Tag: caramujos

  • Você já imaginou qual animal tem mais dentes?

    Você já imaginou qual animal tem mais dentes?

    Responda uma pergunta, qual animal tem mais dentes? Hummm!! Se a sua resposta foi hipopótamo ou tubarão, prepare-se para se surpreender! A natureza é cheia de mistérios e um deles está escondido nas pequenas bocas de criaturas ainda menores.

    Caramujos, lesmas e caracóis, por exemplo, abrigam entre 2.000 e 15.000 microdentes em suas bocas! Isso mesmo, milhares de dentinhos minúsculos que usamos para raspar algas, plantas e até outros animais.

    A explicação está na rádula, uma espécie de língua raspadora que esses animais possuem. Nela, estão localizados os microdentes, feitos de uma substância dura e resistente chamada quitina.

    Mais curiosidade? Isso pode ser bem interessante: Conhece o sapo-pulga? Prepare-se para se surpreender com a nova descoberta

    Essa mesma substância forma o exoesqueleto de insetos e crustáceos, dando aquela aparência cascuda. No caso dos dentes dos moluscos, a quitina é ainda mais reforçada com minerais, tornando-os extremamente resistentes.

    Descubra abaixo qual animal tem mais dentes

    Uma força incrível!

    Uma pesquisa realizada pela Escola de Engenharia da Universidade de Portsmouth revelou que os dentes dos moluscos são quase tão resistentes quanto os materiais mais fortes produzidos pelo homem. A força desses dentinhos chega a cerca de 5 gigapascais, o que significa que eles são capazes de suportar uma pressão similar àquela usada para transformar carbono em diamante!

    Essa super força é essencial para a sobrevivência dos moluscos. Com seus microdentes, eles conseguem raspar rochas, perfurar conchas e até mesmo triturar alimentos duros. Essa adaptação evolutiva permitiu que esses animais ocupassem diversos nichos ecológicos e se tornassem um dos grupos mais bem-sucedidos do reino animal.

    A descoberta de que os moluscos são os verdadeiros campeões em número de dentes é mais uma prova de que a natureza é cheia de mistérios e adaptações incríveis.

    Ao contrário do que imaginamos, o tamanho da boca ou do animal não é o único fator que determina a quantidade de dentes. A função e o habitat também desempenham um papel fundamental nessa história.

  • Após morte , Fiocruz alerta para meningite transmitida por caramujo

    Após morte , Fiocruz alerta para meningite transmitida por caramujo

    A Fundação Oswaldo Cruz faz um alerta para a transmissão de meningite por meio de caramujos (meningite eosinofílica). A preocupação surgiu depois da morte de um paciente em abril, no município de Nova Iguaçu, na região metropolitana do Rio de Janeiro. Análises laboratoriais identificam a presença do verme causador da doença em um caramujo na região onde o caso foi registrado.

    A meningite é uma doença caracterizada pela inflação das meninges, membranas que revestem o encéfalo e a medula espinhal.

    A investigação foi conduzida pelo Laboratório de Malacologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Malacologia é o ramo da biologia que estuda os moluscos. Após a Fiocruz ser notificada do caso, agentes da Vigilância Ambiental em Saúde (Suvam) de Nova Iguaçu e do IOC realizaram a coleta de caramujos em diferentes pontos do bairro Ipiranga, onde o paciente contraiu a doença.

    De um total de 22 moluscos analisados, o verme causador da doença, Angiostrongylus cantonensis, foi encontrado em um caramujo da espécie Pomacea maculata, conhecido popularmente como lolô ou aruá.

    Caso de meningite transmitida por caramujo não era registrado no estado do Rio desde 2014. No Brasil, há episódios desde 2006.

    Estudos do Serviço de Referência para Esquistossomose-Malacologia da Fiocruz feitos entre 2008 e 2021 detectaram a presença do verme Angiostrongylus cantonensis em 14 unidades da federação.

    Para a chefe do Laboratório de Malacologia do IOC/Fiocruz, Silvana Thiengo, o cenário reforça a necessidade de atenção dos serviços de saúde para diagnosticar a doença. “Desde 2006, temos casos de meningite eosinofílica no Brasil. Porém, muitos profissionais de saúde ainda desconhecem a doença. Os médicos precisam lembrar essa possibilidade para fazer o diagnóstico e oferecer o tratamento adequado”, disse.

    Transmissão

    O verme Angiostrongylus cantonensis, em seu ciclo de vida, é um parasita que busca hospedeiros como roedores, como ratos, que servem para desenvolvimento do parasita adulto. Os vermes se reproduzem e geram larvas que são eliminadas pelas fezes dos maníferos.

    As larvas acabam ingeridas por caramujos. Dentro dos moluscos, adquirem a forma capaz de infectar animais vertebrados, ou seja, é um ciclo que se repete.

    A infecção humana ocorre quando as pessoas ingerem um caramujo infectado ou o muco liberado por ele, contendo as larvas do verme. De acordo com a Suvam, há relatos de que o paciente se infectou ao ingerir um caramujo de água doce cru.

    Os pesquisadores do IOC coletaram também animais como ratos, preás e gambás na região onde houve o caso para confirmar a infecção desses mamíferos. As análises estão em andamento.

    Sintomas da doença

    O sintoma mais comum da meningite eosinofílica é dor de cabeça. A rigidez da nuca e a febre – comuns em outras formas da doença – são mais raras na meningite transmitida por caramujos.

    Alguns pacientes apresentam distúrbios visuais, enjoo, vômito e parestesia persistente (sensação de formigamento ou dormência). Na maioria dos casos, a pessoa se cura espontaneamente. Mesmo assim, o acompanhamento médico é importante porque alguns indivíduos desenvolvem quadros graves, que podem levar à morte.

    O tratamento busca reduzir a inflamação no sistema nervoso central e aliviar a dor, além de evitar complicações.

    Cuidados

    A chefe do Laboratório de Malacologia aponta três formas principais de evitar o contágio pelo caramujo: tomar cuidados ao manuseá-lo, higienizar verduras e não ingerir esses animais crus ou malcozidos.

    Em algumas regiões, é comum a presença de caramujos perto de casas e locais de presença humana. Os mais comuns são os Achatina fulica, conhecidos como caracol gigante africano.

    A recomendação das autoridades de saúde para a exterminação desses moluscos é por meio da coleta manual, porém, sempre usando luvas ou sacos plásticos para proteger a mãos. Em seguida, colocá-los em recipiente com água fervente por cinco minutos. Depois, quebrar as conchas e enterrá-las ou jogá-las no lixo.

    Esse cuidado de quebrar a proteção é para que não se tornem criadouros de Aedes aegypti, transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.

    Caso não seja feita a exposição à água fervente, os moluscos recolhidos devem ser colocados em um recipiente, como balde ou bacia, e submersos em solução preparada com uma parte de hipoclorito de sódio (água sanitária) para três de água. Após 24 horas de imersão, a solução pode ser dispensada, e as conchas descartadas.

    Outros cuidados importantes são: não ingerir moluscos crus ou malcozidos, incluindo caracóis terrestres, lesmas e caramujos aquáticos; e lavar bem frutas e verduras, deixando de molho por 30 minutos em mistura com um litro de água e uma colher de sopa de água sanitária, enxaguando bem em água corrente antes do consumo.

    Além das orientações à população, a Fiocruz reforça a importância de agentes de vigilância municipais mapearem os riscos de infecção, por meio de coleta periódica de moluscos e envio para análise parasitológica realizada pelo Serviço de Referência do IOC/Fiocruz.

    “São poucos os municípios que enviam espécimes para análise parasitológica regularmente. Os serviços de vigilância de vetores frequentemente precisam concentrar suas equipes no combate a doenças epidêmicas, como a dengue, e a vigilância dos caramujos fica desguarnecida”, constata a coordenadora do Laboratório de Referência, Elizangela Feitosa.

    Nova Iguaçu é uma das cidades onde o monitoramento é realizado regularmente. “Geralmente, a população faz o apelo por causa do incômodo causado pelo caracol africano. Mas, sabendo que temos uma doença emergente, nós coletamos amostra para a vigilância parasitológica e mostramos aos moradores como catar os caramujos de forma segura, para tentar reduzir ou eliminar esse vetor”, explica o responsável pela vigilância malacológica no município, José de Arimatea Brandão Lourenço.

    Por meio de nota, a Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro informou que ainda não tinha sido notificada pela Secretaria Municipal de Saúde de Nova Iguaçu e que mobilizou uma equipe técnica, nesta segunda-feira (1°), para apuração do caso.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Diga adeus aos caramujos de seu jardim

    Diga adeus aos caramujos de seu jardim

    As pragas nas plantas nem sempre são imperceptíveis. Às vezes, insetos grandes também se apoderam deles, como caracóis e lesmas. Eles parecem inofensivos, a verdade é que esses insetos podem prejudicar seu jardim, já que geralmente se alimentam de folhas e caules de flores e plantas.

    Acalme-se! Existem formas naturais de eliminar estes insectos sem a necessidade de utilizar produtos químicos e, sobretudo, deixando-os viver no seu habitat natural. Livre-se deles sem matá-los e mantendo o cuidado das suas plantas. Siga estas dicas simples e diga adeus aos caracóis e lesmas.

    Mover caracóis e lesmas de lugar é um dos remédios mais comuns.
    Mover caracóis e lesmas de lugar é um dos remédios mais comuns. – Foto Pixabay

    Movê-los de lugar

    Tão simples quanto parece, mover os caracóis e lesmas de lugar pode ser a solução para não tê-los no seu jardim. Colocar telhas ou recipientes em dias chuvosos, ajuda a coletá-los para levá-los a um lugar onde haja muita vegetação e água nas proximidades, como um rio.

    Cheiro de café

    Um dos repelentes naturais de lesmas, caracóis e outros insetos, é o café pelo seu cheiro forte. Por isso, você pode colocar alguns restos ou pós de café moído no jardim, para mantê-los afastados, além disso é um ferilizante natural.

    Utilizar alho

    Outro dos produtos que repelem os caracóis e lesmas é o alho. O mais fácil é cortar alguns dentes de alho em pedaços e espalhá-los ao redor da área que você quer proteger ou pulverizar a infusão do alho na terra e nas plantas que você deseja proteger. Lembre-se que o aroma e o poder de um alho é tal que você deve removê-lo assim que os insetos desaparecerem.

    Algumas plantas e alimentos repelem caracóis e lesmas naturalmente
    Algumas plantas e alimentos repelem caracóis e lesmas naturalmente – Foto Pixabay

    Plantas repelentes

    Existem plantas como alecrim, lavanda, mostarda, sálvia, capuchinha, begônia e gerânios, que afastam caracóis e lesmas, para que você possa plantá-las em seu jardim. Da mesma forma, eles irão ajudá-lo a afastar os mosquitos.

    Sal de grão

    O sal grosso é outro dos remédios caseiros para eliminar caracóis e lesmas. Você pode espalhar uma camada fina desta ao redor de suas plantas, cuidando para não cair em excesso, pois isso pode danificar suas plantas.

    Cascas de ovo

    Assim como o sal, os pedaços de casca de ovo formam uma barreira desagradável para esses insetos, então colocar algumas de suas plantas perto ajuda a afastá-las.

    Sabão de nozes

    Outra maneira natural de combater pragas de caracóis e lesmas é pulverizar o sabão obtido das nozes de lavagem sobre as plantas. Lembre-se de deixá-lo pouco tempo ou repetir todos os meses, não é necessário nem saudável fazê-lo constantemente.

    Irrigação por gotejamento

    Caracóis e lesmas adoram a umidade, então, se você usar o método de irrigação por gotejamento, as plantas não terão essa umidade que atrai esses insetos.

    Predadores naturais

    No caso de casas de campo ou rodeadas pela natureza, é muito fácil para os predadores naturais afastarem os caracóis e lesmas. Sapos, sapos, tartarugas, cobras, patos e galinhas costumam se alimentar deles, então basta deixar a natureza agir.