Tag: café

  • Preços do café encerram maio em alta, impulsionados por preocupações com a oferta global

    Preços do café encerram maio em alta, impulsionados por preocupações com a oferta global

    Apesar das fortes oscilações ao longo de maio, os preços do café finalizaram o mês com uma tendência predominantemente de alta. De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), essa valorização foi sustentada pela possibilidade de uma menor oferta global do grão, especialmente devido a preocupações com o desenvolvimento da safra de robusta no Vietnã.

    O Indicador CEPEA/ESALQ do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, com entrega na capital paulista, fechou o mês de maio a R$ 1.286,07 por saca de 60 kg. Esse valor representa um aumento de 38,23 Reais por saca, ou 3,06%, no acumulado do mês. Esse cenário de alta se manteve mesmo com a colheita do café no Brasil avançando de forma satisfatória, destacando o impacto das expectativas de mercado sobre os preços.

    Para o café robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, encerrou maio a R$ 1.149,20 por saca de 60 kg, registrando uma elevação de 1,3% no mês. A menor oferta global, em combinação com as preocupações com a safra vietnamita, contribuiu para a sustentação dos preços também nesse segmento.

    O balanço positivo nos preços do café ao longo de maio reflete as expectativas de uma possível redução na oferta global, especialmente do robusta. Esse movimento de alta nos preços do café arábica e robusta ocorre mesmo com o progresso adequado da colheita no Brasil, ressaltando a influência das dinâmicas globais de oferta e demanda no mercado interno.

  • Governo Federal fecha acordo para promoção do café brasileiro na maior rede de cafeterias da China

    Governo Federal fecha acordo para promoção do café brasileiro na maior rede de cafeterias da China

    Nesta quarta-feira (5), o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, assinou memorandos de entendimento para a promoção do café brasileiro na maior rede de cafeterias da China, a Luckin Coffee. O documento também determina a criação de um hub de inovação brasileira em Xangai. As duas iniciativas foram pela Agência Brasileira de Promoção à Exportação (ApexBrasil).

    A Luckin Coffee, rede de café com mais de 16 mil lojas na China, é a principal importadora de café brasileiro no país. Por meio da parceria, a empresa se compromete a promover e comercializar ativamente o café brasileiro para seus clientes e parceiros. O acordo assinado prevê a compra de aproximadamente 120 mil toneladas de café brasileiro pela rede, no valor cerca de U$ 500 milhões.

    “Em 2022, o Brasil exportou US$ 80 milhões em café e no ano passado, foram US$ 280 milhões, praticamente quatro vezes mais que no ano anterior. Agora, só neste contrato com a Luckin Coffee, estamos falando de meio milhão de dólares, o que demonstra que o Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, está abrindo mercados”, afirmou o vice-presidente.

    O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, esteve presente no ato de assinatura e destacou que as novas perspectivas no comércio exterior geram oportunidades de emprego dentro do Brasil. Também foi pontuado pelo ministro que a produção brasileira de café vive transformação, com foco cada vez maior na sustentabilidade. “O café é um dos destaques da produção brasileira. Vive um ciclo de renovação de melhoria, de qualidade, de sustentabilidade. Que isso se torne oportunidade”, disse Fávaro.

    O presidente da Agência Brasileira de Promoção a Exportação (ApexBrasil), Jorge Viana, destacou que o acordo de hoje é fruto do trabalho da agência por meio de programas como o ExportaMaisBrasil, ExportaMaisAmazônia e ExportaMaisNordeste.

    Alckmin também lembrou o valor social da bebida mais consumida no mundo depois da água. “O café é uma alternativa para o pequeno produtor, pois não é preciso ter milhares de hectares para produzir café, que é uma boa alternativa de renda para a agricultura familiar e o pequeno produtor de café orgânico. Este é um bom caminho, pois tem importância econômica e, também, social”.

    — news —

  • Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    Aroma do café pode ser instrumento para reduzir tabagismo

    O aroma prazeroso do café pode ser elemento importante para reduzir o vício do tabagismo. Essa foi a conclusão de estudo preliminar de pesquisadores brasileiros com 60 fumantes, dos quais 30 inalaram fragrância de aroma de pó de café e metade voltou a fumar.

    Os pesquisadores do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR) descobriram, em 2014, que a fragrância do café ativa uma região específica no cérebro, que faz parte do sistema de recompensas, em especial o núcleo acumbens, estrutura cerebral que é ativada também com substâncias psicoativas, como a cocaína. “Esse sistema de recompensas é ativado com atividades prazerosas como, por exemplo, escutar música, ter relações sexuais, tudo que dá prazer, beber água inclusive, mas também é um sistema que pode ser mal utilizado por meio de substâncias psicoativas”, confirmou a pesquisadora do IDOR e diretora científica da Café Consciência, startup de biotecnologia parceira do instituto, Silvia Oigman.

    Como o café ativou de forma intensa essa região do cérebro, os pesquisadores decidiram utilizar o aroma do café para substituir a vontade de fumar dos participantes de um segundo ensaio clínico pequeno, feito com 16 fumantes, em 2016. Esse ensaio serviu de base para o estudo mais amplo, realizado em 2022, com 60 fumantes, cujos resultados foram divulgados agora.

    Resultados

    Silvia Oigman informou nessa segunda-feira (3) que da metade dos 60 fumantes expostos à fragrância do aroma do café, 50% fumaram logo depois que ocorreu a intervenção. Entre a outra metade dos participantes, que não inalou a fragrância do café, mas uma fragrância neutra à base de sabão, 73,3% voltaram a fumar. “Foi um número expressivo, mas não é significativo. Na prática, não houve diferença estatística. Mas é um resultado considerado indicador de potencial dessa abordagem, inclusive porque era um ensaio clínico piloto. A gente estava fazendo um estudo prévio com a fragrância do pó do café. Não é a fragrância final que a gente espera empregar para um paciente de fato”, explicou Silvia.

    Segundo Silvia, o ensaio clínico foi importante para os pesquisadores encontrarem questões a serem resolvidas e fazer um novo ensaio de maior porte. O ensaio clínico foi conduzido durante seis meses. “Não foi tão rápido como a gente gostaria. Quando a gente lida com fragrâncias, como o pó de café e o vinho, eles perdem muitos voláteis. Ainda que o armazenamento e toda a entrega tenham sido monitorados e feitos da melhor forma possível, cai a qualidade pelo tempo”, disse a pesquisadora do IDOR. Esse foi um aspecto que pode ter prejudicado o desempenho da fragrância. “É nesse aspecto que a gente está pretendendo atuar”.

    A pesquisa recebeu investimentos de R$ 373 mil da Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj).

    Produtores de café de Mato Grosso buscam impulsionar a produção na região norte e noroeste do estado

    Formulação terapêutica

    O projeto final visa a utilizar a fragrância do café para redução do desejo de consumo do tabaco por usuários crônicos. Silvia afirmou que a ideia é avançar ainda mais e dar continuidade ao projeto. “A gente entendeu o resultado obtido como um indicador de potencial”. Os pesquisadores estão desenvolvendo agora uma formulação terapêutica à base de voláteis de café e vão adaptá-la em dispositivo eletrônico, para realizar novo ensaio clínico com maior número de fumantes. “Ainda há alguns passos até isso ser feito”. A expectativa é que essa nova fase do projeto seja realizada antes de 2026. A abordagem multidisciplinar é conduzida por especialistas brasileiros em diversas áreas.

    Silvia desconhece a existência de outros grupos de pesquisa que usem a inalação inócua do aroma do café como ativador do sistema de recompensa para fins medicinais. Os resultados obtidos até agora levaram o grupo a depositar e ter concedidas nove patentes nos Estados Unidos, Europa e Ásia. Mais três patentes estão em andamento no Brasil, na Austrália e no Canadá.

    De acordo com as últimas estimativas do relatório de tendências de tabaco da Organização Mundial da Saúde (OMS), divulgado em janeiro deste ano, há em todo o mundo 1,25 bilhão de adultos usuários de tabaco. O vício de fumar mata mais de 8 milhões de pessoas anualmente, sendo mais de 7 milhões dessas mortes resultado do uso direto do tabaco, enquanto mais de 1,2 milhão das mortes são de fumantes passivos.

    Edição: Graça Adjuto

    — news —

  • Aumento da Produtividade de Café em MT: Impactos do Programa do Governo

    Aumento da Produtividade de Café em MT: Impactos do Programa do Governo

    Mato Grosso tem apresentado um aumento significativo na produtividade de café por hectare plantado nos últimos nove anos, impulsionado por investimentos da Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf) na melhoria do solo, melhoramento genético da cultura e mecanização da produção.

    De 2015 para 2023, houve crescimento de 258,7% na produção de sacas do grão por hectare plantado, segundo relatório divulgado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O documento aponta os impactos positivos do Programa Mato Grosso Produtivo Café, do Governo de Mato Grosso, para esse resultado.

    “Esse aumento na produtividade é resultado de um trabalho intenso para desenvolver e colocar em prática políticas públicas que realmente façam a diferença na ponta, com entregas de mudas de café, patrulhas mecanizadas, implementos agrícolas, calcário e kits de irrigação. Hoje, 100% da produção de café no Estado é feita por produtores da agricultura familiar”, destacou o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro.

    Conforme o relatório, a cafeicultura nas regiões abrangidas pelo programa alcançou uma produtividade média de 22,6 sacas por hectare, sendo que, em 2015, a produtividade média foi de 6,3 sacas por hectare.

    Atualmente, o estado ocupa a 9ª posição entre os maiores produtores de café do Brasil. A estimativa é de que a cafeicultura mais tecnificada tenha gerado cerca de 8.050 postos de trabalho entre 2015 e 2023.

    Ainda segundo a análise da Embrapa, a melhor rentabilidade da cafeicultura resultou no engajamento mais efetivo de mulheres e jovens e também indígenas.

    Além disso, houve redução na área plantada. Conforme a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), em 2014, com 20 mil hectares plantados, a produção era de 124 mil sacas, e, neste ano, com apenas 11.600 hectares, a previsão é de 270 mil sacas colhidas, refletindo um aumento considerável na eficiência e produtividade.

    Para fomentar a comercialização local do café, o Governo do Mato Grosso isenta do pagamento de Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o café cru, em coco ou em grão, para o produtor que vender seu café para a indústria local. Isso traz segurança jurídica e incidem diretamente sobre os produtores da agricultura familiar.

    — news —

  • “Esse kit de irrigação foi bom demais para nós”, diz jovem de 21 anos que cultiva café com apoio do MT Produtivo

    “Esse kit de irrigação foi bom demais para nós”, diz jovem de 21 anos que cultiva café com apoio do MT Produtivo

    O jovem produtor familiar Eduardo Lucena Vivian, de 21 anos, se dedica à produção de café da variedade canelon em Juína, Mato Grosso. Com o apoio da família e do Programa MT Produtivo Café, do Governo de Mato Grosso, ele está cultivando 3.000 pés da fruta em um hectare que recebeu do pai. Eduardo não pensa em deixar o campo e está cada vez mais decidido a investir na cultura cafeeira.

    Segundo ele, os recursos oferecidos pelo Estado contribuem para a continuidade do trabalho.

    Desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf), em parceria com a Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), o programa MT Produtivo Café entregou 300 mil mudas de café e 98 kits de irrigação entre 2022 e 2023.

    esse kit de irrigacao foi bom demais para nos diz jovem de 21 anos que cultiva cafe com apoio do mt produtivo interna 1 2024 05 24 382819798Kit de irrigação distribuído pela Seaf ajuda na melhora da produtividade – Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

    Com determinação, Eduardo demonstra aos jovens que o trabalho no campo pode ser próspero e sustentável. No ano passado, ele colheu 50 sacas de café, vendendo por R$ 700 cada, o que garantiu uma boa renda para reinvestir na produção.

    “Aqui em casa, eu, meu pai e meu irmão trabalhamos juntos. Meu pai gerencia tudo e nós botamos o serviço para andar. O kit de irrigação que recebemos foi muito bom para nós, deixou tudo arrumadinho”, contou Eduardo.

    Há dois anos, ele recebeu um hectare de terra do pai para iniciar sua própria produção. “Meu pai passou esse hectare para nós trabalharmos. A ideia de produzir café veio dele, pois vimos como ele trabalha e não gostamos muito de trabalhar para os outros. Gostamos de cuidar do que é nosso, e o café é o que nos mantém aqui na roça”, explicou o jovem produtor.

    A propriedade da família fica a 62 km da zona urbana de Juína e a 1 km da comunidade Terra Roxa. Eduardo e sua família secam e colhem o café utilizando uma máquina própria, e a venda é feita diretamente na região.

    O secretário de Agricultura Familiar do Estado, Luluca Ribeiro, destaca que o caso de Eduardo demonstra a importância de investir no campo para evitar o êxodo rural de jovens.

    “Investir na agricultura familiar e oferecer condições adequadas para os jovens produtores é essencial para garantir a continuidade dos negócios familiares, que podem ser muito lucrativos se bem trabalhados. E é nisso que o Governo de Mato Grosso vem trabalhando para dar o suporte ”, afirma Ribeiro.

    esse kit de irrigacao foi bom demais para nos diz jovem de 21 anos que cultiva cafe com apoio do mt produtivo interna 2 2024 05 24 1144876847
    Neste dia 24 de maio é comemorado o Dia Nacional do Café – Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

    Dia Nacional do Café

    Em todo o país, é celebrado nesta sexta-feira (24.05) o Dia Nacional do Café, cultura na qual o Governo do Estado tem investido no crescimento da produção e já obteve resultado, com crescimento de 102% na produção do grão entre 2019 e 2023, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

    — news —

  • Outro argumento a favor do café: um novo estudo mostrou que esta bebida prolonga a vida muscular

    Outro argumento a favor do café: um novo estudo mostrou que esta bebida prolonga a vida muscular

    Amantes do café, preparem-se para mais uma dose de boas notícias! Um novo estudo científico, publicado na revista “Aging”, revela que o consumo regular de café pode prolongar a vida útil dos músculos. A pesquisa, realizada por cientistas da Universidade de Texas em Austin, abre caminho para novas perspectivas sobre o papel do café na promoção da saúde muscular e no combate ao envelhecimento.

    Receita de café gelado: Refrescância e sabor em cada gole

    Desvendando os Segredos do Café e Seus Benefícios Inusitados

    O estudo acompanhou um grupo de adultos mais velhos ao longo de um período de três anos, monitorando o consumo de café e a saúde muscular. Os resultados foram surpreendentes: aqueles que consumiam mais café apresentaram menor declínio na força muscular e na massa muscular durante o período de estudo.

    Mas como o café pode ter esse efeito?

    Os pesquisadores acreditam que os compostos bioativos presentes no café, como cafeína, ácido clorogênico e diterpenos, podem desempenhar um papel crucial na proteção das células musculares contra o estresse oxidativo e a inflamação, dois fatores principais que contribuem para o declínio muscular relacionado à idade.

    Além disso, o café pode:

    • Melhorar a sensibilidade à insulina, facilitando a absorção de glicose pelas células musculares, fornecendo energia para o crescimento e reparo muscular.
    • Aumentar a produção de proteínas musculares, auxiliando na construção e na manutenção da massa muscular.
    • Reduzir a produção de miostatina, uma proteína que inibe o crescimento muscular.

    4 receitas deliciosas de café gelado para o verão

    Café: Um Aliado para a Saúde Muscular?

    Mulher Bebendo Café - Fotos do Canva
    Outro argumento a favor do café: um novo estudo mostrou que esta bebida prolonga a vida muscular

    Embora o estudo não prove que o café é a única causa da preservação da massa muscular nos participantes, ele fornece um argumento convincente a favor do consumo moderado de café como parte de um estilo de vida saudável para adultos mais velhos.

    É importante salientar que:

    • O consumo excessivo de café pode ter efeitos negativos, como ansiedade, insônia e problemas digestivos.
    • Pessoas com condições médicas preexistentes, como doenças cardíacas ou distúrbios do sono, devem consultar um médico antes de aumentar o consumo de café.

    Conclusão: Um Novo Capítulo na História do Café

    As descobertas deste estudo abrem caminho para novas pesquisas sobre os benefícios do café para a saúde muscular e o envelhecimento. O café, já apreciado por seu sabor e efeito estimulante, pode se tornar um aliado ainda mais valioso na busca por uma vida mais saudável e ativa.

  • Pesquisa identifica os melhores clones de café para produção em Mato Grosso

    Pesquisa identifica os melhores clones de café para produção em Mato Grosso

    Pesquisadores da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT) e da Embrapa Rondônia estão desenvolvendo o projeto “Validação de clones de Coffea canephora para o Estado de Mato Grosso”, com o objetivo de identificar os melhores clones para cultivo de café no Estado. O trabalho é desenvolvido no âmbito do Programa MT Produtivo Café, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf). Estão sendo avaliados os desempenhos agronômico e sensorial de 50 genótipos de cafeeiros robustas amazônicos desde janeiro de 2021, em duas unidades de pesquisa da Empaer-MT: no Campo Experimental e de Produção em Tangará da Serra e no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia de Sinop.

    Na primeira colheita comercial, ocorrida na última safra 22/23, foram avaliadas diversas variáveis como produtividade, uniformidade de maturação, ciclo e qualidade de bebida. A análise de qualidade de bebida foi realizada em um laboratório especializado em cafés especiais, composto por uma rede estruturada de avaliadores credenciados na avaliação de cafés Coffea canephora. Para essa finalidade foi firmada parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) do Espírito Santo, que realizou as análises sensoriais dos cafés colhidos em Mato Grosso.

    Em fevereiro deste ano, no Centro de Cafés Especiais (CECAFES), localizado na Fazenda Experimental do INCAPER de Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo, as amostras foram submetidas a avaliação de qualidade de bebida por quatro profissionais Q-Grader (avaliadores credenciados pelo Coffee Quality Institute), os quais fizeram a descrição sensorial da bebida dos 50 genótipos em avaliação.

    O pesquisador Marcelo Curitiba Espíndola, da Embrapa Café, membro da equipe executora do projeto, destacou ter ficado surpreso: “No momento da avaliação foi muito interessante observar que a equipe ficou deslumbrada com a diversidade de sabores que tinham as amostras. Isso mostra que esses clones têm potencial para qualidade de bebida e que o clima de Mato Grosso pode ser favorável para a produção de cafés especiais”, contou.

    Douglas Gonzaga de Sousa, coordenador do CECAFES/INCAPER, frisou que provar cafés de diferentes terroirs é uma experiência gratificante e enriquecedora para o profissional. “Durante a análise sensorial podemos perceber toda a exuberância dos canéforas brasileiros, a diversidade de aromas e sabores à xícara e a familiaridade e singularidade dos perfis encontrados em cada café. Por se tratar de cafés oriundos de clones cultivados em condições de solo e clima diferentes dos cafés do Espírito Santo, possibilitou aos provadores do CECAFES explorarem novas experiências e origens com toda sua complexidade, se tornando uma experiência enriquecedora para nossos profissionais”, disse.

    O pesquisador da Embrapa lembrou que o café é uma cultura relacionada à agricultura familiar. “Então, quando nós falamos em plantio de cafés da espécie Coffea canephora no Estado de Mato Grosso, nós estamos trabalhando com pequenos agricultores localizados nas regiões norte e noroeste, onde se encontra a Floresta Amazônica”, explicou.

    Segundo Marcelo, “com o trabalho vai ser possível identificar aqueles clones cafeeiros com melhor potencial para a qualidade de bebida e vamos poder recomendar para os cafeicultores quais os cafés que apresentam essa característica, especialmente pensando em Mato Grosso se tornar não necessariamente um grande produtor de café, mas talvez um grande produtor de cafés especiais. Ou seja, produzir um café com qualidade diferenciada para atingir mercados diferenciados e agregar valor para essa commodity”.

    A pesquisadora Danielle Helena Müller, da Empaer-MT e membro da equipe executora do projeto,  teve a oportunidade de participar presencialmente das análises sensoriais dos canéforas mato-grossenses. “Foi muito interessante a experiência no CECAFES por ser um centro organizado e bem coordenado, com uma equipe de trabalho técnica e competente. Em Mato Grosso ainda estamos desenvolvendo a expertise na produção de cafés especiais. Então é um privilégio contar com o apoio de técnicos e provadores qualificados do Espírito Santo, que se destaca como estado produtor de cafés”, revelou.

    Segundo Danielle, a equipe de pesquisa da Empaer-MT, que desenvolve o projeto, está na expectativa da possibilidade de expansão da produção de cafés especiais e espera que os bons resultados obtidos sejam motivadores para os produtores já atuantes na cadeia cafeeira em Mato Grosso. “Que eles possam se beneficiar com a seleção de clones tecnicamente recomendados para as condições do estado, abrindo caminhos para que se engajem ainda mais em melhorar a qualidade do café produzido”,disse.

  • Dia Mundial do Café: Uma celebração à paixão brasileira

    Dia Mundial do Café: Uma celebração à paixão brasileira

    Que melhor maneira de começar a semana do que com uma xícara de café fresquinho? Ainda mais neste domingo, dia 14 de abril, quando celebramos o Dia Mundial do Café, a bebida que conquista o coração de milhões de brasileiros.

    Não é à toa que o Brasil é um país apaixonado por café. Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo médio anual por pessoa era de quase cinco quilos de café torrado e moído em 2019. Um número que comprova a importância dessa bebida na cultura e no dia a dia dos brasileiros.

    Mais do que um simples cafezinho:

    Mãos humanas preparando café para máquina de café - Fotos do Canva
    Mais do que um simples cafezinho – Fotos do Canva

    O café representa muito mais do que apenas uma bebida para os brasileiros. Ele é um símbolo de conexão, convívio e momentos especiais. É na xícara de café que se reúnem amigos e familiares para colocar a conversa em dia, celebrar conquistas e criar memórias afetivas.

    Seja no tradicional cafezinho da manhã para começar o dia com energia, no espresso durante o trabalho para um gás extra, ou no cappuccino cremoso para relaxar à tarde, o café está sempre presente nos momentos mais marcantes da nossa vida.

    Um brinde ao café!

    Neste Dia Mundial do Café, vamos brindar a essa bebida tão especial que faz parte da nossa história e da nossa cultura. Vamos celebrar o sabor, o aroma e a alegria que o café proporciona.

    E que tal aproveitar a data para experimentar um novo tipo de café, visitar uma cafeteria diferente ou preparar um café especial em casa para compartilhar com quem você ama?

    APROVEITE TAMBÉM PARA LER:

  • Pesquisa identifica os melhores clones de café para produção em Mato Grosso

    Pesquisa identifica os melhores clones de café para produção em Mato Grosso

    Pesquisadores da Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer-MT) e da Embrapa Rondônia estão desenvolvendo o projeto “Validação de clones de Coffea canephora para o Estado de Mato Grosso”, com o objetivo de identificar os melhores clones para cultivo de café no Estado.

    O trabalho é desenvolvido por meio do Programa MT Produtivo Café, da Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf).

    Estão sendo avaliados os desempenhos agronômico e sensorial de 50 genótipos de cafeeiros robustas amazônicos desde janeiro de 2021, em duas unidades de pesquisa da Empaer-MT: no Campo Experimental e de Produção em Tangará da Serra e no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia de Sinop.

    Na primeira colheita comercial, ocorrida na última safra 22/23, foram avaliadas diversas variáveis como produtividade, uniformidade de maturação, ciclo e qualidade de bebida. A análise de qualidade de bebida foi realizada em um laboratório especializado em cafés especiais, composto por uma rede estruturada de avaliadores credenciados na avaliação de cafés Coffea canephora. Para essa finalidade foi firmada parceria com o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (INCAPER) do Espírito Santo, que realizou as análises sensoriais dos cafés colhidos em Mato Grosso.

    Em fevereiro deste ano, no Centro de Cafés Especiais (CECAFES) localizado na Fazenda Experimental do INCAPER de Venda Nova do Imigrante, no Espirito Santo, as amostras foram submetidas a avaliação de qualidade de bebida por quatro profissionais Q-Grader (avaliadores credenciados pelo Coffee Quality Institute), os quais fizeram a descrição sensorial da bebida dos 50 genótipos em avaliação.

    pesquisa identifica os melhores clones de cafe para producao em mato grosso interna 1 2024 03 31 184092542

    O pesquisador da Embrapa Café, membro da equipe executora do projeto, Marcelo Curitiba Espíndola, destacou ter ficado surpreso. “No momento da avaliação foi muito interessante observar que a equipe ficou deslumbrada com a diversidade de sabores que tinham as amostras. Isso mostra que esses clones têm potencial para qualidade de bebida e que o clima de Mato Grosso pode ser favorável para a produção de cafés especiais”, contou.

    Já o coordenador do CECAFES/INCAPER, Douglas Gonzaga de Sousa, frisou que provar cafés de diferentes terroirs é uma experiência gratificante e enriquecedora para o profissional. “Durante a análise sensorial podemos perceber toda a exuberância dos canéforas brasileiros, a diversidade de aromas e sabores à xícara e a familiaridade e singularidade dos perfis encontrados em cada café. Por se tratar de cafés oriundos de clones cultivados em condições de solo e clima diferentes dos cafés do Espírito Santo, oportunizou aos provadores do CECAFES explorarem novas experiências e origens com toda sua complexidade, se tornando uma experiência enriquecedora para nossos profissionais”, disse.

    O pesquisador da Embrapa lembrou que o café é uma cultura relacionada à agricultura familiar. “Então, quando nós falamos em plantio de cafés da espécie Coffea canephora no Estado de Mato Grosso, nós estamos trabalhando com pequenos agricultores localizados nas regiões norte e noroeste onde se encontra a Floresta Amazônica”, explicou.

    Segundo Marcelo, “com o trabalho vai ser possível identificar aqueles clones cafeeiros com melhor potencial para a qualidade de bebida e vamos poder recomendar para os cafeicultores quais os cafés que apresentam essa característica, especialmente pensando em Mato Grosso se tornar não necessariamente um grande produtor de café, mas talvez um grande produtor de cafés especiais. Ou seja, produzir um café com qualidade diferenciada para atingir mercados diferenciados e agregar valor para essa commodity”.

    pesquisa identifica os melhores clones de cafe para producao em mato grosso interna 2 2024 03 31 31043591

    A pesquisadora da Empaer-MT e membro da equipe executora do projeto, Danielle Helena Müller, teve a oportunidade de participar presencialmente das análises sensoriais dos canéforas mato-grossenses. “Foi muito interessante a experiência no CECAFES por ser um centro organizado e bem coordenado, com uma equipe de trabalho técnica e competente. Em Mato Grosso ainda estamos desenvolvendo a expertise na produção de cafés especiais. Então é um privilégio contar com o apoio de técnicos e provadores qualificados do Espírito Santo, que se destaca como estado produtor de cafés”, revelou.

    Segundo Danielle, a equipe de pesquisa da Empaer-MT que desenvolve o projeto está na expectativa da possibilidade de expansão da produção de cafés especiais e espera que os bons resultados obtidos sejam motivadores para os produtores já atuantes na cadeia cafeeira em Mato Grosso. “Que eles possam se beneficiar com a seleção de clones tecnicamente recomendados para as condições do estado, abrindo caminhos para que se engajem ainda mais em melhorar a qualidade do café produzido”.

    Dia de Campo

    Para os interessados nos resultados da qualidade de bebida dos robustas amazônicos mato-grossenses será promovido no mês de maio o dia de campo “Desempenho de cafeeiros robustas amazônicos no norte de Mato Grosso: do plantio à xícara”.

    O evento será no Centro Regional de Pesquisa e Transferência de Tecnologia da Empaer-MT em Sinop, no dia 03. Na ocasião, serão divulgados resultados preliminares do desempenho agronômico dos 50 clones em avaliação e os participantes poderão adquirir conhecimento e tirar dúvidas em palestras sobre diversos aspectos da cafeicultura, como produção de mudas, implantação da lavoura, custo de produção, qualidade de bebida, dentre outros.

    pesquisa identifica os melhores clones de cafe para producao em mato grosso interna 3 2024 03 31 1860300110

    — news —

  • Cesta básica em Cuiabá sobe pela quarta semana consecutiva e atinge R$ 786,18

    Cesta básica em Cuiabá sobe pela quarta semana consecutiva e atinge R$ 786,18

    A cesta básica em Cuiabá continua em alta e, na terceira semana de fevereiro, atingiu o valor de R$ 786,18, um aumento de 0,85% em relação à semana anterior.

    Este é o quarto aumento consecutivo do preço dos alimentos na capital mato-grossense.

    De acordo com o levantamento do Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), sete dos 13 itens da cesta básica registraram aumento de preço nesta semana.

    Os principais vilões da alta foram a banana (5,27%), o café (1,49%), a batata e o feijão (1% cada).

    O superintendente da Fecomércio-MT, Igor Cunha, explica que a alta dos preços está relacionada principalmente à sazonalidade de alguns produtos, como a banana e o tomate.

    “Os últimos crescimentos da cesta estão ligados, principalmente, à alta de alimentos de hortifruti, que demonstram oscilações mais frequentes e em maior grau, como o caso da batata e do tomate e agora também a banana”, afirma Cunha.

    Apesar da alta geral, alguns alimentos apresentaram queda de preço nesta semana. O óleo de soja, por exemplo, teve um recuo de 1,61%, acumulando uma queda de 4,67% nas últimas quatro semanas. O preço do item está cerca de 20% menor do que no mesmo período do ano passado.

    Para o presidente da Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior, os aumentos consecutivos da cesta básica servem como um termômetro da economia de Cuiabá.

    “Apesar de os últimos aumentos da cesta serem consecutivos, eles se mostram abaixo de 1%, já que alguns alimentos estão superiores aos preços averiguados em 2023 e outros se mostram abaixo, o que eleva a necessidade de averiguar as dinâmicas de preço de cada alimento”, ressalta Souza Júnior.