Tag: BNDES

  • Setor público poderá ter vantagens em financiamentos do BNDES

    Setor público poderá ter vantagens em financiamentos do BNDES

    Estados, municípios e o Distrito Federal (DF) poderão obter vantagens contratuais nos financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A possibilidade aberta ao setor público foi aprovada hoje (27) pelo banco e visa a melhorar a qualidade da educação pública em curto prazo.

    Para ter direito à redução de até 0,4% na taxa de remuneração básica do banco ou à ampliação do prazo de carência em até 12 meses, os clientes deverão comprovar avanços nos índices educacionais em até 34 meses. Segundo o BNDES, a nova política foi possível com a criação do regulamento Linked Loan Educação para Operações de Crédito com o Setor Público, aprovada pela instituição.

    Os incentivos estarão disponíveis para novas contratações com entes públicos, independentemente da natureza do projeto a ser financiado, ou seja, não é necessário ser um contrato de financiamento voltado para a educação. Mesmo que o crédito seja destinado a outras áreas, como saneamento, mobilidade urbana ou gestão pública, por exemplo, o benefício poderá ser obtido desde que o cliente atinja as metas estabelecidas contratualmente para os indicadores educacionais.

    Desempenho

    O desempenho dos estados será medido pela evolução da taxa de aprovação e pela redução do abandono escolar na 1ª série do ensino médio. A performance dos municípios será apurada pelo aumento de matrículas em creches e pela proporção de matrículas em turno integral na pré-escola, utilizando como base o Censo Escolar. O Distrito Federal, por sua vez, poderá utilizar todos esses indicadores, uma vez que possui competências de estados e de municípios em relação às políticas educacionais, esclareceu o BNDES.

    Para a obtenção das vantagens contratuais, o banco exigirá que as metas sejam cumpridas em até 34 meses para induzir ações de curto prazo. Não será permitido que o ente público altere a política de aprovação, nem aprovação automática. As medições serão feitas com base no período pré pandemia da covid-19.

    O BNDES explicou que, durante a fase de análise da operação, o cliente poderá optar entre o benefício contratual de redução da remuneração básica ou aumento do prazo de carência do financiamento. Caso cumpra uma das duas metas estabelecidas, terá o benefício de redução de 0,2% da remuneração básica ou extensão da carência de pagamento em seis meses. Cumprindo as duas metas, a redução será de 0,4% ou o aumento da carência será de 12 meses.

    De acordo com a diretoria do BNDES, a iniciativa está em linha com a prioridade dada pela instituição à educação básica, a fim de contribuir para a melhoria da qualidade de ensino com redução das desigualdades educacionais no país e, ao mesmo tempo, elevar a eficiência e a efetividade da gestão nas redes públicas.

  • Caixa e BNDES anunciam parceria para projetos de concessões e PPP

    Caixa e BNDES anunciam parceria para projetos de concessões e PPP

    A Caixa Econômica Federal, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Secretaria Especial do Programa de Parcerias de Investimentos (Seppi) do Ministério da Economia anunciaram hoje (20) um acordo para desenvolverem projetos de concessões e de parcerias público-privadas (PPP) em todo o país. A parceria pretende multiplicar investimentos em infraestrutura nos próximos anos, principalmente em projetos de iluminação pública e saneamento.

    Na primeira fase, o acordo prevê capacitações sobre PPPs para os servidores municipais e estaduais, de forma acessível e gratuita pela Escola Virtual de Governo da Escola Nacional de Administração Pública (Enap). O primeiro módulo, desenvolvido pela Caixa, estará disponível a partir da próxima semana.

    A parceria também prevê chamamentos públicos para fortalecer projetos de concessões e PPPs e impulsionar investimentos do setor privado nos setores de iluminação pública e saneamento. Os municípios poderão apresentar as propostas, individualmente ou por meio de consórcios públicos, conforme as diretrizes do chamamento.

    Além de estruturarem os projetos, a Caixa e o BNDES ajudarão a escolher os empreendimentos com maior potencial de mercado e os governos locais na tomada de decisão pelo modelo mais adequado de prestação dos serviços públicos.

    Chamamentos

    Até 30 de setembro, está prevista a publicação do primeiro edital para a seleção de projetos de iluminação pública. As propostas devem beneficiar municípios com, no mínimo, 80 mil habitantes e consórcios públicos intermunicipais (entre dois e 30 municípios) com mais de 100 mil habitantes

    Nos projetos de gestão de resíduos sólidos urbanos, serão estabelecidas as diretrizes para o apoio aos entes subnacionais na estruturação de projetos de concessão e PPPs que atendam a grupos de municípios organizados em arranjos regionais reconhecidos pelo Marco Legal do Saneamento. O foco está nas atividades de manejo de resíduos domiciliares, como coleta, transbordo, transporte, triagem para reutilização ou reciclagem, tratamento e disposição final ambientalmente adequadas.

    Edição: Fábio Massalli

  • Governo e BNDES assinam acordo para financiar projetos de transporte

    Governo e BNDES assinam acordo para financiar projetos de transporte

    O Ministério do Desenvolvimento Regional e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinaram hoje (19) um protocolo de intenções que pretende coletar informações visando à implantação de “projetos de transporte público coletivo de média e grande capacidade nas regiões metropolitanas brasileiras com mais de 1 milhão de habitantes”.

    A parceria – que integra uma série de ações previstas na Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana – durará 12 meses, contados a partir da publicação do protocolo de intenções na página oficial do ministério, mas poderá ser renovada mediante a assinatura celebração de aditivo.

    “Na primeira fase da parceria entre MDR e BNDES, poderão ser elaborados estudos em 21 regiões metropolitanas do país que contam com mais de 1 milhão de moradores. Serão articuladas reuniões entre representantes das duas instituições e a implementação de ações de prospecção de informações junto aos entes subnacionais para averiguar a demanda dessas localidades por sistemas de metrô, trem urbano, veículo leve sobre trilhos (VLT) e Bus Rapid Transit (BRT)”, informou o ministério.

    Carteira de projetos

    Tendo em mãos esses levantamentos conjuntos, será organizada uma “carteira de projetos” que apontará “as necessidades de investimentos para a implementação das ações, nos diferentes níveis de governo e, também, de origens privada e internacional”.

    Durante a cerimônia de assinatura do protocolo, o ministro do Desenvolvimento Regional, Daniel Ferreira, disse que “o BNDES é o maior estruturador de programas do mundo”, e que “graças a ele conseguimos tirar muita coisa do papel”.

    Segundo a secretária Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbana, Sandra Holanda, “somente somando energia com o setor privado e instituições de alta potência como o BNDES conseguiremos entregar serviços de qualidade e potencializar nossos resultados na área de mobilidade urbana”.

    De acordo com o MDR, as regiões metropolitanas com mais de 1 milhão de habitantes apresentam maior demanda de passageiros e grandes desafios quanto à governança e ao planejamento de grandes projetos de caráter metropolitano.

    Articulação

    A expectativa é de que, com a parceria entre ministério e banco, seja possível “prospectar e fomentar” projetos de transporte público coletivo de média e alta capacidade; contribuir para a formação de uma carteira de concessões e parcerias público-privadas (PPPs) que promovam melhorias e investimentos nos serviços públicos, além de gerar insumos para a elaboração da Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana.

    “O MDR, por meio da Secretaria Nacional de Mobilidade e Desenvolvimento Regional e Urbano (SMDRU), e o BNDES deverão atuar em conjunto para alinhas e articular com estados, municípios e o Distrito Federal, além de outros possíveis parceiros, para obter informações e subsídios técnicos. Além disso, o MDR deverá disponibilizar ao BNDES dados, análises, projetos, relatórios ou outros documentos técnicos que possam subsidiar a realização de estudos e avaliações referentes aos sistemas de transporte público coletivo das maiores regiões metropolitanas do país”, informou, em nota, o ministério.

    Edição: Lílian Beraldo

  • Serviço Florestal abre consulta para concessão de floresta no Amazonas

    Serviço Florestal abre consulta para concessão de floresta no Amazonas

    Com estruturação da Fábrica de Projetos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), o Serviço Florestal Brasileiro (SFB) iniciou hoje (18) consulta pública sobre o edital de concessão da Floresta Nacional (Flona) de Balata-Tufari, nos municípios de Canutama e Tapuá, ambos no Amazonas.

    Com seis unidades de manejo florestal, somando área de 564 mil hectares, a concessão da Flona de Balata-Tufari será a quarta iniciativa no Amazonas em 2022. Em junho deste ano, foram lançados os editais referentes à Flona do Jatuarana, à Flona de Pau Rosa e à Gleba Castanho.

    Aberta a todos os cidadãos, a consulta pública quanto à proposta de edital das concessões florestais estará disponível entre os dias 18 de agosto a 30 de setembro de 2022. Segundo informou o BNDES, pela assessoria de imprensa, até o dia 30 de setembro, qualquer pessoa interessada poderá consultar documentos, encaminhar dúvidas e dar sugestões sobre o projeto pelo e-mail balata@agro.gov.br.

    O edital prevê a realização de audiências públicas para debater o projeto nos dias 29 e 30 deste mês, nos municípios de Canutama e Labreia, respectivamente, no Amazonas. As audiências serão iniciadas às 14h, com encerramento às 17h30.

    A iniciativa de concessão florestal é parte do Programa de Parceria de Investimentos (PPI) do Ministério da Economia e objetiva o uso sustentável da floresta, estimulando a geração de emprego e a melhoria da qualidade de vida das populações que vivem no entorno dessas áreas.

    “O manejo florestal adota práticas sustentáveis de exploração de impacto reduzido, com o controle para a regeneração natural das florestas”, destacou o BNDES. Os contratos de concessão para manejo florestal têm a duração de até 40 anos e valorizam a preservação florestal como atividade econômica e desenvolvimento social.

    A proposta de edital de concessão da Flona de Balata-Tufari pode ser conferida neste endereço https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/servico-florestal-brasileiro/concessao-florestal/editais-em-consulta-publica/floresta-nacional-de-balata-tufari.

    Edição: Aline Leal

  • Pronaf disponibilizará R$ 60 bi para financiar Plano Safra 2022-23

    Pronaf disponibilizará R$ 60 bi para financiar Plano Safra 2022-23

    O aumento de demanda por financiamentos de custeio levou o governo a aumentar em R$ 6,54 bilhões os recursos a serem disponibilizados via Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf). Dessa forma, o total reservado para este tipo de financiamento ampliou-se em 12%, passando de R$ 53,6 bilhões para R$ 60,1 bilhões.

    Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a maior parte desse reforço (R$ 4,74 bilhões) virá de “recursos novos, a partir da alocação de mais R$ 126,8 milhões de recursos orçamentários em 2022 para o Plano Safra 2022/23”.

    A outra parte (R$ 1,8 bilhão) terá, como origem, remanejamentos no âmbito dos bancos públicos federais (Caixa, BNDES e do Banco do Brasil).

    “Esses recursos serão destinados aos bancos que operam Pronaf Custeio e que já sinalizaram insuficiência de recursos para atender a demanda dos agricultores. Assim, R$ 6,07 bilhões serão encaminhados ao Banco do Brasil, e R$ 474 milhões ao BNDES”, informou o ministério.

    O BNDES receberá, também, recursos do Programa Agricultura de Baixo Carbono (R$ 287,5 milhões) e do Programa de Construção e Ampliação de Armazéns (R$ 438,5 milhões).

    A expectativa do governo é que não haja interrupção na concessão de financiamentos neste momento em que a safra começa a ser plantada para o atendimento a pequenos agricultores.

    O Mapa destaca que o Plano Safra 2022/2023, lançado em julho, prevê R$ 340,9 bilhões em financiamentos para a produção agropecuária nacional até junho de 2023.

    “Dos R$ 340,9 bilhões, já foram contratados R$ 30 bilhões, o que corresponde a 8,8% do total. Mais de 90% dos recursos estão disponíveis para contratação por meio das diferentes instituições que operam no crédito rural, nas modalidades de custeio, comercialização e investimento”, detalhou o ministério.

  • Acordo entre BNDES e Sebrae cria fundo para pequenos negócios

    Acordo entre BNDES e Sebrae cria fundo para pequenos negócios

    O Banco Nacional Econômico e Social (BNDES) e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmam hoje (12) um acordo de cooperação técnica para a criação de um fundo garantidor voltado exclusivamente para operações de crédito envolvendo microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. Espera-se que diversas instituições financeiras atuem como parceiras da iniciativa. A expectativa é que os financiamentos alavanquem inicialmente cerca de R$ 4,5 bilhões, podendo chegar a até R$ 15 bilhões.

    Os fundos garantidores são criados para reduzir o risco das operações de crédito das instituições financeiras. Nomeado de BNDES FGI Sebrae, o novo fundo deve estar disponível em todo o país a partir dezembro de 2022. Conforme o acordo, BNDES e Sebrae irão aportar, a princípio, R$ 150 milhões cada um. Esse valor pode ser ampliado para R$ 500 milhões.

    O acordo prevê ainda outros serviços. Microempreendedores individuais e empresários de micro e pequenas empresas poderão receber orientação do Sebrae, por meio do programa Crédito Assistido. A iniciativa envolve acesso a diagnósticos, ferramentas digitais, conteúdos, capacitações e consultorias com o objetivo de reduzir os riscos de inadimplência e ampliar a sustentabilidade financeira dos negócios.

    Já o BNDES disponibilizará sua plataforma de gestão para operacionalização do novo fundo. Trata-se de um sistema totalmente digital utilizado por dezenas de instituições financeiras parcerias, pelo qual já se viabilizou mais de R$ 100 bilhões em operações de crédito.

  • BNDES apoia formação continuada de professores da rede pública

    BNDES apoia formação continuada de professores da rede pública

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) vai apoiar a formação continuada de professores da rede pública de ensino de dez estados por meio da realização de novas turmas do Programa de Especialização Docente (PED). A informação foi divulgada hoje (30) pela instituição.

    Serão capacitados 730 professores, o que deve beneficiar cerca de 292 mil alunos do ensino fundamental e do médio até 2025. Terão prioridade professores que atuem em escolas localizadas em áreas vulneráveis e que tenham menor Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb).

    Coordenada pelo Instituto Canoa, a iniciativa prevê expansão da rede de formadores do programa, cujo foco é o ensino de matemática e ciências naturais. O Programa de Especialização Docente é desenvolvido em parceria pelo Instituto Canoa, o Lemann Center for Educational Entrepreneurship and Innovation in Brazil, da Universidade de Stanford, Estados Unidos, e 20 instituições de ensino superior brasileiras. O programa prevê abertura de 23 turmas de formação em quatro regiões do Brasil.

    Segundo o diretor do BNDES, Bruno Aranha, o projeto contribui diretamente com a Meta 16 do Plano Nacional de Educação, promovendo formação continuada de qualidade, baseada em metodologias inovadoras. “Educação é um dos pilares do desenvolvimento do Brasil. O BNDES está debruçado sobre os desafios para melhorar a qualidade do ensino do país”, disse Aranha.

    Ele destacou que o projeto beneficiará mais de 290 mil alunos da rede pública de ensino, buscando reduzir os índices de evasão escolar e melhorando os resultados educacionais do país.

    Ampliação

    A rede já atua com 376 docentes de 20 instituições de ensino superior brasileiras. Para ampliar a capacidade, o projeto realizará um ciclo de capacitação de mais 100 professores formadores do PED, o que resultará em aumento de 26% sobre o número atual. Haverá ainda esforços para expansão do número de instituições parceiras e do atendimento do programa a novos estados, inclusive da Região Centro-Oeste, que não foi contemplada, informou o banco. Os investimentos do projeto somam R$ 11,2 milhões, e haverá ainda apoio financeiro não reembolsável do BNDES no valor de R$ 5,6 milhões, com recursos do Fundo Socioambiental.

    De acordo com a diretora executiva do Instituto Canoa, Mila Molina, o apoio do banco à formação continuada ocorre em um momento muito importante para os professores da educação básica. “Após a interrupção das aulas presenciais causada pela pandemia, os professores terão pelos próximos anos o desafio de lecionar em salas de aula extremamente heterogêneas. O currículo da especialização oferecida pelo PED Brasil ajudará os professores a lidar com este novo cenário, transformando a heterogeneidade da turma em um recurso valioso para a aprendizagem de todos os estudantes.”

    Programa

    O PED consiste em um curso de pós-graduação lato sensu (com carga horária de 360 horas presenciais e duração de 18 a 24 meses), desenvolvido para professores de matemática e ciências naturais atuantes no ensino fundamental ou médio. O curso ocorre de forma sincronizada com o trabalho em sala de aula e enfatiza a conexão entre teoria e prática.

    As 20 instituições de ensino superior que compõem a Rede PED Brasil oferecem a especialização com base em uma estrutura curricular comum, sobre a qual são feitas adaptações aos contextos educacionais de cada território. Na prática, o programa está dividido em dez módulos presenciais que incluem aulas, tarefas, leituras e atividades em sala de aula. Além disso, haverá um treinamento estruturado de mentoria, no qual cada professor é acompanhado e apoiado individualmente por uma mentora ao longo do curso.

    O tema educação é uma prioridade estratégica para o BNDES, cujo objetivo é contribuir para a transformação da realidade da educação básica e promover a requalificação profissional, priorizando atividades relacionadas a uma nova economia, neutra em carbono e intensiva em tecnologia.

  • BNDES vai fortalecer atuação na educação

    BNDES vai fortalecer atuação na educação

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) quer fortalecer a atuação em educação no Brasil. Hoje (16), o banco apresentou a jornalistas as ações que estão sendo implementadas no país. Até julho, o BNDES lançará uma página no site do banco reunindo as informações sobre as iniciativas em educação.

    As ações apresentadas preveem o aporte de mais de R$ 200 milhões em iniciativas voltadas tanto para a educação básica, etapa que vai da educação infantil ao ensino médio, quanto para a qualificação profissional. As ações preveem também a participação de parceiros da iniciativa privada, que poderão fazer investimentos.

    “A educação é fundamental, tanto do ponto de vista econômico quanto social, para a formação de cidadãos plenos, que possam desenvolver todas as suas aspirações na vida. É superimportante também no aspecto econômico, para a qualificação e geração de produtividade, empreendedorismo e desenvolvimento econômico do país”, disse o chefe do Departamento de Educação e Investimentos Sociais do BNDES, Conrado Leiras Matos.

    Entre as iniciativas está o Saneamento nas Escolas – Piloto Marajó/PA. A intenção é que sejam beneficiadas com tecnologias de saneamento 460 escolas municipais que atendem a 13 mil estudantes. A intenção é que a iniciativa piloto possa servir de exemplo para uma política pública nacional. Para essa iniciativa estão previstos R$ 20 milhões do BNDES e mais R$ 28 milhões de parceiros, a serem captados. As inscrições para participar no projeto estão abertas.

    Outro projeto é o Fundo Socioambiental, uma chamada permanente tanto para projetos que contribuam para a melhoria da qualidade nas redes públicas de ensino quanto para a geração de renda de populações vulneráveis. Os eixos de ação na educação básica são o fortalecimento do processo pedagógico, a gestão e o uso pedagógico da tecnologia. A prioridade é que o projeto atenda a regiões vulneráveis e chegue a 4 milhões de estudantes. O orçamento previsto para este ano é de R$ 80 milhões do BNDES, mais R$ 80 milhões de parceiros.

    No que diz respeito a inclusão produtiva, a intenção do Fundo Socioambiental é estruturar cooperativas e associações produtivas e fomentar o empreendedorismo. O orçamento para este ano é de R$ 40 milhões do BNDES, além de R$ 40 milhões de parceiros.

    Conrado Matos ressaltou a importância dos parceiros para a execução dos projetos. Os recursos privados podem ampliar a abrangência das ações e, além disso, o banco reúne recursos de várias instituições em uma ação mais direcionada e que, com aportes conjuntos pode ter impacto maior, reforçando a responsabilidade social das empresas.

    “O que se busca com essa parceria é que a instituição privada, que tenha responsabilidade social que tenha investimento colocado em educação”, disse. “Pode induzir que [o investimento] seja feito em educação e de forma qualificada, que seja transformadora”, acrescentou.

    Neste ano, o BNDES completa 70 anos. O banco é um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo e, hoje, é o principal instrumento do governo federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira.

  • BNDES tem lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano

    BNDES tem lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre deste ano

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) obteve lucro líquido de R$ 12,9 bilhões no primeiro trimestre de 2022. O valor é 32% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. Os dados foram divulgados pelo banco na quinta-feira (12/05).

    O desempenho foi influenciado pela reclassificação de investimentos no frigorífico JBS (R$ 5,8 bilhões), receita com dividendos da Petrobras (R$ 3,0 bilhões), resultado líquido das alienações de ações (R$ 1,3 bilhão) e saldo positivo de equivalência patrimonial de R$ 0,8 bilhão.

    A posição de caixa no primeiro trimestre é de R$ 143,2 bilhões e foram devolvidos ao Tesouro Nacional R$ 2,7 bilhões. A inadimplência segue sob controle, em 0,21%, que é cerca de metade daquela do sistema financeiro nacional no segmento de grandes empresas.

    O diretor de finanças do BNDES, Lourenço Tigre, destacou que o resultado é fruto de uma estratégia que combina fatores como menos risco e mais inovação. “Como entregamos esse resultado e o que isso ele significa? Ele é fruto de uma estratégia de reciclagem de capital e risco, menos risco de mercado, mais inovação, mais impacto”, disse Lourenço Tigre.

    Os desembolsos realizados pelo BNDES no primeiro trimestre para fomentar o desenvolvimento em diversos setores foi de R$ 14,8 bilhões, valor 31% superior ao do primeiro trimestre de 2021. Do total, R$ 5,8 bilhões foram para a área de infraestrutura, R$ 3,3 bilhões para a indústria, R$ 2,9 bilhões para comércio e serviços e outros R$ 2,8 bilhões para a agropecuária. Entre as operações aprovadas estão o investimento para a produção de 1,5 mil equipamentos para a energia limpa e 6.727 agricultores familiares apoiados pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

    Em relação ao financiamento para projetos de inovação realizados por micro, pequenas e médias empresas (MPMEs), o desembolso no banco no primeiro trimestre foi de R$ 5,6 bilhões. Ao todo, R$ 103 bilhões da carteira de crédito do BNDES estão destinados a essa parcela do mercado. O Programa MPME disponibiliza financiamentos de até R$ 20 milhões para apoiar negócios com faturamento anual de até R$ 300 milhões.

    Na área de sustentabilidade, da carteira de crédito de operações diretas e indiretas não automáticas, 55% do total, o que equivale a R$ 188 bilhões, está vinculado a projetos que apoiam a economia verde e o desenvolvimento social. No primeiro trimestre deste ano foram direcionados R$ 1,9 bilhão para economia verde e R$ 2,4 bilhões para desenvolvimento social.

    Fábrica de Projetos

    A carteira de Parcerias Público-Privadas (PPPs), concessões e privatizações do BNDES contam com 153 projetos já estruturados ou em estruturação e 23 já leiloados, considerando um total de R$ 382 bilhões em investimentos. Apenas em ativos ambientais, está em estruturação a concessão de 46 parques e 19 florestas, totalizando mais de 8 milhões de hectares.

    Durante o 1º trimestre de 2022, a Fábrica de Projetos do Banco concluiu com sucesso os processos de privatização da primeira autoridade portuária do Brasil (Codesa), com R$ 855 milhões em investimentos contratados e a maior concessão de um parque natural no país, o Parque Nacional do Iguaçu, com R$ 500 milhões em investimentos contratados, entre outros.

    Apoiando o desenvolvimento

    O BNDES é o principal instrumento do Governo Federal para o financiamento de longo prazo e investimento em todos os segmentos da economia brasileira. Apoia empreendedores de todos os portes, inclusive pessoas físicas, na realização de seus planos de modernização, de expansão e na concretização de novos negócios, de forma a contribuir com a geração de empregos, renda e de inclusão social para o Brasil.

    O apoio do banco ocorre por meio de financiamento a investimentos, subscrição de valores mobiliários, prestação de garantia e concessão de recursos não reembolsáveis a projetos de caráter social, cultural e tecnológico.

  • BNDES lança plataforma para impulsionar oportunidades de investimentos

    BNDES lança plataforma para impulsionar oportunidades de investimentos

    O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançou hoje (11) com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), o Banco Nacional de Obras y Servicios Públicos S.N.C., do México (Banobras) e a Alide, uma associação que reúne bancos de desenvolvimento da América Latina, a plataforma Latam Projects Hub.

    Ela vai oferecer a investidores uma visão unificada de oportunidades de investimento em concessões, parcerias público-privadas e privatizações na região. Construída por iniciativa do BNDES, a nova plataforma incluirá informações estratégicas sobre os projetos.

    Segundo a instituição, a intenção é aproveitar a carteira de projetos de infraestrutura e privatizações do banco, que, conforme ranking da consultoria Infralogic, atualmente é a maior do mundo, e, ainda, a carteira do México, patrocinada pelo Banobras. Esse será o ponto de partida do inédito portal regional, que deve ser expandido a outros países da região com o suporte do BID e da Alide. A associação atua como gestora do hub.

    Para o presidente do BNDES, Gustavo Montezano, é estratégico ter os ativos brasileiros posicionados ao lado de outros da região. “Isso permite ao investidor enxergar sinergia em operações multinacionais. Estamos numa competição global em que informação e transparência são dois ativos essenciais na atração de capital”, disse.

    Com as informações, os investidores terão maior visibilidade, o que permitirá uma abordagem regional de portfólio e preparação em tempo para participar dos processos de licitação. “Igualmente, permitirá que instituições financeiras possam acompanhar o mercado de infraestrutura regional e buscar uma atuação multimercados”, informou o BNDES.

    Sustentabilidade financeira

    A nova plataforma contará, ainda, com informações sobre a sustentabilidade financeira, institucional, social, ambiental e climática dos projetos de infraestrutura, com apoio metodológico do BID.

    Segundo o banco, há uma área na homepage do portal para filtrar projetos por país, setor, tipo de projeto e status. Quem clicar em um projeto de interesse terá também acesso a uma ficha com informações de destaque.

    “Por meio das fichas de projeto a plataforma está conectada com o hub de Projetos BNDES e com o hub mexicano patrocinado pelo Banobras. A mesma lógica se aplicará aos futuros participantes”, indicou a instituição.

    Para o diretor de Concessões e Privatizações do BNDES, Fábio Abrahão, o portal é uma plataforma regional que permitirá a identificação de oportunidades de investimentos para fundos e operadores de infraestrutura em todo o mundo. “Isso é algo inédito e facilitará a atração de investidores para a região, acessando mercados que hoje não possuem conhecimento dessas oportunidades”, explicou.

    Parceria

    O representante do BID no Brasil, Morgan Doyle, chamou atenção para a parceria do organismo internacional com o BNDES. “O BNDES é um parceiro fundamental para o BID. Por meio da plataforma, entre outras iniciativas conjuntas, vamos viabilizar grandes investimentos sustentáveis que contribuirão para a recuperação de nossas economias. Este é o nosso guia para a recuperação sustentável da região, a nossa Visão 2025”, observou.

    O acesso ao Hub de Projetos também pode ser feito pelo site do Monitor de Investimentos, que é a plataforma digital do Ministério da Economia lançada na última segunda-feira (9). Ela apresenta as projeções de investimentos no Brasil. “Pelo site é possível ter acesso a dados de diferentes setores e de projetos específicos”, revelou o BNDES.