Tag: café

  • Chuvas impulsionam manejo de cafezais, mas excesso preocupa produtores na Zona da Mata

    Chuvas impulsionam manejo de cafezais, mas excesso preocupa produtores na Zona da Mata

    As chuvas intensas que atingem praticamente todas as regiões produtoras de café no Brasil têm sido, de modo geral, benéficas para a condução das lavouras e a realização dos tratos culturais, como adubações e aplicações de defensivos agrícolas. De acordo com agentes consultados pelo Cepea, essas condições climáticas estão auxiliando os produtores após um longo período de estiagem, que se estendeu de abril a setembro de 2024.

    O retorno das precipitações, registrado em outubro e intensificado com a chegada do verão, é visto como crucial para o desenvolvimento das plantações, especialmente visando uma boa colheita em 2025. Pesquisadores destacam que um verão chuvoso é indispensável, considerando as perdas no potencial produtivo causadas pelo clima adverso no último ano.

    Apesar disso, o excesso de chuvas em algumas regiões, como na Zona da Mata de Minas Gerais, tem gerado preocupação. O volume elevado de precipitações dificulta atividades de manejo essenciais, como o controle de pragas e doenças, além de aumentar os riscos de erosão e perda de nutrientes no solo.

    Ainda assim, a expectativa dos especialistas é de que as condições climáticas predominantes neste verão possam compensar parte das adversidades enfrentadas em 2024, permitindo aos cafezais alcançar um bom desempenho na próxima safra. A atenção agora está voltada para o equilíbrio entre o volume ideal de chuvas e a necessidade de condições adequadas para o manejo.

  • Embrapa lança circular técnica sobre manejo integrado de pragas e doenças em café conilon e robusta

    Embrapa lança circular técnica sobre manejo integrado de pragas e doenças em café conilon e robusta

    A Embrapa Café, responsável pela coordenação do Consórcio Pesquisa Café, lançou a Circular Técnica nº 9, intitulada “Manejo integrado de pragas e doenças dos café conilon e robusta”. A publicação apresenta um detalhado panorama das principais pragas e doenças que afetam a produção de Coffea canephora no Brasil, além de informações sobre a biologia desses problemas fitossanitários e recomendações para sua gestão integrada.

    Esses desafios representam limitações significativas para a produtividade, afetando tanto pequenos agricultores quanto grandes produtores. Sem o manejo adequado, os prejuízos podem ser elevados. A circular destaca diretrizes para monitoramento e controle, visando reduzir os impactos ambientais e proteger a saúde dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que promove sustentabilidade e rentabilidade na cadeia produtiva.

    O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de C. canephora, com destaque para os estados do Espírito Santo e Rondônia. A produção da espécie, que inclui os grupos conilon e robusta, é responsável por cerca de 30% do total nacional, com a Coffea arabica representando os outros 70%. Os cafés conilon e robusta apresentam diferenças significativas em características como resistência a doenças, tolerância à seca e maturação, exigindo estratégias específicas de manejo.

    A publicação também se baseou em informações do Sistema Agrofit, do Ministério da Agricultura e Pecuária, para orientar o uso de defensivos agrícolas registrados. Além disso, oferece uma síntese prática com diretrizes de monitoramento e manejo, facilitando a aplicação no campo.

    A Circular Técnica nº 9 está disponível gratuitamente no site da Embrapa Café. A seção “Bibliotecas do Café” do Observatório do Café também disponibiliza um acervo temático com publicações científicas e técnicas sobre o setor, unificando conteúdos de instituições como a Embrapa, SBICafé/UFV e Incaper.

    Com essa iniciativa, a Embrapa busca fortalecer o conhecimento técnico dos produtores, promovendo a adoção de boas práticas que garantam qualidade, produtividade e sustentabilidade na cafeicultura nacional.

  • Consumo de café em nível mundial atinge volume físico equivalente a 177 milhões de sacas em doze meses

    Consumo de café em nível mundial atinge volume físico equivalente a 177 milhões de sacas em doze meses

    O consumo de café em nível mundial atingiu o volume físico equivalente a 177 milhões de sacas de 60kg, no total acumulado no período de doze meses, especificamente de outubro de 2023 a setembro de 2024. Tal performance representou um ligeiro acréscimo de 2,25% em relação ao mesmo período anterior. Assim, nesses dois períodos comparativos em foco, também é interessante destacar que a produção mundial teve um ligeiro crescimento de 5,82%, ao passar de 168,2 milhões de sacas para 178 milhões de sacas.

    Neste mesmo contexto, em relação especificamente à produção global de café, constata-se que o volume calculado foi composto por 102,2 milhões de sacas de 60kg da espécie de Coffea arabica (café arábica), as quais representaram 57,41% do total geral, e, adicionalmente, por 75,8 milhões de sacas de Coffea canephora (robusta+conilon), que equivalem a aproximadamente 42,59% da produção mundial colhida no período de outubro-2023 a setembro-2024.

    Vale esclarecer que a Organização Internacional do Café – OIC ao elaborar e analisar mensalmente o “Balanço mundial de oferta e demanda”, o qual faz parte integrante dos seus respectivos relatórios mensais, agrupa a produção mundial de café em quatro grandes regiões produtoras: África; Caribe, América Central e México; América do Sul; e Ásia e Oceania.

    Assim, com base nos dados da produção, especificamente o que consta do “Relatório sobre o mercado de Café – novembro 2024”, caso seja elaborado um ranking, em ordem decrescente dessas regiões, verifica-se que América do Sul, cuja safra foi estimada para o período de outubro/23 a setembro/24 em 89,3 milhões de sacas de 60kg, destaca-se em primeiro lugar com o equivalente a 50,17% do total global, região que vem seguida da Ásia e Oceania com 49,9 milhões de sacas (28,03%).

    E, na terceira posição, vem a África, região que teve sua produção calculada em 20,1 milhões de sacas de 60kg, volume físico que representa aproximadamente 11,30% do total mundial. E, por fim, na quarta posição desse ranking, vem a região produtora do Caribe, América Central e México, na qual a produção de café foi calculada em 18,7 milhões de sacas, e, assim, tal volume corresponde a 10,50% do que foi estimado para o período em referência.

    Quanto ao consumo mundial de café apurado no mesmo período objeto desta análise, merece destaque o fato de que a demanda dos países produtores/exportadores somou o equivalente a 56,5 milhões de sacas de café, as quais corresponderam a 31,92% do consumo mundial. E, ainda, que os países importadores adquiriram e consumiram o volume físico equivalente a 120,5 milhões de sacas de 60kg, que representaram 68,08% do total consumido no planeta em doze meses. Neste caso, pode-se inferir que os países produtores consomem, em média, volume próximo de um terço da produção mundial de café.

    Antes de prosseguir com esta análise da oferta e da demanda mundial de café, vale esclarecer que, no caso específico do consumo, a OIC divide o planeta em seis grandes regiões consumidoras, ao agregar às quatro regiões produtoras anteriormente mencionadas, obviamente, a América do Norte e a Europa. Assim, torna-se também interessante demonstrar nesta divulgação e análise um ranking do consumo mundial de café tendo como base os dados das demandas dessas seis grandes regiões.

    Nesse contexto, a Europa desponta na primeira posição da demanda em nível mundial, no mesmo período em destaque, com 53,7 milhões de sacas de 60kg consumidas, que equivalem a 30,34% do total geral. Na segunda posição, figura a Ásia e Oceania, com o consumo apurado de 45,7 milhões de sacas (25,82%), seguida da América do Norte, na terceira colocação, com 30,9 milhões de sacas, demanda que equivale a 17,45% da mundial.

    Na quarta posição desse ranking, destaca-se a América do Sul que teve sua demanda apurada em 28 milhões de sacas de 60kg, a qual representou 15,82% do consumo global. Na sequência, vem a África, cujo consumo foi de 12,5 milhões de sacas (7,06%), e, na sexta posição, Caribe, América Central e México que teve seu consumo calculado em 6,1 milhões de sacas no período objeto desta análise, o qual representou em torno de 3,44% do consumo em nível mundial.

    Vale ressaltar que os números que estão sendo objeto desta análise e divulgação das exportações de café em nível mundial foram obtidos do Relatório sobre o mercado de Café – novembro 2024, da Organização Internacional do Café – OIC, o qual também está disponível no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, o qual é coordenado pela Embrapa Café.

  • Café/Cepea: Apesar de liquidez ainda baixa, preços iniciam ano firmes

    Café/Cepea: Apesar de liquidez ainda baixa, preços iniciam ano firmes

    O mercado brasileiro de café inicia 2025 com poucos agentes ativos e praticamente sem negócios realizados, conforme apontam levantamentos do Cepea. Ainda retornando das festividades de fim de ano, parte dos compradores e vendedores continua afastada do spot nacional.

    Segundo colaboradores do Cepea, a comercialização do grão deve começar a ganhar ritmo a partir desta ou da próxima semana.

    Quanto aos preços, expectativas de mais uma safra de oferta limitada no Brasil vêm dando suporte às cotações do arábica, que seguem em patamares reais próximos de 1997 em termos reais (deflacionamento pelo IGP-DI de dezembro/24).

    Para o robusta, pesquisadores do Cepea explicam que o quadro é similar. Com o Vietnã, maior produtor da variedade, devendo colher um pouco menos na safra 2024/25 e com dificuldades de envio aos principais países consumidores, a oferta mundial tende a seguir justa, favorecendo a demanda pelo produto brasileiro.

    Nesse cenário, a variedade continua em patamares recordes reais da série histórica do Cepea, superiores a R$ 1.800/sc de 60 kg nos primeiros dias do ano, conforme o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, a retirar no Espírito Santo.

  • Com estoque apertado, 2025 deve ser mais um ano remunerador à cafeicultura

    Com estoque apertado, 2025 deve ser mais um ano remunerador à cafeicultura

    O ano de 2025 promete ser novamente desafiador para a cafeicultura nacional e mundial, sobretudo no que se refere ao atendimento da demanda global. Segundo pesquisadores do Cepea, os preços domésticos e externos, que já operam em patamares recordes, devem permanecer elevados, tendo em vista uma projeção de curto prazo sem grandes aumentos de produção, estoques apertados do grão e demanda mundial firme.

    No Brasil, já são quatro safras em que a produção não renova o recorde – 2020/21 foi a última temporada em que o volume colhido ficou acima de 60 milhões de sacas, de acordo com dados da Conab. E essa sequência de safras aquém do esperado foi prejudicada pelo clima desfavorável.

    Pesquisadores reforçam que a temporada 2025/26, que será colhida em meados de 2025, ainda terá reflexos do comportamento do clima de 2024. Além do Brasil, o clima de 2024 também prejudicou a safra do Vietnã, segundo maior produtor global de café. Ou seja, ao menos no curto prazo, não existem variáveis que indiquem alguma recuperação consistente de estoques ou mesmo redução forte de consumo.

    Além disso, com o setor mais remunerador e com o poder de compra favorecido, produtores puderam realizar os tratos culturais de modo adequado, o que, por sua vez, pode garantir o suprimento de nutrientes e minimizar os impactos climáticos sobre a produção.

    No front externo, as exportações brasileiras de café apresentaram excelente desempenho em 2024 e esse cenário deve se persistir em 2025, sobretudo no caso do robusta.

    De acordo com pesquisadores do Cepea, além do contexto mundial de baixa oferta e de demanda aquecida, o Real desvalorizado eleva a competitividade do café brasileiro e deixa as exportações mais atrativas ao vendedor nacional. Assim, a expectativa é de que os embarques voltem a superar a casa das 40 milhões de sacas em 2024/25.

  • Com oferta apertada, preços do café mais que dobram e atingem recordes em 2024

    Com oferta apertada, preços do café mais que dobram e atingem recordes em 2024

    O ano de 2024 foi marcado pelos elevados preços dos cafés robusta e arábica – os valores internos de ambas variedades mais que dobraram no ano. As condições climáticas desfavoráveis (estiagem e calor) ao longo de boa parte do ano, a colheita abaixo do esperado no Brasil – que encurtou os estoques – e a menor produção do Vietnã foram alguns dos fatores que alavancaram os valores do grão.

    Para o robusta, o Indicador CEPEA/ESALQ atingiu constantes recordes reais da série histórica do Cepea, iniciada em novembro de 2001 – a média mensal deste Indicador saiu da casa dos R$ 740/saca de 60 kg em dezembro/23, para dos R$ 1.800/sc em dezembro/24.

    Quanto ao arábica, o Indicador CEPEA/ESALQ chegou ao maior patamar real desde 1997 – em um ano, a média deste Indicador saltou da casa dos R$ 970/sc para R$ 2.000/sc.

    No geral, os destaques foram as valorizações do robusta – os preços da variedade subiram tanto que operaram acima dos do arábica entre o encerramento de agosto e início de setembro. Os preços do café robusta já iniciaram 2024 em significativa alta. A boa demanda externa pelo robusta brasileiro, que vinha sendo observada desde o encerramento de 2023, se manteve firme no primeiro trimestre e também em praticamente todo o ano de 2024.

    Ataques a navios comerciais no Mar Vermelho prejudicaram a entrada de café do Vietnã na Europa, e esse contexto deslocou demandantes externos ao Brasil.

    Ainda nos primeiros meses do ano, enquanto a demanda seguia aquecida, no Brasil, o clima mais chuvoso favorecia as lavouras e gerava boas expectativas para a colheita da safra 2024/25. Contudo, após abril, praticamente não choveu nas regiões produtoras, o que atrapalhou o desenvolvimento final da temporada. Assim, o rendimento dos grãos ficou aquém do esperado em boa parte das praças.

  • Café/Cepea: Exportações já representam quase metade do volume da safra 23/24

    Café/Cepea: Exportações já representam quase metade do volume da safra 23/24

    Dados do Cecafé analisados pelo Cepea mostram que as exportações brasileiras de café nos primeiros cinco meses da safra 2024/25 (de julho/24 a novembro/24) somam 22 milhões de sacas de 60 kg (arábica e robusta).

    O volume corresponde a quase metade do escoado em toda a temporada passada (2023/24), que teve embarques recordes, considerando-se a série histórica do Cecafé, de 47,3 milhões de sacas.

    Segundo pesquisadores do Cepea, o excelente desempenho na atual safra se deve à combinação de baixa oferta global, demanda externa firme e dólar valorizado frente ao Real.

  • Exportações brasileiras de café alcançam 22 milhões de sacas em cinco meses da safra 2024/25

    Exportações brasileiras de café alcançam 22 milhões de sacas em cinco meses da safra 2024/25

    Dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), analisados pelo Cepea, revelam que as exportações brasileiras de café nos primeiros cinco meses da safra 2024/25 (de julho a novembro de 2024) já somam 22 milhões de sacas de 60 kg. Esse volume representa quase metade do total embarcado ao longo de toda a safra anterior (2023/24), que atingiu um recorde histórico de 47,3 milhões de sacas, conforme a série do Cecafé.

    Pesquisadores do Cepea apontam que o excelente desempenho das exportações na atual temporada reflete uma conjuntura favorável, marcada pela baixa oferta global de café, pela demanda externa aquecida e pela valorização do dólar frente ao real, fatores que tornam o produto brasileiro mais competitivo no mercado internacional.

    A robusta performance reforça a relevância do Brasil como líder global no comércio de café e sinaliza um ritmo de exportações que pode se aproximar do recorde histórico registrado na safra passada, caso os atuais fatores de mercado se mantenham.

  • Exportações dos Cafés do Brasil registram recorde de receita cambial com US$ 11,3 bilhões nos primeiros onze meses de 2024

    Exportações dos Cafés do Brasil registram recorde de receita cambial com US$ 11,3 bilhões nos primeiros onze meses de 2024

    A receita cambial gerada com as vendas dos Cafés do Brasil, de janeiro a novembro 2024, cujo valor médio da saca foi de US$ 243,58, já é o maior valor obtido na história em um único ano civil, ao totalizar US$ 11,302 bilhões. Tal valor superou em 22,3% o antigo recorde de US$ 9,24 bilhões ocorrido em 2022, e também em expressivos 56% se comparado com o mesmo período do ano passado. Ao ser convertido para a moeda corrente no País, o histórico desempenho de 2024 totaliza o montante de R$ 60,21 bilhões.

    O total do volume físico das exportações dos Cafés do Brasil equivalente a sacas de 60kg, no acumulado dos primeiros onze meses de 2024, atingiu a soma total correspondente a 46,4 milhões de unidades, volume que representa um expressivo crescimento de 32,2%, em comparação com o mesmo período do ano passado. E ainda, supera em 3,78% o maior volume já exportado em um único ano civil, no qual foram vendidas ao exterior 44,7 milhões de sacas, em 2020.

    Vale ressaltar que tanto o volume quanto a receita cambial referentes às exportações do mês de dezembro de 2024, que ainda serão acrescentados a esses registros, farão com que a performance das exportações do café brasileiro em 2024 seja ainda mais significativa.

    Do volume total exportado nos primeiros onze meses de 2024 (46,4 milhões de sacas), merece destacar que 42,66 milhões de sacas foram de café verde, que correspondem a 91,9% do total geral adquirido pelos importadores, sendo 33,97 milhões de sacas de cafés da espécie Coffea arabica (arábica), as quais representam 79,7% desse mesmo total vendido de café verde, além de 8,67 milhões de sacas do Coffea canephora (robusta+conilon), que equivalem a 20,3% do total verde exportado.

    Adicionalmente, tendo como referência essa mesma base comparativa, constata-se que o total equivalente a sacas de 60kg dos cafés do Brasil industrializados, que foram exportados nos onze meses em análise, atingiu a soma de 3,73 milhões de sacas, as quais equivalem a 8,1% da soma total vendida. E que desse mesmo total de café industrializado, o equivalente a 3,69 milhões de sacas foram de café solúvel, que correspondem a 98,8% desse mesmo tipo de café, e, ainda, o equivalente a 43,62 mil sacas de 60kg de café torrado & moído, volume que representa em torno de 1,2% do total industrializado exportado no período em foco.

    Antes de prosseguir com esta análise da performance das exportações dos Cafés do Brasil, convém ressaltar que os dados objeto desta análise em foco, entre vários outros do mercado internacional dos Cafés do Brasil de interesse do setor, encontram-se disponíveis no Relatório mensal novembro 2024, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – Cecafé cujas edições também estão divulgadas na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café. O Cecafé faz parte do Conselho Deliberativo da Política do Café – CDPC, do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, consoante o Decreto 10.071/19.

    Conforme também consta deste relatório das exportações do Cecafé, as vendas ao exterior dos Cafés do Brasil, exclusivamente no mês de novembro do corrente ano de 2024, totalizaram um volume físico de 4,66 milhões de sacas de 60 kg, cuja performance representou um incremento de 5,4%, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. E, quanto à receita cambial, o aumento foi de expressivos 62,7%, haja vista que o ingresso de divisas saltou de US$ 825,7 milhões, em novembro de 2023, para US$ 1,34 bilhão, em novembro de 2024.

    Por fim, vale ressaltar, com base nos dados do Cecafé, que o desempenho das exportações, também nos primeiros onze meses de 2024, dos cafés diferenciados, que são os cafés que possuem qualidade superior ou certificados de práticas sustentáveis, que as exportações desse tipo de café representaram em torno de 17,5% do volume total dessas vendas, com a remessa de 8,11 milhões de sacas de 60kg ao exterior.

    Dessa forma, constata-se que tal volume representou um aumento de 33,5% em relação ao registrado nos primeiros onze meses de 2023. E, mais que isso, o preço médio de cada saca de 60kg do produto diferenciado atingiu US$ 269,41, o que proporcionou uma receita cambial de US$ 2,18 bilhões, montante que equivaleu a 19,3% do total obtido com as exportações totais de café de janeiro a novembro de 2024. Concluindo, contata-se ainda que esse valor foi superior em torno de 57% na comparação com a receita cambial registrada no mesmo período em 2023.

  • Café/Cepea: Poder de compra frente à ureia é o maior da série Cepea

    Café/Cepea: Poder de compra frente à ureia é o maior da série Cepea

    O poder de compra de cafeicultores brasileiros frente aos insumos agrícolas, sobretudo fertilizantes, vem crescendo neste ano, de acordo com levantamentos do Cepea.

    Em relação à ureia, por exemplo, o produtor do Sul de Minas Gerais precisa de aproximadamente 1,59 saca de café arábica do tipo 6 para adquirir uma tonelada do insumo, na parcial de dezembro (até o dia 6).

    Trata-se do momento mais favorável ao cafeicultor, considerando-se a série histórica do Cepea para a ureia, iniciada em janeiro de 2008.

    Segundo o Centro de Pesquisas, essa melhora se deve à expressiva alta de preços do café ao longo de 2024, refletindo os cenários produtivos no Brasil e no Vietnã.

    A oferta pressionada tem levado os estoques mundiais do café a volumes baixos. Do lado da demanda, a procura global segue firme, mesmo com os valores elevados ao consumidor.