Tag: biodiversidade brasileira

  • Operador de escavadeira encontra jaracuçu-do-brejo durante serviço em propriedade rural

    Operador de escavadeira encontra jaracuçu-do-brejo durante serviço em propriedade rural

    No meio do barro, uma surpresa escamosa! Enquanto operava sua escavadeira em uma propriedade rural, um trabalhador levou um baita susto ao perceber algo se movendo entre a lama: era uma jaracuçu-do-brejo, uma das serpentes mais respeitadas das matas e alagados do Brasil.

    O encontro aconteceu durante uma rotina aparentemente comum de terraplenagem, mas o réptil não estava nem um pouco interessado em sair de cena. A cobra, que pode ultrapassar 2 metros de comprimento e tem um corpo robusto e bem desenhado com tons de marrom, cinza e preto, mostrou que o brejo é, sim, seu território.

    Terraplenagem com emoção: escavadeira cruza caminho de cobra jaracuçu-do-brejo

    O que é a jaracuçu-do-brejo?

    Com nome científico Bothrops leucurus, a jaracuçu-do-brejo pertence ao grupo das viboras sul-americanas. Essa serpente peçonhenta habita áreas úmidas, como brejos, margens de rios e regiões de vegetação densa.

    É uma prima das jararacas, mas geralmente maior e mais corpulenta. Seu veneno é potente e age tanto no sangue quanto nos tecidos, mas a cobra costuma evitar confrontos com humanos, preferindo fugir quando não se sente ameaçada.

    Apesar do medo que causa, a jaracuçu-do-brejo desempenha um papel ecológico fundamental, controlando populações de roedores e outros pequenos animais. É por isso que o susto deve vir acompanhado de respeito: ela é parte essencial da engrenagem natural do campo.

    Reação do operador? “Achei que fosse um tronco… que se mexia!”

    A serpente, após o susto mútuo, deslizou tranquilamente para uma área de vegetação próxima.
    Foto: Jose Reynaldo da Fonseca

    O trabalhador, que prefere não se identificar, conta que no começo pensou se tratar de um galho. “Mas o bicho começou a se enrolar e levantar a cabeça. Foi aí que vi que o ‘tronco’ estava vivo e não queria conversa. Desliguei a máquina na hora!”

    A serpente, após o susto mútuo, deslizou tranquilamente para uma área de vegetação próxima. O episódio reforça a importância de se estar atento em ambientes rurais e respeitar os espaços da fauna nativa.

  • Onça-pintada dá aula de estratégia ao quebrar tronco para passar com jacaré

    Onça-pintada dá aula de estratégia ao quebrar tronco para passar com jacaré

    Imagine a seguinte cena: uma onça-pintada, felina mais temida das Américas, se aproxima da margem de um rio. No caminho, um tronco de madeira atrapalha sua passagem. Do outro lado, um jacaré abatido por ela. O que ela faz? Ao invés de simplesmente contornar a situação, a onça parece decidir que o melhor plano é quebrar a madeira… para atravessar com o jacaré para se alimentar longe dos holofotes dos turistas.

    É isso mesmo que mostram imagens que viralizaram entre biólogos e amantes da vida selvagem. A cena, além de ser cômica e intrigante, revela um traço pouco divulgado da espécie: sua impressionante capacidade cognitiva.

    Quando a selva vira quebra-cabeça: onça-pintada tenta se virar nos 30

    Saiba mais sobre a onça-pintada

    A onça-pintada (Panthera onca) é um dos maiores felinos do mundo e o maior das Américas, podendo chegar a até 135 kg. Com uma pelagem dourada marcada por rosetas negras, ela é símbolo da força e da astúcia da fauna brasileira. Mas, além da força bruta e das mandíbulas mais potentes entre os felinos, a onça também demonstra inteligência surpreendente em seu comportamento — como ao planejar ataques, abrir armadilhas e agora… improvisar pontes!

    Acredita-se que o felino estivesse buscando uma forma mais eficiente de atravessar o rio, evitando um nado longo ou a exposição ao perigo. A tentativa de quebrar a madeira pode ter sido uma maneira de abrir passagem ou até de construir um suporte — o que deixa cientistas em êxtase e redes sociais em alvoroço.

    O mistério da onça do Rio Miranda: pegadas e o silêncio da floresta

    Esse episódio nos lembra que os animais selvagens, além de belos e imponentes, possuem recursos mentais sofisticados. Comportamentos como esse reforçam a importância da preservação do habitat da onça, que além de ameaçada, é protagonista de verdadeiras “engenhocas da selva”.

    Se foi uma tentativa séria de engenharia animal ou só uma grande confusão felina, nunca saberemos. Mas uma coisa é certa: essa onça sabe pensar fora da caixa — ou melhor, fora do mato!

  • Onça-pintada dá show de caça nas águas do Pantanal

    Onça-pintada dá show de caça nas águas do Pantanal

    Se a vida selvagem tivesse um Oscar, a onça-pintada do Pantanal certamente sairia com a estatueta de Melhor Cena de Ação. Em um espetáculo digno de cinema — mas 100% real — o fotógrafo e guia turístico Branco Arruda registrou um momento impressionante que parece ter saído direto de um documentário da BBC.

    Às margens de um rio pantaneiro, um grupo de turistas observava a calmaria da paisagem quando a tensão natural começou a crescer. No topo de um barranco, uma onça-pintada, rainha do cerrado e símbolo máximo da fauna brasileira, observava com atenção cada movimento de um jacaré que nadava tranquilamente logo abaixo.

    Pantera à espreita: onça-pintada salta e captura jacaré diante de turistas no Pantanal

    Em total silêncio e com a paciência de um caçador nato, o felino esperou o momento exato. Em segundos, o que era contemplação virou adrenalina: a onça saltou como um raio, cortando o ar em um movimento ágil e certeiro, para capturar o réptil em pleno rio.

    “Foi um daqueles momentos que a gente nunca esquece. Parecia que o tempo parou”, contou Branco Arruda, que atua há mais de 15 anos como guia no Pantanal mato-grossense. “O salto da onça foi tão preciso que até os turistas ficaram sem respirar. Depois, só ouvi aplausos!”

    O mistério da onça do Rio Miranda: pegadas e o silêncio da floresta

    O clique de Branco viralizou nas redes sociais, despertando admiração e respeito pela potência da fauna brasileira. Além disso, reforça a importância do turismo ecológico e da conservação dos biomas do país. “Momentos assim mostram que a natureza é o verdadeiro espetáculo. Nosso papel é proteger esse palco”, completa o fotógrafo.

    E se você pensa em viver aventuras como essa, o Pantanal está de braços abertos — e olhos atentos.

  • Mãe onça e seus filhotes encantam no Pantanal em rara aparição da Vida Selvagem

    Mãe onça e seus filhotes encantam no Pantanal em rara aparição da Vida Selvagem

    No coração vibrante do Pantanal mato-grossense, um espetáculo raro e comovente da natureza foi registrado: uma mãe onça-pintada passeando calmamente com seus dois filhotes curiosos entre as árvores e alagados da região.

    A cena, que parece saída de um documentário de tirar o fôlego, é uma verdadeira joia para os amantes da vida selvagem — e um lembrete poderoso sobre a importância da preservação desse bioma único no mundo.

    Ternura selvagem: mãe onça é flagrada com filhotes no Pantanal

    Filhotes de Onça Brincam ao Lado da Mãe em Registro Inédito

    A onça-pintada (Panthera onca), maior felino das Américas e símbolo da fauna brasileira, é conhecida por sua força, agilidade e, claro, por sua discrição. Ver uma dessas beldades já é um evento raro. Agora, avistar uma mãe acompanhada por seus pequenos é praticamente como ganhar na loteria ecológica!

    Os filhotes, com cerca de três meses de vida, ainda exibem um comportamento brincalhão e desajeitado, contrastando com a postura imponente e protetora da mãe. Juntos, caminham, brincam e exploram — um verdadeiro retrato de carinho e instinto selvagem em perfeita harmonia.

    Essas imagens, além de encantadoras, são essenciais para pesquisadores e ambientalistas, que buscam entender mais sobre os hábitos de reprodução e criação das onças. “Esses registros ajudam não só na ciência, mas também no despertar da consciência coletiva sobre a importância da conservação do Pantanal”, afirma uma bióloga que acompanha os felinos na região.

    A onça-pintada é considerada a rainha do Pantanal Mato-grossense, sendo o maior felino da América do Sul.
    Onça – Fotos do Canva

    Infelizmente, mesmo sendo um dos ícones do Brasil, a onça-pintada ainda enfrenta sérias ameaças, como a perda de habitat, incêndios e conflitos com fazendeiros. Por isso, cada filhote que sobrevive e cresce é uma vitória da natureza — e uma esperança para o futuro.

    Então, se algum dia você estiver em uma expedição pelo Pantanal e der de cara com uma cena dessas, considere-se um privilegiado. Mas lembre-se: observe de longe, respeite o espaço dos animais e ajude a proteger esse espetáculo selvagem que o Brasil tem o orgulho de chamar de seu.

  • Sucuri espreita calma nas águas e encanta curiosos em área alagada

    Sucuri espreita calma nas águas e encanta curiosos em área alagada

    Quem passava tranquilamente por uma área alagada em uma região rural do Brasil levou um susto — ou melhor, ficou maravilhado — ao notar um par de olhos atentos emergindo da água. Era uma sucuri-verde (Eunectes murinus), praticamente imóvel, com apenas a cabeça para fora do pântano, observando tudo ao redor com um olhar que misturava mistério, paciência e uma pitada de “não se meta comigo”.

    A cena, digna de documentário da natureza, chamou a atenção de curiosos que, com respeito e distância segura, puderam testemunhar o comportamento típico dessa gigante das águas sul-americanas. Sem dar sinais de agressividade, a cobra parecia apenas aproveitar o momento, ou quem sabe esperar calmamente uma oportunidade para o almoço — afinal, uma capivara desatenta ou um pato desprevenido poderiam estar a caminho.

    Rainha do pântano: Sucuri dá show de calma e beleza em área alagada

    Sucuri-verde: a mestra da camuflagem aquática

    Conhecida por ser a maior cobra do Brasil e uma das mais pesadas do mundo, a sucuri-verde habita ambientes aquáticos como rios, pântanos, igarapés e lagoas, sendo especialmente comum na Amazônia e no Pantanal. Ela é uma exímia nadadora, capaz de passar horas submersa, apenas com as narinas e os olhos expostos — uma verdadeira especialista em espreitar.

    Diferente do que muitos imaginam, a sucuri não é agressiva com humanos e só ataca se for provocada ou se sentir ameaçada. Alimenta-se de presas variadas como peixes, aves, capivaras e até pequenos jacarés, usando seu corpo musculoso para envolver e sufocar antes de engolir por inteiro.

    Encontro que fascina e reforça o respeito pela vida selvagem

    Ver uma sucuri em seu habitat natural, tranquila e imponente, é uma experiência que mistura adrenalina e admiração. Ao contrário da fama de vilã, essa cobra desempenha um papel fundamental no equilíbrio ecológico das regiões alagadas do Brasil.

    Sucuri de barriga cheia flutua em rio brasileiro e surpreende moradores

    Por isso, ao cruzar com uma dessas moradoras silenciosas dos pântanos, vale lembrar: o melhor a fazer é observar com respeito, se encantar com a cena e, claro, manter distância. Afinal, a natureza dá um show — e a sucuri é uma de suas estrelas mais fascinantes.

    Com olhos de sentinela, sucuri-verde surpreende e encanta curiosos no Brasil.

  • IBGE analisa dados sobre a biodiversidade brasileira

    IBGE analisa dados sobre a biodiversidade brasileira

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) disponibiliza – a partir desta quinta-feira (23) – uma avaliação de dados sobre a biodiversidade no Brasil em 2022. Inédito, o estudo mapeou registros de ocorrência da fauna e da flora oriundos de diferentes fontes e inseridos no Sistema de Informação da Biodiversidade Brasileira (SiBBr).

    Foram analisados mais de 22,5 milhões de registros de ocorrência da fauna e da flora, provenientes de diversas fontes. Os grupos taxonômicos observados foram anfíbios, artrópodes, aves, fungos, mamíferos, moluscos, peixes ósseos, plantas vasculares e répteis. O Brasil está entre os 17 países que abrigam mais de 70% das espécies conhecidas no planeta, mas, segundo o IBGE, ainda há muito a descobrir e catalogar.

    Por se tratar de uma investigação experimental, aperfeiçoamentos serão feitos a partir da recepção dos usuários. Leitores interessados na temática podem escrever ao IBGE suas percepções, críticas e sugestões que podem ser realizadas através do canal de atendimento oficial do instituto.

    Ecossistemas brasileiros

    O SiBBr – plataforma do governo federal gerenciada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – foi criada em 2014 com a função de armazenar e disponibilizar informações sobre a biodiversidade e os ecossistemas brasileiros.

    A ferramenta fornece subsídios aos órgãos públicos para a conservação e sustentabilidade. Instituições nacionais de ensino e pesquisa, públicas ou privadas, projetos e programas de pesquisas e redes temáticas são os principais provedores de dados para o SiBBr.

    O sistema faz parte da Global Biodiversity Information Facility, iniciativa multilateral com aproximadamente 60 países.

    “Há uma demanda muito grande, dentro e fora do Brasil, por informações sobre a biodiversidade nacional. O objetivo do estudo foi avaliar o conjunto de informações disponíveis no SiBBr, identificando lacunas e limitações dos dados. O IBGE tem a missão de retratar o Brasil e a biodiversidade é uma peça fundamental desse retrato. Além de contribuir com SiBBr através de coleções biológicas mantidas pelo IBGE, também temos procurado avançar na produção de estatísticas”, explicou, em nota, Leonardo Bergamini, analista de biodiversidade do IBGE.

    Os publicadores dos dados foram divididos em quatro categorias: Ciência Cidadã (registros publicados por uma comunidade de usuários), Coleções Biológicas (repositórios de organismos ou amostras organizadas para fins científicos), Projetos ou Programas de Pesquisa (resultados de pesquisas científicas) e Outros (não se enquadram em nenhuma das categorias supracitadas).

    Aves e plantas

    Nos grupos analisados, à exceção de aves, o número de registros com informações completas não chega a 30% do total de dados disponíveis. Aves e plantas, grupos mais facilmente detectados e coletados, apresentaram maior número e melhor distribuição dos registros, enquanto artrópodes, moluscos e fungos tiveram uma amostragem menos representativa.

    Clara Fonseca, analista de Negócios do SiBBr, reforça a relevância de parcerias como a do IBGE com o sistema na difusão do conhecimento sobre biodiversidade no país.

    “Precisamos que mais pessoas conheçam o SiBBr, de modo que os dados possam ser utilizados pela sociedade em políticas públicas de preservação do meio ambiente. Quanto mais visibilidade o sistema tiver, maior será o número de pesquisadores estimulados a divulgar suas descobertas”, explicou.

    “Existem muitos trabalhos que fazem avaliação de bancos de dados, mas a maioria deles analisa grupos específicos. Um dos diferenciais desta pesquisa é o fato de estarmos trabalhando com o país inteiro, abrangendo nove grupos taxonômicos, informações espaciais e temporais. Nossa intenção é identificar os problemas, entender o que temos e o que pode ser melhorado”, argumentou Mariza Pinheiro, analista de Biodiversidade do IBGE.

    Edição: Kleber Sampaio
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