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  • Terra Yanomami tem menos garimpo e fome, mas desafios são diários

    Terra Yanomami tem menos garimpo e fome, mas desafios são diários

    Nos últimos dois anos, uma luta diária contra as invasões de garimpeiros em território yanomami, por parte do poder público e de entidades civis, foi capaz de enfrentar a crise humanitária na maior reserva indígena do Brasil, que abriga 376 comunidades e cerca de 33 mil pessoas.

    Entre os resultados, houve uma redução de 91% nos garimpos. O território tem quase 10 milhões de hectares em área nos estados d Amazonas e Roraima.

    Além disso, essas ações, segundo contabiliza o governo, provocaram uma queda de 95,76% na abertura de novos espaços de exploração ilegal. Os garimpos contaminam os rios, diminuem a oferta de recursos naturais para a população e, além de gerar um problema de saúde pública, se transformaram também em risco de segurança aos moradores das comunidades da região.

    Somente em 2024, foram mais de três mil operações de combate às ilegalidades, que envolveram atividades diuturnas de militares e civis. Diante da crise humanitária que se instalou na região, houve distribuição de mais de 114 mil cestas de alimentos e liberação de R$ 1,7 bilhão em créditos extraordinários. As ações conjuntas reduziram 68% dos óbitos por desnutrição no primeiro semestre de 2024 em comparação a 2023.

    Ações de proteção

    Segundo o que revela uma cobertura especial do programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, que vai ao ar nesta segunda (20), a partir das 23h, no fim de 2023, por exemplo, o garimpo atingiu uma área de mais de 5 mil hectares, o que representou um crescimento de 7% em relação ao ano anterior.

    Diante disso, em março do ano passado, o governo federal instalou a Casa de Governo para coordenar as ações de proteção aos yanomami. As operações envolvem profissionais de diferentes forças de segurança.

    Nova Mamoré (RO) 31/07/2024 – Assessor da Casa Civil, Nilton Tubino posa para foto após ato do governo federal para marcar a entrega da desintrusão da Terra Indígena Karipuna, em Rondônia, na Aldeia Panorama. Durante a solenidade, os órgãos envolvidos na operação efetuarão a entrega dos resultados da desintrusão do território indígena. Localizada entre os municípios de Porto Velho e Nova Mamoré, a Terra Karipuna sofria constantes invasões que resultaram em desmatamento, grilagem de terra e outras ações ilegais. O processo de desintrusão, determinado pela Justiça, teve início em junho e foi concluído em julho deste ano. Foto: Bruno Peres/Agência Brasil

    Chefe da Casa de Governo na TI Yanomami, Nilton Tubino- Bruno Peres/Agência Brasil

    Inclusive, diante da constatação de atividades criminosas, ações passaram a ocorrer durante 24 horas.

    “O pessoal vira madrugada fazendo patrulhamento também. Na realidade, para criar dificuldade para quem banca sentir no bolso. Fica tão caro o negócio que o cara diz: ‘ó, aqui não compensa eu trabalhar porque estou começando a perder dinheiro’”, explica o chefe da Casa de Governo, Nilton Tubino, em entrevista ao Caminhos da Reportagem

    Ele explicou, por exemplo, que, ao identificar transporte de combustível de forma irregular, o suspeito é encaminhado para a delegacia. A cada operação, são encontradas ainda estruturas camufladas e espalhadas a serviço de atividades ilegais de garimpos já que há maior preocupação com a fiscalização.

    “[Para encontrar] tem dias que a gente caminha quase 10 quilômetros dentro da floresta”, afirma Tubino.

    Desafios

    Também ao Caminhos da Reportagem, a coordenadora do Conselho Indigenista Missionário, Gilmara Fernandes, avalia que as atividades criminosas contam com recursos financeiros e de logística que precisam ser enfrentados. “[Houve] avanços, mas com muitos desafios ainda”, disse.

    O presidente do Conselho Distrital de Saúde Yanomami e Ye´Kwana, Junior Yanomami, afirmou que recebeu informações que está controlada a entrada dos invasores na comunidade. “Mas tem ainda pontos, não são muitos”.

    Ele entende que a água está ficando mais limpa. Diante dos resultados, a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, também entende que o trabalho deve ser permanente porque as consequências das atividades de garimpeiros são drásticas para as pessoas:

    “É preciso manter essa presença. Nós seguimos confiantes de que, até o final desse governo, a gente entrega esse território… eu não digo 100% restaurado, mas 100% livre desses invasores”.

    Somente no ano passado, 159 pessoas foram presas, mais de 30 quilos de ouro apreendidos, 410 acampamentos desmontados e 50 pistas de pouso clandestinas destruídas. Hoje, voos em baixa altitude não passam despercebidos porque um radar foi instalado na terra indígena.

    Amazonas-21/09/2024 Pista de pouso dentro da terra Indígena Yanomami foi destruída em operação das Forças Armadas. Foto: Bruno Mancinelle/Casa de Governo

    Pista de pouso dentro da terra Indígena Yanomami destruída em operação das Forças Armadas – Bruno Mancinelle/Casa de Governo

    Menos mortes

    O governo federal divulgou ainda que houve uma queda de 27% no número de mortes no primeiro semestre de 2024, em comparação ao mesmo período de 2023. Os óbitos passaram de 213 para 155, com quedas nas mortes por desnutrição (-68%), infecções respiratórias (-53%) e malária (-35%).

    Outra medida, de acordo com o poder público, foi o aperfeiçoamento da vigilância nutricional de crianças menores de 5 anos, com a intensificação da busca ativa de pacientes e ampliação do acesso aos serviços

    Além disso, com a ampliação do acesso ao diagnóstico houve aumento 73% no número de exames de malária no primeiro semestre de 2024. Assim houve mais registros de casos, que passaram de 14.450 para 18.310. Ao conhecer os casos, as equipes de saúde puderam aplicar tratamento e o número de mortes caiu 35%.

  • Dos terreiros às avenidas: hoje é dia do samba

    Dos terreiros às avenidas: hoje é dia do samba

    Neste sábado (2), é celebrado o Dia Nacional do Samba. A data surgiu por iniciativa de um vereador baiano para homenagear o compositor mineiro, autor do sucesso “Na Baixa do Sapateiro”, pela primeira visita a Salvador. Depois, a data passou a ser comemorada em todo o país.

    Dos batuques africanos às rodas de samba como conhecemos hoje, muitos foram os elementos incorporados nessa trajetória, que tem como um dos marcos importantes a casa da famosa baiana Tia Ciata ou Hilária Batista de Almeida. A yalorixá reunia de sambistas a políticos em seu quintal para fazer samba, sempre depois das festas para os orixás. Ali, no coração do território que ficaria conhecido como Pequena África, na região central do Rio de Janeiro, nasceria o primeiro samba a ser gravado, Pelo Telefone, do compositor Donga.

    Até então o samba tinha um ritmo mais próximo do maxixe e foi aí que, por volta dos anos 1920, uma turma do bairro do Estácio, de acordo com os historiadores, viu uma oportunidade de criar uma escola de samba. E foi assim que nasceu a Deixa Falar, uma escola que nunca desfilou.

    Mas esse grupo, formado por figuras como Mano Elói, Ismael Silva e Bide, fez também sambas de sucesso, que atravessaram gerações e continuam sendo cantados até hoje nas rodas espalhadas pelo Brasil.

    Nascido nos terreiros

    Em tese de doutorado sobre a relação do samba, espiritualidade e mulheres de axé, a pesquisadora e jornalista Maíra de Deus Brito, ressalta que o samba nasceu dentro dos terreiros, ganhando outras nuances quando chega ao Rio de Janeiro.

    “Quando Tia Ciata, Tia Perciliana, entre outras, saem da Bahia, da região do Recôncavo Baiano, e vão para o Rio de Janeiro, ali, vai ser desenvolvido outro samba, que é um samba urbano, o samba carioca, com temáticas não sagradas”, disse em entrevista à apresentadora Ana Pimenta, no programa Mosaico, das rádios nacionais da Amazônia e do Alto Solimões, da Empresa Brasil de Comunicação (EBC).

    Embora desde o início tenham sido protagonistas na história do samba – apontadas como responsáveis pelos primeiros sambistas cariocas – as mulheres ainda buscam reconhecimento. Na luta por um espaço mais democrático, em 2018, surgiu o primeiro Encontro Nacional de Mulheres na Roda de Samba. A cada evento, as sambistas começam a tocar simultaneamente em diversas partes do Brasil e do mundo.

    Cada canto, um samba

    A pesquisadora ressalta ainda que em cada região do país o samba é influenciado por outros ritmos e valores culturais locais. No Norte, por exemplo, aproxima-se da influência caribenha.

    Em 2007, o Instituto Histórico e Artístico Nacional (Iphan) reconheceu três gêneros do samba carioca como patrimônio cultural: rodas que cantam partido-alto, samba de terreiro e samba enredo.

    “O samba não morre, porque está sempre se reinventando”, destaca a pesquisadora.

    Na capital fluminense, as segundas-feiras são marcadas pelo Samba do Trabalhador, comandado por Moacyr Luz, que lota o Clube Renascença, casa referência da resistência negra na cidade. Uma das rodas mais disputadas, recebe tanto turistas como frequentadores assíduos, que cantam o repertório de cor, independentemente se faz ou não sucesso no rádio.

    Oswaldo Cruz é um reduto histórico de grandes sambistas, como Monarco, Manaceia e Seu Mijinha. O bairro, formado pela população negra expulsa do centro com as reformas urbanas, tem nele a Feira das Yabás, que resgata a cultura do samba no quintal, típico dos subúrbios cariocas. O evento, que celebra a cultura afro-brasileira, une música e comidas típicas feitas por matriarcas do samba, como Tia Surica.

    Caminhos da Reportagem

    Para marcar o dia do samba, o programa Caminhos da Reportagem, da TV Brasil, apresenta reportagem sobre o samba na palma da mão, do tambor ancestral, da espontaneidade e do improviso, que mantém seu espaço mesmo diante da profissionalização e do grande sucesso comercial do Carnaval.

    O programa vai ao neste domingo (3), às 22h, na TV Brasil.

    Edição: Marcelo Brandão
    — news —

  • Aumento de violência contra idosos é tema do Caminhos da Reportagem

    Aumento de violência contra idosos é tema do Caminhos da Reportagem

    Apenas nos cinco primeiros meses deste ano, o Disque 100, canal do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, recebeu 47 mil denúncias de violência contra idosos e registrou 282 mil violações de direitos, um aumento de 57% no número de denúncias e de 87% no de violações, em relação ao mesmo período do ano passado. 

    Em outubro de 2023, o Estatuto do Idoso completa 20 anos. Nessas duas décadas, o Brasil observou avanços em relação aos direitos dos idosos, como a prioridade no atendimento na fila do supermercado, do banco e em transportes públicos, além das vagas prioritárias para estacionar. Foi a primeira legislação que de fato passou a regular os direitos dos idosos. No entanto, ainda há muito o que fazer.

    Alexandre Kalache, gerontólogo e presidente do Centro Internacional da Longevidade, alerta que o Brasil não está preparado para o rápido envelhecimento observado no país. Ele ressalta que, hoje em dia, o Brasil tem em torno de 15% da população com mais de 60 anos. Em 2050, serão mais de 30%. “Nós vamos sair de uma população de cerca de 33 milhões para, daqui 27 anos, nós temos 68 milhões de pessoas idosas”.

    Monize Marques, juíza e coordenadora da Central Judicial do Idoso do TJDFT (CJI – Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios), afirma que o país precisa de políticas públicas fortes para lidar com os desafios que se apresentarão. “O Brasil ainda não está preparado para circunstâncias que o envelhecimento traz, não somente no contexto doméstico, mas também no contexto social. A gente está falando de um mercado de trabalho para pessoas idosas, de programas específicos de saúde para que os hospitais tenham condições de oferecer uma maior dignidade e proteção, e também de assistência social, de instituições de longa permanência. São diversas circunstâncias que envolvem o envelhecimento e que exigem do Estado uma política pública bastante consistente”.

    Além desses desafios, existe uma questão dramática: a violência contra os idosos. Dados da CJI mostram que a maior parte das violências é perpetrada por familiares próximos. Monize Marques afirma que existe uma vítima padrão. “Uma mulher idosa que tem entre 60 e 69 anos e sofre violência por parte dos seus filhos. No âmbito da Central Judicial do Idoso, os dados revelam que 66% das violências são praticadas por filhos”.

    Demétrius França, psicólogo e doutor em Psicologia Clínica, ressalta as dificuldades que os idosos enfrentam para denunciar. “Se você é o cuidador primário daquela pessoa, ela reconhece isso e ela sente uma necessidade de lealdade com você. E aí a gente fica entre a cruz e a espada. Porque se o seu cuidador é a pessoa que de alguma forma te maltrata, te agride ou abusa de você financeiramente… Como se defender dessa pessoa?

    O programa “Respeitem os meus cabelos brancos”, da série Caminhos da Reportagem, explora a questão das diversas violências praticadas contra idosos e reflete sobre a necessidade de a população brasileira olhar com mais atenção e amorosidade para os idosos, grupo que será cada vez maior na pirâmide social do país. O programa vai ao ar às 22 horas na TV Brasil.

    Edição: Carolina Pimentel

  • Preservação do Cerrado no DF é tema do Caminhos da Reportagem

    Preservação do Cerrado no DF é tema do Caminhos da Reportagem

    A Área de Proteção Ambiental de Cafuringa, situada a noroeste do Distrito Federal, é conhecida como a última fronteira verde da região. Criada em 1988, a APA se destaca pela beleza natural de suas chapadas, matas e campos, onde brotam nascentes que correm por rios e ribeirões, corredeiras e cachoeiras deslumbrantes.

    Cafuringa – a última fronteira verde do DF é o tema do programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar neste domingo (18), às 22h, na TV Brasil.

    A Apa de Cafuringa está localizada no Cerrado brasileiro, segundo maior bioma e o mais ameaçado do Brasil. O Cerrado já perdeu mais de 50% de sua cobertura original e os grandes desafios desse bioma são a criação de unidades de conservação (UC), o uso sustentável de recursos naturais, a preservação das bacias hidrográficas, a prevenção e o combate aos incêndios florestais e o monitoramento do bioma.


    Brasília (DF) - ESPECIAL PARA DOMINGO -
    Brasília (DF) - ESPECIAL PARA DOMINGO -

    Área de Proteção Ambiental de Cafuringa – TV Brasil

    No Caminhos da Reportagem, você verá como a Área de Proteção Ambiental de Cafuringa ainda é um local de preservação e de bons exemplos de cuidado com o Cerrado. Desde iniciativas de reintrodução de animais apreendidos do tráfico ao seu habitat natural, passando por ecovilas sustentáveis e por brigadas voluntárias de incêndio, a Apa de Cafuringa é referência em conservação do Cerrado.

    De acordo com Pedro Braga, auditor de Unidades de Conservação do Instituto Brasília Ambiental (Ibram), a região, que abriga mais de 120 cachoeiras e poços próprios para banho, se mantém conservada em grande parte por conta do relevo acidentado. “É o que a gente chama de mar de morros do Distrito Federal. É uma chapada que delimita toda aquela região e mergulha de 1.300 metros para 800 metros. Então esse desnível de 500 metros de altitude gera uma série de cachoeiras e corredeiras. A Cafuringa é um conjunto de acidentes geográficos incríveis”.

    Reuber Brandão, biólogo, professor da Universidade de Brasília (UnB) e membro da Rede de Especialistas em Conservação, diz que a APA de Cafuringa também tem características amazônicas. “Você tem matas que têm um contato biogeográfico, um contato de trocas de organismos com biomas mais ao norte. Então encontram-se espécies de anfíbios, de serpentes, de borboletas, de vários organismos que são mais tipicamente amazônicos do que, por exemplo, a fauna que a gente encontra nessas porções mais altas dentro do Planalto Central”.


    Brasília (DF) - ESPECIAL PARA DOMINGO -
    Brasília (DF) - ESPECIAL PARA DOMINGO -

    Área de Proteção Ambiental de Cafuringa – TV Brasil

    O Cerrado está presente em 14 estados e no Distrito Federal, abriga mais de 130 mil nascentes, sendo uma das principais fontes de água do país. Das 12 bacias hidrográficas do Brasil, oito nascem no Cerrado.

    De acordo com a professora Isabel Belloni Schmidt, do Departamento de Ecologia da Universidade de Brasília, o bioma é a caixa d’água do Brasil. “O Cerrado é um produtor de água muito importante. A água do Cerrado, não só do Distrito Federal, é importante para muitos lugares no Brasil, e quando a gente desconsidera a existência do Cerrado e quer substituir ele, a gente está na verdade jogando água fora, a gente está deixando de produzir água”.

    Edição: Fernando Fraga

  • Caminhos da Reportagem de hoje fala do papel da vacinação na infância

    Caminhos da Reportagem de hoje fala do papel da vacinação na infância

    “Dia 11 de junho é dia de vacina? É, sim senhor. É dia de festa no posto de saúde? É, sim senhor.” Esse é o texto de uma campanha estrelada pelo carismático Zé Gotinha, em meados dos anos 1990. O personagem, batizado em um concurso que mobilizou milhares de crianças, é o grande símbolo do Programa Nacional de Imunizações – PNI, que completa 50 anos em 2023. O Brasil, no entanto, registra a pior taxa de cobertura vacinal em 30 anos: 3 em cada 10 crianças estão com as vacinas atrasadas. O assunto será tema do Caminhos da Reportagem de hoje (9), às 22h, na TV Brasil.

    O diretor do PNI, Eder Gatti ,explica que as taxas de vacinação se consolidaram nos anos 1990. Em 1994, o Brasil recebeu o certificado de zona livre da Poliomielite. No entanto, a partir de 2015 “nós começamos a registrar queda de cobertura em diversas vacinas. E isso foi piorando progressivamente até nós chegarmos no ano de 2022 com todas as vacinas com níveis abaixo do desejado.”

    A baixa cobertura coloca o país e sobretudo as crianças em risco, uma vez que doenças já erradicadas podem retornar ao território brasileiro. “A partir do momento que você tem muitas crianças sem a imunização, qualquer doença que entrar nesse meio se espalha de maneira explosiva. A gente corre o risco, sim, de voltar a ver surtos de doenças que já tinham sido expulsas do país, por falta de vacinação”, alerta o biólogo e divulgador científico, Átila Iamarino.

    Em 2019 o Brasil perdeu o certificado de zona livre de sarampo. Naquele ano, a administradora Verônica Neri contraiu a doença. A filha mais nova, então com 7 meses, também foi contaminada e ficou 30 dias na UTI. “Minha filha pegou porque outras pessoas não se vacinaram. E o sarampo voltou. Eu passei. Não perdi a minha filha por isso. Mas, infelizmente, outras pessoas devem ter perdido”, lamenta Verônica. Entre 2018 e 2021, 26 crianças perderam a vida para a doença.

    A queda da cobertura vacinal é complexa e envolve uma série de fatores. A pandemia de covid-19 direcionou os esforços do SUS para o combate da doença; os pais evitaram sair de casa para vacinar os filhos; e a desconfiança lançada sobre as vacinas, bem como o discurso de autoridades, como o ex-presidente Jair Bolsonaro, estimularam o negacionismo. As fake news e os grupos antivacina, ou antivax, também entram nessa equação. Para agentes do sistema público de saúde, o importante agora é reconquistar a população brasileira. “Ao contrário de outros países, o Brasil nunca teve um percentual importante de população antivax. Ao contrário, o Brasil sempre teve uma enorme adesão da nossa população, sobretudo da parte das famílias em relação às vacinas”, afirma a pneumologista e pesquisadora da Fiocruz, Margareth Dalcomo.

    Imunização em casa

    Para essa retomada, municípios como Campina Grande, na Paraíba, e a capital do país, Brasília, investem em levar a vacina de porta em porta. A ideia é retomar o vínculo e a confiança das pessoas. “A gente via que não era necessariamente algo contra a vacina, era simplesmente a dificuldade de acessar essa vacina”, esclarece Ramá de Oliveira Cardoso, coordenadora de Atenção Primária à Saúde do Distrito Federal. “Se a família ainda não está levando a criança para ser vacinada, a vacina tem que chegar na criança onde ela estiver: famílias ribeirinhas, quilombolas, indígenas. O SUS tem condições de fazer isso. Porque vacina tem”, complementa a chefe de Saúde e HIV do Unicef Brasil, Cristina Albuquerque.

    Último caso registrado de poliomielite no Brasil, Devison Rodrigues hoje é personal trainer e um grande defensor da vacinação. Ele tinha tomado 3 das 5 doses contra a doença e sobreviveu sem nenhuma sequela. Sua mãe diz acreditar que o filho é um milagre. Da fé e das vacinas. “Foi uma conquista, né? Agradeço a Deus. Agradeço meus pais. Pretendo ser sempre, no Brasil, o último caso de pólio”, finaliza Devison.

    Todas essas histórias serão contadas e o impacto da queda da cobertura vacinal no Brasil estarão no episódio Vacina, infância protegida, do Caminhos da Reportagem, que vai ao ar neste domingo (09), às 22 horas, na TV Brasil, estreando também simultaneamente no YouTube da emissora.

    Edição: Aline Leal

  • Da Itália, um produto que virou tipicamente brasileiro

    Da Itália, um produto que virou tipicamente brasileiro

    Uma tradição italiana que, ao vir para o Brasil, se adaptou e se tornou um produto único no mundo. O socol é um embutido que pode ser usado como metáfora para a história dos imigrantes que chegaram no Espírito Santo, se estabeleceram nas montanhas capixabas e se moldaram aos costumes  brasileiros. 

    O produto é derivado de outro muito consumido na Itália, o ossocollo. Ambos são feitos de carne de porco: o de lá, do pescoço do animal, rico em gordura; o daqui, do lombo, uma parte bem mais magra e de maior aceitação. O socol tem desde 2018 o selo de identidade geográfica (IG), como indicação de procedência, destacando a tradição e qualidade do produto feito no noroeste do município de Venda Nova do Imigrante.

    Uma singularidade do produto feito na região é um fungo encontrado ali, que no caso do socol é essencial para maturar a carne. “A região de Venda Nova do Imigrante foi protegida porque só aqui acontece essa mágica, esse processo de socolização”, explica Alexandre Cesquim, presidente da Associação de Produtores de Socol local.

    A família de Thais Falqueto faz artesanalmente o socol da marca Tio Vé, nome que vem do apelido do pai dela, Elvécio. O lombo do porco fica três dias na salmoura, depois é envolto numa membrana chamada peritônio e, em seguida, é pendurado para maturar por meses. “Isso vem da tradição da família da minha avó, por parte de pai, era a forma de conservar a carne. Nós continuamos essa tradição de mais de 130 anos”, diz a produtora.

    A produção só é feita entre maio e outubro, os meses mais frios do ano. Apenas nesse período se desenvolve o fungo benéfico para o embutido, que deixa a maturação da carne mais lenta, mas não causa nenhum odor ou sabor, por causa da membrana que o protege. “O fungo verde, às vezes o fungo branco, é benéfico para o socol. Já o fungo amarelado altera o sabor, o que acontece no verão”, conta Thais.

    Rota gastronômica

    Há dez anos, a família abriu o negócio que, além do socol, inclui uma cafeteria e adega. Um tipo de atrativo que é visto entre outros produtores: além da produção do socol, muitos mantêm também uma loja na propriedade, onde o visitante pode conhecer quem faz e saber mais da história e tradição da família. Isso fez com que a região de Venda Nova do Imigrante virasse uma rota gastronômica para quem passa pelas montanhas capixabas, onde há também cafés e restaurantes especializados.

    Uma das pioneiras no agroturismo da região é a família Carnielli, que viu a oportunidade de ampliar as vendas a partir do socol. O produtor Lorenzo Carnielli lembra que quando era criança, os turistas perguntavam por mais produtos: queriam levar café, queijo e fubá para fazer polenta. “Hoje, a gente tem socol, linguiça, queijos, doce de leite, cafés especiais das montanhas do Espírito Santo e, aos poucos, a experiência ficou completa”, afirma.

    Lorenzo é da nova geração de produtores de socol. Assim como muitos jovens, saiu da cidade para estudar, com outros sonhos. Mas resolveu voltar e aplicar o que aprendeu como engenheiro de produção na propriedade da família. Implantou uma mini usina hidrelétrica, a partir das quedas d’água que existem no local. “Já geramos 70% da energia elétrica que consumimos na fazenda”, diz.

    Na família Angelim, foi Karla que quis conhecer o mundo fora de Venda Nova do Imigrante. Foi para Vila Velha, fez faculdade de economia, se casou, mas depois sentiu falta das origens e da família. “Sempre tive vontade de levar para a frente nossa história, dos nossos nonos, do meu pai, isso me dá muita alegria”. Esse sentimento é passado para a marca da família, que tem como slogan da Angelim Socol “um pedaço da nossa história”.

    O marido de Karla, Alexandre Cesquim, é o presidente da associação local que reúne oito produtores, dos quais seis já têm o direito de utilizar o selo da IG por obedecer padrões de qualidade. “A IG anda de mão dada com a cultura, se você não tiver história, a IG não reconhece a notoriedade”, explica. Ele afirma que o selo trouxe fama ao produto: “quando as pessoas têm essa referência, já dizem ‘eu vou lá em Venda Nova visitar o agroturismo do município e vou também atrás do socol’, o que agregou mais valor a ele”.

    Novas oportunidades

    Junto com o roteiro gastronômico, outras atividades se desenvolveram com a demanda do próprio turismo. O empresário Ricardo Girardi viu isso acontecer: “nos  últimos dez anos, está havendo essa migração da agricultura familiar para o turismo, até com a ajuda do Sebrae, o Serviço Brasileiro de Apoio à Micro e Pequena Empresa”. Com essa expansão, ele viu a oportunidade de criar o Ecoparque Pedra Azul Aventura, que oferece passeios com quadriciclos, a hospedagem em chalés e camping.

    O local do ecoparque é estratégico, na rota do Lagarto, de onde é possível contemplar três parques: Pedra Azul, Forno Grande e Pico da Bandeira. Ricardo também foi estudar fora e voltou, mas acredita que agora o cenário é diferente para as próximas gerações. “Com os restaurantes, cafés gourmets, reconhecidos em todo o Brasil, acabou um pouco desse processo de os filhos saírem, porque estão surgindo várias atividades na região”, conclui.

    O programa Caminhos da Reportagem vai ao ar neste domingo (27), às 22h, na TV Brasil.

  • Goiaba produzida no norte do Paraná ganha o mundo

    Goiaba produzida no norte do Paraná ganha o mundo

    Produzida numa região com bom potencial turístico, a goiaba de Carlópolis (PR) é grande, crocante, saborosa e resistente. Em 2016, ela conquistou o selo de Indicação Geográfica (IG), concedido a produtos reconhecidos por tradição e qualidade, o que os torna únicos no mundo. A IG de Carlópolis atesta a goiaba de dois municípios do Paraná: Carlópolis e Ribeirão Claro. Hoje, 36 fruticultores são associados à Cooperativa Agroindustrial de Carlópolis e dez deles já têm o selo da IG.

    A visibilidade e a notoriedade alcançadas com a Indicação Geográfica e também com a certificação Global G.A.P (Good Agriculture Practices), obtida em 2019 e imprescindível para o mercado externo, alavancaram os números da goiaba. Dentro do país, as vendas cresceram 50% em dois anos, quando se compara o primeiro semestre de 2022 ao primeiro semestre de 2020. O destaque maior foi lá fora, pois as exportações cresceram 1142%, um salto de 5,2 toneladas de janeiro a junho de 2020 para 65,2 toneladas no mesmo período deste ano. Inglaterra, Portugal, Canadá e Oriente Médio são os principais destinos.

    A gerente de vendas da Cooperativa Agroindustrial de Carlópolis e também produtora de goiaba certificada, Inês Sasaki, tem participado de feiras internacionais. “Eu fui para Espanha. E a gente levou a nossa goiaba. Ficava todo mundo admirado com a qualidade que a gente tem”, se orgulha.

    Diferenciais

    Inês explica que a redução do agrotóxico foi essencial para conseguir exportar o produto. “Todo ano, a gente faz um teste de laboratório com as frutas, para ver se não está constando resíduo e também a água para ver se não está contaminada”. O resultado positivo só foi possível com a técnica do ensacamento, para evitar a mosca da goiaba. “A partir do momento que a gente ensaca, a gente não passa mais nada, ela fica em torno de 60 dias ensacada sem agrotóxicos. Então, a gente faz todo esse trabalho, é manual, é difícil, mas é uma segurança tanto para o produtor como também para o consumidor”, avalia Inês.

    Além disso, outros fatores que diferenciam a goiaba de Carlópolis são a espessura da casca e o tamanho da fruta. Segundo o produtor certificado Rodrigo Viana, a crocância do produto vem da casca que é mais grossa e que permite, entre outras coisas, maior tempo de transporte, melhor comercialização, mais espaço na gôndola do mercado e mais resistência. Rodrigo acrescenta que a variedade de goiaba cultivada nessa IG pode pesar em média 500 gramas ou mais e que, devido ao tamanho, é considerada uma goiaba ‘de mesa’.

    A tradição da goiaba de Carlópolis vem desde a década de 1970. O pioneiro foi Iwao Yamamoto, que chegou criança ao município paranaense em 1949, junto com outros imigrantes japoneses. Rodrigo explica, entretanto, que a goiaba atual é a vermelha e que a da época de Iwao era a branca.

    “Ele fez um cruzamento e deu uma goiaba diferente, era uma goiaba branca, e ele deu o nome de goiaba Iwao. Então, tudo começou aí, essa goiaba Iwao permaneceu até o final da década de 1990, quando já foi dando espaço para esta vermelha”, relembra Rodrigo, que se formou engenheiro agrônomo, foi pesquisador em Londrina e decidiu voltar a Carlópolis para dobrar a quantidade de goiabas produzidas pelo pai dele desde os anos 1980.

    Redução do êxodo rural

    O presidente do Sebrae, Carlos Melles, ressalta que o fundamento da Indicação Geográfica é fixar a família no campo e valorizar o desenvolvimento do trabalho familiar. E isso realmente tem acontecido nos locais com produtos de selo IG.

    É o caso das produtoras Inês Sasaki e Leiko Kawasaki. Ambas são descendentes de japoneses, foram morar um tempo no Japão, mas regressaram para plantar goiaba, com a perspectiva do comércio exterior. “Eu fiquei numa fábrica de peças de carro da Honda. O meu trabalho lá foi maravilhoso. Fiquei 14 anos, comprei essa propriedade, eu voltei, então, estou aqui tentando trabalhar, criar meus filhos”, conta Leiko.

    O grande interesse na exportação se justifica pelo fato de que o mercado externo estipula um preço fixo para a fruta maior que o mercado interno que, além de tudo, apresenta oscilação ao longo dos meses.

    “Em janeiro e fevereiro o preço dentro do Brasil ficou em torno de R$ 2, em março caiu para R$ 1, em abril R$ 1,50, a partir de maio melhorou o preço e oscilou entre R$ 2 e R$ 3, até que em agosto atingiu R$ 4,50; enquanto no exterior foi vendida por R$ 4, de janeiro a agosto, sem qualquer variação”, explica a gerente de vendas da Cooperativa Agroindustrial de Carlópolis, Inês Sasaki.

    Sebrae

    O consultor do Sebrae-PR Odemir Capello fala da relação das IGs com o turismo – TV Brasil

    “A goiaba chega bem na Europa, o pessoal gostou muito da proposta da goiaba lá, que é considerado um produto exótico”, ressalta o consultor do Sebrae Paraná Odemir Capello.

    O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) – tanto o nacional quanto os estaduais – tem ajudado a mapear e a implementar as Indicações Geográficas pelo Brasil. Atualmente, já são 92 devidamente reconhecidas pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).

    A analista de inovação do Sebrae Nacional, Hulda Giesbrecht, explica que 69 são da modalidade indicação de procedência, que tem o registro baseado na reputação da região em produzir determinado produto, e 23 são da modalidade denominação de origem, em que se há uma comprovação por estudo técnico científico das características e qualidades do produto com os fatores naturais e humanos da região. No caso da IG Carlópolis, a goiaba é uma Indicação de Procedência.

    As Indicações Geográficas foram reconhecidas a partir da lei da propriedade industrial em 1996. “Você reúne todas as informações de conhecimento tradicional de produção de um produto, toda a história de produção e isso é documentado e levado ao INPI, que reconhece esse registro. A partir daí os produtores que estão instalados nessa área demarcada e que produzem de acordo com o que está definido no caderno de especificações técnicas do produto têm o direito de usar o selo da Indicação Geográfica”, afirma Hulda.

    De acordo com o diretor de Marca, Desenhos Industriais e Indicações Geográficas do INPI, Felipe Augusto de Oliveira, a IG é o ativo de propriedade intelectual mais sofisticado que existe. “Permite que o produto tenha um diferencial competitivo, principalmente com relação a valor premium que pode ser colocado neste produto no mercado – ou seja, a gente tem uma tendência de elevação, a partir do momento que o produto recebe uma Indicação Geográfica, em torno de 20 a 50%.”

    Gastronomia e turismo

    A região denominada norte pioneiro do Paraná, que inclui Carlópolis e Ribeirão Claro, tem a IG da goiaba e também a IG do café, além de uma represa com paisagens naturais que impressionam os visitantes. Em dezembro de 2019, foi instituída por lei como Área Especial de Interesse Turístico e chamada oficialmente de Angra Doce, em comparação à beleza da marítima Angra dos Reis (RJ). Angra Doce, por sua vez, compreende o reservatório da Usina Hidrelétrica de Chavantes e seu entorno, nos estados do Paraná e de São Paulo.

    Um dos locais que oferecem atividades de lazer, aventura e contemplação é a Estância Pedra do Índio, em Ribeirão Claro. A gerente administrativa da Estância, Edilaine Faganelli Hernan, descreve a paisagem: “são várias ilhas, ela é bem montanhosa, o que deixa mais bonito e mais parecido com Angra dos Reis”.

    A Estância também oferece voo de parapente e a maior tirolesa do Paraná, com um quilômetro de extensão e 128 metros de altura. A Pedra do Índio que dá o nome à Estância, é uma pedra que tem o formato do rosto de um índio e foi esculpida por eventos naturais ao longo dos anos.

    O consultor do Sebrae Paraná Odemir Capello destaca a relação das Indicações Geográficas com o turismo. “A rota das IGs, nós já estamos pensando nisso, como uma forma também de agregar valor às pequenas propriedades. Na Itália, na região da Emilia Romagna, que tem aproximadamente 400 indicações geográficas, é possível ver os produtos sendo consumidos”.

    E já existem empreendedores criativos em Carlópolis que aproveitam o potencial turístico-gastronômico da goiaba, do café e da represa em seus negócios.

    Bernadete Garcia Ribeiro Dyniewicz é proprietária do Parque Vila do Café, um sítio à beira da represa que pertence à família dela desde a década de 1950 e que hoje é aberto a visitantes, com agendamento. Quitutes de goiaba e de café deixam o passeio dos visitantes ainda mais atrativo. O paisagismo também é destaque no Parque Vila do Café, onde foram plantadas 3 mil mudas de 20 espécies nativas, além do jardim das rosas, com 2 mil pés de rosa. “Com certeza o café e a goiaba estão sendo uma uma mola propulsora do turismo na região. E a gente vê que a situação social da população está melhorando bastante, isso é muito gratificante”, observa Bernadete.

    Graduado em Tecnologia da Informação (TI) em Curitiba, Rodrigo Amaral largou o trabalho em uma empresa de TI na capital paranaense e voltou a Carlópolis, cidade natal, para ajudar o pai, proprietário do Caldo de Cana Amaral. Ele acreditou no potencial dos produtos com Indicação Geográfica e criou o pastel Romeu e Julieta, recheado de goiabada e queijo, mas com a inusitada massa de café. “Junto com o fornecedor de massa, nós fomos chegar nesse ponto, deu um pouco de trabalho, às vezes ficava muito forte, às vezes muito fraco, até equilibrar mesmo o gosto do café”, relembra Rodrigo. Ele já chegou a vender mais de 2 mil pastéis em um final de semana. Antes de criar novos sabores regionais, vendia em torno de 150 no máximo.

    O casal Agostinho João Longo e Rosana Menegon Longo decidiu, há dois anos, dar um destino às frutas maduras desperdiçadas em Carlópolis. Eles criaram uma cachaça de goiaba e aproveitam a qualidade dos recursos hídricos da região para garantir o bom destilamento. Rosana explica que a água tem que ser sem cloro e que na casa onde vivem e em que funciona a Cachaçaria G&R  a água é da mina. “A gente andava e via um monte de goiaba perdida e daí a gente sabe que o destilado americano é feito com fruta e a goiaba foi o carro chefe porque tem muito açúcar”, complementa Agostinho.

    Caminhos da Reportagem

    O episódio “A goiaba que ganhou o mundo” vai ao ar amanhã (16), às 22 horas, na TV Brasil. Este é o segundo episódio da série especial do Caminhos da Reportagem “Riquezas da nossa terra”, que estreou com um programa sobre a cachaça de Paraty. A série é uma parceria com o Sebrae e conta a história de produtos e produtores de localidades de todo o Brasil que conquistaram o reconhecimento de Indicação Geográfica. As equipes de reportagem viveram a experiência, com direito a experimentação dos produtos e muitas aventuras nos locais visitados, além de informação e investigação, características marcantes do Caminhos da Reportagem, programa mais premiado da TV Brasil.

    Os outros dez episódios vão mostrar o cacau do sul da Bahia; o vinho, da Campanha Gaúcha; o guaraná de povos indígenas do Amazonas; o queijo marajoara do Pará; o bordado filé das Lagoas Mundaú- Manguaba, de Alagoas; o café da Serra da Mantiqueira, de Minas Gerais e outros produtos que são a cara do Brasil. Todos eles vão levar os telespectadores a conhecer e reconhecer essas riquezas.

  • Caminhos da Reportagem mostra atuação de brigada militar na Amazônia

    Caminhos da Reportagem mostra atuação de brigada militar na Amazônia

     

    O programa Caminhos da Reportagem, que vai ao ar na TV Brasil às 20h neste domingo (14), vai mostrar como as brigadas militares atuam contra o desmatamento e as queimadas na floresta Amazônica.ebc

    Desde o início da segunda edição da Operação Verde Brasil, em 11 de maio, 116 pessoas foram presas por crimes ambientais na Amazônia, mais de R$ 175 milhões em multas foram aplicados e quase 20 mil metros cúbicos de madeira foram apreendidos.

    A força-tarefa une as Forças Armadas, Polícia Federal, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Força Nacional e secretarias estaduais de Meio Ambiente. O objetivo é desarticular quadrilhas de madeireiros e garimpeiros na área da Amazônia Legal. Neste ano, a Operação Verde Brasil foi antecipada justamente para coibir os principais crimes ambientais que ocorrem nesta época do ano.