Tag: biodiversidade

  • Apesar das chuvas, incêndios continuam em Mato Grosso

    Apesar das chuvas, incêndios continuam em Mato Grosso

    Apesar das chuvas dos últimos dias, os incêndios florestais continuam ameaçando a biodiversidade em Mato Grosso. Em resposta à situação, o Corpo de Bombeiros Militar (CBM-MT), por meio do Batalhão de Emergências Ambientais (BEA), lançou a Operação “Abafa Amazônia 2024”, com foco nos municípios de Cláudia, Marcelândia, Santa Carmem e regiões vizinhas, localizadas no Norte do Estado.

    Segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), até a última quinta-feira (10), o estado registrou 48.434 focos de calor desde o início do ano, um aumento expressivo de 221% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 15.082 focos.

    A maior parte dos incêndios ocorreu a partir de julho, totalizando 39.639 focos durante o período de proibição de queimadas na zona rural. O pico foi registrado em setembro, com 19.964 ocorrências. Mato Grosso também lidera o ranking nacional de queimadas, representando 21,8% dos focos em todo o país (221.803), à frente de estados como Pará (37.565) e Amazonas (23.010).

    A operação “Abafa Amazônia 2024”, que começou oficialmente na quarta-feira (9) na base localizada em Santa Carmem (500 km ao Norte de Cuiabá), seguirá até o dia 20 deste mês. O objetivo é combater práticas ambientais ilegais, como o desmatamento e o uso inadequado do fogo.

    Além do combate direto aos incêndios, as equipes realizarão monitoramento e fiscalização das áreas com maior risco, utilizando tecnologia de geomonitoramento para identificar focos prioritários. As ações incluem conscientização e responsabilização de infratores que contribuem para a destruição ambiental.

    O comandante-geral do CBM-MT, coronel Flávio Glêdson Vieira Bezerra, destacou a importância da operação. “Essa ação faz parte da estratégia do Governo de Mato Grosso para preservar o meio ambiente e reduzir os focos de incêndios florestais. Através de monitoramento e fiscalização, conseguimos identificar infratores e prevenir danos irreversíveis”, afirmou.

    A comandante do BEA, tenente-coronel Pryscilla Machado de Souza, explicou que antes da operação, foram realizadas análises geoespaciais para identificar áreas críticas. “Essa análise permite mapear as regiões com maior incidência de focos de calor e direcionar as equipes de forma estratégica”, comentou.

    Resgate de animais no Pantanal de Mato Grosso

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    FOTO:IBAMA

    No Pantanal, um incêndio florestal próximo à Transpantaneira, em Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá), obrigou o resgate emergencial de animais de uma base de atendimento.

    A operação foi coordenada pelo Sistema de Comando de Incidentes (SCI) Emergência Fauna Pantanal 2024, formado pelo Ibama e pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema) e o Instituto Ampara Pantanal.

    Com as chamas a apenas quatro quilômetros da base, a recomendação foi pela evacuação imediata dos animais, conforme explicou a veterinária do Ibama, Marília Gama. Quatro animais – um tamanduá, um veado, uma anta e uma onça-parda – foram transferidos para locais seguros. Segundo o Ibama, após a contenção dos incêndios, os animais poderão retornar à base e, posteriormente, serão reintroduzidos ao seu habitat natural.

  • Brasil tem os primeiros registros de cavernas submarinas do país

    Brasil tem os primeiros registros de cavernas submarinas do país

    O Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas (Canie), desenvolvido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), recebeu os primeiros registros de cavernas submarinas do país. As cavidades naturais subterrâneas estão localizadas nos recifes de coral da Área de Proteção Ambiental (APA) Costa dos Corais, em Tamandaré (PE). No local, há um sistema de cavernas interconectadas, capazes de proteger habitats de diversas espécies marinhas, algumas delas ameaçadas de extinção.

    De acordo com o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação da Biodiversidade Marinha do Nordeste (ICMBio/ Cepene), Leonardo Messias, “os registros das cavernas são essenciais para monitorar a saúde dos recifes de coral e compreender a ecologia da biodiversidade local. Esses dados ajudam na criação de estratégias eficazes de conservação e manejo, protegendo os ecossistemas marinhos onde estão as cavernas”.

    Para descrever e caracterizar as seis cavernas submarinas (Pirambu, Chapeirão do Pirambu, Pirambu do Norte, Mero, Crista das Mileporas e Caverna do Dentão), foram realizadas expedições de mergulho, além da coleta de dados geoespaciais (coordenadas, profundidade, medidas físicas das cavidades) utilizando GPS, sondas e outros equipamentos subaquáticos.

    As iniciativas de proteção

    O coordenador do Cepene conta que há esforços contínuos para manter a área protegida , como ações de monitoramento regular, campanhas de conscientização e parcerias com instituições para promover práticas de manejo sustentável e proteger os recifes e suas cavernas.

    “Um dos esforços mais efetivos de conservação desses ambientes é a área de recuperação dos recifes de coral, em Tamandaré. Implantada em 1999, os resultados são expressivos, especialmente no aumento da abundância e densidade de peixes, polvos, lagostas (e outros invertebrados), e na estrutura física dos recifes , com o crescimento de algumas espécies de corais, a exemplo do coral de fogo”, explicou Leonardo.

    O primeiro registro de cavernas submarinas

    Para o coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), Jocy Cruz, “os registros de cavernas submarinas enriquecem o conhecimento acerca desses ambientes naturais e proporcionam o desenvolvimento de novas iniciativas de conservação do patrimônio espeleológico brasileiro”.

    O projeto que possibilitou o registro das cavernas submarinas foi desenvolvido a partir de um Termo de Compromisso de Compensação Espeleológica (TCCE), firmado entre a Vale e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), por meio do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), em parceria com o IC MBi o/ C epe ne . Os dados coletados sobre as cavernas podem ser visualizados no Google Maps .

    Entre as atividades desenvolvidas na fase inicial desse trabalho estiveram a caracterização, mapeamento, monitoramento da biodiversidade e das cavernas submarinas. A ideia é que o projeto tenha continuidade e permita aos pesquisadores aprofundarem seus estudos e intensificarem os esforços de conservação e educação ambiental.

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  • Vídeo fascinante de acasalamento de cobras cascavéis surpreende na estrada

    Vídeo fascinante de acasalamento de cobras cascavéis surpreende na estrada

    Um vídeo que está viralizando nas redes sociais capturou um momento impressionante da natureza: o acasalamento de um casal de cobras cascavéis em uma estrada. O registro raro mostra os répteis entrelaçados, realizando seu ritual de reprodução, enquanto um veículo passa lentamente ao lado, sem interferir.

    As imagens, compartilhadas no canal do Mundo Animal, despertam fascínio e curiosidade entre os internautas, que se surpreendem com o comportamento dos animais em um ambiente tão inusitado.

    Relacionamos: Veja cobra cascavel sendo içada por retroescavadeira

    Confira a dança da reprodução: Casal de cobras cascavéis encanta em vídeo que celebra a vida na natureza

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    Acasalamento de Cobras Cascavéis em plena estrada

    A cena, rara e fascinante, serve como um lembrete da beleza e da importância da fauna brasileira. As cobras cascavéis, apesar de serem frequentemente temidas pelos humanos, são predadores importantes no ecossistema e desempenham um papel fundamental no controle de populações de roedores.

    Biólogos e herpetologistas ressaltam que as cobras cascavéis não são animais agressivos e que geralmente só atacam quando se sentem ameaçadas. É importante manter uma distância segura dos animais e evitar qualquer tipo de contato.

    Que tal ver isso? Registro inédito revela uso preciso da peçonha pela cobra cascavel: Um mergulho no mundo da serpente icônica

    Preservação Ambiental

    O vídeo também serve como um alerta para a necessidade de proteger os habitats naturais das cobras cascavéis. A perda de habitat e a fragmentação das florestas são os principais motivos do declínio das populações de cobras cascavéis.

    As cascavéis são cobras venenosas que são encontradas em todo o mundo, com exceção da Austrália e da Antártida.
    As cascavéis são cobras venenosas que são encontradas em todo o mundo, com exceção da Austrália e da Antártida. Foto: canva.com/photos

    É fundamental que as pessoas estejam conscientes da importância da fauna selvagem e que tomem medidas para proteger as espécies e seus habitats.

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    O vídeo do casal de cobras cascavéis em acasalamento é um exemplo da beleza e da importância da fauna brasileira. Através da divulgação de histórias como essa, podemos conscientizar o público sobre a necessidade de proteger os animais selvagens e seus habitats naturais.

    Curiosidades

    As cobras cascavéis são fascinantes e possuem várias características únicas. Confira algumas curiosidades sobre elas:

    1. Chocalho Distintivo: A cascavel é famosa pelo chocalho na ponta da cauda, que emite um som de advertência quando a cobra se sente ameaçada. O chocalho é formado por anéis de queratina, que se acumulam conforme a cobra cresce.
    2. Veneno Poderoso: O veneno da cascavel é altamente tóxico, capaz de causar necrose nos tecidos e afetar o sistema nervoso. Embora raramente fatal para humanos, a picada pode ser extremamente dolorosa e perigosa se não for tratada.
    3. Caça por Termolocalização: Cascavéis possuem órgãos sensoriais na cabeça, chamados fossetas loreais, que detectam o calor emitido pelas presas, ajudando-as a caçar no escuro.
    4. Acasalamento Curioso: Durante o acasalamento, os machos competem em uma espécie de “dança” para conquistar a fêmea. Eles se entrelaçam e podem ficar horas realizando o ritual antes do acasalamento.
    5. Cascavel Não Ataca Sem Motivo: Embora tenham uma reputação assustadora, cascavéis costumam atacar apenas quando se sentem ameaçadas ou encurraladas.
  • Dia do Cerrado: bioma é o segundo mais ameaçado no país

    Dia do Cerrado: bioma é o segundo mais ameaçado no país

    O segundo maior bioma brasileiro também ocupa essa posição (segundo) quando o assunto é ameaça à biodiversidade e aos serviços ecossistemáticos. De acordo com estudo realizado pela Mapbiomas, o Cerrado perdeu 27% de sua vegetação nativa nos últimos 39 anos, o que representa 38 milhões de hectares.

    Em toda a cobertura natural do país que sofreu transformação no uso do solo, o bioma, proporcionalmente, só foi menos afetado que o Pampa, que perdeu 28% de vegetação nativa ao longo desses anos.

    Também conhecido como savana brasileira, o Cerrado ocupa 25% do território nacional, em 11 estados que se estendem do Nordeste à maior parte do Centro-Oeste, e mantém áreas de transição com praticamente todos os biomas, exceto os Pampas. Pelas características adquiridas no contato com mais quatro ecossistemas (Amazônia, Pantanal, Mata Atlântica e Caatinga), é considerada a savana mais biodiversa do planeta.

    Ao longo desse período, o bioma teve 88 milhões de hectares atingidos pelo fogo, o que causou a perda de 9,5 milhões de hectares. Embora seja mais resiliente aos incêndios, pesquisadores apontam que as mudanças climáticas associadas ao uso indiscriminado do fogo têm ameaçado a integridade de sua cobertura natural. “É essencial implementar políticas públicas que promovam a conscientização, reforcem sistemas de monitoramento e apliquem leis rigorosamente contra queimadas ilegais”, reforça a pesquisadora do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Vera Arruda.

    Cavalcante (GO) 12/09/2023 - Vista do cerrado na Comunidade quilombola Kalunga do Engenho II. O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional e perfazendo uma área entre 1,8 e 2 milhões de km2 Foto: Joédson Alves/Agência Brasil
    O cerrado é um dos cinco grandes biomas do Brasil, cobrindo cerca de 25% do território nacional – Joédson Alves/Agência Brasil

    Junto com a cobertura natural do solo, a perda do Cerrado significa perder também a sua enorme capacidade de reter gás carbônico na biomassa de suas longas raízes, de recarregar a água subterrânea e de manter o ciclo hídrico que equilibra o planeta. “Temos observado que as áreas úmidas no Cerrado estão secando. Além disso, a expansão da agricultura sobre essas áreas vêm ocorrendo em algumas regiões no bioma, o que pode afetar o abastecimento hídrico e resultar em escassez de água para a população e para a agricultura, aumentando também a vulnerabilidade a desastres climáticos e à perda de biodiversidade”, alerta Joaquim Raposo, pesquisador do Ipam.

    Para se ter uma ideia, de toda a área perdida ao longo dos 39 anos estudados, 500 mil hectares foram de áreas úmidas substituídas principalmente por pastagem. São áreas naturais consideradas fundamentais na manutenção dos recursos hídricos, presentes em 6 milhões de hectares do bioma onde nascem oito das 12 bacias hidrográficas brasileiras.

    Neste 11 de setembro, em que é celebrado o Dia do Cerrado, organizações da sociedade civil como os institutos Cerrados, Sociedade População e Natureza, Ipam e WWF Brasil lançaram uma campanha de sensibilização sobre a relevância do bioma e os desafios a serem enfrentados para a sua preservação.

    Chamada Cerrado, Coração das Águas, a campanha foi lançada em um site que reúne informações relevantes sobre o bioma, suas características, biodiversidade, povos, turismo e caminhos para a preservação, além de reunir boas histórias dessa “floresta invertida”.

    Edição: Graça Adjuto

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  • Amor proibido no reino das serpentes: Jararaca e Urutu Cruzeiro protagonizam cortejo inusitado!

    Amor proibido no reino das serpentes: Jararaca e Urutu Cruzeiro protagonizam cortejo inusitado!

    Um vídeo que circula nas redes sociais flagra um momento inusitado no reino animal: o cortejo entre uma cobra jararaca (Bothrops jararaca) e uma urutu cruzeiro (Lachesis muta).

    O registro, considerado épico por especialistas, levanta questionamentos sobre a possibilidade de procriação entre as duas espécies, geralmente consideradas predador e presa.

    Jararaca e Urutu Cruzeiro: Amor proibido nas cobras?

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    Uma publicação compartilhada por Henrique Abrahão Charles (@biologohenrique)

    Acasalamento entre predador e presa? Vídeo flagra momento inusitado no reino das serpentes.

    No vídeo, a jararaca, visivelmente menor que a urutu cruzeiro, se aproxima cautelosamente da serpente maior, vibrando a cauda e realizando movimentos circulares com a cabeça.

    A urutu cruzeiro, por sua vez, permanece relativamente imóvel, observando a jararaca com atenção.

    Especialistas analisam o comportamento:

    De acordo com o renomado biólogo Henrique, o Biólogo das Cobras, o acasalamento entre jararacas e urutus cruzeiros é extremamente raro.

    “Embora ambas as espécies pertençam à mesma família, Viperidae, elas ocupam nichos ecológicos distintos e apresentam comportamentos reprodutivos divergentes”, explica o especialista.

    Possibilidade de procriação

    Embora a reprodução entre as duas espécies seja improvável, não é impossível. “Em casos muito raros, o cruzamento entre espécies distintas pode ocorrer, gerando filhotes híbridos”, afirma o biólogo. No entanto, ele ressalta que a viabilidade e fertilidade desses filhotes são geralmente baixas.

    Em vídeo publicado em seu canal no YouTube, o especialista Haroldo Bauer, conhecido como Rei das Serpentes, explica aos internautas como a cobra jararaca introduz seu veneno, ou seja, sua peçonha nas presas ou até mesmo em uma pessoa, caso seja picado.
    Foto: reprodução/@Rei das Serpentes.

    Impacto do vídeo:

    O vídeo que flagra o cortejo entre a jararaca e a urutu cruzeiro rapidamente viralizou nas redes sociais, gerando grande repercussão entre internautas e especialistas.

    O registro serve como um lembrete da rica biodiversidade do Brasil e da importância da preservação dos animais selvagens.

  • Pescadores flagram sucuri amarela ‘escondida’ no Pantanal

    Pescadores flagram sucuri amarela ‘escondida’ no Pantanal

    No coração do Pantanal, um encontro inusitado chamou a atenção de pescadores: uma sucuri amarela (Eunectes murinus) camuflada entre a vegetação às margens do rio.

    Enrolada em volta do próprio corpo, a serpente gigante permanecia praticamente imóvel, possivelmente à espera de alguma presa.

    Sucuri gigante ‘esconde-se’ no Pantanal e impressiona pescadores

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    Uma publicação compartilhada por Henrique Pescador (@henriquebittar_pescador)

    Pantanal: Encontro com sucuri amarela revela a importância da preservação

    A cena, registrada em vídeo e compartilhada nas redes sociais, rapidamente viralizou, encantando e informando o público sobre essa espécie icônica da fauna pantaneira.

    Moradores de fazenda em Mato Grosso se surpreendem com sucuri gigante debaixo do pé de laranjas

    A sucuri amarela, também conhecida como anaconda, é a maior cobra do Brasil e a segunda maior do mundo, podendo alcançar até 8 metros de comprimento.

    Gigante gentil: Desvendando os mistérios da sucuri amarela

    Apesar de sua aparência intimidante, a sucuri amarela é uma espécie não venenosa e relativamente dócil.

    Sua dieta consiste principalmente de mamíferos aquáticos, como capivaras, jacarés e até mesmo onças-pintadas.

    A espécie desempenha um papel crucial no equilíbrio do ecossistema pantaneiro, controlando populações de mamíferos e auxiliando na decomposição de carcaças.

    Além disso, a sucuri amarela é um importante atrativo turístico para a região, gerando renda e promovendo a valorização da biodiversidade local.

    A sucuri é a maior cobra do Brasil. Ela não possui veneno.
    Pescadores flagram sucuri amarela ‘escondida’ no Pantanal

    Preservação: Garantindo a sobrevivência de um símbolo

    No entanto, a sucuri amarela enfrenta diversas ameaças, como a caça ilegal para a produção de couro e a perda de habitat devido ao desmatamento e à construção de barragens.

    É fundamental que medidas de proteção sejam implementadas para garantir a sobrevivência dessa espécie vital para o Pantanal.

    Ações como a fiscalização ambiental, a educação ambiental e a criação de unidades de conservação são essenciais para preservar este símbolo da fauna brasileira.

  • Alta Floresta constrói pontes para a vida e preserva a biodiversidade

    Alta Floresta constrói pontes para a vida e preserva a biodiversidade

    Alta Floresta, no coração da Amazônia, está dando um passo inovador na conservação da fauna ao implementar o primeiro Plano Urbano de Mitigação para reduzir atropelamentos de animais silvestres e conectar fragmentos florestais da cidade. A iniciativa, liderada pelo Projeto Reconecta, em parceria com diversas instituições, prevê a instalação de seis pontes de dossel em vias onde os atropelamentos são mais frequentes.

    A bióloga Fernanda Abra, líder do Projeto Reconecta, explica que a ideia é criar corredores seguros para que os animais possam se locomover entre os fragmentos florestais, evitando o isolamento e a perda de diversidade genética. “As pontes de dossel são como pontes aéreas que permitem aos animais, principalmente primatas, atravessar as rodovias com segurança”, afirma Fernanda.

    A escolha de Alta Floresta para essa iniciativa se justifica pela rica biodiversidade da região, com a presença de diversas espécies de animais, incluindo primatas criticamente ameaçados, como o zogue-zogue-de-mato-grosso. A cidade também possui uma grande extensão de floresta dentro do perímetro urbano e está localizada em um corredor de biodiversidade de grande importância.

    Soluções inovadoras para um problema global:

    Além das pontes de dossel, o Plano de Mitigação inclui outras medidas como:

    • Placas de sinalização: Para alertar os motoristas sobre a presença de animais.
    • Redutores físicos de velocidade: Para diminuir a velocidade dos veículos em áreas de risco.
    • Passagens de fauna para animais terrestres: Para permitir a travessia segura de animais menores.
    • Desassoreamento de bueiros: Para adaptá-los à passagem de animais.
  • Onça-pintada vitoriosa: carrega troféu da caçada no Pantanal

    Onça-pintada vitoriosa: carrega troféu da caçada no Pantanal

    Uma imagem impressionante circula nas redes sociais, mostrando uma onça-pintada carregando um jacaré abatido em suas mandíbulas.

    A cena, capturada no coração do Pantanal, revela a força e a imponência da onça, um predador majestoso que reina supremo em seu território.

    Onça-pintada: Soberana do Pantanal exibe troféu de caçada em cena imponente

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    Uma publicação compartilhada por Pantanal Oficial (@pantanaloficial)

    O poder e a força da onça-pintada pantaneira

    A onça-pintada, conhecida por sua agilidade e inteligência, emerge da batalha vitoriosa. O jacaré, outrora um oponente formidável, agora jaz inerte em suas garras, um símbolo da força bruta da natureza selvagem. A imagem da onça carregando o troféu de sua caçada é um lembrete do papel crucial que ela desempenha no equilíbrio ecológico do Pantanal.

    Banquete merecido

    A onça, com seus músculos tensos e postura altiva, parece satisfeita e orgulhosa de sua conquista. A jornada árdua da caçada foi recompensada com um banquete farto e nutritivo, que garantirá sua sobrevivência e a de seus filhotes.

    O olhar penetrante da onça transmite a mensagem de que ela é a rainha da selva, um predador supremo que domina seu território com maestria.

    O documentário contará a história de duas onças-pintadas de oito anos, Jaju e Âmbar, que vivem no Parque Estadual Encontro das Águas. Crédito - Mayke Toscano/Secom-MT
    O documentário contará a história de duas onças-pintadas de oito anos, Jaju e Âmbar, que vivem no Parque Estadual Encontro das Águas. Crédito – Mayke Toscano/Secom-MT

    A imagem da onça-pintada com o jacaré nos convida a refletir sobre a importância da preservação ambiental. O Pantanal, um bioma rico e complexo, é o lar de diversas espécies animais que coexistem em um delicado equilíbrio. A onça-pintada, como predador topo da cadeia alimentar, é fundamental para manter esse equilíbrio. É nosso dever proteger esse habitat natural e as espécies que nele habitam, garantindo a perpetuação da vida selvagem em sua forma mais pura e autêntica.

    A imagem da onça-pintada com o jacaré é um símbolo da força da natureza e da importância da preservação ambiental. É importante lembrar que a onça-pintada é um animal selvagem e precisa ser admirada de longe. Devemos respeitar seu habitat e garantir sua proteção para que ela continue a reinar como a rainha da selva.

  • Incêndios no Pantanal em 2024: O fogo volta a ameaçar a rica biodiversidade da região

    Incêndios no Pantanal em 2024: O fogo volta a ameaçar a rica biodiversidade da região

    Em 2020, o Pantanal foi consumido por chamas devastadoras, perdendo cerca de 30% de sua rica biodiversidade. Quatro anos depois, a história se repete: o fogo volta a ameaçar este santuário ambiental, colocando em risco a fauna e flora únicas da região.

    Brigadistas, bombeiros, militares e voluntários lutam incansavelmente para conter as chamas, enquanto biólogos, veterinários e outros especialistas se dedicam a minimizar o sofrimento dos animais afetados. A cena é de extrema preocupação, pois a repetição de incêndios intensos pode levar à perda irremediável de diversas espécies.

    Em 2020, estima-se que os incêndios tenham dizimado cerca de 17 milhões de animais vertebrados, incluindo serpentes, roedores, aves, primatas, jacarés e tamanduás. A tragédia deste ano ainda é incerta, mas os números de focos de incêndio já superam os de 2020, lançando um alerta sobre o futuro do bioma.

    Organizações como o Instituto Homem Pantaneiro (IHP) e o Grupo de Resgate Técnico Animal Cerrado Pantanal (Gretap) trabalham arduamente para proteger a região. O IHP atua na preservação do Pantanal desde 2002, enquanto o Gretap, criado em 2021, monitora, avalia, resgata e auxilia animais silvestres vítimas de desastres ambientais.

    A proteção do Pantanal exige ações urgentes e permanentes. É fundamental investir em medidas de prevenção e combate aos incêndios, promover o manejo sustentável dos recursos naturais e cobrar das autoridades políticas medidas efetivas para garantir a preservação deste patrimônio natural inestimável.

  • Centro desenvolve modelo de negócios com base na biodiversidade

    Centro desenvolve modelo de negócios com base na biodiversidade

    Pesquisas realizadas no Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, apontam novos modelos de negócio, a partir de soluções inovadoras e sustentáveis com base na biodoversidade encontrada na maior floresta tropical do mundo. São materiais e tecnologias que possibilitam a transição para uma economia verde, associada ao desenvolvimento de comunidades tradicionais e povos originários da região.

    Em maio de 2023, a letra B da sigla CBA deixou de significar biotecnologia e passou a ser bionegócios, para reforçar a ideia de que o centro vai além de ser um lugar de criação de produtos e soluções e também de oportunidades para um mercado em plena expansão.

    Um decreto presidencial promoveu a mudança e o reenquadramento jurídico que desvinculou a instituição da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), passando a ser gerida por organização social, nesse caso, a Fundação Universitas de Estudos Amazônicos (Fuea).

    Segundo o secretário de Economia Verde, Descarbonização e Bioindústria do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Rodrigo Rollemberg, a autonomia conquistada no ano passado abriu possibilidades para tornar as pesquisas desenvolvidas com recursos naturais da Amazônia verdadeiros modelos de negócios.

    “Hoje um dos grandes desafios e uma das missões da política industrial brasileira é trocar insumos que são oriundos da indústria petroquímica por biomassa brasileira”, reforça.

    Rollemberg disse que os projetos de tecnologia sustentável desenvolvidos já proporcionam, por exemplo, a comercialização, em escala, de plástico produzido a partir do ouriço da castanha do Brasil em substituição ao material de origem petroquímica na indústria automobilística.

    Outros projetos promissores, segundo Rollemberg, estão em processo de negociação com a indústria alimentícia, farmacêutica, de informática, o mercado energético e de insumos para a agricultura.

    “A ideia é que a gente não desenvolva somente pesquisas aqui, mas que sejamos também um hub que vai promover uma proposta de inovação aberta, com espaços para incubação de escritórios, laboratórios de startups, e promover um ambiente que discuta negócios”, explica o diretor de operações do CBA, Caio Perecin.

    Agregar valor

    Uma preocupação com os produtos da biodiversidade é agregar valor desde o início da cadeia até o produto final, melhorando a qualidade inicial do recurso e levando capacitação profissional para cada etapa de produção. Um exemplo de pesquisa desenvolvida no CBA foi para a verticalização da cadeia do açaí, que usualmente sai da região com preços baixos e é beneficiado e comercializado em outros países por valores que chegam a 10 vezes mais do que o inicial.

    Para beneficiar a cadeia, foram feitas pesquisas que identificaram a capacidade de beneficiamento para a indústria farmacêutica e nutricional. Segundo o gerente do núcleo de Produtos Naturais da CBA, Edson Pablo Silva, algumas pesquisas já estão em fase de estudo clínico, com empresas interessadas em comercializar.

    Manaus, 09/07/2024 Matérias primas e produtos produzidos pelo Centro de Bionegócios da Amazonia, CBA. Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

    Matérias primas e produtos produzidos pelo Centro de Bionegócios da Amazonia – Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

    “Nós desenvolvemos uma bebida nutracêutica do açaí, rica em compostos fenólicos [com poder antioxidante]. Nosso intuito foi justamente desenvolver esse produto para trabalhar em cima de algumas doenças negligenciáveis, aterosclerose, doenças hepáticas, cardiovasculares e obesidade.”, explica.

    No processo de desenvolvimento dos produtos há ainda uma preocupação com o beneficiamento de todos os subprodutos resultantes do processo. “Dos subprodutos dessa bebida, nós desenvolvemos produtos de panificação, que podem ser inseridos na merenda escolar. Com isso chegamos a um pão integral com menores percentuais de trigo e maior valor nutricional. Como nosso trigo é importado, com isso a gente diminui também o impacto do dólar sobre esses produtos”, explica Edson.

    Atualmente, o espaço já mantém em sua estrutura 26 laboratórios de pesquisa aplicada distribuídos em seis núcleos de operação para produtos naturais, materiais e energia, tecnologia vegetal, bioinsumos, tecnologia industrial e a central analítica de apoio às empresas. Também há uma estrutura de hotelaria com 27 apartamentos, que deverão ser reativados para hospedagem corporativa.

    De acordo com Perecin, além de um contrato de gestão com o MDIC para repasse financeiro, que garante a manutenção e modernização do prédio, de R$ 12 milhões ao ano, o CBA tem como meta a captação de R$ 120 milhões, em 4 anos, por meio da contratação e desenvolvimento de projetos inovadores e de serviços.

    “A ideia é direcionar 30% dessa captação para investimento no apoio às cadeias produtivas das comunidades e povos tradicionais”, defende Perecin.

    Edição: Fernando Fraga

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