Tag: Brasília

  • Governo anuncia R$ 90 milhões para preservação da Caatinga

    Governo anuncia R$ 90 milhões para preservação da Caatinga

    O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) anunciou nesta segunda-feira (28) uma série de iniciativas voltadas para a Caatinga. Juntas, elas representam um investimento de aproximadamente R$ 90 milhões. Os anúncios foram feitos em evento em Brasília, que marcou o Dia Nacional da Caatinga.

    A Caatinga é um bioma que existe apenas no Brasil e ocupa cerca de 10% do território nacional, em uma área de 862.818 quilômetros quadrados (km²). Engloba os estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Piauí, Sergipe e o norte de Minas Gerais, onde vivem cerca de 27 milhões de pessoas.

    O bioma é caracterizado por uma vegetação adaptada a pouca água, como cactos e suculentas, e possui uma diversidade de animais, que incluem os répteis teiú e calangos; aves, como a asa-branca e a arara-maracanã-verdadeira; e mamíferos, como morcegos e roedores.

    Na cerimônia, a ministra do MMA, Marina Silva, ressaltou os impactos que a caatinga tem sofrido, tanto com mudanças climáticas como com ações humanas, e reforçou a importância de iniciativas voltadas para o bioma.

    “É muito legítima a demanda de que a Caatinga tenha um olhar especial, porque ela está dentro do nosso país e é nossa responsabilidade manter esse espaço tão necessário para a nossa biodiversidade”, disse.

    “Nós sabemos que ela vem sendo afetada pelas mudanças climáticas, pela ação humana e pelos projetos de desenvolvimento que acontecem. Inclusive por aqueles que são importantes, estratégicos e fundamentais, como é o caso de geração de energia limpa, renovável e segura. Mesmo essas atividades têm um impacto. Portanto, é preciso que a gente tenha processos de regulamentação, para que esses impactos não venham a afetar a biodiversidade e as comunidades locais”, acrescentou.

    Investimentos

    As iniciativas anunciadas incluem o Conecta Caatinga e o Áreas Protegidas da Caatinga (Arca). Este último tem como foco a conservação de espécies ameaçadas de extinção, o engajamento de povos e comunidades tradicionais e a gestão do Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc) no bioma. O Arca será executado em nove unidades de conservação, entre federais e estaduais. Serão disponibilizados US$ 9,8 milhões, o equivalente a cerca de R$ 55,7 milhões, do Fundo do Marco Global para a Biodiversidade.

    Já o Conecta Caatinga tem como prioridade promover a conservação da biodiversidade e contribuir para a mitigação e a adaptação às mudanças climáticas, além de combater à desertificação por meio da conectividade entre vegetação, pessoas e águas entre áreas protegidas do bioma. O projeto deverá começar no segundo semestre deste ano e deverá durar cinco anos. Para ele, estão previstos os aportes de US$ 6 milhões, aproximadamente R$ 34,1 milhões, do Fundo Global para o Meio Ambiente.

    “Quanto mais desmatamento, quanto mais pressão ─ seja para extração de madeira ou de lenha para geração de energia, seja para as famílias, seja para as indústrias que usam lenha ─ é importante que a gente tenha políticas voltadas para a proteção da Caatinga. Restaurar as áreas degradadas, prevenir e reverter processos de desertificação e fortalecer a agricultura de base ecológica a partir de novas práticas e principalmente de boas práticas que sejam capazes de ser resilientes”.

    Além dos anúncios dos projetos, foi realizada a posse dos membros da Comissão Nacional de Combate à Desertificação, que, pela primeira vez, conta com a participação de representes dos povos indígenas e comunidades tradicionais. O colegiado é um órgão de natureza deliberativa e consultiva que faz parte do MMA.

    COP30

    Diante da proximidade da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que será realizada entre os dias 10 e 21 de novembro, em Belém, a ministra reafirmou o compromisso brasileiro zerar o desmatamento e de reduzir as emissões de gases poluentes em 67% até 2035.

    “Nós vamos sediar a COP30 e, com certeza, queremos liderar pelo exemplo. A COP 30 é a grande oportunidade de a gente ir à raiz dos problemas da mudança do clima”, disse.

    “A humanidade deve buscar as alternativas, mas alternativas que não sejam apenas para mudar nossa maneira de fazer, que sejam também para mudar a nossa maneira de ser, para não manter o mesmo padrão de produção e consumo, para não ter essa visão linear de desenvolvimento e para sermos capazes de criar um novo ciclo de prosperidade que proteja as comunidades locais, que proteja os nossos ecossistemas e os serviços ecossistêmicos que são prestados por eles” reforçou.

  • Grande nome do rock brasileiro, Renato Russo celebraria hoje 65 anos

    Grande nome do rock brasileiro, Renato Russo celebraria hoje 65 anos

    Se estivesse vivo, Renato Russo, músico que, para muitos, é considerado o maior poeta do rock brasileiro, completaria nesta quinta-feira (27) 65 anos.

    Sua morte precoce em 1996, aos 36 anos, encerrou um legado artístico que certamente seria ainda maior, caso ele não tivesse sido mais uma, entre as tantas vítimas da aids naqueles anos.

    Aproveitando a data de hoje, tão importante para os fãs do artista quanto para a cena musical brasileira, a Agência Brasil conversou com algumas pessoas que conviveram com Renato Russo, na expectativa de imaginar como ele estaria e o que estaria fazendo aos 65 anos, caso estivesse vivo.

    “Meu irmão já teria largado a música”

    Uma pista sobre como estaria Renato Russo, caso estivesse presente neste aniversário, é dada pela própria irmã do músico, Carmen Teresa.

    “Na minha opinião, acho que ele já teria largado a música há muito tempo. Acho que ele estaria fazendo outra coisa”, disse à Agência Brasil a irmã de Renato Russo.

    “[Renato] já vinha se sentindo cansado desse sistema mercadológico todo; da pressão dos contratos; dos shows, das turnês e do palco, onde ele sentia um certo desconforto de estar porque tinha medo, apesar de, depois, quando começava o show, ele realmente se sentir bem”.

    Novos Horizontes

    Amigo de longa data de Renato Manfredini Júnior, nome que consta da certidão de nascimento de Renato Russo, Marcelo Beré, integrante do premiado Circo Teatro Udi Grudi, diz acreditar que, do ponto de vista profissional, o poeta roqueiro teria ampliado seus horizontes para outras áreas, caso ainda estivesse vivo. Em especial, para a literatura e o cinema.

    “Renato escrevia compulsiva e compulsoriamente, uma vez que o terapeuta dele o instruiu a escrever pelo menos uma página por dia em seu diário. Ele, no entanto, escrevia bem mais do que isso, e dizia que tinha a intenção de fazer um livro.”

    Em tom de brincadeira, Beré chega a dizer que “certamente o Renato estaria entre os candidatos à Academia Brasileira de Letras ou algo do tipo”, caso tivesse dado continuidade à ideia de se tornar escritor. “Não tenho dúvida de que ele estaria fazendo algo relacionado à escrita”, disse.

    “Nas últimas oportunidades em que conversamos, ele falava também sobre sua vontade de escrever para o cinema, o que é muito curioso, já que algumas de suas músicas acabaram virando filme”, lembrou.

    Festivais de cinema

    Assim como Beré, Eduardo Paraná, o primeiro guitarrista da Legião Urbana, imagina que Renato poderia estar hoje envolvido com literatura e cinema. Eduardo Paraná,  que atualmente adota o nome artístico de Kadu Lambach, acha que, aos 65 anos, o amigo estaria bem recluso em sua casa e em seu universo, lendo e interpretando esse mundo em que a gente vive.

    “Estaria ligado em algumas tecnologias. Ele ia ficar ali bem quietinho, participando escondido das redes sociais. Certamente, interpretando o mundo e traduzindo ele em músicas e em cinema”, diz o parceiro musical de Renato Russo.

    Autor do livro Música Urbana: O Início de uma Legião, com o jornalista André Molina, Kadu Lambach diz que o vínculo de Renato com o cinema era antigo.

    “Ele sempre estava ligado nos festivais de cinema da cidade”, lembra o músico, ao citar festivais como os promovidos em Brasília pela Caixa Econômica Federal, pela Cultura Inglesa, onde Renato chegou a dar aula, e por embaixadas como as da Índia, da Alemanha, da Espanha e da antiga União Soviética.

    Cineasta de mãos cheias

    Segundo Lambach, Renato fazia isso porque se incomodava em ver as pessoas da turma, muitas delas mais novas do que ele, sem ter o que fazer, em uma cidade que, na época, de fato, não tinha muitas alternativas culturais.

    “Realmente acredito que, caso o Renato ainda estivesse vivo, certamente estaria vinculado e focado no cinema. A meu ver, ele teria se tornado um cineasta de mão cheia. Um roteirista maravilhoso Não tenho dúvida sobre isso. Usaria da sétima arte para transformar muitas histórias em filmes maravilhosos.”

    O músico também não duvida de que Renato Russo estaria, de alguma forma, atuando na área jornalística. “Talvez escrevendo artigos, ensaios de teatro e de cinema, e, talvez, na escrita literária. Provavelmente até mais do que na música”, concluiu.

    Antifascista

    Marcelo Beré diz ter certeza de que Renato teria um posicionamento muito claro com relação ao atual cenário político brasileiro. “Ele era um cara extremamente antifascista, até o último fio de cabelo e até a última célula de seu corpo. Era radicalmente contra qualquer tipo de autoritarismo e extremamente libertário, com princípios democráticos muito claros”, disse Beré à Agência Brasil.

    “Com toda certeza, ele estaria do lado das pessoas que querem ver o [ex-presidente] Bolsonaro preso; que querem democracia no país; que querem ver as coisas esclarecidas. E jamais apoiaria anistia para golpistas”, acrescentou.

    A afirmação do artista circense tem por base diversas situações pelas quais passou junto com Renato. Algumas situações envolviam conflitos com os chamados skinheads, grupos de carecas nacionalistas de extrema direita, simpatizantes do fascismo, que, na época, disputavam espaços com os punks da capital federal.

    “Certa vez, quando estava a caminho da minha casa, Renato foi agredido por um grupo de skinheads fascistas na 504 Sul [quadra localizada no Plano Piloto, em Brasília]. O bando partiu para cima dele e de alguns amigos. Renato chegou lá em casa pálido, chorando e muito emocionado, revoltado com a violência desses grupos”, lembrou Beré.

    Extremamente humanista

    Outra pessoa que se considera privilegiada por ter convivido com Renato Russo é Militão Ricardo, professor universitário, jornalista e integrante de bandas brasilienses durante os anos 80.

    “Não imagino que, se ainda estivesse vivo, o Renato fosse se deixar encantar por jargões e histórias de correntes ideológicas e populistas que vemos no atual cenário político do país, tanto da direita quanto da esquerda. Ele tinha uma visão extremamente humanista e não se deixava levar por coisas rasas”, diz o professor de Produção Multimídia do UniSenac, no Rio Grande do Sul.

    Militão conheceu Renato em 1981, durante a Expoarte, evento artístico organizado pelos alunos da Faculdade de Arquitetura da Universidade de Brasília (UnB). “A partir dali, começamos a nos encontrar principalmente em shows e bares. A gente gostava muito de conversar, porque, a exemplo dele, eu também fazia jornalismo e era muito interessado em história do rock”, lembra Militão.

    Foram muitas trocas e empréstimos de livros e discos entre os dois amigos. “Conversávamos muito sobre a indústria fonográfica. Ele já tinha uma visão [aprofundada] do que era a indústria do disco, da importância que TV, rádio, jornais e a imprensa tinham”, recorda o professor universitário.

    “Era muito legal conversar com ele porque era um cara muito culto e inteligente, com muito estudo. Lembro de vê-lo, em uma festa na UnB, conversando em inglês, com um cara, sobre filosofia grega. Saí até de perto, porque eu não conseguia acompanhar, apesar de até falar inglês”, lembra Militão.

    Pensamento crítico

    Tendo por base não só o lado social, mas também o convívio familiar e a personalidade de Renato, Militão diz acreditar que, se estivesse vivo, Renato apresentaria “visões que surpreenderiam muita gente” no contexto atual.

    “Ele tinha um pensamento muito crítico, enxergando defeitos e virtudes não de dois, mas de todos os lados. Não era um cara dicotômico. Para ele, isso não era suficiente para explicar o mundo. Seu lastro intelectual não lhe permitia ficar no superficial das coisas. Por isso, acho que se estivesse vivo hoje, aos 65 anos, com a maturidade que a idade teria trazido,  seria um cara mais sereno, oferecendo visões e colocações muito agudas.”

    Irmã corrobora amigos

    Em termos gerais, as projeções apresentadas pelos amigos de Renato Russo à Agência Brasil – sobre novos desafios que Renato estaria encarando do ponto de vista profissional, caso estivesse vivo – são as mesmas imaginadas pela irmã do artista.

    “Acho que seria a época de ele fazer cinema, que era uma coisa que ele adorava. Renato era um cinéfilo. Um amante do cinema. Entendia muitíssimo dessa arte. E, quando chegasse aos 75 ou 80 anos – talvez até um pouco antes –, ele iria para escrita. Seria um escritor”, confirma Carmem Teresa.

     

  • Prefeitos irão se reunir em Brasília a partir de amanhã

    Prefeitos irão se reunir em Brasília a partir de amanhã

    Começa nesta terça-feira (11) e vai até quinta-feira (13), em Brasília, o Encontro Nacional de Prefeitos e Prefeitas. Reunirá gestores municipais eleitos para o mandato 2025-2028. Promovido pelo governo federal, o evento tem como meta aproximar ministérios e órgãos governamentais dos municípios para facilitar o acesso a informações essenciais, ferramentas e recursos voltados aos novos gestores.

    Na abertura, está prevista a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de ministros. Dentre as mais de 170 atividades simultâneas figuram informações sobre diretrizes e orientações sobre os programas do governo federal e recursos disponíveis; informações técnicas, administrativas e financeiras sobre os municípios; debates sobre o enfrentamento de questões climáticas e eventos extremos; direitos humanos, cidadania e gestão local; políticas de integração e desenvolvimento regional, segurança pública; e transição energética.

    Também serão abordados o relacionamento institucional das prefeituras com ministérios e outros órgãos governamentais, o pacto federativo e a gestão municipal.

    Processo de transição

    “O governo federal entende que esse processo de transição é um momento crucial para a continuidade das políticas públicas e para o fortalecimento das parcerias entre o governo federal e os municípios. Assim, o governo federal se prepara agora para o lançamento da terceira edição do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas, que reunirá mais de 20 mil pessoas em Brasília”, informou o Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

    A iniciativa é coordenada pela Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República (SRI/PR) e correalizada pela Associação Brasileira de Municípios (ABM) e conta com apoio da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e Frente Nacional de Prefeitos (FNP).

    Para participar do Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas é necessário realizar inscrição prévia no site da SRI. As atividades serão distribuídas entre os auditórios e salas do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. A programação completa está disponível aqui.

  • Lucas do Rio Verde avança em tratativas para implantação da UFMT no município

    Lucas do Rio Verde avança em tratativas para implantação da UFMT no município

    O prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, liderou uma comitiva em Brasília nesta segunda-feira (3) para tratar da implantação de um campus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) no município. Com o apoio da ex-deputada federal Rosa Neide, a agenda incluiu reuniões com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, e o ministro da Educação, Camilo Santana. O vice-prefeito Joci Piccini, a secretária municipal de Educação, Elaine Lovatel, e a reitora da UFMT, Marluce Silva, também participaram dos encontros.

    Em vídeo publicado nas redes sociais, Miguel Vaz destacou a importância da pauta. “Estamos aqui no Ministério da Educação para trabalharmos pela implantação do campus da UFMT em Lucas do Rio Verde. Essa é uma demanda essencial para o desenvolvimento do município e de toda a região”, afirmou o prefeito.

    Rosa Neide também se manifestou sobre a reunião, lembrando que o projeto vem sendo discutido há mais de uma década. “Já na época do governo Dilma, Lucas do Rio Verde realizou levantamento socioeconômico, estudo de demanda e a prefeitura definiu um local para a unidade. Esse é um esforço contínuo e os prefeitos que passaram pela gestão municipal sempre buscaram avançar nesse processo”, destacou.

    A comitiva reforçou junto ao Ministério da Educação a importância da universidade para atender estudantes do município e de cidades vizinhas. O prefeito Miguel Vaz tem participado ativamente de reuniões para garantir que o projeto saia do papel. “Já foram mais de 20 reuniões sobre essa pauta. Quando o ministro Camilo Santana esteve em Cuiabá, o prefeito fez questão de entregar pessoalmente o pedido para a instalação da universidade”, acrescentou Rosa Neide.

    A expectativa é que as tratativas avancem e que o projeto de implantação da UFMT em Lucas do Rio Verde se concretize nos próximos anos, ampliando o acesso ao ensino superior e impulsionando o desenvolvimento educacional da região.

  • Manoel Messias ganha etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo

    Manoel Messias ganha etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo

    Assim como no ano passado, a etapa de Brasília da Copa do Mundo de triatlo coroou um atleta do país-sede. Neste sábado (9), o cearense Manoel Messias venceu a disputa na orla do Lago Paranoá. Ele finalizou a prova (de 750 metros de natação, 20 quilômetros de pedalada e cinco quilômetros de corrida) em 53min35s. O australiano Callum McClusky e o espanhol Sérgio Cabrera completaram o pódio masculino.

    O trecho a pé da prova foi o que fez diferença para Messias, único a concluir a corrida em menos de 15 minutos (14min58s). Ao cruzar a linha de chegada, ele não conteve a emoção. Em 2024, o brasileiro não finalizou duas etapas da Copa do Mundo (Hamburgo, na Alemanha, e Cagliari, na Itália) e foi apenas o 45º colocado na Olimpíada de Paris (França).

    “Esse não foi meu melhor ano, mas estou extremamente feliz de terminá-lo com uma vitória em casa. Eu realmente me senti muito bem durante a corrida e fui para cima”, celebrou Messias após o evento.

    Outros dez atletas representaram o Brasil na orla do Lago Paranoá. Vencedor da etapa de Brasília em 2023 e décimo colocado nos Jogos de Paris, o paulista Miguel Hidalgo chegou na quarta posição. O top-10 ainda teve dois brasileiros: o paranaense Kauê Willy (nono) e Antônio Bravo Neto (décimo), que nasceu nos Estados Unidos.

    Na disputa feminina, que reuniu 25 competidoras (cinco brasileiras), a representante da casa mais bem colocada foi a cearense Vittoria Lopes, que chegou em oitavo, com o tempo de 1h00min35s. A vitória foi da mexicana Rosa Tapia, seguida pela francesa Sandra Dodet e pela estadunidense Tamara Gorman.

    A prova em Brasília foi marcada, também, por uma homenagem a Luísa Baptista. A paulista, que foi atropelada por um motociclista em dezembro do ano passado durante um treino e chegou a ficar três meses em coma, trotou por cinco minutos acompanhada dos brasileiros que participaram da etapa. Foi a primeira vez que ela foi liberada para correr desde o acidente. No fim, a triatleta recebeu uma medalha simbólica e deu um emocionante abraço na mãe, Jaqueline.

    “Correr esses cinco minutos é legal demais para mim. É muito importante para a minha recuperação. Sem dúvidas, se não fosse por vocês, eu não estaria aqui hoje. Eu sei que muita gente me dá uma força enorme e eu tinha mais do que motivos para poder voltar”, disse Luísa, medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de Lima (Peru).

  • Começa hoje Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    Começa hoje Semana Nacional de Ciência e Tecnologia

    O debate sobre a biodiversidade do país ocupará o centro das discussões da 21ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, que começa hoje (5) e vai até o dia 10 de novembro, no Museu Nacional, da República, em Brasília (DF). Este ano, o evento tem como tema “Biomas do Brasil: Diversidade, Saberes e Tecnologia Sociais” e será um momento de reflexão sobre a biodiversidade dos biomas brasileiros, a riqueza dos conhecimentos tradicionais das comunidades que neles habitam.

    Também será foco das discussões, o papel das tecnologias sociais na construção de projetos que possam responder aos desafios enfrentados nos biomas brasileiros – Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, além do Sistema Costeiro-Marinho.

    A entrada é gratuita e não será necessário fazer inscrição prévia. Organizada pelo Ministério da Ciência Tecnologia e Inovação (MCTI), a SNCT, oferecerá visitas guiadas gratuitas, integrando suas ações à programação da SNCT, que também contará com atividades nos auditórios e no anexo do Museu Nacional.

    Entre os estandes que poderão ser visitados estão os Institutos Nacionais de Pesquisas da Amazônia (INPA), da Mata Atlântica (INMA), de Pesquisas Espaciais (INPE), Nacional de Tecnologia (INT), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Centros Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF), Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (CEMADEN), de Tecnologia Mineral (CETEM), de Tecnologias Estratégicas do Nordeste-CETENE, entre outros.

    O evento é propício para a participação de escolas públicas e privadas; institutos de ensino tecnológico, entre outros, que poderão participar das oficinas, exposições, debates e demais atividades, que são os biomas, constituídos por uma combinação de fatores climáticos, geográficos e hídricos.

    Essa combinação influencia na sua formação paisagística e também resulta em uma biodiversidade única de flora e fauna dentro de cada bioma, formada por uma vasta gama de espécies, muitas delas endêmicas.

    Os biomas também desempenham papéis cruciais na regulação do clima, na conservação dos recursos hídricos e na sustentação da viabilidade de atividades agrícolas e extrativas, com destaque para discussão sobre como os conhecimentos ancestrais das comunidades tradicionais contribuem para a conservação ambiental e o desenvolvimento sustentável e de como tecnologias sociais, surgidas a partir desses saberes tradicionais contribuem para a solução de problemas sociais, ambientais e econômicos.

    A semana será um momento para entender mais sobre os efeitos das mudanças climáticas nos diversos biomas do Brasil e as ações necessárias para diminuir esses impactos. A programação das atividades pode ser acessada aqui.

    Em outubro, as atividades da SNCT ocorreram em todo o país, entre os dias 14 e 20, com a participação ativa de governos estaduais e municipais, de instituições de ensino e pesquisa, bem como de entidades ligadas à ciência, tecnologia e inovação em todo o Brasil.

  • JUBs 2024 chega ao final e deixa lembranças e ensinamentos

    JUBs 2024 chega ao final e deixa lembranças e ensinamentos

    Brasília recebeu a maior competição universitária da história da América Latina. Foram 12 dias de competição da edição 2024 dos Jogos Brasileiros Universitários (JUBs) na capital federal. Depois de muito esforço, suor e dedicação dos atletas para alcançar o lugar mais alto do pódio, ficam as lembranças e ensinamentos para os próximos compromissos esportivos de cada atleta. Mas também ficam os números.

    A 71ª edição dos JUBs recebeu mais de 7 mil participantes de todos os estados do país e do Distrito Federal. Foram 31 modalidades, 18 hotéis utilizados, 13 locais de competição e um total de 2.661 medalhas entregues em todo o evento. Os JUBs cresceram e tiveram de ser divididos em duas etapas: a primeira semana com modalidades individuais e a segunda, majoritariamente, com disputas coletivas.

    O resultado final foi comemorado pela Confederação Brasileira do Desporto Universitário (CBDU), mas ele exige ainda mais para os próximos eventos. Para o presidente da entidade, Luciano Cabral, quanto maior a exigência, melhor: “Costumamos dizer que nossa obrigação é sempre fazer maior e melhor. O maior tem sido natural, à medida que vamos qualificando os jogos, vai trabalhando muito na base, nos jogos estaduais, os jogos estaduais vão se fortalecendo, as delegações vão aumentando e o quantitativo final acaba sendo maior. Portanto, ser maior acaba sendo natural pela qualidade do processo. Isso causa um problema na fase final, que é o desafio de fazer melhor. Mas gostamos de desafios e planejamos para oferecer condições melhores em todos os aspectos, sem esquecer das condições técnicas. Procuramos melhorar muito a oferta do esporte, mas também pela estrutura, que surpreende cada vez mais”.

    Além da hospedagem, dos locais de competição, das rotas circulares de transporte pela cidade, do refeitório, quem comparecia ao Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), sede administrativa dos JUBs Brasília 2024, também tinha acesso ao Boulevard dos Atletas. Uma área dividida em dois andares com 12 stands interativos de patrocinadores, espaço para socialização e instalações como uma pista de kart elétrico. Aberto das 9h às 21h, o local foi o ponto de encontro de atletas e ficava lotado entre as competições.

    “Criamos uma logística otimizada, permitindo que todos os locais do evento fossem acessados em até 20 minutos para atletas, equipes e público. O Boulevard dos Atletas, principal ponto de concentração, reuniu grande parte das modalidades esportivas, proporcionando um ambiente vibrante, repleto de experiências esportivas, ativações estratégicas de marcas patrocinadoras e momentos de lazer. Entre os destaques, montamos uma pista de hoverkart para oferecer uma experiência diferenciada aos participantes. E, em parceria com o Governo do Distrito Federal, promovemos city tours, incluindo sorteios de passeios de balão. Foi uma edição marcada pela excelência em cada detalhe”, afirmou o gerente de logística e marketing da CBDU, Paulo Souza.

    Os JUBs Brasília 2024 encerraram o ciclo de competições universitárias no país neste ano. Em 2025, os atletas terão pela frente o maior desafio esportivo universitário, os Jogos Mundiais Universitários, que serão disputados na Alemanha entre 16 e 27 de julho.

  • Luiz Henrique marca dois e Brasil derrota seleção peruana em Brasília

    Luiz Henrique marca dois e Brasil derrota seleção peruana em Brasília

    Os três pontos vieram, mas não da forma como a torcida que compareceu ao Estádio Mané Garrincha, em Brasília, esperava. O Brasil derrotou o Peru por 4 a 0 na noite desta terça-feira (15), mas com uma atuação discreta para somar 16 pontos na classificação das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026.

    Com o triunfo na partida transmitida pela Rádio Nacional, a seleção brasileira permanece na 4ª posição da classificação. Já o Peru permanece com seis pontos em dez partidas, ocupando a vice-lanterna da tabela.

    Mesmo contando com o apoio de mais de 60 mil torcedores no Mané Garrincha, a equipe comandada pelo técnico Dorival Júnior fez um primeiro tempo de pouca intensidade. Porém, apesar da atuação morna, o Brasil criou as melhores oportunidades, e conseguiu abrir o placar em cobrança de pênalti de Raphinha aos 23 minutos.

    Após o intervalo, o Brasil conseguiu ampliar logo aos oito minutos, novamente com Raphinha em cobrança de pênalti. A partir daí o Peru adiantou suas linhas e ofereceu espaço para o ataque brasileiro, que passou a ser mais efetivo, em especial após a entrada em campo de Luiz Henrique.

    O jogador do Botafogo começou a brilhar aos 25 minutos, quando avançou pela direita e cruzou na medida para Andreas Pereira deixar o seu com um belíssimo voleio. Mas Luiz Henrique queria mais, e conseguiu aos 28 minutos com um chute colocado para marcar o quarto do Brasil.

    Goleada da Argentina

    Quem brilhou nesta terça foi o craque argentino Lionel Messi, que marcou três gols e deu dois passes para gol na vitória de 6 a 0 da Argentina sobre a Bolívia em partida disputada no Estádio Monumental de Núñez, em Buenos Aires. Com este resultado os hermanos permanecem na liderança das Eliminatórias, mas agora com 22 pontos conquistados.

  • Brasília se ilumina de verde e amarelo 2 dias antes de jogo da seleção

    Brasília se ilumina de verde e amarelo 2 dias antes de jogo da seleção

    Brasília ganhou uma iluminação verde e amarela neste domingo (13), em pontos icônicos da cidade, em referência à seleção brasileira, que volta a jogar na capital após hiato de cinco anos. Na próxima terça-feira (15), o Estádio Mané Garricha será palco do confronto Brasil x Peru, às 21h45 (horário de Brasília), pela 10ª rodada das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026.

    Além do próprio Mané Garricha estampar o verde e amarelo ao anoitecer, a iluminação canarinha também tomou conta do Palácio do Buriti – sede do poder executivo do Distrito Federal -, do Museu Nacional da República e da Torre de TV de Brasília, a segunda mais alta do país com 230 metros.

    A última vez que a seleção brasileira jogou na capital do país foi no amistoso contra o Catar, em junho de 2019, em que o Brasil levou a melhor por 2 a 0.

    Último treino no Estádio Bezerrão

    O técnico Dorival Júnior comandou neste domingo (13) o último treino tático da seleção no Bezerrrão, situado no bairro do Gama, no Distrito Federal. As atividades foram fechadas à presença da imprensa.

    Luiz Henrique, seleção brasileira, atacante, treino Bezerrão - em 13/10/2024
    “Espero que seja o primeiro de muitos gols que vão vir com a camisa da seleção brasileira”, disse o atacante Luiz Henrique (em primeiro plano na imagem), autor do gol da vitória de virada contra o Chile, por 2 a 1, na úlitma quinta (10). – Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados

    Antes do treinamento, o atacante Luiz Henrique, autor do gol da vitória de virada contra os chilenos (2 a 1) na última quinta (10), lembrou momento decisivo em Santiago.

    “A emoção foi muito grande. Foi meu primeiro gol com a camisa da seleção Brasileira. Quando eu fiz o gol ali, não sabia como comemorar. Fiquei bastante contente junto com a minha equipe. Todo mundo veio comemorar”, disse o jogador de 23 anos, em ótima fase no Botafogo. “Espero que seja o primeiro de muitos gols que vão vir com a camisa da seleção brasileira”. concluiu.

    Com a vitória fora de casa contra o Chile, o Brasil subiu da sétima para a quarta posição na tabela de classificação, a 11 rodadas do fim das Eliminatórias.  Apenas os seis primeiros colocados asseguram vaga direta no Mundial de 2026, com sede no Canadá, Estados Unidos e México. O sétimo colocado terá de passar por repescagem para carimbar a vaga.

    Ingresso solidário

    A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) reservou cerca de 12 mil ingressos – cerca de 18% da capacidade do Mané Garricha – para a venda de bilhetes solidários pelo valor de R$ 120. A comercialização deles está limitada a dois ingressos por CPF e doação de dois quilos de alimento não perecível, por pessoa, na entrada do estádio. A entidade visa arrecadar 24 toneladas de mantimentos que serão enviados a instituições de caridade.

  • Brasília atinge recorde histórico de seca nesta sexta-feira

    Brasília atinge recorde histórico de seca nesta sexta-feira

    Nesta sexta-feira (4), Brasília bateu o recorde histórico de seca, com 164 dias sem chuvas, superando em um dia o recorde anterior, que era de 1963.

    O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) acionou o alerta laranja – de perigo – para baixa umidade no Distrito Federal (DF) com previsão de 15% nas horas mais quentes.

    Além do DF, o instituto também registrou o alerta em sete estados: Goiás, Piauí, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

    Um levantamento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) constatou aumento de 269% nos focos de queimada no DF este ano, com 75 mil em setembro.

    O Inmet recomenda que a população beba mais líquidos e evite atividades físicas e exposição ao sol nas horas mais quentes do dia, das 10h às 16h. Também é importante que as pessoas intensifiquem o uso de hidratantes e umidifiquem os ambientes.