Tag: biodiesel

  • Com quebra de safra, agroindústria ameniza queda do PIB da soja e do biodiesel

    Com quebra de safra, agroindústria ameniza queda do PIB da soja e do biodiesel

    Depois de avançar mais de 21% em 2023, o PIB da cadeia da soja e do biodiesel deve diminuir 5,33% em 2024, devido à quebra da safra da soja e seus reflexos nos agrosserviços. Em compensação, o bom desempenho esperado para a agroindústria, impulsionado pelo biodiesel e pelas exportações de farelo de soja, que tem reflexos positivos também nos agrosserviços, deve contribuir positivamente com o PIB e impedir uma queda mais acentuada para a cadeia produtiva. O PIB total da cadeia produtiva deverá ser de R$ 422 bilhões em 2024, representando 18% do PIB do agronegócio nacional e 3,9% da economia brasileira como um todo. As informações são do levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    A queda no PIB da soja está estimada em 13,07% e, para os agrosserviços, o PIB pode cair 4,28% em 2024. Já para a agroindústria, o crescimento está estimado em 2,95%, com avanços em todos os segmentos: 0,59% para o esmagamento e refino, 2,6% para as rações e expressivos 36,47% para o biodiesel. A maior demanda pelo biocombustível se reflete positivamente no PIB do próprio subsegmento, assim como influencia o bom resultado esperado para o PIB do esmagamento e refino.

    Os preços relativos da cadeia produtiva registraram baixa na comparação entre os primeiros trimestres de 2023 e de 2024, de modo que se estima recuo de 33,15% da renda real. Com isso, o PIB deve ser de R$ 422 bilhões em 2024 – mesmo com a queda importante, o valor ainda supera significativamente o patamar anterior à pandemia.

    Mercado de trabalho

    A população ocupada (PO) na cadeia produtiva da soja e do biodiesel iniciou 2024 com redução de 4,65% frente ao primeiro trimestre do ano anterior, atingindo 2,28 milhões de pessoas, acompanhando o comportamento do PIB. A baixa é explicada pelos resultados negativos para a soja e para os agrosserviços, amenizada pelo avanço do emprego nas indústrias. As participações da cadeia produtiva na PO do agronegócio (9,69%) e na da economia brasileira (2,28%) caíram marginalmente frente a 2023, embora ainda sejam as segundas maiores da história.

    Comércio exterior

    No primeiro trimestre de 2024, as exportações da cadeia de soja e do biodiesel (soja in natura, farelo de soja, óleo de soja, glicerol, biodiesel e proteína de soja) totalizaram 27,59 milhões de toneladas, 12,97% acima do mesmo trimestre de 2023. Em contrapartida, o valor exportado recuou 11,33%, totalizando US$ 12,42 bilhões, devido à queda dos preços de exportação (-21,51% no período). Esse cenário é similar ao observado entre 2022 e 2023.

  • ANP autoriza comercialização de óleo combustível marítimo com 24% de biodiesel

    ANP autoriza comercialização de óleo combustível marítimo com 24% de biodiesel

    A Diretoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) decidiu nesta quinta-feira (11/7) autorizar a comercialização de óleo combustível marítimo (bunker) com 24% de biodiesel, a pedido da Petrobras. Esta é a primeira autorização concedida pela ANP para a comercialização contínua de bunker com conteúdo renovável destinado ao uso em navios.

    Entre setembro de 2022 e janeiro de 2024, a Petrobras, com autorização da ANP, realizou testes em navios utilizando bunker com adição de biodiesel, variando de 10% até 24%. Os resultados dos testes mostraram que não houve problemas no funcionamento dos motores e outros sistemas operacionais dos navios, além de uma significativa redução nas emissões de gases de efeito estufa.

    No teste mais recente, com 24% de biodiesel, além de não apresentar problemas operacionais, houve uma redução de cerca de 19% nas emissões de gases de efeito estufa em comparação com o combustível sem conteúdo renovável.

    A mistura do bunker com biodiesel será feita nos terminais, em conformidade com as especificações vigentes de ambos os combustíveis, sem necessidade de alterações nos processos dos produtores. Esta medida está alinhada com a estratégia adotada em 2023 pelos estados membros da Organização Marítima Internacional (IMO), incluindo o Brasil, para reduzir as emissões provenientes do transporte marítimo, com o objetivo de zerar as emissões líquidas de gases de efeito estufa até 2050.

    A International Organization for Standardization (ISO), na edição mais recente da norma ISO 8217, publicada em maio, já admite o uso de 100% de biodiesel na navegação. Com base na experiência dos testes autorizados pela ANP e nas revisões das normativas internacionais, a Diretoria da ANP também sugeriu a inclusão da revisão da Resolução ANP nº 903/2022 no próximo ciclo da Agenda Regulatória da ANP.

  • PIB da cadeia da soja e do biodiesel cresce 21% em 2023, mas renda real recua 5,3%

    PIB da cadeia da soja e do biodiesel cresce 21% em 2023, mas renda real recua 5,3%

    O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel cresceu 21% em 2023 frente ao ano anterior, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    O levantamento do Cepea/Abiove indica que o expressivo avanço anual se deve a elevações do PIB de todos os segmentos da cadeia produtiva, com destaque para a soja dentro da porteira. Entre 2022 e 2023, os crescimentos do PIB foram: de 6,24% para insumos; de 39,2% para a soja; de 6,82% para a agroindústria; e de 16,58% para os agrosserviços.

    No entanto, a renda real da cadeia em 2023 caiu 5,34% frente a 2022, devido ao comportamento de queda nos preços. De todo modo, a cadeia produtiva manteve sua elevada dimensão econômica, e agregou PIB expressivo de R$ 635,9 bilhões em 2023, representando 23,2% do PIB do agronegócio e 5,9% do PIB brasileiro.

    Mercado de trabalho

    A população ocupada (PO) na cadeia da soja e do biodiesel em 2023 foi de 2,32 milhões de pessoas, 10,74% acima do ano anterior, garantindo novo recorde no mercado de trabalho dessa cadeia. Com esse resultado, as participações da PO da cadeia produtiva na PO do agronegócio e na do Brasil se mantiveram expressivas: em 10,07% e em 2,35%, respectivamente.

    O levantamento Cepea/Abiove indica que a agroindústria do biodiesel manteve destaque quanto ao aumento da geração de empregos, com avanço de 18,45% no número de pessoas ocupadas entre 2022 e 2023. Também houve aumento do emprego nos segmentos de insumos (6,15%) e de agrosserviços (17,04%), refletindo os excelentes resultados das produções dentro da porteira e agroindustrial, que estimulam os segmentos a montante e a jusante na cadeia produtiva. Por sua vez, a população ocupada reduziu no campo (-4,82%) e na agroindústria de esmagamento e refino (-5,13%).

    Comércio exterior

    Em 2023, o valor exportado pela cadeia produtiva somou US$ 67,6 bilhões, ficando 10,24% acima do registrado em 2022. Segundo pesquisadores do Cepea/Abiove, esse aumento é atribuído aos maiores volumes embarcados (+24,59%), tendo em vista que os preços de exportação caíram (-11,52%).

    De 2022 a 2023, houve aumento nos valores exportados de soja, biodiesel e farelo de soja – em todos os casos, devido aos maiores volumes embarcados. Na mesma comparação, houve redução nos valores exportados de óleo de soja, glicerol e proteína de soja.

    Entre 2022 e 2023, os valores exportados pela cadeia produtiva aumentaram para a China (+21,86%), América do Norte (143,41%), Leste Asiático (2,24%) e Sudeste Asiático (+1,23%) – os quais, em conjunto, representaram 72,39% das exportações da cadeia produtiva no ano.

    Novas regulamentações têm mudado a composição das exportações da cadeia produtiva, com avanço para destinos como a União Europeia e América do Norte. Ressalta-se que escoamento de produtos da cadeia produtiva para o mercado chinês manteve-se expressivo ao longo de 2023.

  • Transportadoras apresentam preocupações sobre aumento do biodiesel no diesel fóssil

    Transportadoras apresentam preocupações sobre aumento do biodiesel no diesel fóssil

    O recente anúncio do aumento do biodiesel no diesel fóssil tem preocupado transportadoras no país. Por isso, na última semana o presidente da CNT (Confederação Nacional do Transporte) levou ao ministro dos Transportes, Renan Filho, as preocupações relacionadas ao impacto da adição de biodiesel de base éster ao diesel fóssil na atividade transportadora. Enquanto a mistura subiu de 10% para 14% em 2022, em conformidade com a resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética), na prática, as empresas têm enfrentado desafios significativos.

    Durante a reunião em Brasília (DF), que contou com a presença da ex-ministra e ex-senadora Kátia Abreu, do diretor executivo da CNT, Bruno Batista, e da gerente executiva Ambiental da CNT, Erica Marcos, a Confederação enfatizou a importância de condicionar o aumento da mistura a testes de viabilidade técnica, melhorar as especificações do biodiesel, implementar medidas de controle de qualidade e considerar sempre o setor de transporte nas políticas públicas.

    Vander Costa, presidente da CNT, ressaltou a necessidade de uma definição técnica precisa da mistura adequada de biodiesel para garantir redução eficiente de emissões. “Entendemos que é necessário ampliar o debate, e o setor de transporte precisa ser ouvido”, afirmou, destacando dados técnicos que indicam aumento no consumo e nos custos operacionais do transporte com teores de biodiesel acima de 10%.

    Durante a reunião, foram apresentados resultados da Sondagem CNT sobre o biodiesel brasileiro, indicando que 60,3% dos empresários do setor de transporte relataram problemas mecânicos relacionados ao teor da mistura. As principais ocorrências foram aumento na troca de filtros (82,7%) e falhas no sistema de injeção (77,1%), resultando em aumento nos custos de manutenção dos veículos.

    Além disso, foi compartilhado o caso da empresa Sambaíba, que atua no transporte público de São Paulo, onde testes demonstraram a presença de resíduos em tanques, filtros e peças automotivas com teores de biodiesel acima de 10%, resultando em aumento dos custos operacionais e perda de potência da frota.

    Os participantes também tiveram acesso aos resultados de um estudo da UnB (Universidade de Brasília), que indicou perda de potência e aumento de emissões quando caminhões foram abastecidos com diesel B20 em comparação com B7.

    O ministro Renan Filho concordou com a urgência do tema e se comprometeu a considerar as preocupações do setor de transporte na definição das políticas relacionadas à transição energética. O diretor da CNT, Bruno Batista, destacou a importância de explorar outras soluções, como o diesel verde (HVO), que pode oferecer melhor custo-benefício e segurança aos transportadores.

  • Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    Mistura de biodiesel no diesel sobe para 14% a partir desta sexta

    O percentual da mistura de biodiesel no diesel, a partir desta sexta-feira (1º), aumentou de 12% para 14%, o B14. O biodiesel é produzido a partir de fontes renováveis como óleos vegetais e gorduras animais, e é considerado uma alternativa aos combustíveis fósseis, contribuindo para transição energética. O diesel é usado por veículos rodoviário de cargas, como caminhões; transporte coletivo (ônibus) e modelos off-road, como picapes.

    A decisão de antecipar o cronograma de aumento da mistura de biodiesel foi tomada em dezembro de 2023, pelo Conselho Nacional de Política Energética (CNPE). A previsão era de que o índice fosse alcançado apenas em 2025.

    À época, o Ministério da Agricultura e Pecuária afirmou que a medida deve evitar a emissão de cinco milhões de toneladas de CO₂ na atmosfera e reduzir a importação do combustível fóssil.

    Além da descarbonização, o modelo traz ganho para segurança energética brasileira, pois economiza a importação de 2 bilhões de litros de diesel, aponta o Ministério de Minas e Energia (MME).

    Para o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, a medida é também beneficia os produtores agrícolas de diferentes portes. “Fortalecemos não só o nosso agronegócio, mas a agricultura familiar, combatendo as desigualdades e respeitando as vocações regionais. Prova disso é o decreto de reformulação do Selo Biocombustível Social, que editamos recentemente, fazendo com que toda a cadeia produtiva se desenvolva, desde o pequeno cooperado que tem a sua plantação até a grande usina produtora de biodiesel”.

    O Ministério de Minas e Energia estima que, para garantir o aumento do biodiesel, a demanda de matéria-prima deve subir, sobretudo da soja, cerca de 6 milhões de toneladas do grão até 2025, quando será adotado o B15.

    A pasta também projeta que os gastos com importação do derivado fóssil podem ser reduzidos em R$ 7,2 bilhões e as usinas instaladas devem recuperar a capacidade produtiva ociosa.

    A próxima alteração no percentual de mistura do biodiesel será em 1º de março de 2025, quando o diesel passará a ter 15% de biodiesel (B15).

    Edição: Aline Leal

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  • Cepea/Abiove: dados do 3° tri apontam crescimento de 21% no PIB da soja e do biodiesel em 2023

    Cepea/Abiove: dados do 3° tri apontam crescimento de 21% no PIB da soja e do biodiesel em 2023

    O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel pode avançar 20,89% em 2023 frente ao ano anterior, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    A nova estimativa, que incorpora informações do terceiro trimestre de 2023, apresenta melhora de 0,06 p.p. frente ao relatório anterior, o que se deve, por sua vez, ao bom resultado do PIB do biodiesel no período, que deve avançar 16,68% em 2023 (sendo 3,87 p.p. acima da estimativa anterior).

    No entanto, devido ao comportamento desfavorável dos preços, a renda real da cadeia poderá recuar 5,12% frente a 2022, conforme ressaltam pesquisadores do Cepea/Abiove. Ainda assim, o PIB da soja e do biodiesel em 2023 segue estimado em expressivos R$ 637 bilhões, representando 24,3% do PIB do agronegócio e 5,9% do PIB brasileiro.

    Mercado de trabalho

    A população ocupada (PO) na cadeia no 3° tri de 2023 foi de 2,27 milhões de pessoas, 11% acima do mesmo período de 2022. Já frente ao trimestre imediatamente anterior, houve queda de 1,9%, o que deve refletir a finalização da colheita pelo País. Com esse resultado, as participações da PO da cadeia produtiva na PO do agronegócio e na do Brasil foram de 9,79% e 2,27%, respectivamente.

    O levantamento Cepea/Abiove indica que a agroindústria manteve destaque na geração de empregos. A PO aumentou 13,5% entre os terceiros trimestres de 2022 e de 2023, com ampliação nos três subsetores industriais (esmagamento e refino; rações; e biodiesel).

    Comércio Exterior

    No terceiro trimestre de 2023, o valor exportado pela cadeia produtiva, de US$ 15,9 bilhões, reduziu em comparação ao trimestre imediatamente anterior – em que foi obtido o recorde histórico para um trimestre (US$ 26,8 bilhões) –, replicando o padrão sazonal de pico de exportações no segundo trimestre do ano.

    Já na comparação com o trimestre equivalente de 2022, livre de efeitos sazonais, ocorreu um aumento de 6,35% no valor exportado pela cadeia. Esse incremento decorreu dos maiores volumes embarcados (+31,22%), tendo em vista que os preços de exportação caíram (-18,95%).

    Também entre os terceiros trimestres de 2022 e de 2023, os valores exportados aumentaram para a China (+20,41%), América do Norte (969,40%), Leste Asiático (8,15%) e África (+59,84%) – os quais, em conjunto, representaram 66,53% das exportações da cadeia no trimestre.

  • Amaggi terá primeira fazenda 100% biodiesel B100. Produção do combustível será de indústria de Lucas do Rio Verde

    Amaggi terá primeira fazenda 100% biodiesel B100. Produção do combustível será de indústria de Lucas do Rio Verde

    O grupo Amaggi anunciou anunciou semana passada que terá a primeira fazenda no país a utilizar 100% de biodiesel nos maquinários de uma de suas propriedades. O B100, à base de soja, que vai abastecer os maquinários da propriedade será produzido pela própria empresa, em sua fábrica de biodiesel em Lucas do Rio Verde.

    Segundo a Amaggi, este é um passo importante e inovador na estratégia de descarbonização de suas operações. A partir de março de 2024, o biodiesel (B100) será o único combustível utilizado nos maquinários das operações da Fazenda Sete Lagoas, em Diamantino, em parceria com a fabricante John Deere.

    A Fazenda Sete Lagoas tem 3,6 mil hectares e produz soja e milho.

    “Uma das nossas metas é a descarbonização dos nossos negócios, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa”, comenta Judiney Carvalho, presidente executivo da empresa.

    Segundo Carvalho, essa iniciativa está alinhada ao que foi discutido na COP28, que aconteceu em Dubai entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro: os países deverão fazer a transição energética e reduzir cada vez mais o uso de combustíveis fósseis. A redução profunda, rápida

    A escolha da Fazenda Sete Lagoas para ser a primeira a operar integralmente com biodiesel B100 se deu por sua relevância ambiental, pois sua área abriga uma das nascentes que formam o Rio Paraguai, curso d’água que atravessa os biomas Cerrado, Pantanal e Chaco, e é um dos mais importantes da América do Sul.

    Parceria

    Os testes da empresa para operar com o B100 começaram em março de 2022, na Fazenda Itamarati, a maior da companhia, em Campo Novo do Parecis. Ao todo, já são quase 20 mil horas de operação de máquinas com o biocombustível, o que atesta a segurança e eficácia para sua utilização.

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    Iniciativa da Amaggi é realizada em parceria com a John Deere (Foto: Divulgação)

    O avanço no trabalho contou com a importante parceria da John Deere, uma das principais fabricantes de máquinas agrícolas, máquinas pesadas de construção e implementos do mundo.

    “Representamos uma companhia que busca oferecer o melhor ao seu cliente e não se limita apenas ao produto ou às áreas de negócios, mas a toda a comunidade e ao planeta. Nesse sentido, os motores da John Deere são capazes de serem movidos à biodiesel. Esta iniciativa reforça nosso compromisso diário com a redução das emissões de gases de efeito estufa, bem como contribui para uma agricultura cada vez mais sustentável”, afirma Adilson Butzke, diretor de Vendas da Divisão de Construção da John Deere para a América Latina.

    A operação com B100 na Fazenda Sete Lagoas terá início após anuência da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). O pedido à autarquia será feito em breve, após autorização a ser emitida por órgão ambiental competente.

  • Combustível do futuro: Governo Federal pode aumentar mistura de biodiesel para até 25%

    Combustível do futuro: Governo Federal pode aumentar mistura de biodiesel para até 25%

    A adição gradativa de biodiesel ao diesel fóssil é uma alternativa eficaz para fomentar a mobilidade sustentável com baixa emissão de carbono e ainda contribuir para que o Brasil alcance os objetivos globais de redução de emissão de gases do efeito estufa.

    Está em análise na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 4516/23, chamado de “Programa do Combustível do Futuro”, que pretende aumentar a margem de mistura obrigatória de biodiesel, hoje entre 6% e 15%, para 10% a 25%. A inciativa é do Ministério de Minas e Energia (MME) que também avalia as questões de viabilidade técnica e econômica para implantação da mudança.

    Com o programa Combustível do Futuro, o Brasil reafirma seu compromisso com a liderança na transição energética e na luta contra o aquecimento global e Mato Grosso tem papel fundamental nesta transição energética.

    “Como há muito tempo temos defendido, o uso do biodiesel traz uma série de benefícios ambientais, sociais e econômicos que vão desde a geração de novos postos de trabalho, redução de gases de efeito estufa, desenvolvimento regional e conexão entre cadeias produtivas”, pontua Rodrigo Guerra, vice-presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) e do Sindicato das Indústrias de Biodiesel de Mato Grosso (SindiBio -MT)

    Na segunda-feira (04), o ministro do MME, Alexandre Silveira, anunciou durante o painel sobre combustível do futuro na COP 28, em Dubai, os recursos que serão aplicados até 2037 e para desenvolver a produção e uso de combustíveis sustentáveis.

    “É extremamente possível que a gente chegue até 25% [de biodiesel] na mistura com o tempo, dependente de decisão do Conselho Nacional de Política Energética”, enfatizou o ministro ao anunciar o investimento de R$ 200 bilhões para o setor de biocombustíveis no Brasil.

    O presidente da Fiemt, Silvio Rangel, também participa da COP28 e nesta semana representou o estado no debate sobre indústria e sustentabilidade.

    “É possível aliar o desenvolvimento econômico à sustentabilidade e o aumento da mistura de biodiesel é uma atitude prática nesta agenda já que além de contribuir na descarbonização da economia fortalece a cadeia de alimentos”, declara o presidente que durante a programação da COP 28 se reuniu com o ministro Alexandre Silveira.

    Mato Grosso protagonista

    Mato Grosso tem papel fundamental para contribuir nessa transição energética já que o estado é líder na produção de soja, uma das matérias-primas mais importantes para a produção desse biocombustível, além de possuir 15 usinas que têm capacidade autorizada de produção anual de 2,6 bilhões de litros.

    Por isso, o Sindibio-MT e a Fiemt apoiam a iniciativa do Governo Federal e tem trabalhado junto pela aprovação desse projeto. De acordo com SindiBio-MT, a agregação de valor da industrialização da soja em Mato Grosso chega a 70%. Ou seja, uma tonelada de soja in natura comercializada tem valor de R$ 2.742,28. Se essa mesma quantidade de grão for transformada em biodiesel com os seus subprodutos, o valor de comercialização chega a R$ 4.663,52.

    Além disso, de acordo com o mesmo estudo produzido pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), cada emprego direto gerado pelo setor de biocombustível representa 91 empregos indiretos e outros 201 empregos induzidos. Esse efeito multiplicador é o maior, entre todas as atividades econômicas, registradas no estado.

  • ANP regulamenta a importação de biodiesel

    ANP regulamenta a importação de biodiesel

    A Diretoria da ANP aprovou nesta quinta-feira (23/11) resolução que regulamenta a importação de biodiesel para uso na mistura obrigatória ao óleo diesel de origem fóssil, alterando as Resoluções ANP nº 777/2019 e nº 857/2021. A liberalização das importações de biodiesel pelo Brasil poderá dar acesso ao produto no mercado internacional, com diferentes origens alternativas, trazendo potenciais benefícios aos consumidores brasileiros.

    No Brasil, o biodiesel é utilizado para a mistura obrigatória ao óleo diesel, em proporção, atualmente, de 12%, além de outros usos experimentais e de consumo próprio (para os dois últimos, já era permitida a importação). Segundo a resolução aprovada, o volume importado de biodiesel, por cada distribuidor de combustíveis, estará limitado a 20% do volume total para a mistura obrigatória. Isso porque a Resolução ANP nº 857/2021 determina que os distribuidores deverão comprovar mensalmente aquisição de biodiesel oriunda de produtor detentor do Selo Biocombustível Social, em parcela mínima de 80%.

    A medida da ANP segue diretriz do Conselho Nacional de Polícia Energética (CNPE), que determinou, na Resolução CNPE nº 14/2020, que a ANP regulamentasse a importação desse produto.

    A mesma resolução do CNPE estabeleceu que todo o biodiesel necessário para atendimento ao percentual obrigatório de mistura ao óleo diesel deve ser contratado mediante modelo de comercialização regulado pela ANP, estabelecido na Resolução nº 857/2021 da Agência.

    A resolução aprovada hoje irá alterar pontualmente a Resolução ANP nº 777/2019, que, em seu art. 15, § 2º, limitava a comercialização do biodiesel importado apenas para fins de consumo próprio do adquirente ou para uso experimental autorizado pela Agência; e a Resolução ANP nº 857/2021, para inserir o agente de comércio exterior na prática de comercialização do biodiesel por spot market, e retirar a limitação da comercialização do biodiesel importado com a exclusão do §3º do art. 1º.

  • PIB da soja e do biodiesel em 2023 deve crescer mais de 20%

    PIB da soja e do biodiesel em 2023 deve crescer mais de 20%

    O PIB total da cadeia da soja e do biodiesel deve crescer 20,72% este ano frente a 2022, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), da Esalq/USP, em parceria com a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove).

    Segundo pesquisadores do Cepea/Abiove, o resultado positivo do PIB da cadeia produtiva no segundo trimestre refletiu o desempenho do PIB da agroindústria, em especial, do biodiesel e do esmagamento e refino. Isso trouxe reflexos no mercado de trabalho do segmento agroindustrial. A geração de empregos aumentou 4,63% frente ao mesmo trimestre de 2022. Já as exportações da cadeia registraram recorde, de US$ 26,8 bilhões, impulsionadas pelos maiores volumes embarcados, sobretudo do grão e do farelo de soja.

    Apesar desse cenário, em razão do comportamento desfavorável dos preços ao longo do segundo trimestre, a renda real da cadeia poderá recuar 6,23% em 2023 frente a 2022. Ainda, devido a essa pressão negativa, as representatividades do PIB da cadeia no PIB do agronegócio e no PIB brasileiro foram reestimadas para baixo: 24,3% e 5,8%, respectivamente. De todo modo, nota-se que a cadeia produtiva manteve sua elevada dimensão econômica, com o PIB em 2023 estimado em expressivos R$ 637 bilhões.

    Mercado de trabalho

    A população ocupada (PO) na cadeia da soja e do biodiesel no segundo trimestre de 2023 foi de 2,32 milhões de pessoas, 12,26% acima do segundo trimestre do ano passado. Já frente ao trimestre imediatamente anterior, houve queda de 3,14%, o que deve refletir a finalização da colheita da soja nas principais regiões produtoras do País. Com isso, as participações da PO da cadeia produtiva na PO do agronegócio e na do Brasil se mantiveram expressivas: em 10,07% e 2,34%, respectivamente.

    A agroindústria se destacou frente ao relatório anterior. A população ocupada aumentou 4,63% entre os segundos trimestres de 2022 e de 2023. Essa melhora se deve ao biodiesel e às rações.

    Comércio Exterior

    O segundo trimestre de 2023 registrou recorde nas exportações de produtos da cadeia produtiva, considerando-se a série histórica iniciada em 2010: US$ 26,8 bilhões. Frente ao mesmo período de 2022, o aumento foi de 10,04% em valor e de 30,88% em volume.  Esse crescimento do valor exportado decorreu dos maiores volumes de soja em grão e de farelo de soja embarcados, apesar da redução do preço dos produtos, de 15,28% e 3,61%, respectivamente.

    Na comparação entre os segundos trimestres de 2022 e de 2023, houve decréscimo dos valores enviados para o Oriente Médio (-30,92%), África (-27,90%), União Europeia (-11,57%), Leste Asiático (-4,51%) e Sudeste Asiático (-0,30%). Ao contrário, os valores aumentaram para a América do Norte (+100,66%) e China (+21%) – ambos representaram 60,58% das exportações da cadeia no trimestre.