Tag: Bola de Ouro

  • Estêvão vai de promessa a realidade em 2024 e abre novo ano em alta

    Estêvão vai de promessa a realidade em 2024 e abre novo ano em alta

    Em dezembro de 2023, Estêvão era um adolescente de 16 anos que tinha acabado de disputar o primeiro jogo no time profissional do Palmeiras. Um ano depois, o garoto, ainda menor de idade, transformou-se no principal jogador do Verdão, virou o quinto atleta mais jovem a estrear na seleção principal (17 anos e 135 dias) e terminou o Campeonato Brasileiro eleito revelação e craque da competição na Bola de Prata, a mais tradicional premiação do futebol nacional – o que lhe rendeu o posto de Bola de Ouro mais precoce da história do evento.

    Estêvão finalizou o Brasileirão com 13 gols e nove assistências. O alviverde foi vice-artilheiro da competição, atrás dos atacantes Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória), com 15 gols cada, além de ter sido o segundo com mais passes para gol, superado apenas pelo meia Rodrigo Garro (Corinthians), com dez.

    Com 21 participações em bolas na rede em 31 jogos, Estêvão superou, por exemplo, o desempenho de Neymar no Brasileirão de 2009 – a primeira dele como profissional do Santos. Na ocasião, o hoje atacante do Al-Hilal, da Arábia Saudita, anotou dez tentos e deu seis passes para gols, em 33 partidas.

    “O Weverton [goleiro do Palmeiras] não gosta quando falo isso [risos], mas digo que estou no meu parque de diversões, onde sempre queria estar. Sou um moleque de 17 anos que somente quer jogar futebol, dar alegria à torcida palmeirense, à minha família”, declarou o jovem, durante a premiação do Bola de Prata.

    O detalhe é que o Estêvão que inferniza os adversários pela direita do ataque do Palmeiras, levando a bola para finalizar ou cruzar com a perna esquerda, não é a melhor versão do jogador. Ou pelo menos é o que ele próprio avalia. Apesar de ter subido das categorias de base como ponta, o garoto costumava atuar como meio-campista.

    “Fui me adequando como ponta no final da base, para fugir do contato e ter mais [disputas] um contra um. Ganhei espaço assim no Palmeiras, que tem vários outros jogadores que são meias, mas minha característica realmente é a de um meio-campista. É onde me sinto mais confortável. Daqui alguns anos, quero voltar para minha posição original”, projetou.

    Estêvão _ palmeiras
    Vice-artilheiro do Brasileirão com 13 gols – atrás apenas Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória), com 15 gols cada – Estêvão ainda prestou nove assistências na competição – Cesar Greco/Palmeiras/Direitos Reservados

    Rumo ao Chelsea

    O retorno à função de meia pode ser vestindo outra camisa. Em junho deste ano, Estêvão foi vendido ao Chelsea, da Inglaterra. Como pode se transferir para a Europa somente depois de completar 18 anos, ele segue no Verdão até, pelo menos, julho de 2025. Ou seja, o jovem deve se despedir do clube após a disputa do Mundial de Clubes, nos Estados Unidos.

    No Chelsea, Estêvão terá o desafio de alcançar uma sequência que outras joias do futebol brasileiro não atingiram no clube. O volante Andrey Santos, ex-Vasco, sequer estreou pelos Blues (como é conhecido o time inglês) desde que foi contratado, no ano passado. Ao invés disso, foi emprestado ao próprio Cruzmaltino, ao também inglês Nottingham Forest (fez duas partidas) e ao francês Strasbourg (26 jogos e oito gols).

    Ainda em 2023, os ingleses contrataram os atacantes Deivid Washington e Ângelo, que estavam no Santos. O primeiro fez somente três partidas no time principal e atuou principalmente na equipe sub-21 do Chelsea (39 jogos, 19 gols e sete assistências). Na temporada 2024/2025, ele não foi a campo. Já o segundo nunca jogou oficialmente nos Blues. Esteve emprestado ao Strasbourg (25 jogos, nenhum gol, três assistências) e, há três meses, foi vendido ao Al-Nassr, da Arábia Saudita.

    “Fico muito feliz com a decisão de ir para o Chelsea. Junto da família e do meu estafe, foi a decisão certa a tomar, pelo planejamento que eles fizeram. Creio que, chegando lá, vou trabalhar para ganhar meu espaço, independentemente de quem esteja ali. Claro, será uma competição saudável, mas estarei ali sempre buscando jogar e ter oportunidades para me consolidar no time”, afirmou o meia-atacante.

    Estêvão - seleção brasileira em set/2024
    Em setfembro, Estêvão teve sua primeira convocação na carreira para vestir a Amarelinha. Este ano ele chegou a atuar por 52 minutos pela seleção – Rafael Ribeiro/CBF/Direitos Reservados

    Sequência na seleção

    O que parece certo é que Estêvão terá sequência na seleção brasileira em 2025. Convocado pela primeira vez para os jogos de setembro, contra Equador e Paraguai, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, e presente, também, na lista dos duelos ante Colômbia e Argentina, ele esteve em campo nos quatro compromissos, sempre saindo do banco. Ao todo, atuou por 52 minutos. E quem revelou o carinho do técnico Dorival Júnior com o meia-atacante foi o treinador pentacampeão mundial pelo Brasil, Luiz Felipe Scolari.

    “Tenho conversado com o Dorival algumas vezes, com o Rodrigo Caetano [diretor de seleções da Confederação Brasileira de Futebol], sobre situações, amenidades. E uma das coisas que falam é que esse menino [Estêvão] chama atenção do Dorival, de quem trabalha na seleção, pela forma como se comporta, como jogador e pessoa”, disse Felipão, que também participou da cerimônia da Bola de Prata. “Conversando há pouco com o Estêvão, gostaríamos somente que ele faça, ou continue fazendo, aquilo que já faz pelo Palmeiras quando for para o Chelsea. Ousadia, drible, velocidade, vontade de jogar. Que ele continue assim”, finalizou o pentacampeão.

  • Quem conquistou o Bola de Ouro no Campeonato Brasileiro

    Quem conquistou o Bola de Ouro no Campeonato Brasileiro

    O atacante Estêvão, do Palmeiras, e a meio-campista Vic Albuquerque, do Corinthians, foram os grandes vencedores da Bola de Ouro, principal categoria do prêmio Bola de Prata da ESPN, que celebra os melhores jogadores do futebol nacional masculino e feminino. A premiação destacou não apenas a qualidade técnica, mas também o impacto histórico dos atletas em suas respectivas categorias.

    Estêvão Faz História no Palmeiras

    Com apenas 17 anos, Estêvão tornou-se o jogador mais jovem a conquistar a Bola de Ouro. Em sua primeira temporada completa, ele participou de 31 jogos pelo Palmeiras, marcando 13 gols e contribuindo com nove assistências. Além do prêmio principal, Estêvão também foi eleito a revelação do Brasileirão. O jovem talento já está de malas prontas para o Chelsea, na Inglaterra, onde continuará sua carreira em 2025.

    Vic Albuquerque Brilha no Corinthians

    Apelidada de “Mágica da Fiel”, Vic Albuquerque foi destaque absoluto no Brasileirão Feminino Série A1, com 13 gols e três assistências em 20 partidas. Decisiva, marcou os dois gols da final contra o São Paulo, que garantiram o pentacampeonato consecutivo das Brabas do Timão. Esta foi a terceira Bola de Ouro de Vic na carreira, reafirmando seu lugar como uma das maiores jogadoras do país.

    Times Ideais e Outros Destaques

    Time Feminino do Ano

    O Corinthians dominou a seleção feminina, emplacando seis jogadoras e o técnico Lucas Piccinato. Além disso, Leticia Monteiro, do Internacional, foi eleita Revelação, enquanto Amanda Gutierrez, do Palmeiras, terminou como artilheira.

    Time Masculino do Ano

    Entre os homens, o Botafogo, campeão brasileiro, teve destaque com cinco jogadores no time ideal. Estêvão, do Palmeiras, também recebeu o prêmio de Gol Mais Bonito, enquanto Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória) dividiram o posto de artilheiros.

    Premiações Femininas

    • Revelação: Leticia Monteiro (Internacional)
    • Artilheira: Amanda Gutierrez (Palmeiras)
    • Gol Mais Bonito: Bia Menezes (São Paulo)
    • Bola de Ouro: Vic Albuquerque (Corinthians)

    Premiações Masculinas

    • Revelação: Estêvão (Palmeiras)
    • Artilheiros: Yuri Alberto (Corinthians) e Alerrandro (Vitória)
    • Gol Mais Bonito: Alerrandro (Vitória)
    • Bola de Ouro: Estêvão (Palmeiras)
  • Rodri provoca Vinícius Jr após conquista da Bola de Ouro e gera indignação no futebol

    Rodri provoca Vinícius Jr após conquista da Bola de Ouro e gera indignação no futebol

    A comemoração do meio-campista Rodri, do Manchester City, após ganhar a Bola de Ouro, deixou muitos torcedores indignados. O jogador foi filmado em um restaurante, celebrando sua vitória de maneira exuberante, mas o que deveria ser um momento de alegria se transformou em polêmica. Enquanto cantava, Rodri e seu companheiro de equipe, Ruben Dias, foram flagrados zombando de Vinícius Jr, com gritos de “Vinícius, ciao, ciao, ciao”, em um desrespeito claro ao atacante do Real Madrid.

    Vinícius, que ficou em segundo lugar na votação da Bola de Ouro, optou por boicotar a cerimônia em razão do racismo que enfrentou ao longo da temporada. Sua decisão de se afastar da celebração deixou claro que sua luta contra a discriminação no futebol é mais importante que qualquer prêmio. A atitude de Rodri foi amplamente criticada nas redes sociais, levando o Manchester City a excluir rapidamente o vídeo de suas contas oficiais.

    O que deveria ser uma celebração saudável se tornou um episódio lamentável que expõe a falta de respeito em um esporte que ainda luta contra preconceitos. A indignação de torcedores e colegas de profissão se faz ouvir: o futebol deve ser um espaço de respeito e união, e ações como a de Rodri não podem ser toleradas.

  • Polêmica envolvendo Vini Jr: O que realmente custa ganhar a Bola de Ouro?

    Polêmica envolvendo Vini Jr: O que realmente custa ganhar a Bola de Ouro?

    O atacante brasileiro Vinícius Jr, estrela do Real Madrid, fez declarações impactantes após ficar em segundo lugar na votação da Bola de Ouro, perdida para Rodri, do Manchester City. Em um pronunciamento emocional nas redes sociais, Vini Jr expressou sua determinação em continuar a luta contra o racismo, mesmo que isso tenha custado a ele o tão desejado prêmio.

    “Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”, escreveu o jogador no X, em meio a um boicote à cerimônia em Paris por parte do Real Madrid, que decidiu não comparecer ao evento após a confirmação de que Vinícius não ganharia a honraria. Fontes próximas ao atleta afirmaram à Reuters que ele acredita que seu ativismo pode ter influenciado sua posição na votação.

    A luta de Vinícius contra o racismo é notável. O jovem de 24 anos foi alvo de insultos raciais em várias ocasiões na Espanha, resultando em condenações históricas por discriminação. A equipe de gestão de Vini Jr enfatizou que “o mundo do futebol não está preparado para aceitar um jogador que luta contra o sistema”, refletindo uma realidade preocupante no esporte.

    Apesar da decepção pessoal, Vinícius não permitiu que a situação ofuscasse suas conquistas. O Real Madrid, sob a liderança de Carlo Ancelotti, foi agraciado com o prêmio de clube masculino do ano, e o treinador também foi reconhecido como o melhor do ano, em um ano quase perfeito que culminou em vitórias na Liga dos Campeões e na LaLiga.

    O debate sobre a equidade racial no futebol está se intensificando, e a postura de Vinícius Jr não apenas desafia a norma, mas também inspira uma nova geração de atletas a se manifestarem contra injustiças. Enquanto a France Football, responsável pela premiação, não se pronunciou, a mensagem de Vinícius é clara: a luta contra o racismo é tão importante quanto qualquer troféu.

    À medida que o futebol evolui, a determinação de jogadores como Vinícius Jr será crucial para moldar um futuro mais inclusivo e justo. A história ainda está sendo escrita, e a verdadeira vitória pode estar além dos prêmios individuais, mas sim na mudança social que eles podem provocar.

    QUANTOS BRASILEIROS GANHARAM A BOLA DE OURO?

    Para um país tão imerso na história do futebol, o Brasil tem um número surpreendentemente pequeno de vitórias na Bola de Ouro. O país tem cinco, o mesmo número de vitórias na Copa do Mundo em seu nome, embora eles só fossem elegíveis a partir de 1995 – e apenas em 2007 se exercem seu comércio fora da Europa. Isso significa que Pelé, em seu auge, nunca esteve em disputa.Isso coloca a nação em pé de igualdade com a Inglaterra (que venceu a edição inaugural através de Stanley Matthews de Blackpool) e a Itália com cinco vitórias cada (embora algumas dos mesmos jogadores). Alemanha, Portugal, Holanda e França têm sete no total, enquanto a Argentina tem um recorde de oito – embora todos os oito tenham sido vencidos pelo mesmo homem.A partir do momento em que as regras mudaram, o Brasil teve uma enxurrada de vitórias: Ronaldo venceu em 1997 e 2002, o triunfo de Rivaldo em 1999. Ronaldinho se tornou o terceiro detentor diferente do país do prestigioso troféu em 2005, enquanto o vencedor mais recente do Brasil foi Kaka em 2007.

  • Web se Revolta com a Premiação da Bola de Ouro: Vini Jr. Fica em Segundo Lugar

    Web se Revolta com a Premiação da Bola de Ouro: Vini Jr. Fica em Segundo Lugar

    A recente entrega da Bola de Ouro gerou uma onda de protestos nas redes sociais, especialmente entre os fãs do futebol, que ficaram surpresos com a decisão de premiar Rodri, do Manchester City, como o melhor jogador do mundo. Vini Jr., do Real Madrid, era amplamente considerado um dos favoritos, especialmente após uma temporada impressionante, que incluía vitórias em competições importantes e atuações memoráveis.

    A Decisão Controversial

    Rodri, embora tenha desempenhado um papel crucial no sucesso do Manchester City na última temporada, incluindo a conquista da Liga dos Campeões, não era o nome que muitos esperavam ver no topo do pódio. Vini Jr., que ficou em segundo lugar, foi destacado por sua habilidade, velocidade e impacto no jogo, especialmente no Real Madrid, onde se tornou uma peça chave na equipe.

    O Top 10 da Bola de Ouro

    O ranking final da Bola de Ouro trouxe algumas surpresas e nomes esperados. Veja como ficou:

    1. Rodri (Manchester City)
    2. Vini Jr. (Real Madrid)
    3. Bellingham (Real Madrid)
    4. Carvajal (Real Madrid)
    5. Haaland (Manchester City)
    6. Mbappé (Paris Saint-Germain)
    7. Lautaro Martínez (Inter de Milão)
    8. Lamine Yamal (Barcelona)
    9. Toni Kroos (Real Madrid)
    10. Harry Kane (Bayern de Munique)

    Reações nas Redes Sociais

    Após o anúncio, a internet foi inundada com reações. Fãs e especialistas começaram a debater a decisão, questionando os critérios utilizados para a escolha do vencedor. Muitos argumentaram que Vini Jr. teve um desempenho mais notável em termos de contribuição direta para sua equipe, especialmente em jogos decisivos.

    Hashtags como #JustiçaParaVini e #BolaDeOuroInjusta começaram a circular nas plataformas, refletindo a insatisfação de uma parte significativa da comunidade esportiva. Os torcedores também expressaram sua opinião sobre o impacto da mídia e das narrativas que podem influenciar essas premiações.

    O Futuro de Vini Jr.

    Apesar da decepção, o futuro parece promissor para Vini Jr. A sua ascensão no futebol mundial é inegável, e muitos acreditam que essa experiência o motivará ainda mais a continuar se destacando em campo. Com a próxima temporada pela frente, as expectativas em torno de seu desempenho são altas, e os fãs estão ansiosos para ver o que ele trará nos próximos desafios.

    A controvérsia em torno da Bola de Ouro serve como um lembrete do quão apaixonado e envolvente o futebol pode ser, e como as opiniões dos torcedores são fundamentais na cultura do esporte.

    Vini se tornou um dos principais combatentes do racismo no futebol. Recentemente, quatro torcedores do Atlético de Madrid foram detidos acusado de racismo contra o craque do Real Madrid.

    O jogador, que era o favorito para ganhar o prêmio, e o Real Madrid cancelaram sua ida à premiação por se sentirem desrespeitados.

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    Uma publicação compartilhada por Toni Kroos (@toni.kr8s)

    Vini Jr, do Real Madrid, se pronunciou pela primeira vez após perder a Bola de Ouro 2024 para Rodri, do Manchester City, nesta segunda-feira (28).

    Na sua conta do “X”, o brasileiro declarou: “Eu farei 10x se for preciso. Eles não estão preparados”.

  • Messi conquista Bola de Ouro pela oitava vez

    Messi conquista Bola de Ouro pela oitava vez

    Lionel Messi, o maior jogador de futebol do mundo, conquistou a Bola de Ouro pela oitava vez, nesta segunda-feira (30). O craque argentino, que ajudou a seleção argentina a conquistar a Copa do Mundo do Catar no ano passado, recebeu o prêmio da revista France Football em cerimônia realizada em Paris.

    Messi agradeceu aos companheiros de seleção e aos votantes pela premiação. “Obrigado a todos, especialmente aos meus companheiros da seleção. Obrigado a todos que votaram em mim. Esta Bola de Ouro é um grande presente para toda a Argentina”, disse o atacante do Inter Miami (Estados Unidos).

    A espanhola Aitana Bonmatí, do Barcelona, foi a vencedora da Bola de Ouro Feminina. A atleta, que também conquistou a Copa do Mundo feminina com a Espanha este ano, recebeu o prêmio em cerimônia realizada na mesma noite.

    Lionel Messi é um jogador de futebol profissional argentino que joga como atacante pelo Inter Miami da Major League Soccer (MLS) e pela seleção argentina. Ele é considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos e é amplamente considerado o melhor jogador da história do jogo.

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  • Tem muita coisa errada no futebol brasileiro

    Tem muita coisa errada no futebol brasileiro

    Flamengo e Corinthians entram em campo nesta quarta-feira (19) para decidir a Copa do Brasil. Será o jogo mais importante da história de confrontos das duas equipes que reúnem as maiores torcidas do país, e logo no Maracanã, palco mais tradicional do futebol brasileiro. Uma oportunidade para mostrar a grandeza do nosso futebol. Mas, infelizmente, não é bem assim que vivemos esses dias que antecedem esta final.

    O fim de semana foi de causar vergonha. Um jogo adiado por questões jurídicas e dois encerrados antes do apito final, que nem houve, por invasão de campo e briga de torcedores. Que cenário, pior ainda se considerarmos que o adiamento de Goiás x Corinthians também foi por uma questão envolvendo as torcidas – deveria ser única ou com o estádio recebendo as duas, com histórico de violência entre elas?

    E desde então não se fala em outra coisa. Que punições Ceará e Sport, mandantes dos tais jogos interrompidos, devem receber? E os jogadores do Vasco, que, em tese, provocaram a reação dos torcedores pernambucanos? Quem dera pudéssemos falar que Ceará e Cuiabá seguem brigando contra o rebaixamento; que Sport e Vasco lutam para subir para a Série A. Mas não, o assunto é outro.

    E é outro porque o problema maior não está no que aconteceu no fim de semana, mas sim na legislação branda que não pune, nem clubes, nem dirigentes, nem torcedores na medida devida. E não será dessa vez, de novo. De que adianta fechar os portões, transferir os jogos, suspender por sei lá quantos jogos, imputar uma multa de milhares de reais? Satisfaz no momento, mas logo tudo voltará a acontecer.

    Nem vale a pena pesquisar para dizer quantas vezes já vimos esse filme. Cada torcedor, de cada estado, já vivenciou isso em competições nacionais e regionais. E os vândalos que invadem e brigam, até com hora marcada – e até em dias em que não há futebol -, seguem soltos, vão ao estádio sem que haja controle para barrar a entrada deles. Os dirigentes continuam à frente dos clubes; os jogadores vão mais e mais provocar de forma acintosa; os clubes não vão cuidar de seus estádios e dar a devida segurança; e as autoridades vão cumprir a lei, que pouco adianta, haja vista o que mais uma vez estamos vivendo no nosso futebol.

    A final esperada

    Mudando de assunto, volto à decisão da Copa do Brasil. Expectativa boa dos dois lados, afinal tanto Flamengo quanto Corinthians têm bons elencos, embora, reconhecidamente, o do Rubro-Negro carioca seja melhor. O que não significa absolutamente nada em um jogo desse porte. Nem mesmo o retrospecto recente é capaz de dar ao Flamengo grande favoritismo, assim como jogar no Maracanã, diante da torcida, garante a vitória – não são poucos os tropeços do Mais Querido no estádio, para decepção dos torcedores.

    Final em aberto, e não me venham dizer que o Flamengo não poderia pegar adversário melhor. Se Palmeiras e Atlético-MG ficaram pelo caminho, a “culpa” não é dos finalistas, mas sim dos que não tiveram competência pra chegar na decisão.

    Acesso à Série B

    Nesse mesmo espaço, no dia 19 de julho, escrevi sobre a Série B. Dei até meu palpite, antes da última rodada do turno, baseado no desempenho das equipes até aquele momento. Meu palpite? Cruzeiro, Vasco e Grêmio, nessa ordem, sobem para a Série A. O Bahia, pela tendência de queda nos últimos jogos, ficaria em quarto, mas a chegada do técnico Enderson Moreira pode mudar, e muito, essa caminhada. Eu fecharia o G4 assim, com chances reduzidas, para Sampaio Corrêa, Sport e os demais.

    A matemática é uma ciência exata, bem diferente do futebol, mas ajuda muito. Vejam que Enderson até já foi demitido do Bahia, mas o Tricolor segue no alto da tabela. Os demais lutam para chegar lá e, desde o fim do turno, já estiveram próximos do G4, além dos citados, o Ituano, o Tombense e o Londrina. Mas a irregularidade é marca registrada dessa edição da Série B. Prometia ser a mais difícil, mas está sendo a mais fácil dos últimos anos, apesar da tensão que vai cercar os três últimos jogos.

    Apenas oitavo lugar

    Por fim, Vini Júnior em oitavo lugar, entre os melhores do mundo. Nem é visto como titular na Copa. Neymar sequer foi relacionado entre os 30, na lista final. É muito esquisito não termos um representante com chances reais de vencer a premiação. Até que ponto essa falta de representatividade vai repercutir na seleção? A resposta virá a partir de 20 de novembro, lá no Catar.

    * Sergio du Bocage é apresentador do programa No Mundo da Bola, da TV Brasil

  • Seleção da Bola de Ouro tem Pelé, Ronaldo e Cafu

    Seleção da Bola de Ouro tem Pelé, Ronaldo e Cafu

    Após cancelar a edição 2020 do prêmio Bola de Ouro, dado aos destaques da temporada do futebol, devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19), a revista France Football elegeu os onze melhores jogadores de todos os tempos por posição. O time dos sonhos da Bola de Ouro – nome dado à premiação especial – foi divulgado nesta segunda-feira (14) com três brasileiros: Pelé, Ronaldo e Cafu. O Brasil é o país com mais representantes, a frente de Argentina, Alemanha (ambos dois), Portugal, Rússia, Espanha e Itália.

    A eleição computou votos de 140 especialistas selecionados pela publicação. Para cada uma das vagas, foram indicados dez nomes, escalados na formação 3-4-3. O russo Lev Yashin foi o escolhido para o gol. Na trinca defensiva, o alemão Franz Beckenbauer e o italiano Paolo Maldini fazem companhia a Cafu, descrito pela revista como sendo “modelo na posição de lateral-direito, que era capaz de defender solidamente, mas também de seguir em frente e se tornar um verdadeiro atacante”.

    Pelé foi inserido no meio-campo, com o alemão Lotthar Matthäus, o espanhol Xavi e o ídolo argentino Diego Maradona. A publicação dá um destaque especial à dupla entre os eternos camisas 10 de Brasil e Argentina. “Imagine esses dois [Pelé e Maradona], no auge, alinhados em um campo“, escreve a revista.

    Já o trio de ataque tem o argentino Lionel Messi à direita, o português Cristiano Ronaldo à esquerda e Ronaldo Fenômeno centralizado. “Se imaginarmos que Pelé, Maradona, Cristiano Ronaldo, Messi e até outros consigam marcar [gols], na finalização, para apurar os gols, é Ronaldo Luiz Nazário de Lima o escolhido pelos jurados”, descreve a publicação, destacando que o posto de centroavante teve votação mais disputada.

    A France Football também montou outras duas seleções de lendas, conforme a votação recebida. A equipe B teve quatro brasileiros: Carlos Alberto Torres e Roberto Carlos formaram a defesa com o italiano Franco Baresi, enquanto Ronaldinho Gaúcho e Garrincha foram escalados no trio ofensivo ao lado do holandês Johan Cruyff. Os italianos Gianluigi Buffon (goleiro) e Andrea Pirlo (meio-campo), o argentino Alfredo Di Stefano e o francês Zinedine Zidane (ambos meio-campo) completam o time.

    A seleção C tem o bicampeão mundial Didi formando o quarteto de meio-campo com o espanhol Andrés Iniesta, o holandês Johan Neeskens e o francês Michel Platini. O terceiro time do prêmio tem o alemão Manuel Neuer no gol, os também alemães Philipp Lahm e Paul Breitner e o espanhol Sergio Ramos na defesa, e um ataque com o holandês Marco Van Basten, o francês Thierry Henry e o norte-irlandês George Best.