Tag: café

  • Governo divulga lista de cafés torrados impróprios para consumo

    Governo divulga lista de cafés torrados impróprios para consumo

    O Ministério da Agricultura e Pecuária divulgou nesta segunda-feira (1º) uma lista com 14 marcas de café torrado que foram consideradas impróprias para consumo humano após a constatação de impurezas ou de elementos estranhos acima dos limites permitidos pela legislação.

    Em nota, a pasta informou que os produtos que integram a lista devem ser recolhidos pelas empresas responsáveis. “A ação está respaldada pelo artigo 29-A do Decreto 6.268/2007, que prevê a aplicação do recolhimento em casos de risco à saúde pública, adulteração, fraude ou falsificação de produtos”, destacou.

    No comunicado, o ministério detalhou ainda que o alerta faz parte de desdobramentos da Operação Valoriza, que contou com ações de fiscalização realizadas em todo o país entre os dias 18 e 28 de março, quando foram coletadas 168 amostras de café torrado.

    “Aos consumidores que caso tenham adquiridos esses produtos, o ministério orienta que deixem de consumi-los, podendo solicitar sua substituição nos moldes determinados pelo Código de Defesa do Consumidor”.

    Para quem encontrar alguma das marcas citadas na lista sendo comercializadas, a pasta pede para ser comunicada imediatamente por meio do canal oficial Fala.BR. É preciso informar o nome do estabelecimento e o endereço onde foi adquirido o produto.

    Os parâmetros de qualidade definidos para o café torrado podem ser acessados na Portaria 570 de 2022;

    Edição: Aline Leal

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  • Comitê aprova redução de juros para pequenos produtores de café

    Comitê aprova redução de juros para pequenos produtores de café

    O Comitê Técnico do Conselho Deliberativo de Política do Café (CDPC) aprovou uma redução de 1% na taxa de juros para pequenos produtores rurais que acessarem o crédito de custeio agrícola, operado com recursos do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé). A decisão, anunciada na última segunda-feira (24), será encaminhada ao Conselho Monetário Nacional (CMN), que publicará a alteração em uma resolução específica. A nova taxa de juros será incluída no Plano Agrícola e Pecuário 2024/2025.

    Durante a reunião, a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) defendeu uma redução de 3% na taxa final de juros para pequenos e médios cafeicultores na linha de custeio. A proposta era reduzir a remuneração do fundo de 8% para 5%, mantendo o spread bancário do agente financeiro em 3% ao ano.

    “Mesmo com uma redução mais modesta do que desejávamos, a decisão é uma conquista relevante para o setor produtivo, pois é a primeira vez que conseguimos qualquer diferenciação no recurso disponibilizado ao produtor rural,” destacou a assessora técnica da CNA, Raquel Miranda.

    Segundo Miranda, o setor cafeeiro é um grande demandante de crédito agrícola, especialmente recursos de custeio. “Conhecendo a realidade e o perfil dos produtores, há anos a CNA já vinha pleiteando para que os recursos do Funcafé fossem ofertados a taxas menores a estes produtores,” explicou.

    Antes da decisão do Comitê, os recursos do Fundo eram operados com uma taxa de juros única para todas as linhas de financiamento. No exercício financeiro 2023/2024, produtores, cooperativas, indústria de torrefação, indústria de café solúvel e exportadores acessaram o recurso com uma taxa de 11% ao ano.

    “A redução dos juros é uma forma de ampliar a utilização de recursos do Fundo, bem como atender às recomendações do Tribunal de Contas da União (TCU), que alertou sobre a ociosidade e concentração do volume,” afirmou Miranda.

    Ela ainda enfatizou que a diferenciação na taxa de juros não impactará o acesso de outros produtores e cooperativas que já acessam o Funcafé. “Esses perfis continuarão acessando o custeio com a mesma taxa aplicada às demais linhas de financiamento destinadas às cooperativas, indústrias e exportadores,” concluiu Raquel Miranda.

  • Colheita de café da safra 2024/25 avança rápido, mas enfrenta desafios

    Colheita de café da safra 2024/25 avança rápido, mas enfrenta desafios

    A colheita do café da safra 2024/25 está progredindo de maneira mais acelerada do que na temporada anterior, segundo pesquisadores do Cepea. No entanto, o rendimento das lavouras colhidas está abaixo do esperado para um ano de bienalidade positiva.

    De acordo com agentes consultados pelo Cepea, os grãos que estão chegando para classificação e prova apresentam um baixo percentual de peneiras (17/18). Esse fator pode dificultar o cumprimento dos contratos já fixados, pois limita a formação de lotes.

    Apesar desses desafios, o andamento da colheita tem sido considerado satisfatório. O clima seco tem favorecido os trabalhos nos talhões e nos terreiros. A baixa umidade acelera a secagem dos cafés, reduzindo a necessidade de uso de secadores, o que pode contribuir para a obtenção de uma bebida de melhor qualidade.

  • CNA discute desafios e oportunidades para o setor cafeeiro

    CNA discute desafios e oportunidades para o setor cafeeiro

    Na última sexta-feira (21), a Comissão Nacional do Café da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) se reuniu para abordar temas cruciais para o setor cafeeiro. Entre os tópicos discutidos estavam questões trabalhistas, o orçamento e execução do Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Funcafé), além dos impactos da legislação ambiental europeia sobre a cadeia produtiva do café.

    Na abertura do encontro, Fabrício Andrade, presidente da Comissão, fez um panorama do cenário atual da produção de café, destacando os desafios enfrentados e as iniciativas em andamento para fortalecer o setor. Andrade enfatizou a importância da legislação trabalhista, do acesso ao crédito rural e da agregação de valor ao café brasileiro como pilares essenciais para o crescimento sustentável da cafeicultura.

    Rodrigo Hugueney, coordenador trabalhista da CNA, apresentou detalhes sobre o Projeto de Lei nº 715/23, recentemente aprovado na Câmara dos Deputados. O projeto visa assegurar aos trabalhadores rurais safristas o direito de continuar recebendo benefícios sociais, como o Bolsa Família, durante os períodos de contrato por safra. Hugueney destacou o papel da CNA na aprovação da proposta, que visa formalizar as relações de trabalho no campo e proporcionar maior segurança jurídica aos trabalhadores rurais. “A CNA trabalhou para a aprovação da proposta que corrige uma lacuna legislativa que dura algumas décadas e traz mais segurança jurídica para as relações de trabalho no campo. Agora, vamos trabalhar as estratégias para atuação no Senado”, ressaltou.

    A reunião também abordou o orçamento do Funcafé para a safra 2024/2025 e as estratégias da CNA para melhorar a linha de custeio, com foco especial nos pequenos e médios produtores. Raquel Miranda, assessora técnica da comissão, detalhou a execução orçamentária do exercício anterior e as prioridades para o próximo período, incluindo investimentos em pesquisa, levantamento de safra e promoção do café brasileiro. Miranda salientou a necessidade de reduzir a taxa de juros aplicada, atualmente em 11% ao ano, que se mostra inviável para pequenos e médios produtores. “A CNA tem dialogado com o governo federal para sensibilização da importância deste pleito e dos benefícios que trará ao setor produtivo”, destacou.

    Outro tema relevante do encontro foi a implementação da Lei Antidesmatamento da União Europeia e seus impactos para o setor cafeeiro brasileiro. Felipe Spaniol, coordenador de Inteligência e Defesa de Interesses da CNA, abordou as implicações da Regulamentação da União Europeia para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR), que exige que empresas comercializando ou exportando para a UE implementem um sistema de diligência devida. Spaniol enfatizou as ações em andamento para proteger os interesses dos produtores brasileiros frente aos novos requisitos de sustentabilidade.

  • Europa consumirá 53,7 milhões de sacas de café em doze meses

    Europa consumirá 53,7 milhões de sacas de café em doze meses

    O total da demanda mundial de café estimada para o período acumulado de doze meses, no caso de outubro de 2023 a setembro de 2024, com base em dados preliminares levantados, deverá totalizar 177 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representará um aumento de 2,2% em relação ao que foi consumido no mesmo período anterior, o qual atingiu 173,1 milhões de sacas.

    Neste mesmo contexto, vale também destacar que o total da produção mundial de café estimada, para o acumulado do mesmo período, deverá somar em cerca de 178 milhões de sacas, safra global que será superior em apenas um milhão de sacas, na comparação com o consumo citado estimado. Contudo, em relação à safra anterior, tal estimativa representará um aumento de 5,8%, tendo em vista que a produção global anterior foi calculada em 168,2 milhões de sacas.

    Com relação especificamente à produção mundial, verifica-se que a safra exclusivamente da espécie de Coffea arabica (arábica), por ter sido calculada em 102,2 milhões de sacas, representará 58% do global, e, especificamente, que os cafés da espécie de Coffea canephora (robusta+conilon), cuja safra foi prevista em 75,8 milhões de sacas, representando 42% da produção mundial de café, caso esses números de fato se confirmem em setembro de 2024.

    Antes de obrigação com mais destaques e apontamentos desta análise do desempenho da cafeicultura global, com destaque principal para o desempenho do ano-cafeeiro ainda em curso, convém esclarecer que tal estudo e divulgação teve como base e fonte principal de consulta o  Relatório sobre o mercado de Café – Maio 2024 , da Organização Internacional do Café –  OIC , o qual está disponível na íntegra no  Observatório do Café  do  Consórcio Pesquisa Café coordenado pela  Embrapa Café .

    Convém também esclarece que a  OIC  considera e agrupa, seus respectivos estudos e relatórios, quatro regiões produtoras e seis regiões de consumidores de cafés em nível mundial. Para tanto, as regiões produtos consideradas são: Ásia e Oceania, Caribe, América Central e México, África e América do Sul. E como os consumidores definiram, além da OIC, manterão as quatro regiões produtoras mencionadas, agregando a Europa e a América do Norte.

    Assim, tendo como base exclusivamente a estimativa do consumo mundial previsto para o ano-cafeeiro 2023–2024, da OIC, caso seja feito um ranking, em ordem decrescente, das seis grandes regiões consumidoras de café, verifica-se que a Europa é a maior região consumidora do planeta, cuja demanda foi estimada em 53,7 milhões de sacas de 60kg, o que representará em torno de 30% do consumo mundial.

    Na segunda posição deste ranking destaca-se a região Ásia & Oceania, que estima que consumirá 45,7 milhões de sacas, volume físico que equivalerá a aproximadamente 26% da demanda global. E, na terceira colocação, vem a América do Norte com o consumo de 30,9 milhões de sacas (17,5%), seguida da América do Sul, na quarta posição, com 28 milhões de sacas (15,9%), e, em quinto lugar, a África, cujo consumo foi estimado em 12,5 milhões de sacas (7%).

    Por fim, na sexta posição do ranking, vem o Caribe, América Central & México, com o consumo equivalente a 6,1 milhões de sacas, as quais representarão em torno de 3,6% da demanda mundial no ano-cafeeiro em foco, totalizando, assim, as 177 milhões de sacas estimadas que deverão ser consumidas no ano-cafeeiro 2023-2024, conforme o Relatório em Destaque da Organização Internacional do Café – OIC.

  • Exportação dos Cafés do Brasil totaliza 43,7 milhões de sacas no acumulado de onze meses e caminhadas para bater recorde histórico

    Exportação dos Cafés do Brasil totaliza 43,7 milhões de sacas no acumulado de onze meses e caminhadas para bater recorde histórico

    O volume físico exportado dos Cafés do Brasil, no atual ano-cafeeiro de 2023-2024, especificamente no total acumulado de julho de 2023 a maio 2024, atingiu a soma correspondente a 43,7 milhões de sacas de 60kg, o qual está próximo de superar o maior volume exportado em um ano-cafeeiro, obtido em 2020-2021, quando o Brasil embarcou 45,7 milhões de sacas.

    A receita cambial gerada com as vendas, entre julho de 2023 e maio de 2024, cujo valor médio da saca foi de US$ 228,34, já é o maior valor obtido na história em um único ano-safra ao totalizar US$ 8,96 bilhões, superando o antigo recorde de US$ 8,13 bilhões ocorridos em 2021-2022. Vale ressaltar que a receita cambial do mês de junho de 2023 ainda será acrescentada a esse valor, o que faz com que o desempenho financeiro das exportações no ano-cafeeiro de 2023-2024 seja ainda mais significativo, superando US$ 9 bilhões.

    Do total do volume exportado nos últimos 11 meses, de 43,7 milhões de sacas de 60kg, vale destacar que a exportação de café da espécie arábica ( Coffea arabica ) foi responsável por 75,3% desse volume, ao atingir 32,94 milhões de sacas. E da espécie  Coffea canephora  (café conilon e robusta), com 7,41 milhões de sacas, alcançou 17% de participação nessas vendas, enquanto o café solúvel representou 7,6% do total, com um volume equivalente a 3,31 milhões de sacas exportados. Fechando as exportações brasileiras no período, o café Torrado & Moído, com o equivalente a 40,5 mil sacas, foi responsável por menos de 0,1% do total.

    Também merece bastante destaque o desempenho das exportações brasileiras, considerando apenas o mês de maio de 2024. Tal volume exportado, de 4,38 milhões de sacas de 60kg, é o maior já exportado nesse mês, e representa um aumento significativo de 79,6 % em relação a maio do ano passado. O volume referido gerou US$ 1,01 bilhão de receita, que configura um aumento expressivo de 85,9% em relação ao mesmo mês de 2023, o que caracteriza maio de 2024 como o mês com a maior receita cambial registrada com exportação de café.

    Antes de obrigação com esta análise do desempenho das exportações dos Cafés do Brasil, vale ressaltar que os dados objeto desta análise em foco, entre vários outros do mercado internacional de cafés de interesse do setor, encontram-se disponíveis no  Relatório mensal maio 2024 , do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil  –  Cecafé cujas edições também estão divulgadas na íntegra no  Observatório do Café  do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O Cecafé faz parte do Conselho Deliberativo da Política do Café –  CDPC , do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa , conforme o Decreto 10.071/19 .

    Mudando o período de análise para o atual ano civil, de janeiro a maio de 2024, cujo volume das exportações de café equivaleram a 20,7 milhões de sacas de 60kg, vale destacar, conforme os dados divulgados pelo Cecafé, no relatório em destaque, os dez principais destinos das exportações dos Cafés do Brasil, num ranking em ordem decrescente.

    Assim, na primeira colocação, figuram os Estados Unidos, que registrou aumento de 37,6% nas compras dos Cafés do Brasil, na comparação com o mesmo período anterior, e, dessa forma, continua como o principal importador com 3,47 milhões de sacas, que cobrem 16,8% do total vendido no período. Na sequência, a Alemanha, com 2,95 milhões de sacas (14,3%), número que representou um aumento de 75% das sacas desse país. A Bélgica, em terceiro lugar, após realizar um expressivo aumento nas compras, de 232,2% em comparação com o ano passado, ao importar 2,11 milhões de sacas (10,2%); Itália, na sequência, com 1,66 milhões de sacas (8%); e Japão, na quinta colocação, com 980 mil sacas (4,7%).

    Na sexta posição, destacam-se os Países Baixos com 682,3 mil sacas (3,3%); Reino Unido, após um crescimento de 111,1% encontra-se na sétima colocação no ranking, com 665,2 mil sacas compradas (3,2%); Espanha, na oitava posição, com 650,6 mil sacas (3,1%). E, na nona colocação, a Turquia com 597,29 mil sacas (2,9%); por fim, em décimo lugar, após um expressivo incremento de 703,4%, o México retorna ao ranking dos dez maiores importadores dos Cafés do Brasil, com 465,8 mil sacas (2,2%).

    Merece também destaca, com base nos dados do Cecafé, que o desempenho das exportações dos cafés diferenciados, que são os que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis, também durante o atual ano civil – janeiro a maio de 2024, verifica-se que as exportações desse tipo de café representaram 19,3% do total das vendas, com 4 milhões de sacas de 60kg remetidas ao exterior.

  • Preço do café robusta atinge recorde histórico impulsionado por oferta global apertada

    Preço do café robusta atinge recorde histórico impulsionado por oferta global apertada

    As cotações do café robusta voltaram a subir no Brasil no início de junho, atingindo um novo recorde histórico. Na quinta-feira, 6, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, alcançou R$ 1.247,17 por saca de 60 kg, o maior valor real registrado pela série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2001 e deflacionada pelo IGP-DI de abril de 2024.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, o aumento nas cotações é resultado das projeções de uma oferta mundial apertada de café robusta. O principal fator por trás desta tendência é o clima adverso no Vietnã, maior produtor global da variedade. A redução na oferta vietnamita tem gerado expectativas de menor disponibilidade global, contribuindo para a elevação dos preços.

    Apesar das recentes altas nos valores do café robusta, poucos vendedores estão ativos no mercado spot brasileiro. O foco principal dos agentes tem sido a colheita da safra 2024/25, que está em pleno andamento. No Espírito Santo, maior estado produtor de robusta no Brasil, cerca de 40% da produção estimada já foi colhida, segundo agentes consultados pelo Cepea. Em Rondônia, outro importante estado produtor da variedade, a colheita está mais avançada, com aproximadamente 75% da produção já colhida.

    A alta nos preços do café robusta traz desafios e oportunidades para os produtores brasileiros. Enquanto a valorização pode melhorar a rentabilidade, a concentração nas atividades de colheita pode limitar a disponibilidade imediata de café no mercado spot. Além disso, a dependência de fatores climáticos em países produtores como o Vietnã mantém a incerteza sobre a estabilidade das cotações.

    O recorde histórico nas cotações do café robusta reflete um cenário de oferta global apertada, principalmente devido às condições climáticas adversas no Vietnã. No Brasil, a atenção dos produtores está voltada para a colheita, que avança rapidamente tanto no Espírito Santo quanto em Rondônia. A expectativa é de que, com a conclusão da colheita, haja maior clareza sobre a oferta disponível, o que poderá influenciar os preços nos próximos meses.

  • Com apoio do Governo, MT tem primeiro café produzido só por mulheres na Amazônia

    Um grupo de 38 produtoras familiares de Nova Bandeirantes lançou o primeiro café produzido na Amazônia exclusivamente por mulheres. Denominado “Cereja Negra”, o café é o resultado de esforço e dedicação, com o apoio da Secretaria de Agricultura Familiar de Mato Grosso (Seaf).

    Coordenadora do grupo, Elaine Cristina Guilherme destacou que o café ‘Cereja Negra’ é 100% puro e artesanal. O produto é beneficiado em uma sala de torrefação equipada com moinho, torrador, empacotadora e seladora.

    Ela ressaltou a importância do incentivo dado pelo Governo do Estado à Associação dos Produtores Rurais da Comunidade de São Brás, onde o grupo de mulheres está inserido.

    “Contamos com 41 famílias associadas, sendo que 38 têm mulheres participando ativamente no cultivo e beneficiamento do café. Já recebemos apoio da Seaf, temos uma patrulha mecanizada e um trator que conseguimos através da Seaf. Também recebemos caixas de abelhas e kits de implementos manuais via emendas parlamentares”, afirmou.

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    O trabalho, segundo ela, é uma forma das produtoras rurais serem independentes financeiramente.

    “A gente está buscando fortalecer esse grupo de mulheres para que elas também possam participar dessa parte da comercialização do café e trazê-las para dentro da associação, para elas participarem da gestão da torrefação”, pontuou Elaine.

    Além do apoio da Seaf, o grupo também conta com a orientação da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer), que está auxiliando no cultivo e no beneficiamento para garantir a qualidade do café.

    As mulheres de Nova Bandeirantes estão envolvidas em todas as etapas do cultivo, desde o plantio até a colheita. O objetivo é ampliar essa participação para a comercialização e gestão da torrefação.

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    Café é beneficiado, empacotado e comercializado

    Elas compram o café limpo dos produtores associados, realizam a torra, moagem e empacotamento.

    Sem todas as licenças para a comercialização em larga escala por enquanto, o café é vendido diretamente ao consumidor final e para comércios locais.

    O secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro, comentou que essa iniciativa é um exemplo claro de como o apoio do Governo do Estado pode transformar a realidade de comunidades rurais.

    “As mulheres de Nova Bandeirantes estão mostrando que, com dedicação e apoio, é possível produzir um café de alta qualidade, um dos objetivos do Governo de Mato Grosso com o MT Produtivo Café que tem incentivado a expansão da cultura no Estado e já vem obtendo resultados bastante positivos”, declarou.

    Algumas propriedades da região produzem café orgânico certificado, enquanto outras utilizam sistemas agroflorestais para um manejo mais sustentável. Esses sistemas incluem o plantio de frutíferas entre os pés de café para promover sombreamento e polinização, contribuindo para a qualidade final do produto.

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  • Produtores de café recebem apoio do Governo de MT para análise profissional e melhoria da qualidade dos grãos

    Produtores de café recebem apoio do Governo de MT para análise profissional e melhoria da qualidade dos grãos

    O Governo de Mato Grosso busca melhorar a qualidade dos grãos produzidos no Estado, além de fomentar o aumento da produção, com investimentos no programa MT Produtivo Café, desenvolvido pela Secretaria Estadual de Agricultura Familiar (Seaf).

    Amostras de frutas produzidas em Sinop foram levadas para um profissional especializado em análise sensorial de cafés.

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    Das 18 amostras, três obtiveram pontuações acima de 80 pontos logo na primeira análise, classificando-se como cafés especiais. Esse resultado é importante para os produtores, indicando um alto padrão de qualidade que pode abrir portas para o mercado gourmet.

    O barista, como é chamado esse profissional, domina as técnicas de torra e preparo de café, além de realizar análises sensoriais para determinar a qualidade dos grãos e ajudar na padronização do café.

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    Foto: Christiano Antonucci/Secom-MT

    Segundo o secretário de Agricultura Familiar de Mato Grosso, Luluca Ribeiro, o Governo do Estado está empenhado em avançar na produção de café, com a distribuição gratuita de mudas para os agricultores investirem no cultivo, e também em melhorar a qualidade dos grãos.

    “Esta iniciativa reflete esse compromisso de apoiar os produtores no aprimoramento dos métodos de produção e beneficiamento dos grãos para agregar valor aos produtos”, enfatizou.

    Essa ação envolveu a seleção de cafés de produtores de Sinop, em uma parceria da Empresa Mato-grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) com a Cooperativa de Agricultores de Sinop, submetidos a um rigoroso processo de torra e moagem.

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    Thiago Tombini, engenheiro agrônomo da Empaer, destacou que esse é um apoio que o Estado dá para os produtores familiares que desejam melhorar a qualidade dos seus produtos.

    “Eu fui em cada produtor rural que atendo e pedi uma amostra desse café, para a gente poder levar até um barista profissional, que é o Hugo Peret. Ele fez a torra de cada tipo de café para transformá-lo em um café de maior qualidade. Ele faz uma padronização desse café”, comentou.

    Esses cafés selecionados foram apresentados na FIT Pantanal, realizada no último final de semana, no Centro de Eventos do Pantanal, em Cuiabá. Posteriormente, a ideia é continuar a comercialização desses cafés sob a marca Raízes Mato-Grossenses.

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  • Sexta edição do Avança Café é lançada na Expocafé 2024

    Sexta edição do Avança Café é lançada na Expocafé 2024

    A sexta edição do programa de pré-aceleração de startups Avança Café foi lançada na manhã desta quarta-feira, dia 05 de junho, na Expocafé 2024, que acontece na cidade de Três Pontas (MG). O lançamento ocorreu em uma roda de conversa com a participação de representantes da Embrapa Café, da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e do Lavrastec; e do tecnoPARQ, vinculado à Universidade Federal de Viçosa (UFV).

    A roda de conversa foi comandada pela jornalista e líder do programa na Embrapa Café, Rose César, que abriu o evento explicando que a iniciativa já conta com 1.303 horas distribuídas em ações de sensibilização e de treinamento que impactaram 12.528 pessoas. Ela mostrou ainda que 60 projetos foram recebidos e desenvolvidos e 15 equipes foram premiadas ao longo das cinco edições anteriores. “O mais significativo é que hoje temos 30 startups que passaram pelo Avança Café e hoje estão atuando no mercado entregando diferentes soluções para a cadeia produtiva”, comemorou.

    O professor  Tiago Teruel, coordenador do Avança Café na Universidade Federal de Lavras, explicou que o programa faz parte da carteira de projetos do Consórcio Pesquisa Café, com desenvolvimento da Embrapa Café, e é executado pelos parques tecnológicos da UFLA, o Lavrastec, e da UFV, o tecnoPARQ. “Programas como esse são de grande importância para integrar o ensino, a pesquisa e o setor produtivo, fazendo com que as demandas sejam levadas para esse ambiente de inovação, que respondam mais rapidamente com o desenvolvimento e entrega de soluções”, avaliou o professor, citando exemplos como o desenvolvimento de tecnologias para o controle de pragas e doenças do cafeeiro, a rastreabilidade e certificação do café, o desenvolvimento de soluções digitais para cafeicultura, dentre outros.

    Vinícius Sales, agente de Aceleração do tecnoPARQ, apresentou a definição de startup – uma nova empresa que oferece soluções para desafios específicos. Ele alertou para a necessidade de se criar um modelo de negócio escalável e inovador, sendo o Avança Café uma oportunidade para fazer isso de forma adequada. Na sequência, Kreicy Teixeira, agente de recuperação no Lavrastec e Marcus Vinícius, líder de recuperação no tecnoPARQ, falaram sobre a metodologia utilizada pelo programa para transformar ideias em projetos promissores. Eles apresentaram a síntese da programação de cada uma das doze semanas em que as equipes inscritas e selecionadas devem cumprir para serem capacitadas em temas de grande relevância para o sucesso do novo negócio como gestão empresarial, gestão de equipes, marketing, comunicação e gestão financeira.

    Kreicy e Marcus explicaram ainda sobre as fases em que as equipes aprendem a aplicar técnicas como o desenvolvimento de um produto mínimo viável que é validado por clientes em potencial, que também aprendem a prospectar. Eles afirmaram que as equipes são capacitadas não apenas a desenvolver seus projetos e a gerenciar seus negócios futuros, mas também os apresentam para clientes ou investidores.

    Dalyse Castanheira, professora da UFLA, até recentemente responsável pelo Avança Café naquela instituição, falou que as equipes devem ter de três a seis integrantes e podem ser compostas por estudantes, técnicos, professores, pesquisadores, produtores, empresários ou autônomos. “Pode ser que um produtor tenha inventado uma ferramenta ou uma máquina simples em sua propriedade. O Avança Café pode ser uma oportunidade de fazer com que essa invenção se transforme num novo negócio e ajude outros produtores a obter a mesma tecnologia, exemplificada. Teruel complementou dizendo que toda ideia é bem-vinda. “Não devemos achar que uma ideia não vale a pena, por resolver uma coisa simples. Não são apenas os grandes problemas que merecem atenção, qualquer ideia pode ter um grande impacto”.

    Dalyse, falou também sobre as premiações oferecidas pela Organização das Cooperativas do Brasil (OCB) para as três equipes com melhor desempenho ao longo do programa. “Para o primeiro colocado é oferecido o valor de R$ 20 mil, R$ 1 2 mil para o segundo e R$ 7,480 para a equipe dividida em terceiro lugar, de forma que as equipes além de todo o conhecimento obtido tenham um recurso inicial para iniciar a operacionalização de seus projetos”

    Rose César encerou o lançamento lembrando que o Avança Café é totalmente online, assim pessoas de qualquer parte do Brasil podem se inscrever em suas equipes. “É uma capacitação de alto nível e oferecida gratuitamente e além da programação pré-definida ainda buscamos especialistas que possam sanar algum problema específico, oferecendo uma mentoria mais personalizada”.