Tag: biofármacos

  • Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Botucatu, no interior paulista, deve abrigar Centro de Biofármacos

    Protocolo de intenções para a criação de um Centro Nacional de Biofármacos e Biomoléculas foi assinado hoje (19), em Botucatu, no interior paulista, entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e a Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp). 

    O centro vai permitir escalonar a produção de medicamentos biológicos. Entre os novos medicamentos que poderão ser produzidos estão os Insumos Farmacêuticos Ativos (IFAs), que são usados, por exemplo, na produção de vacinas.

    O centro terá 1.470 metros quadrados e abrigará laboratórios de pesquisa e espaço de coworking ( trabalho colaborativo ou cooperativo) para hospedar startups de biotecnologia. O prédio terá ainda alas fabril e de controle de qualidade. A fábrica terá capacidade de produzir amostras para pesquisa e testes clínicos.

    Durante o evento, o ministro do MCTI, Marcos Pontes, destacou a iniciativa como meio de aproximar o conhecimento às necessidades da sociedade. “Uma das coisas que a gente notou na pandemia logo de cara foi esse gap (lacuna)”, afirmou. Segundo Pontes, a cada cinco papers publicados por cientistas brasileiros, só um é utilizado de forma prática no país. “O que está faltando? Ligação entre pesquisa e empresas.”

    Para o reitor da Unesp, Pasqual Barretti, a universidade “não tem direito de se desconectar das políticas públicas”. Ele lembrou que a pandemia mostrou a importância e o tamanho do Sistema Único de Saúde (SUS). “O SUS tem que avançar e essas medidas na área de ciência e tecnologia vão trazer a ciência para perto do SUS e ele será ainda maior para o bem da sociedade e para o bem de todos.”

    De acordo com o MTCI, ainda não está definido o valor dos recursos que serão destinados à criação do centro.

  • Embrapii destina R$ 20 milhões para produção de fármacos e biofármacos

    Embrapii destina R$ 20 milhões para produção de fármacos e biofármacos

    Recursos não reembolsáveis, no valor de R$ 20 milhões, estão disponíveis nas quatro novas unidades da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) para o desenvolvimento de novos fármacos e biofármacos pela indústria farmacêutica. As novas unidades foram selecionadas em recente chamada pública, e os recursos são oriundos do Ministério da Saúde. São elas a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, da Universidade de São Paulo; o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (ID´Or); Centro de Inovação em Fármacos da Universidade de São Paulo e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).

    De acordo com a Embrapii, o credenciamento das novas unidades deverá gerar cerca R$ 60 milhões em projetos de inovação. Ao financiar um terço do valor dos projetos com recursos não reembolsáveis, a empresa exige contrapartida financeira da iniciativa privada e aportes das instituições de pesquisa envolvidas nos projetos.

    O diretor-presidente da Embrapii, Jorge Guimarães, destacou que o setor farmacêutico é estratégico para a segurança em saúde e o desenvolvimento do país, além de ser importador de insumos, de ingredientes farmacêuticos ativos (IFAs) e outros componentes. “A partir disso, existe enorme potencial a ser explorado tendo como suporte nossa extraordinária biodiversidade que oferece vantagem competitiva na sua exploração sustentável. Certamente, podemos unir o conhecimento empresarial acumulado na indústria farmacêutica com a expertise e competência dos pesquisadores das unidades Embrapii e, assim, contribuir com o aumento da disponibilidade de insumos nacionais e da produção de novos fármacos e biofármacos desenvolvidos no país”, disse Guimarães. Ele lembrou que a missão da Embrapii é incentivar e financiar a inovação tecnológica na indústria.

    Além do suporte financeiro, as empresas terão acesso à infraestrutura dos centros de pesquisa ae apoio técnico dos pesquisadores para superar desafios tecnológicos. Os projetos podem envolver novos medicamentos, a partir de novas moléculas e princípios ativos; proteínas terapêuticas; kits diagnósticos; ensaios clínicos e pré-clínicos; produção de hemoderivados, entre outros.

    Projetos em saúde

    A área de saúde acumula o maior número de projetos contratados na Embrapii. São 180, que somam R$ 154 milhões em investimentos. Do total, 99 já foram concluídos e geraram 52 pedidos de registro de propriedade intelectual. Os projetos na área de biotecnologia respondem por 23% das soluções apoiadas, seguidos por integração de sistemas, com 22%.

    Por outro lado, iniciativas com inteligência artificial (IA) têm trazido inúmeros benefícios a pacientes, pesquisadores, unidades e profissionais de saúde, assegurou a Embrapii. Os projetos com IA respondem por 15,7% das propostas na empresa, na área de saúde. A instituição apoiou ainda 62 ações para enfrentar o avanço da pandemia de covid-19 no Brasil, destinando recursos ao desenvolvimento de projetos de inovação, em parceria com a indústria.

    Segundo Jorge Guimarães, o apoio emergencial da Embrapii permitiu que tecnologias de prevenção e tratamento chegassem ao mercado em tempo hábil. Exemplos foram a entrega de 4.600 respiradores ao Ministério da Saúde e a criação do pulmão artificial.