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  • Centros Tecnológicos da Aprosoja MT contribuem para o avanço das práticas agrícolas

    Centros Tecnológicos da Aprosoja MT contribuem para o avanço das práticas agrícolas

    Neste mês de fevereiro, a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) celebra 20 anos de história. Ao longo da última década, a entidade se destacou no desenvolvimento de pesquisas, em seus Centros Tecnológicos (CTECNOs), que buscam gerar soluções práticas para os desafios diários enfrentados pelos produtores, através de pesquisas independentes e voltadas para as reais necessidades do campo.

    Os CTECNOs, localizados nas regiões do Parecis e Araguaia, são fundamentais para promover a inovação agrícola. Criado há nove anos, o CTECNO Parecis dedica-se ao manejo de solos de textura média e arenosa, enquanto o Araguaia, com menos de três anos de existência, se destaca como o único centro de pesquisa independente especializado em solos siltosos do Brasil.

    Com o aumento da demanda por conhecimento técnico especializado, a Aprosoja Mato Grosso decidiu criar os Centros Tecnológicos como uma resposta aos desafios enfrentados pelos produtores. De acordo com o coordenador da Comissão de Defesa Agrícola e vice-presidente sul da Aprosoja MT, Fernando Ferri, a entidade quer melhorar ainda mais os centros de pesquisa.

    “Queremos entregar a resposta em tempo hábil para o produtor, que cada vez tem participado mais, porque um vem comentando com o outro a grandiosidade dos CTECNOs. São vários anos de pesquisa que a pessoa tem acesso num único dia no evento e, participando da etapa de soja e milho, o produtor vai estar atualizado no que há de melhor para sua propriedade”, ressalta Ferri.

    O vice-coordenador da Comissão de Defesa Agrícola e vice-presidente oeste da entidade, Gilson Antunes de Melo, destaca que esses investimentos foram motivados pela necessidade de um espaço onde os produtores pudessem ter acesso a pesquisas independentes.

    “Um grande desafio é a quantidade de novas tecnologias apresentadas ao produtor pelas empresas do setor. Então, entram os CTECNOs pesquisando, avaliando e mostrando o que de fato colabora com o incremento e que diminui custo, pois é uma pesquisa totalmente isenta, e nós temos visto isso a cada ano, com o aumento de visitas e da confiança do produtor nos resultados”, explica Gilson.

    Através de ensaios práticos e soluções inovadoras, os agricultores podem fazer escolhas melhores que impactam na produtividade e sustentabilidade de suas lavouras.

    No CTECNO Parecis, destacam-se as pesquisas voltadas para o manejo da adubação, do sistema de produção, das culturas e, avaliação de híbridos de milho e cultivares de soja em função da época de semeadura e ambiente de produção. Segundo a pesquisadora Daniela Facco, entre os principais resultados observados está o momento de aplicação dos nutrientes, que pode gerar maior impacto na produtividade da lavoura do que o tamanho da dose aplicada.

    “Aqui observamos um impacto bastante importante do enxofre, que é, às vezes, um nutriente secundário, que não é dado muita importância pelos produtores. Quando não faz o uso desse nutriente em solos de textura arenosa, estamos perdendo em torno de oito sacas de soja por hectare”, conta a pesquisadora.

    O CTECNO Araguaia, além de avaliar o potencial agrícola dos solos siltosos e rasos, também investiga outros fatores, como o suprimento de fósforo e potássio, e a rotação de culturas alternativas. Conforme o coordenador de pesquisa deste centro de pesquisa, André Somavilla, as pesquisas também envolvem o plano hidrológico que foi desenvolvido para fazer o manejo da água na lavoura.

    “A curto prazo, o que o produtor tem buscado mais são os ensaios de herbicida. E a longo prazo, os nossos ensaios de calibração de nutrientes e correção de perfil de solo, mas estes ainda requerem um tempo maior de avaliação e de quantificação de resultado”, explica o pesquisador.

    Com seus Centros Tecnológicos, a Aprosoja Mato Grosso reforça seu compromisso em intensificar esforços para o avanço tecnológico e aumento da produtividade com o uso sustentável do solo, sejam eles, arenosos ou siltosos.

  • Visita técnica etapa soja do CTECNO Araguaia acontece na quarta-feira (29)

    Visita técnica etapa soja do CTECNO Araguaia acontece na quarta-feira (29)

    O dia de visita técnica da etapa soja no Centro Tecnológico (CTECNO) Araguaia, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), vai acontecer esta semana, em Nova Nazaré. O evento vai ter início às 07h30 (horário de Brasília) no dia 29.01.

    O Centro Tecnológico está localizado na Rodovia MT 326, entroncamento com a BR 158 – 1km sentido Nova Nazaré – MT e as inscrições para a visita ainda podem ser realizadas pelo novo link disponibilizado no site da Aprosoja MT.

    Único centro de pesquisa independente em solos com alto teor de silte no Brasil, o CTECNO Araguaia desenvolve, há três anos, protocolos para melhorar a produção das lavouras e atender as demandas dos produtores rurais que plantam nesse tipo de solo.

    Nesta edição, os temas abordados serão a dinâmica da água na lavoura e estratégias de manejo e conservação do solo; a construção de um programa de herbicidas eficiente e os desafios e estratégias de plantio em solo siltoso. O coordenador do CTECNO Araguaia, André Somavilla, falou sobre a importância dos assuntos.

    “Para solos de textura siltosa e rasos e mesmo para outras lavouras comerciais de Mato Grosso, com uma textura um pouco mais argilosa, a problemática da água está sendo recorrente e cada vez mais vemos a aplicação de fertilizantes em superfície. Neste caso, se não conseguirmos manejar essa água, vamos perdendo muito nutriente e sedimento, esse é um ponto que vamos procurar abordar na visita, porque dentro da estação, temos o problema de excesso de água, principalmente neste ano mais chuvoso. Também temos uma alternativa de sistema de manejo de água instalado na estação, que o público poderá ver e discutir”, explicou Somavilla, ao citar o projeto hidrológico para manejo de enxurrada e escoamento superficial, implantado no ano passado.

    O pesquisador lembra que outro destaque dessa visita técnica, será a discussão sobre o uso de herbicidas, em especial, para o manejo do “pé de galinha com resistência”, um dos problemas da região do Araguaia.

    “É muito importante que o produtor participe desse evento, lá discutiremos a parte técnica do desempenho de herbicidas e o manejo de água. Não trataremos de soluções milagrosas que prometem resolver os problemas de forma imediata; nosso foco será abordar a essência de cada desafio enfrentado pelos produtores e oferecer direcionamentos sólidos e fundamentados para auxiliá-los.”, completou.

    Neste evento, os participantes poderão também acompanhar o desenvolvimento de 36 variedades de soja semeadas em duas épocas, uma no final de outubro e outra em meados de novembro.

  • CTECNO Parecis apresentará resultado de pesquisa sobre a rentabilidade dos sistemas de produção

    CTECNO Parecis apresentará resultado de pesquisa sobre a rentabilidade dos sistemas de produção

    O dia de campo do Centro Tecnológico (CTECNO) Parecis, da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT), será realizado nos dias 15 e 16 de janeiro em Campo Novo do Parecis. Voltado para a troca de conhecimento, o encontro irá apresentar aos participantes os resultados dos experimentos que investigam a produtividade da soja por ambiente e por sistema de produção, com ênfase no manejo da oleaginosa em solo de textura média e arenosa.

    A etapa de soja do CTECNO Parecis abordará temas como a mecanização agrícola, adubação foliar, correção da acidez do solo e rentabilidade do sistema de produção, todos com foco na primeira safra. Além disso, durante o dia de campo, haverá palestra com o professor doutor Cimélio Bayer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), sobre a variação da captura de carbono em cada ambiente de produção e a comercialização do crédito de carbono.

    De acordo com o vice-presidente da Aprosoja MT, Luiz Pedro Bier, abrir diálogos com os produtores sobre dados referentes ao sequestro de carbono é uma forma da entidade fomentar o mercado de carbono, para que o produtor brasileiro possa ser reconhecido pelo serviço e preservação ambiental prestados dentro de sua propriedade.

    “Existe uma possibilidade de renda no mercado de carbono que ainda gera muita desconfiança do produtor, porque é algo que está sendo prometido há muito tempo e não se concretiza. Temos pesquisas recentes que mostram que a agricultura sequestra muito carbono no consórcio milho e soja, então a gente espera que essa possibilidade de renda se concretize”, esclarece Bier.

    A agricultura tem balanço positivo de carbono ao remover mais carbono, do que emite. Segundo a pesquisadora do CTECNO Parecis, Daniela Facco, o aumento de carbono no solo tem vários pontos positivos que devem ser explorados.

    “Além do crédito de carbono, a gente também tem um impacto bastante positivo do aumento de carbono no solo. Então, o professor Cimélio Bayer vai discutir sobre como os sistemas de produção têm impactado na dinâmica de carbono do solo, entre outras informações referentes ao balanço de carbono”, afirma Daniela.

    Outro destaque desta edição será a vitrine de cultivares, com 56 materiais de soja, instaladas em dois tipos de solo, um com 10% e outro com 33% de argila, além das estações técnicas sobre rentabilidade, mecanização agrícola, adubação foliar e correção do solo.

    Com 86 hectares dedicados à pesquisa, o CTECNO Parecis se consolidou como um centro de excelência para testes e experimentos em solos arenosos, oferecendo aos participantes dados de longo prazo que orientam na tomada de decisões. Os resultados dos estudos proporcionam segurança para os produtores adotarem novas estratégias de manejo nas lavouras.

    O evento será realizado nos dias 15 e 16 de janeiro, na área do CTECNO Parecis, localizado na Rodovia MT 488, anexo a Fazenda Vô Arnoldo – Agroluz, na cidade de Campo Novo do Parecis. As inscrições são gratuitas e já estão abertas.