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  • Sinfra esclarece informações sobre andamento das obras do BRT em Mato Grosso

    Sinfra esclarece informações sobre andamento das obras do BRT em Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT) esclareceu informações importantes sobre o andamento das obras do BRT em Mato Grosso. A pasta reforçou que a responsabilidade por soluções técnicas, como o posicionamento de portas de estações e a drenagem da Avenida da Prainha, é do consórcio responsável pelo projeto.

    O modelo de contratação do BRT foi realizado pelo Regime Diferenciado de Contratação Integrada (RDCI), atribuindo ao consórcio a responsabilidade pelo detalhamento da obra e obtenção de licenças ambientais. A Sinfra-MT destacou a lentidão do consórcio na entrega de documentos técnicos.

    Alterações no traçado em Várzea Grande foram discutidas com a sociedade e o consórcio, sendo motivo de análise de reequilíbrio financeiro. A Sinfra-MT esclareceu que não liberou novos trechos para não prejudicar a população, devido à morosidade do consórcio e à inadimplência com fornecedores.

    A Sinfra-MT notificou o consórcio 50 vezes desde o início do contrato e reafirma o compromisso com um transporte público moderno e seguro para Cuiabá e Várzea Grande.

  • Laudo foi falsificado para justificar troca do BRT pelo VLT em 2011

    Laudo foi falsificado para justificar troca do BRT pelo VLT em 2011

    O Tribunal de Contas da União (TCU) confirmou que a substituição da escolha do BRT pelo VLT, em 2011, feita pela gestão do Governo de Mato Grosso à época, ocorreu por meio de um laudo falsificado.

    A decisão do TCU que confirmou a adulteração foi dada em 2014 pelos ministros Walton Rodrigues, Aroldo Cedraz, Benjamin Zymler, Raimundo Carreiro, José Múcio Monteiro, Bruno Dantas, Marcos Bemquerer Costa e André Luís de Carvalho.

    O esquema foi descoberto pela Procuradoria da República do Distrito Federal, que enviou representação sobre o caso à Corte de Contas.

    De acordo com o MPF, a adulteração ocorreu no bojo de um processo que tramitava no Ministério das Cidades, órgão que estava com a responsabilidade de avaliar se acatava ou não a mudança do BRT pelo VLT para atender às necessidades de mobilidade da Baixada Cuiabana para a Copa do Mundo de 2014.

    Vale lembrar que o próprio ex-governador Silval Barbosa, em sua delação premiada, confirmou que o projeto inicial era implantar o BRT, mas houve a troca de modal para viabilizar recebimento de propina na ordem de R$ 18 milhões.

    O MPF narrou ao TCU que duas servidoras do Departamento de Mobilidade Urbana do Ministério do Ministério das Cidades (Demob), Luiza Vianna e Crsitina Soja, retiraram do processo administrativo uma nota técnica produzida pelo analista de infraestrutura do ministério.

    Nessa nota técnica, o analista se manifestou de forma contrária à alteração do BRT pelo VLT, tendo em vista critérios como a impossibilidade de entregar a obra dentro do prazo e outras irregularidades contidas nas estimativas de custos feitas pelo Governo de Mato Grosso.

    As duas servidoras, que eram chefes do analista, exigiram que ele modificasse a nota técnica para ficar “em sintonia com a decisão do governo”. Como o analista se recusou, elas produziram novo documento favorável ao VLT “e o inseriram no processo em substituição à peça elaborada pelo analista”.

    “Essa nova nota técnica apresenta a mesma numeração da anterior e apresenta data retroativa de 8/9/2011, embora, segundo o Ministério Público, tenha sido produzida posteriormente, em data incerta entre os dias 14 e 26/10/2011”, diz trecho da representação.

    A troca de laudos foi confirmada pelas próprias servidoras durante reunião na Demob, cujo áudio foi levado à mídia. Elas foram advertidas em processo administrativo disciplinar e respondem a uma ação de improbidade pelos fatos.

    Para o ministro relator do caso no TCU, Walton Rodrigues, é “inegável” a gravidade dos ilícitos cometidos pelas servidoras.

    “A nova peça técnica foi preparada pela servidora Cristina Maria e contou com o ‘de acordo’ da servidora Luiza Gomide, no propósito de transparecer o fato desse documento haver sido elaborado pelo Departamento de Mobilidade Urbana antes da decisão que aprovou a nova matriz de responsabilidades para a Copa do Mundo FIFA 2014”.

    Rodrigues registrou que Cristina e Luiza violaram a integridade do processo administrativo e dos motivos que fundamentaram a troca do modal.

    “Tal norma era ou, pelo menos, deveria ser de conhecimento dos agentes públicos, sobretudo por ocuparem cargos de direção e de gerência. Ao terem potencial consciência da ilicitude, era-lhes exigível conduta diversa […] Assim, a subtração de documento avilta o princípio do controle ao ocultar informações essenciais ao exame da regularidade dos atos administrativos, sobretudo em relação aos aspectos da economicidade, eficiência, eficácia e efetividade”, afirmou.

    O ministro votou por condená-las à multa de R$ 2,4 mil e foi acompanhado pelos demais membros.