da Tijuca no próximo carnaval. A azul pavão e amarelo-ouro da zona norte do Rio de Janeiro conta com o enredo O Conto de Fados para encantar a Sapucaí e garantir o título, que não conquista desde 2014.

    O tema propõe uma viagem a Portugal para mostrar diversos aspectos da história do país. Começa que o nome do país, seguindo a mitologia grega, era Ofiussa, a Terra de Serpentes. “A gente vai contar a história de Portugal, antes mesmo de [o nome] Portugal existir, mas baseada na tradução literal de Fado, que além de ser um gênero musical lusitano, significa destino. Então, vamos contar o destino de Portugal através de sua mitologia, das suas lendas e histórias que ainda não foram contadas. Não é o Portugal que as pessoas possam imaginar com o que já foi falado e mostrado. É mais baseado nas lendas”, explicou o carnavalesco Alexandre Louzada à Agência Brasil.

    Conforme a lenda, segundo Louzada, uma rainha que era metade mulher, metade serpente, morava em Ofiussa, península mitológica que Ulisses queria desbravar antes de voltar da Odisseia. Ainda na lenda, a rainha se apaixonou pelo herói grego e ergueu uma cidade em homenagem a ele, que inicialmente se chamou Olissippo, depois Olisipo. Com o passar do tempo em uma corruptela da palavra se tornou Lisboa, atualmente a capital de Portugal.

    “Na lenda, as sete colinas que circundam a cidade de Lisboa foram formadas pela ira dela desse amor que sentiu pelo guerreiro e não foi correspondida, porque ele abandona ela e vai embora”, disse o carnavalesco, acrescentando que tudo isso é contado no enredo por meio da mitologia.

    Mais adiante no tempo, com os movimentos de migração de celtas e vikings começaram a surgir vários povoados e, de acordo com o carnavalesco, o território passou a ser cheio de magia. O enredo vai mostrar as influências do domínio romano e na sequência dos mouros na cultura, nas artes, na ciência e na arquitetura local.

    Uma das influências da época, os azulejos são até hoje uma das características do país. Conhecido anteriormente por Condado Portucalense, após a reconquista cristã da Península Ibérica, passou a ter a denominação de Reino de Portugal.

    Fazia tempo que o enredo já estava na cabeça do carnavalesco por achar que a história era bem o estilo da Tijuca, caso um dia fosse responsável pelo carnaval da escola. “Não é uma visão romântica de Portugal. Na verdade é uma grande história que se está contando através das lendas e dos mitos. Para tudo em Portugal existe uma história, até mesmo os doces portugueses. Pouca gente sabe que os doces eram chamados de conventuais porque nasceram dentro dos conventos. As freiras utilizavam a clara de ovo para engomar o hábito e com as gemas passaram a produzir doces”, explicou.

    As revelações não param. Segundo Louzada, a flor que simboliza Portugal é a alfazema, mas depois o cravo vermelho passou a ser emblemático com a revolução do dia 25 de abril de 1974. Os grandes escritores como José Saramago e Fernando Pessoa e a cantora Amália Rodrigues também serão lembrados. “Todas aquelas pessoas que mostraram a alma portuguesa para o mundo”.

    Para demonstrar a devoção dos portugueses, a ligação do país com o catolicismo será representada pelos santos como Nossa Senhora de Fátima, que arrasta milhões de peregrinos do mundo inteiro para a sua basílica, onde teria ocorrido a sua aparição. “Implicitamente ela representa o amor de mãe e a gente pede a proteção dela à Tijuca que está homenageando a terra onde apareceu”, relatou, acrescentando que galo de Barcelos, um dos símbolos do país, também tem origem católica, por ser baseado em um milagre que teria ocorrido para provar a inocência de um peregrino apontado de um crime.

    Será na parte das grandes navegações que a Tijuca terá um momento crítico, quando são exaltadas e questionadas por poemas de Camões, apontando que elas trariam a degradação de uma terra e a escravidão de um povo, toda a dor que isso causaria por ganância. “A gente quando aborda as grandes navegações não é enaltecendo simplesmente Portugal. É mostrando os dois lados da moeda. Essa história precisa ser reescrita e reinventada, por toda a devastação que uma invasão proporciona à terra”, disse.

    Recepção

    A forma como foi recebido na escola, leva Louzada, que estava na Beija-Flor, a ter muita expectativa para o carnaval. “Eu quero sinceramente devolver a alegria à comunidade do Borel [morro onde originalmente havia a sede da escola], resgatar a minha satisfação como carnavalesco com aquilo que posso fazer e com o apoio que estou tendo aqui. Não me foi cobrado o campeonato, mas lógico que isso não sai da minha cabeça. Estou com carnaval para isso. Só espero acontecer”, afirmou.

    Quanto ao samba, Louzada prefere esperar a fase de apresentações dos concorrentes na quadra, que começa em 3 de agosto, para avaliar. “Isso acontece em várias escolas e a Tijuca não é diferente, os sambas se modificam muito quando vão para a quadra, mas grandes parcerias estão na Tijuca e espero que o samba vencedor vá se mostrando aos poucos na preferência da comunidade”.

    Viradouro


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    Desfile da Viradouro – Foto : Tomaz Silva/Agência Brasil

    Em 2024, a Unidos do Viradouro vai levar para o Sambódromo o enredo Arroboboi, Dangbé. “Um facho sinuoso desliza sobre o chão, chacoalha as folhas, estremece a terra e borbulha as águas. É Dangbé, o vodum da proteção, do equilíbrio e do movimento. Nele, nada principia nem finda, tudo avança, tudo retorna. É o constante rodopio do universo, o círculo fechado, sentido materializado pela imagem da cobra engolindo a própria cauda”, destaca o texto.

    Em outro trecho informa que “A manutenção das crenças dos povos da região da Costa da Mina vive na perseverança das sacerdotisas voduns, mulheres escolhidas e iniciadas em ritos de louvor à serpente sagrada, cujas trajetórias místicas se entrelaçam em combates épicos, camuflagens táticas e resiliência vital”.

    O carnavalesco Tarcísio Zanon, autor do enredo, disse que a ideia surgiu enquanto fazia ainda as pesquisas para Rosa Maria Egipcíaca, o tema do carnaval de 2023. Contou que durante o processo do ano passado, conheceu o escritor mineiro Moacir Maia, que lançou um livro sobre as sacerdotisas voduns. “A partir daí comecei a pesquisar mais sobre o vodum e Dangbé, essa divindade ofídica, a figura da serpente que foi divinizada no reino de Uidá e que até hoje tem um templo em devoção a ela. Durante a pesquisa fui descobrindo mais coisas de como essa divindade e esse culto chegaram ao Brasil”, disse à Agência Brasil.

    “É o primeiro enredo que faço completamente afro. Boa parte dele passa-se em África, na região onde era o Reino de Daomé. Tem toda uma veia mística, religiosa, de um culto pouco difundido. Todos esses mistérios eu gosto muito de trazer à tona para o grande público. Tem essa veia mística que eu gosto e a Viradouro se identifica muito”, disse.

    Zanon destacou ainda que o enredo tem um protagonismo feminino uma vez que a energia perpassa por corpos femininos e chega ao Brasil por meio de Ludovina Pessoa, que veio ao Brasil com a missão de perpetuar os cultos voduns no país. O texto que apresenta o enredo diz que Ludovina “tornou-se o pilar de terreiros consagrados aos voduns, entre eles o Seja Hundé, na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano, e o Terreiro de Bogum, erguido no coração de Salvador”.

    “Até hoje existem as sacerdotisas voduns que protegem e são protegidas pela energia de Dangbé”, disse Zanon.

    Para o carnavalesco, uma das motivações de desenvolver este enredo é desmistificar o tema. “Uma vez que a gente tem uma demonização das religiões afro, e principalmente o vodum, que foi tão mal divulgado ao longo do tempo, e as pessoas têm uma ideia de que o vodum é dos bonequinhos espetados, na verdade não é nada disso. Na verdade, a palavra vodum significa na língua originária ‘vovodum, tudo de bom para você’, então, é um conjunto de magias utilizado para fazer o bem às pessoas, para a cura, para adivinhações, de projeções de futuro e um culto de respeito à natureza. A ideia de trazer este enredo, também é de desmistificar e dialogar sobre o racismo religioso que ainda existe tão forte ainda no Brasil e trazer um culto tão pouco difundido no Brasil”, explicou.

    O carnavalesco lembrou que a comunidade estava ansiosa por ter um enredo afro na sequência da Rosa Maria Egipcíaca que foi muito elogiado pela maneira como se desenvolveu na avenida. “Já era um desejo da comunidade de ter um enredo afro, e mais que isso, a Viradouro tem tido enredos que trazem informações, conceitos e histórias novos. Isso tem levado a comunidade a gostar desse tipo de enredo e estudar mais. Tenho sentido que estão bem felizes com essa temática”.

    Ele citou a mensagem de um componente da escola com o lançamento do enredo. “Tarcísio me fazendo ler mais do que na época que eu estudava. Achei isso ótimo. Essa é nossa missão também, de trazer leitura, conhecimento, cultura”.

    Samba

    De acordo com Zanon, os compositores que estão criando os sambas para participarem da seleção entenderam bem a mensagem do enredo. “É um enredo que nasce de uma forma intuitiva, mas que fala de uma divindade que é divinizada a partir de uma vitória na guerra. Todo tempo a gente tem esse espírito aguerrido da serpente sagrada, como o espírito dessas mulheres para proteger o culto delas. A gente sente que virá um samba forte, místico, com essa força africana”, disse, acrescentando que 80% do projeto do carnaval 2024 estão prontos no papel, as alegorias de 2023 já foram desmontadas e começou a montagem das ferragens das alegorias para o próximo desfile.

    Edição: Fernando Fraga

  • Como fazer torresmo crocante e sequinho

    Como fazer torresmo crocante e sequinho

    O torresmo é um petisco irresistível que agrada muita gente. Feito com a pele do porco, ele fica crocante por fora e macio por dentro, além de ter um sabor marcante e salgado. Mas como fazer torresmo em casa sem errar? É mais fácil do que você imagina!

    Como fazer torresmo: Passos simples

    O segredo para um torresmo perfeito está na escolha da matéria-prima, no corte, no tempero e no modo de fritura. Confira a seguir os passos para preparar essa delícia:

    • Escolha uma pele de porco de boa qualidade, sem muita gordura e sem pelos. Você pode comprar já cortada ou cortar em casa, em pedaços pequenos ou grandes, como preferir.
    • Lave bem a pele de porco e seque com papel toalha. Tempere com sal e pimenta-do-reino a gosto. Você também pode adicionar outros temperos, como alho, cebola, orégano, páprica, etc.
    Como fazer torresmo
    Como fazer torresmo – Foto: Canva
    • Coloque a pele de porco em uma panela grande e cubra com água fria. Leve ao fogo alto e deixe cozinhar até que a água seque completamente. Esse processo vai deixar o torresmo mais macio e facilitar a formação da casquinha crocante.
    • Quando a água secar, abaixe o fogo e deixe o torresmo fritar na própria gordura que vai se soltar. Mexa de vez em quando para não grudar no fundo da panela. Frite até que fique bem dourado e crocante.
    • Retire o torresmo com uma escumadeira e coloque sobre papel absorvente para eliminar o excesso de gordura. Sirva quente ou frio, como preferir.

    Pronto! Agora você já sabe como fazer torresmo em casa de forma simples e prática. Aproveite essa delícia com uma cerveja gelada ou um suco natural. Bom apetite!

  • Campeã: Imperatriz Leopoldinense celebra fim de jejum de 22 anos

    Campeã: Imperatriz Leopoldinense celebra fim de jejum de 22 anos

    Quando as últimas notas do quesito bateria foram divulgadas, a mesa onde estavam os componentes da Imperatriz Leopoldinense foi tomada por uma mistura de choro e gritos. O nono título de campeã do carnaval do Rio de Janeiro veio depois de mais de vinte anos de jejum. A última conquista foi em 2001. De lá para cá, a escola ainda amargou um rebaixamento em 2019, até conseguir voltar para o Grupo Especial em 2022.

    Cátia Drumond, presidente da escola de Ramos, na zona norte da cidade, comemorou a história de recuperação da escola, que retornou ao lugar de protagonista da Sapucaí.

    “É a volta por cima da escola, com uma nova gestão, com um novo carnavalesco sensacional, o Leandro Vieira, o mestre de bateria, Luiz Alberto Lolo, e todos os demais. Eu só tenho que dar parabéns para todos e agradecer. É muita felicidade. Tenho certeza de que o Complexo do Alemão está em festa”.

    O intérprete Pitty de Menezes disse que o título veio graças à junção precisa de técnica e paixão.

    “Foi um trabalho muito árduo e sério. A presidente reforçou a equipe, trabalhou com muito amor. A comunidade acreditou no trabalho, se entregou e hoje veio a consagração. Esse campeonato é para todo o Complexo do Alemão. Para Ramos, Olaria, Bonsucesso, todo mundo que acreditou na Imperatriz. O sonho virou realidade”.

    Vice-campeã

    A atriz Erika Januza, rainha de bateria da Viradouro, afirmou que não ficou desapontada com o resultado. A escola de Niterói, na região metropolitana do Rio, foi a vice-campeão esse ano.

    “Foi um desfile muito emocionante da escola. Estamos com essa sensação de dever cumprido. Um trabalho impecável. A gente dá os parabéns para a Imperatriz, que fez um desfile lindo. E carnaval é isso. Perdemos por um décimo, mas a gente está muito feliz. Tenho certeza de que na quadra da Viradouro todo mundo vai celebrar”.

    No próximo sábado (25), seis escolas voltam à Sapucaí para o Desfile das Campeãs. Além de Imperatriz Leopoldinense e Viradouro, Unidos de Vila Isabel (3º lugar), Beija-Flor de Nilópolis (4º lugar), Estação Primeira de Mangueira (5º lugar) e  Acadêmicos do Grande Rio (6º lugar) participam da festa.

    Edição: Aline Leal

  • Medidas de segurança podem prevenir fraudes financeiras na folia

    Medidas de segurança podem prevenir fraudes financeiras na folia

    As facilidades de movimentações financeiras, com pagamentos por meio de cartões ou de aplicativos, podem expor os consumidores a riscos de fraudes, no carnaval. Mas, algumas medidas preventivas podem dificultar a ação de criminosos, nas  aglomerações geradas pela folia. A Agência Brasil reuniu orientações da Federação dos Bancos do Brasil (Febraban), do Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) e de especialistas para os foliões curtirem a festa em segurança.

    É importante que o consumidor mantenha-se atento no momento de pagar com cartão. A Febraban aponta que um golpe comum nesta época do ano é a troca do cartão por golpista que se passa por ambulante. O diretor do Comitê de Prevenção a Fraudes da Febraban, Adriano Volpini, explica como ocorre a fraude: “o golpista usa algum truque e desvia a atenção do folião para que a vítima digite a senha no campo destinado ao valor da compra. Isso permite que bandido descubra o código secreto. É importante ressaltar que o campo de senha deve mostrar apenas asteriscos”.

    “Também é muito importante que a própria pessoa insira o cartão na maquininha e confira se o cartão devolvido é realmente o seu”, acrescenta Volpini.

    O carnavalesco deve também digitar a senha de modo que não seja vista por outros, verificar o valor digitado na maquininha, pedir o comprovante impresso e conferir a operação pelo aplicativo do banco.

    Há ainda casos de golpistas que entregam a maquininha para o cliente digitar a senha do cartão e observam os números marcados. Também é comum que o falso vendedor entregue para o comprador a máquina com o campo destinado ao valor da compra e não ao código secreto, fazendo com que se descubra a senha.

    A federação também pede atenção ao visor da máquina, que se estiver danificado, o consumidor não deve inserir o cartão. Além disso, é importante pedir sempre o recibo impresso da transação ou verificar se o valor está correto nas mensagens da instituição financeira. No caso de pagamento via QR Code ou transferência, conferir sempre o valor e o destinatário do dinheiro. Em caso de roubo, o banco deve ser comunicado imediatamente e o consumidor deve registrar um boletim de ocorrência.

    Pagamento por aproximação

    O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) alerta que o pagamento por aproximação requer cuidados. Um golpista pode se aproximar de bolsos, mochilas e pochetes para debitar valores em cartões. Para maior segurança, os seguidores de blocos de rua devem optar por levar dinheiro trocado. Mas se quiserem levar o cartão, além de reforçar a proteção, é aconselhável diminuir o limite de transação diária.

    “Além da possibilidade de máquinas com vírus no comércio, o uso com a função ativada em locais de grande circulação de pessoas pode resultar na realização involuntária de transações, por conta de golpistas que programam as maquininhas para leitura de valores aleatoriamente”, aponta Ione Amorim, coordenadora do programa de Serviços Financeiros do Idec.

    Um meio de proteção é o uso de placas ou cartões com frequência de ondas magnéticas que bloqueiam a comunicação do cartão quando não estão em uso.

    Pix

    A Febraban aconselha aos clientes reduzirem os valores de cada transação do Pix. Para isso, basta acessar a função Meus Limites Pix, no aplicativo de cada banco. No caso de pagamento via QR Code ou transferência, conferir o valor e o destinatário do dinheiro.

    Celulares

    Mais um alerta é para o caso de o folião ter o celular furtado. Como prevenção, o usuário não deve ter senhas de bancos e cartões de pagamento salvas no aparelho, por exemplo, em blocos de notas, e-mails, mensagens de Whatsapp ou em outros locais do celular. Outro mecanismo de proteção é ativação do bloqueio automático de tela inicial e biometria facial/digital para acessar o celular e os aplicativos.

    No fim de semana do pré-carnaval, em São Paulo, pelo menos 110 celulares foram furtados, segundo balanço das polícias Civil e Militar. Esses foram os aparelhos recuperados pelos agentes. Além disso, 14 pessoas foram presas durante os blocos. As ações policiais foram ampliadas neste mês para atuar e coibir crimes contra os foliões. A maior parte das ocorrências, foram de roubos e furtos.

    Porém, se mesmo com todos os cuidados, o roubo ou golpe for consumado, o banco deve ser comunicado imediatamente, para que medidas extras de segurança sejam adotadas pela entidade, como bloqueio do app e senhas de acesso. A vítima do crime deve, ainda, registrar um boletim de ocorrência na polícia local.

    Responsabilidade dos bancos

    A coordenadora do Idec chama atenção para a responsabilidade dos bancos. “As instituições bancárias e de pagamentos devem manter os consumidores informados sobre esses cuidados. Além de estabelecer um termo de adesão ao mecanismo, como informar limites por transação, onde e como proteger os instrumentos de pagamento, além do cartão físico, o aparelho de celular e smartwatch.”

    Segundo Ione, o Banco Central estabeleceu uma norma para que os bancos se ajustem às questões de segurança desse mecanismo de pagamento por aproximação, mas o prazo para entrar em vigor é julho. “Consiste em oferecer ao cliente a possibilidade de ativação e desativação do pagamento por aproximação diretamente no aplicativo da instituição. Essa medida é importante porque permite que o consumidor não fique vulnerável em situações pontuais, sem precisar ligar no banco para obter a desativação temporária.”

    Outras dicas

    Algumas medidas prévias no uso do celular podem ser adotadas para evitar dor de cabeça. Quem ensina como se proteger é o coordenador do curso de Defesa Cibernética da Faculdade de Tecnologia do Estado (Fatec) Jundiaí, Benedito Petroni:

    – Anote o número do seu IMEI – este é o número de identificação exclusivo de cada celular. Em caso de furto ou roubo, você pode ligar para a operadora e solicitar o bloqueio. Assim, o celular ficará impedido de acessar redes móveis. Um atalho para acessar o IMEI é digitar no teclado de ligações *#06# e automaticamente o número aparecerá.

    – Cadastre uma senha forte – uma palavra-chave, contendo letras maiúsculas, minúsculas, caracteres especiais e números, ajuda a fazer com que seu aparelho fique mais seguro. Não repetir a mesma senha em vários aplicativos e redes também é importante, assim como, não anotar as senhas no aplicativo de bloco de notas.

    – Caso seu telefone disponibilize, opte sempre pelo desbloqueio por digital – além do acesso ao próprio aparelho, esta é uma ótima opção de escolha para ativar a abertura de aplicativos, como por exemplo, os bancários.

    – Mantenha os aplicativos sempre atualizados. O coordenador explica que essa é uma importante medida de segurança para celulares, independentemente do sistema operacional.

    – Deixe a função NFC sempre desligada – ainda que a ferramenta de pagamento por aproximação com smartphone ofereça facilidades, mantê-la desativada é necessário, principalmente em locais com aglomerações de pessoas.

    – Use o recurso ‘Pasta Segura’ do aparelho para aplicativos que contenham informações sensíveis – o recurso pode ser usado para aplicativos bancários, e-mails, galeria de fotos e outros. Usar o desbloqueio de digital para a pasta é uma medida a mais de proteção.

    – Habilite a autenticação de dois fatores em todas as aplicações em que o recurso estiver disponível – quanto mais artifícios de segurança, menor o risco de invasão do celular ou roubo dos dados.

    – Caso seu celular tenha um aplicativo nativo de rastreamento, mantenha-o sempre ligado – este recurso vai apontar a localização do aparelho e pode ajudar nas buscas policiais. O coordenador indica ainda que, entre todas as dicas, a melhor para aproveitar a folia é: não levar o celular.

    *Estagiário sob supervisão de Camila Maciel. Colaborou Daniella Almeida

    Edição: Kelly Oliveira

  • Carnaval de Brasília: foliões buscam alegria, segurança e diversidade

    Carnaval de Brasília: foliões buscam alegria, segurança e diversidade

    Alegria, segurança e irreverência marcaram o clima do Bloco Rebu, neste sábado (18), na Praça das Fontes do Parque da Cidade Sarah Kubitschek, em Brasília. A previsão dos organizadores é de reunir cerca de 15 mil pessoas no evento.

    De acordo com as produtoras culturais e idealizadoras do bloco, Rafaella Ferrugem e Lolly Alves, a premissa do bloco é promover um espaço divertido e acolhedor para mulheres e para toda a comunidade LGBTQIAP+.

    “Somos três lésbicas que sentíamos falta de entretenimento no carnaval do Distrito Federal e decidimos criar, em 2019, um espaço que pudesse acolher com segurança esse grupo de mulheres lésbicas, bissexuais, pessoas não-binárias e transexuais com toda segurança possível”, disse Rafaella Ferrugem. “Nosso objetivo também é inspirar que outros eventos para esse público possam acontecer com mais frequência”, acrescentou.

    Nos quatro dias de carnaval, o Governo do Distrito Federal (GDF) espera que cerca de 1,5 milhão de pessoas vão às ruas para aproveitar a folia brasiliense em mais de 100 blocos. Neste ano, o efetivo policial foi reforçado para garantir a segurança dos foliões na capital.

    Animação

    Para a personal trainer Lílian Almeida, 46 anos, o bloco foi a melhor alternativa para celebrar 20 anos de amizade sem se preocupar com o risco de sofrer assédio sexual em outros eventos.

    “Escolhemos esse bloco porque acredito que em um espaço com maior diversidade, a segurança é melhor e não vai ter confusão. Acho que os eventos de carnaval melhoraram muito em Brasília, temos mais segurança para nos divertir sem assaltos ou assédios”, disse.

    A funcionária pública Janaína Maia, de 41 anos, reiterou que a escolha do grupo se baseou na segurança do bloco.

    “Essa é a minha primeira vez no carnaval do DF e optamos por esse bloco para nos divertirmos sem assédio sexual, importunações ou abordagens agressivas. A segurança fez diferença e aqui estamos vendo um ambiente acolhedor, com muitas crianças e um policiamento maior”, afirmou.

    Já o analista de sistemas Rubens Oliveira, de 42 anos, destacou que o carnaval deste ano marca o retorno dos eventos com mais público em Brasília após o período de distanciamento social provocado pela pandemia de covid-19.

    “Tenho saído mais de casa, já que estou com a vacina [contra a covid-19] em dia e eu me sinto seguro para participar desses eventos. Vejo que as coisas estão realmente voltando ao normal”, desabafou.

    A artesã Elvira Lira, de 41 anos, tem a mesma sensação de Rubens. Para ela, este Carnaval marca o retorno à folia de rua na capital.

    “Acho que todos nós estávamos precisando deste momento. É bom para mostrarmos que Brasília tem carnaval novamente, com alegria e segurança depois do período de pandemia que vivemos até pouco tempo”, disse.

    Edição: Aline Leal