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  • Governo adia em seis meses a fiscalização de CACs pela PF

    Governo adia em seis meses a fiscalização de CACs pela PF

    A emissão do registro e a fiscalização das licenças de Colecionadores, Atiradores desportivos e Caçadores (CACs) pela Polícia Federal (PF) vai começar efetivamente no dia 1º de julho do ano que vem. A nova data consta em portaria conjunta assinada pelos ministros da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, e da Defesa, José Múcio Monteiro, publicada no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira (27).

    Atualmente, esse registro e fiscalização são feitos pelo Exército, mas um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de 2023 determinou que a atividade passaria para a PF a partir de 1º de janeiro de 2025, prazo agora adiado em mais seis meses. Até o momento, cerca de 200 servidores da PF já passaram por treinamento para atuarem na fiscalização. Outras formações serão realizadas nos próximos meses, informou o órgão.

    No início deste mês, diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, já havia dito que a instituição não poderia fazer esse trabalho ainda por falta de recursos e de pessoal

    Até a efetiva transferência da competência para a PF, a responsabilidade pela ação seguirá com o Exército Brasileiro.

  • CACs forneceram armas e treinamento para o PCC em ataques violentos em Mato Grosso

    CACs forneceram armas e treinamento para o PCC em ataques violentos em Mato Grosso

    Uma investigação conjunta da Polícia Federal (PF) e do Ministério Público de São Paulo (MP-SP) revelou um esquema alarmante: Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores (CACs) estariam fornecendo armas e treinamento para integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) com o objetivo de realizar ataques violentos conhecidos como “Novo Cangaço”.

    A operação, que já resultou na denúncia de 18 pessoas, apontou que CACs estariam treinando membros da facção criminosa a manusear armas de alto poder destrutivo, preparando-os para ações como roubos a bancos, carros-forte e ataques a cidades.

    A investigação começou após um ataque em Confresa, Mato Grosso, onde um dos criminosos presos tinha ligação direta com o PCC e morava em São Paulo. A partir desse caso, as autoridades descobriram que um grupo de CACs estava fornecendo armas e munições para a facção, que utilizava esse material em diversos ataques pelo país.

    Além de Confresa, a organização criminosa financiada pelos CACs estaria envolvida em ataques semelhantes em Criciúma (SC), Guarapuava (PR) e Araçatuba (SP). Os criminosos também são investigados por diversas execuções em Avelino Lopes (PI) e disputa de ponto de venda de drogas em Osasco (SP).

    O perigo das armas em mãos erradas

    O delegado da Polícia Federal, Jeferson Di Schiavi, alerta para a facilidade com que os CACs conseguem adquirir armas e munições, o que facilita a proliferação desse tipo de crime. “A aquisição de armas pelo PCC não é novidade. Mas, a partir do momento em que os CACs conseguem essa facilidade de ter acesso ao armamento, aquisição de munição e acabam não usando e cedendo para os criminosos, isso facilita as ações de domínio de cidade e novo cangaço”, explica.

    O promotor de Justiça Eduardo Veloso complementa: “O grupo também é investigado por diversas execuções em Avelino Lopes (PI) e pela disputa de território para o comércio de drogas em Osasco, na Grande São Paulo. É um grupo que atua em todo país, mas com base em São Paulo e com grupos bem atuantes no Norte e no Nordeste do país”.

  • PF desmantela quadrilha envolvida no ‘Novo Cangaço’ com atuação em Mato Grosso

    PF desmantela quadrilha envolvida no ‘Novo Cangaço’ com atuação em Mato Grosso

    Em uma ação conjunta com o GAECO em São Paulo (SP), a Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (21/5) a Operação BAAL, visando desmantelar uma organização criminosa especializada em roubos a bancos e carros-fortes nas modalidades “domínio de cidade” e “novo cangaço”.

    Modalidade Terrorista

    As ações do grupo, caracterizadas por um alto poder de fogo e planejamento meticuloso, causavam terror nas comunidades onde eram praticadas, configurando-se como uma nova modalidade de conflito decorrente da evolução dos crimes violentos contra o patrimônio.

    Investigação Inicia com Tentativa de Roubo

    A investigação teve início em abril de 2023, após uma tentativa frustrada de roubo a uma base de valores em Confresa, Mato Grosso.

    Na ocasião, houve um confronto com as forças de segurança, resultando na prisão ou morte de diversos criminosos. Um dos detidos, residente em São Paulo, foi identificado como membro de uma organização criminosa com atuação em diversos estados.

    Financiamento Ilícito

    As investigações revelaram que essa e outras ações semelhantes eram financiadas por membros da organização que também atuavam no tráfico de drogas e lavagem de dinheiro.

    Além disso, foi apurado que os principais fornecedores de armas e munições para o grupo eram CACs (Colecionadores, Atiradores Desportivos e Caçadores).

    Operação BAAL

    Na manhã de hoje, a Operação BAAL deu um duro golpe na organização criminosa, com o cumprimento de 13 mandados de prisão temporária e 24 mandados de busca e apreensão domiciliar em cidades de São Paulo, Osasco, Santo André, São Bernardo do Campo, Guarulhos, Piracicaba, Mairinque, Buri (SP), Xique-Xique (BA), Timon (MA) e Corrente (PI).

    Descapitalização da Organização

    Além das prisões, a operação também visou a descapitalização financeira da organização, com o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de bens, estimando-se um valor total de até R$ 4 milhões.

    Ação Conjunta

    As ações da Polícia Federal contaram com o apoio operacional de equipes da ROTA, da 10ª Companhia de Força Tática e do 10º BAEP da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

    Combate ao Crime Organizado

    A Operação BAAL demonstra o compromisso da Polícia Federal no combate ao crime organizado, desarticulando grupos que colocam em risco a segurança da população e geram instabilidade social. A ação representa um duro golpe para o crime organizado e um importante passo para a construção de uma sociedade mais segura.

  • Homem que matou apoiadores de Lula é condenado a 51 anos de prisão

    Homem que matou apoiadores de Lula é condenado a 51 anos de prisão

    O Tribunal do Júri de Iporã, no Paraná, condenou um homem acusado de matar duas pessoas durante uma discussão provocada pelo anúncio do resultado das eleições presidenciais de 2022. Erick Hiromi Dias foi condenado a 51 anos e sete meses de prisão em regime fechado. O julgamento foi realizado na terça-feira (16).

    O crime ocorreu no município paranaense de Cafezal do Sul, na noite de 30 de outubro de 2022, após a Justiça Eleitoral anunciar a vitória do então candidato à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

    Apoiadoras de Lula, as duas vítimas foram atingidas por tiros disparados por Eric, que estava descontente com a derrota de Jair Bolsonaro, que disputava a reeleição. Segundo o Ministério Público, o crime teve motivação política. O acusado tinha certificado de colecionador, atiradores e caçadores (CAC).

    Eric Hiromi foi condenado por dois crimes de homicídio qualificado. Ele já está preso e não poderá recorrer da sentença em liberdade.

    Pedido de perdão

    Durante o julgamento, o acusado confessou os crimes e pediu perdão aos familiares das vítimas.

    “Eu sei que errei e que mereço ser condenado. Me lembro de pouquíssimas coisas daquele dia. Há um tempo atrás, eu me arrependi de não ter conseguido tirar minha vida naquele dia. Eu aceito, por conta de todo o meu arrependimento, passar por toda cadeia que tenho que passar”, afirmou.

    Edição: Nádia Franco

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