Tag: café

  • Conab prevê aumento de 7,5% na colheita de café em relação a 2022

    Conab prevê aumento de 7,5% na colheita de café em relação a 2022

    O Brasil deve colher mais de 54,7 milhões de sacas de café em 2023. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), é um aumento de 7,5% em relação ao ano passado e de 14% em relação a 2021.

    A expectativa para o café arábica, o tipo mais popular, é que sejam colhidas quase 38 milhões de sacas beneficiadas, o que representa 70% da produção de café no país.

    Já o café conilon deve ter uma produção de 17 milhões de sacas, uma redução de 7,6% quando comparada à safra passada. Mesmo com o aumento esperado na colheita de Rondônia, Bahia e Mato Grosso não será suficiente para compensar as perdas no Espírito Santo.

    De acordo com o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Fabiano Vasconcellos, a produção se recuperou neste ano com a melhora das condições climáticas em 2022, após um ano difícil em 2021.

    “Na safra de 2022, as lavouras não conseguiram expressar o potencial produtivo, principalmente por conta das condições climáticas que ocorreram em 2021. Então, para esta safra, apesar de ser um ano de bienalidade negativa [oscilação da produção para baixo], a produtividade de recupera em relação à safra passada e um pouco desse efeito se dá pelo manejo que os produtores realizaram em 2021, quando tiveram geadas fortes, e em 2022 também”.

    As exportações entre janeiro e abril caíram 20% neste ano. Segundo a Conab, os estoques ficaram restritos no início do ano, por causa da baixa produção nos anos anteriores. Para o segundo semestre, a previsão é que os estoques se recomponham e as exportações se recuperem.

    Edição: Raquel Mariano/ Renata Batista

  • Onde posso usar a Borra de café?

    Onde posso usar a Borra de café?

    Borra de café é um produto muito versátil e pode ser usado para limpar, polir ou tratar diferentes tipos de superfícies. É um excelente remédio caseiro para limpar coisas como chão de madeira, vidro, alumínio, plástico, metais e até mesmo carros. Além disso, é rico em nutrientes que contribuem para o bom desenvolvimento dos vegetais.

    Podemos usar a borra de café em muitas áreas, como na limpeza geral da casa, na jardinagem, no cuidado com móveis domésticos e até mesmo na manutenção de carros. Por exemplo, podemos usar borra de café para lavar os vidros, pois ela absorve facilmente as sujeiras, deixando-os brilhando. Também pode ser usada para limpar superfícies metálicas, como aço inox e alumínio. A borra de café também é boa para limpar áreas que parecem escuras, pois ela neutraliza a cor e ajuda a remover as marcas. Ela também pode ser usada para polir e fazer brilhar metal, couro e madeira. Além disso, a borra de café também pode ser misturada com água para remover manchas de tinta, gordura e outras sujeiras.

    A borra de café também é rica em nutrientes, por isso é muito usada em jardinagem. Podemos usá-la para fertilizar as plantas, tanto de interior quanto de exterior, e também para reduzir o PH do solo, tornando-o mais ácido. Além disso, a borra de café pode ser usada para mantêr pragas e ervas daninhas longe de nossas plantas.

  • Exportações de café têm receita recorde em 2022

    Exportações de café têm receita recorde em 2022

    No acumulado de 2022, entre janeiro e dezembro, as exportações brasileiras de café registraram receita recorde de US$ 9,2 bilhões, crescimento de 47% em relação à igual período de 2021, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé), usados no levantamento.

    Brasil é o maior produtor e exportador de café do mundo

    O Brasil é o maior produtor (37%) e exportador (29%) de café do mundo, considerando a média do período 2018/2019 a 2021/2022. Embora o país tenha boa participação no mercado dos EUA (17%), Alemanha (25%), Itália (26%), Japão (25%) e Bélgica (39%), há oportunidades para ampliar a participação nacional nesses e em outros parceiros comerciais, por meio de estratégias como importação de café verde de outras origens para a formação de blends, maior rede de negociações internacionais para reduzir a tarifação imposta ao café brasileiro industrializado e ações que mitiguem os custos na promoção & marketing nas mídias convencionais nos países importadores.

     

     

  • Como fazer café gelado: Mais gostoso e mais saudável!

    Como fazer café gelado: Mais gostoso e mais saudável!

    Quem gosta de receitas diferentes pela manhã precisa aprender como fazer café gelado para tomar antes de sair para o trabalho!

    Essa é uma das melhores receitas para você substituir aquele café tradicional que você não é tão fã de tomar.

    A receita de café gelado não precisa de tantos ingredientes assim e nós listamos abaixo o que você vai precisar:

    Ingredientes do café gelado

    • ½ xícara (chá) de café (coado, de prensa ou italiano)
    • ½ colher (chá) de açúcar
    • raspas de ½ limão-siciliano ou tiras da casca do limão taiti
    • cubos de gelo a gosto

    Mais abaixo está o modo de preparo da receita de café gelado, que leva cerca de 35 minutos para ficar pronta, rendendo para toda a família!

    Modo de preparo

    1. Numa coqueteleira (ou num pote de vidro com tampa) junte o café, o açúcar, as raspas de limão e os cubos de gelo.
    2. Tampe e chacoalhe bem para misturar e dissolver o açúcar.
    3. Transfira para um copo e sirva a seguir.
    4. Se for usar as tiras de limão taiti, adicione na hora de servir, torcendo sobre o copo antes.

    Nunca mais você vai querer fazer outro tipo de café para tomar pela manhã ou pela tarde e essa passará a ser a sua receita de café favorita!

    Qual receita combinar com essa?

    Se você procura mais de um tipo de receita para conseguir combinar com a delícia que acabamos de te ensinar, você pode preparar uma receita de crepioca que é deliciosa!

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  • Receita de pão de ló: Uma delícia com café fresquinho!

    Receita de pão de ló: Uma delícia com café fresquinho!

    Muita gente ama tomar aquele cafezinho da tarde e para você que é uma dessas pessoas, vamos te ensinar uma receita de pão de ló que fica incrível!

    Poucas receitas vão combinar de forma tão perfeita com aquele café fresquinho no lanche da tarde quanto essa delícia!

    Como fazer a receita de pão de ló

    Adicione quatro claras em uma batedeira e bata até virar uma neve. Adicione as gemas e um pouco de água morna e deixe espumar. Acrescente 2 xícaras de chá de, 2 xícaras de chá de farinha de trigo, 1 colher de sopa de fermento em pó e misture delicadamente com um fouet. Adicione a mistura em um tabuleiro untado e coloque no forno por 30 minutos.

    Logo abaixo vou te ensinar o passo a passo de como fazer a receita de pão de ló:

    Ingredientes para a receita de pão de ló

    • 4 claras
    • 4 gemas
    • 1 xícara de chá de água morna
    • 2 xícaras de chá de açúcar
    • 2 xícaras de chá de farinha de trigo
    • 1 colher de sopa de fermento em pó

    Modo de preparo

    1. Quebre os 4 ovos e separe as claras das gemas.
    2. Coloque as 4 claras na batedeira e bata até ficar em ponto de neves. Reserve.
    3. Em seguida, coloque as 4 gemas e 1 xícara de chá de água morna na batedeira.
    4. Bata até espumar.
    5. Depois, acrescente 2 xícaras de chá de açúcar e bata até misturar.
    6. Em seguida, adicione 2 xícaras de chá de farinha de trigo, 1 colher de sopa de fermento em pó e misture delicadamente com um fouet.
    7. Junte as claras em neves e misture delicadamente.
    8. Transfira a mistura para uma forma untada e enfarinhada. Bata a forma para retirar o excesso de bolhas de ar.
    9. Leve para assar em forno preaquecido a 180 graus Celsius por 30 minutos.

    Agora que você aprendeu como fazer a receita de pão de ló, vai querer se aventurar na cozinha todos os dias para te deixar craque na cozinha!

    Aproveite que você já preparou essa delícia e prepare uma deliciosa receita de pudim de pão para acompanhar e servir a todos!

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  • Conab diz que safra de café será de 54,94 milhões de sacas

    Conab diz que safra de café será de 54,94 milhões de sacas

    A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) estima uma produção de 54,94 milhões de sacas de café. A previsão consta do 1º Levantamento da Safra de Café 2023, divulgado hoje (19), em Brasília.

    “Para a presente safra, mesmo sendo ano de bienalidade negativa, a previsão é superior em 7,9%, na comparação com a safra colhida em 2022, quebrando o ciclo de evolução da série desde a safra de 2001, quando a Conab começou a acompanhar a safra da produção cafeeira no país”, disse o presidente da Conab, Guilherme Ribeiro, ao anunciar os números.

    Ele explicou que, das 54,94 milhões de sacas estimadas, 37,44 milhões serão de café arábica, o que corresponde a um volume 14,4% maior do que o obtido em 2022; e 17,51 milhões serão de sacas café conilon beneficiado, o que representa uma produção 3,8% menor do que o volume obtido em 2022.

    “Em relação ao conilon, é importante dizer que, após uma safra recorde, a perspectiva nessa temporada sinaliza certa redução do potencial produtivo em razão das adversidades climáticas registradas no principal estado [produtor], que foi o Espírito Santo”, disse o presidente da Conab.

    Área para produção

    Segundo a Conab, com relação à área total destinada à produção de café arábica e conilon, a estimativa é de que sejam utilizados 2,26 milhões de hectares. “Isso representa um aumento de 0,8% em relação à safra passada”, afirmou Ribeiro. Em 2022, a área utilizada para essas lavouras ficou em 1,9 milhão de hectares (produção); e 355,5 mil hectares em formação para posterior produção.

    “Nos ciclos de bienalidade negativa, os produtores costumam realizar os tratos culturais mais intensos nas lavouras, promovendo algum tipo de manejo em suas áreas que só entrarão em produção nos próximos anos”, frisou o presidente da Conab.

    Segundo ele, devido ao clima “muito desfavorável” em 2021, muitas lavouras não entraram na produção em 2022. “Agora, em 2023, quase 100 mil hectares de lavouras estão em produção, principalmente em Minas Gerais, onde essa produção é maior, mesmo sendo ano de bienalidade negativa”, explicou.

    De acordo com o gerente de Acompanhamento de Safras da Conab, Rafael Fogaça, apesar da perspectiva de aumento na área em produção, a expectativa é de que haja queda no rendimento médio na comparação com a safra anterior, o que deverá “impactar na perspectiva de produção total, avaliada nesse primeiro levantamento em 17,51 milhões de sacas de café conilon beneficiado”, disse. O número é 3,8% menor que o volume registrado na safra 2022.

    Edição: Kleber Sampaio

  • 3 benefícios de tomar café com canela todos os dias

    3 benefícios de tomar café com canela todos os dias

    Tomar café com canela pode ser gostoso e muito benéfico. O café é uma das infusões mais consumidas no mundo e a canela tornou-se uma aliada que lhe confere um sabor mais atrativo.

    Essa combinação apresenta um importante conjunto de propriedades de saúde, sobre as quais falaremos a seguir.

    Portanto, desde o café da manhã você pode começar a consumir esta infusão e aproveitá-la ao máximo.

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    Quais são os benefícios?

    De acordo com especialistas da Universidade Jesuíta de Wheeling, o cheiro de canela melhora a capacidade de processamento do cérebro. Além disso, este tempero pode substituir o açúcar pelo café, portanto, esta bebida ajuda a eliminar os picos de açúcar no sangue após o consumo, também mantém a hiperglicemia sob controle e melhora a eficiência da insulina do corpo.

    A memória também se beneficiará de uma infusão de café e canela. De acordo com o depoimento de cientistas do Rush University Medical Center, em Chicago, a bebida fornecerá benzoato de sódio, um medicamento usado para tratar danos cerebrais. Além disso, nesta mesma linha, o tempero aumenta os níveis de CREB, proteína que ajuda a criar memórias.

    Por outro lado, se tomarmos café e adicionarmos canela, também veremos uma diminuição dos triglicerídeos e do colesterol no sangue. De acordo com um estudo publicado na revista científica Annals of Family Medicine, pessoas que consomem canela regularmente podem ter uma diminuição nos níveis de colesterol total e LDL ou colesterol ruim. Enquanto a infusão acima mencionada também é antibacteriana e anti-inflamatória, o que é importante para tratar e evitar resfriados.

    Já mencionamos os três benefícios para a saúde de beber café com canela, mas deixaremos uma faixa bônus mais do que importante. É que os especialistas aconselham beber café com canela entre as cinco e as seis da tarde, pois a dose de glicose evitará a tentação de comer alimentos à noite que afetarão o perímetro abdominal.

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  • Com apoio do Governo de Mato Grosso, indígenas cultivam café visando mercado de alto padrão

    Com apoio do Governo de Mato Grosso, indígenas cultivam café visando mercado de alto padrão

    A produção de café em aldeias indígenas em Mato Grosso, com qualidade e utilização de técnicas sustentáveis, tem chamado atenção do mercado nacional. A produção realizada por índios da aldeia Apoena Meirelles, da etnia Suruí, em Rondolândia (1.064 km de Cuiabá), é prova disso.

    A comunidade possui parceria com o Grupo 3 Corações, uma das maiores empresas de café do País, na qual fornece os grãos secos e limpos de café, e a empresa industrializa, embala e comercializa os grãos já moídos, ao preço de R$ 45 a embalagem com 250 gramas de café. Esse valor, acima da média de mercado, se deve pela particularidade da forma como o café é cultivado: uso de adubo natural, sem irrigação e defensivos agrícolas, com colheita e armazenamento no tempo. Tais cuidados atraem os paladares mais exigentes, que focam em grãos que utilizam técnicas e critérios sustentáveis.

    Atentos a esse cenário crescente de consumo aliado a sustentabilidade, indígenas da aldeia Massepô, localizada no território Umutina, em Barra do Bugres (164 km de Cuiabá), também focam no cultivo do café como forma de gerar renda através da venda de cafés finos, visando o mercado internacional.

    Por meio de uma parceria entre o Governo de Mato Grosso e a Fundação Nacional do Índio (Funai), os indígenas do território Umutina contam hoje com um hectare de cafezal com mais de 3 mil pés de plantas de alto potencial produtivo.

    “À medida que a nossa comunidade foi crescendo, fomos vendo que precisávamos incorporar algo dentro da nossa área, que nos gerasse renda. Foi nesse momento que decidimos, com a ajuda do Estado, usar parte das nossas terras para produzir e gerar rentabilidade”, explica o cacique da aldeia Massepô, Felisberto Cupudunepá.

    Para efetivar a inserção dos indígenas na ação de incentivo ao cultivo do café, a Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) repassou as mudas, e a Empresa Mato-Grossense de Pesquisa, Assistência e Extensão Rural (Empaer) promoveu o acompanhamento técnico na área. Para aprender as técnicas de plantio e cultivo, uma parte dos indígenas viajou para Rondônia, onde já é realizado um trabalho similar e exitosa.

    “Passada essa parte teórica, implementamos dentro da aldeia uma Unidade de Referência Tecnológica, que chamamos de URT, e começamos a adotar a parte prática do cultivo do café. Desde então os trabalhos têm se desenvolvido da melhor forma possível, com previsão de ampliar a área em anos posteriores”, comenta o técnico extensionista da Empaer Rafael Rosseti.

    Na aldeia Massepô é esperada a colheita entre 45 a 60 sacas de café no hectare plantado, cujo o valor da venda, segundo o cacique Felisberto Cupudunepá, será revertido em melhorias na aldeia onde vivem 11 famílias.

    Além de Barra do Bugres, a Seaf desenvolve a mesma ação na cidade de Campo Novo dos Parecis. Na Aldeia Chapada Azul, a pasta promove a atividade junto aos indígenas da etnia Haliti Paresi, com o plantio de cinco hectares de café clonal.

    A pasta promove ainda outras ações de desenvolvimento sustentável junto aos povos indígenas. Doou 200 caixas de abelhas aos índios Xavantes da terra indígena Grande Sangradouro, em Primavera do Leste, e à indígenas das cidades de Canarana e Porto Esperidião. Também realiza junto à aldeia Apoena Meirelles, da etnia Paiter-Suruí, em Rondolândia, ação de incentivo ao plantio de cacau, através da produção de mudas do fruto. Essas ações também contam com entidades parceiras, como a Empaer e prefeituras, através das secretarias de Agricultura.

    MT Produtivo Café

    A ação de Governo ‘MT Produtivo Café’ prevê a entrega de mudas de café clonal de variedades conilon e robusta para o plantio em aldeias indígenas e áreas administradas por agricultores familiares participantes do programa. A previsão é de que até o final de 2022 o Governo distribua as mudas de café clonal para 50 municípios das regiões Médio-Norte, Centro-Sul e Oeste que integram o MT Produtivo Café.

    O programa pretende incrementar e renovar a área de café no Estado em cerca de 600 hectares até 2024 com o aproveitamento de áreas já abertas e cultivadas e utilizando mudas de clones de alta produtividade, o que resultará na inserção de aproximadamente 45 mil sacas na produção de café de Mato Grosso após a produção atingir sua estabilidade.

     

  • Conheça a história do café no mundo e como o Brasil se tornou o maior produtor e exportador da bebida

    Conheça a história do café no mundo e como o Brasil se tornou o maior produtor e exportador da bebida

    Desde que cabras da região da Abissínia, atual Etiópia, comeram os frutos amarelo-avermelhados de uma planta até então desconhecida, o café vem conquistando as civilizações e ganhando preparos diversos de forma a atender os mais diferentes gostos. No Brasil, o consumo do café quente é o maior do mundo. Se considerada também a versão extraída a frio, o chamado cold brew, o país ocupa a segunda posição, precedido pelos Estados Unidos. Já a liderança na produção e exportação, essas são imbatíveis, e o Brasil responde por cerca de um terço da produção mundial de café.

    O ano era 800, quando as propriedades estimulantes do café, seja pelo consumo direto do fruto ou pela infusão em água, foram observadas pelas primeiras vezes. Por volta do século XV, então, a espécie chegara ao Norte da África e entrara no mundo árabe. Como os maiores produtores de café à época, os árabes tomaram medidas para manter o domínio da comercialização do produto como, por exemplo, vendê-lo apenas torrado.

    Café CenárioMT

    Mas as barreiras protetivas foram quebradas por holandeses que conseguiram contrabandear os frutos frescos para as suas colônias asiáticas (Java, Ceilão e Sumatra) e, depois, para as Antilhas Holandesas, na América Central. Na Europa, inicialmente, o café era consumido como remédio para combater vários males e, só a partir do século XVII, começou a ser adotado como bebida.

    Do velho continente para a América do Sul, o café chegou às colônias europeias. Militares holandeses levaram mudas para o Suriname e, depois, a França para o seu território da Guiana Francesa. Conta-se, inclusive, que as primeiras plantas brasileiras tiveram como origem o Palácio de Versailles.

    Teria sido da seguinte forma: depois de plantadas por Luis XIV em Paris, as mudas de café foram levadas para território guianês pelo governo francês. Quando em visita ao país vizinho, o brasileiro Sargento-Mor Francisco e Mello, sob pretexto de resolver litígios territoriais, trouxe as primeiras mudas e sementes de café para Belém, no Pará, por volta do ano de 1720.

    Devido às circunstâncias climáticas, de relevo e solo, em meados do século XIX a cultura cafeeira se estabeleceu mais fortemente no Vale do Rio Paraíba, nos estados do Rio de Janeiro e de São Paulo, iniciando um novo ciclo econômico no Brasil. Com a inserção da produção no mercado internacional, o café se tornou o principal produto das exportações brasileiras, sendo por quase um século a principal riqueza nacional. Suas divisas fomentaram o desenvolvimento do país, com criação de cidades e ampliação de outros centros urbanos no interior do Rio de Janeiro, de São Paulo, de Minas Gerais e do Paraná. Em 1850, o Brasil já era o maior produtor mundial com 40% da produção total. A cidade de Vassouras, no Rio de Janeiro, era considerada capital do café do mundo.

    Por mais de 150 anos, o status brasileiro de maior produtor de café do mundo se mantém. Em volume total, dados do Sumário Executivo do Café registram 47,7 milhões de sacas beneficiadas de café na safra 2020/21. Para o período produtivo de 2021/22, a previsão da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) é de 55,7 milhões de sacas de 60kg cada. Isso significa um aumento de 16,8% em relação ao período anterior em decorrência, principalmente, da bienalidade do café arábica – fenômeno fisiológico do cafeeiro que alterna maior produção numa safra com menor na seguinte.

    O café arábica (Coffea arabica L.) permite ao consumidor degustar um produto mais fino, requintado e de melhor qualidade. Esse tipo de café é cultivado em altitudes acima de 800 metros. Predomina nas lavouras de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Rio de Janeiro e em parte do Espírito Santo.

    O café robusta ou conilon (Coffea Canephora) é usado principalmente para a fabricação de cafés solúveis e em algumas misturas com o arábica. Apresenta um sabor único, menos acidez e teor de cafeína maior. Predomina nas lavouras do Espírito Santo, em Rondônia e em parte da Bahia e de Minas Gerais.

    Do café commodity ao café especial

    O bom desempenho das lavouras encontra um mercado, cada vez mais exigente. Pela Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), o consumo interno de café no país registrou crescimento em 2021. Foram 21,5 milhões de sacas consumidas entre novembro de 2020 e outubro de 2021, alta de 1,71% em relação ao período anterior (de novembro de 2019 a outubro de 2020). Esse volume representa 45,3% da safra daquele ano.

    Se considerarmos uma base mais ampla, de 1997 a 2021, o consumo interno brasileiro passou de 11,5 milhões de sacas para 21 milhões de sacas, conforme o Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café e que reúne 50 instituições de ensino, pesquisa e extensão rural para fomentar a pesquisa cafeeira no país.

    Vale ressaltar que o Brasil é o maior consumidor dos cafés nacionais. Quando analisado o consumo per capita, observa-se que, em 2021, o brasileiro consumiu 6,06 kg de café cru por ano e 4,84 kg de café torrado.

    O diretor de Comercialização e Abastecimento do Mapa, Sílvio Farnese, avalia que o mercado consumidor, tanto brasileiro quanto internacional, apresenta ainda perspectiva de crescimento, influenciado pelos cafés especiais e pelo advento dos cafés em cápsula.

    “Nos anos 1990, começou esse movimento de que era importante fazer café com essa agregação de valor porque o mercado ficou exigente. Apesar de o café tradicional, passado no coador ser o método mais tradicional de consumo, as cápsulas e até a porção individual estão ganhando mercado pela sua praticidade”, explica.

    De 15% a 16% do café exportado atualmente pelo Brasil já é uma bebida especial. Para além da melhor qualidade, aroma e sabor diferenciados, há ainda uma valorização exponencial na comercialização do produto. Histórico recente do mercado registra que uma saca de café especial, com 60 quilos, chegou a ser vendida por um valor 1.300% mais caro do que uma saca de café commodity, que gira em torno de R$ 1.200.

    conheca a historia do cafe no mundo e como o brasil se tornou o maior produtor e exportador da bebida

    Café sustentável

    O Brasil possui aproximadamente 300 mil estabelecimentos produtores de café distribuídos ao longo de 17 estados, dos quais 70% são considerados da agricultura familiar. Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, São Paulo e Rondônia são os maiores estados produtores.

    “Então socialmente, o café tem um papel muito forte. Nos estados que mais produzem, como em Minas Gerais, a gente vê isso muito claro. Quando chega o período da colheita do café, a cidade está bem de vida, os supermercados estão cheios, pois gera dinheiro, o que não ocorre com nenhuma outra cultura. E além disso, temos a questão ambiental muito forte no Brasil, que não tem em nenhum outro país do mundo, conseguindo cumprir todas as exigências legais, ambientais e trabalhistas de forma integrada”, destacou Farnese.

    A atividade cafeeira é desenvolvida com base em rígidas legislações trabalhistas e ambientais, que prevêem preservação de florestas e fauna nativa, controle da erosão e proteção das fontes de água. A busca do equilíbrio ambiental entre flora, fauna e o café é uma constante e assegura a preservação de uma das maiores biodiversidades do mundo.  As leis trabalhistas e ambientais brasileiras estão entre as mais rigorosas entre os países produtores de café.

    Como critério de sustentabilidade, ainda foi observado desde 1997 o aumento da produtividade em uma área ainda menor, reforçando o efeito poupa-terra. O Consórcio Pesquisa Café registra que, no fim dos anos 1990, área produtiva era de 2,4 milhões de hectares e a produção de 18,9 milhões de sacas de 60 kg, com produtividade de 8,0 sacas/hectare. Passados 25 anos, houve redução da área para 1,82 milhão de hectares, e o País deve produzir 55,7 milhões de sacas de 60kg em 2022, com produtividade de 31 sacas/ha.

    “O mundo está cada vez mais exigente com as questões ambientais. O trabalho se dá agora com a rastreabilidade do café, desde o plantio, como ele é feito, quais insumos são utilizados, até chegar na mesa do consumidor. Isso tudo permitindo que o mercado produtor acesse os selos de compliance”, destaca o diretor de Comercialização e Abastecimento. Ele ainda complementa que a produção e comercialização nacionais são aderentes às certificações de sustentabilidade e de comércio justo.

    Essa acreditação mundial da produção nacional se destaca como oportunidade para fortalecer relações comerciais e abrir mais mercados para a exportação do café, que já tem os Estados Unidos e a Europa como os principais destinos. O produto é o 5º na pauta de exportação brasileira, tendo movimentado US$ 6,4 bilhões em 2021, o que representou 8,28% de participação dentre os produtos nacionais exportados.

    Até 2030 a projeção é de que a demanda mundial de café no período tenha um crescimento médio anual próximo de 2%, o que elevará as atuais 169 milhões de sacas para aproximadamente 209 milhões (ponto médio da projeção), de acordo com o Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Cecafé).

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  • Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos

    Governo zera imposto de importação de etanol e de seis alimentos

    Até o fim do ano, o etanol e seis alimentos não pagarão imposto para entrarem no país. A redução a zero das alíquotas foi anunciada nesta segunda-feira (21/03) à noite pelo Ministério da Economia, após reunião extraordinária do Comitê-Executivo de Gestão (Gecex) da Câmara de Comércio Exterior (Camex).

    A medida beneficia os seguintes alimentos: café, margarina, queijo, macarrão, açúcar e óleo de soja. Em relação ao etanol, a alíquota foi zerada tanto para o álcool misturado na gasolina como para o vendido separadamente. O imposto será zerado a partir de quarta-feira (23), quando a medida for publicada no Diário Oficial da União.

    Segundo o secretário-executivo do Ministério da Economia, Marcelo Guaranys, a medida tem como objetivo segurar a inflação. “Estamos preocupados com o impacto da inflação sobre a população. Estamos definindo redução a zero da tarifa de importação de pouco mais de sete produtos até o final do ano. Isso não resolve a inflação, isso é com política monetária, mas gera um importante incentivo”, declarou.

    De acordo com a pasta, a medida fará o preço da gasolina cair até R$ 0,20 para o consumidor. Atualmente, o litro da gasolina tem 25% de álcool anidro. Por causa da alta recente dos combustíveis, o governo espera que a redução da tarifa de importação praticamente zere os efeitos do último aumento.

    “Nós temos uma estimativa que isso poderia levar a uma redução do preço da gasolina da ordem de R$ 0,20 na bomba. Isso é uma análise estática. Na prática, essa medida vai acabar arrefecendo a dinâmica de crescimento dos preços na ordem de R$ 0,20”, disse o secretário de Comércio Exterior, Lucas Ferraz.

    Em relação aos produtos alimentícios, o Ministério da Economia informou que os produtos beneficiados são o que mais estão pesando na inflação, pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). Esse indicador mede o impacto dos preços sobre as famílias de menor renda.

    Atualmente, o café paga Imposto de Importação de 9%; a margarina, 10,8%; o queijo, 28%; o macarrão, 14,4%; o açúcar, 16%; o óleo de soja, 9% e o etanol, 18%.

    Bens de capital

    A Camex também aprovou a redução em mais 10%, até o fim do ano, o Imposto de Importação sobre bens de capital (máquinas usadas em indústrias) e sobre bens de informática e de telecomunicações, como computadores, tablets e celulares. A medida pretende facilitar a compra de equipamentos usados pelos produtores industriais e baratear o preço de alguns itens tecnológicos, quase sempre importados.

    Em março do ano passado, o governo tinha cortado em 10% a tarifa para a importação de bens de capital e de telecomunicações. No total, o corte chega a 20%.

    Até o início do ano passado, as tarifas de importação desses produtos variavam de zero a 16% para as mercadorias que pagam a tarifa externa comum (TEC) do Mercosul. Com a primeira redução, a faixa tinha passado de 0% a 14,4%. Agora, as alíquotas passaram de 0% a 12,8%.

    Em novembro do ano passado, o governo reduziu em 10% a tarifa de 87% dos bens e serviços importados até o fim deste ano. Na época, o governo alegou a necessidade de aliviar os efeitos da pandemia de covid-19 e que a medida já havia sido acertada com a Argentina.

    Segundo o Ministério da Economia, o governo deverá deixar de arrecadar R$ 1 bilhão com as medidas até o fim do ano.