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  • Biblioteca Nacional distribuirá 2 mil livros hoje no Rio

    Biblioteca Nacional distribuirá 2 mil livros hoje no Rio

    Passar pelo prédio (foto) centenário da Biblioteca Nacional, no centro do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (14), será uma oportunidade para ganhar um livro. A instituição, vinculada ao Ministério da Cultura, vai distribuir dois mil exemplares para a população.

    O ato faz parte do Dia Internacional da Doação de Livros, criado originalmente no Reino Unido em 2012 e replicado em diversas partes do mundo, sempre no dia 14 de fevereiro. A  meta é estimular o hábito da leitura e ampliar o acesso aos livros.

    Serão 40 títulos publicados pela própria Biblioteca Nacional. Cada obra terá 50 exemplares distribuídos aos visitantes. São livros de poesia, história e iconografia, entre outros temas.

    “Essa é uma data simbólica e importante que nos inspira constantemente a refletir sobre a necessidade de ampliar o número de leitores e democratizar, cada vez mais, o acesso aos livros”, afirmou a Biblioteca Nacional numa rede social.

    Entre as obras que serão distribuídas ao público figuram Olhos d’água (Conceição Evaristo, 2014); Darcy, a outra face de Vargas (Ana Arruda Callado, 2011); Divina proportione (Luca Pacioli, 2006); Kijane Kweza: um guerreiro muito capaz (Júlio Cesar Medeiros da Silva Pereira, ilustrações Vania Maria, 2014); Euclides da Cunha: uma poética do espaço brasileiro (Catálogo de exposição, 2009) e O Rio de Janeiro através das estampas antigas (Lygia da Fonseca Fernandes da Cunha, 1970).

    A Biblioteca Nacional fica na praça da Cinelândia (Av. Rio Branco, 219), e abre ao público das 10h às 17h.

    Mercado de livros

    A pesquisa Panorama do Consumo de Livros, divulgada na última sexta-feira (7) pela Câmara Brasileira do Livro (CBL) – associação sem fins lucrativos que representa editores, livreiros, distribuidores e demais profissionais do setor – aponta que, nos 12 meses anteriores a outubro de 2024 – 84% dos brasileiros com mais de 18 anos não compraram livros. ((https://agenciabrasil.ebc.com.br/cultura/noticia/2025-02/em-12-meses-16-dos-maiores-de-18-anos-compraram-ao-menos-1-livro))

    Entre os fatores que desmotivam a aquisição de livros, destacam-se o preço (35,5%), a falta de livrarias na região (26,2%) e a falta de tempo para ler (24,2%). O levantamento foi feito com base em 16 mil entrevistas.

    De acordo com outro levantamento, dessa vez do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), o ano de 2024 fechou com 55,30 milhões de livros comercializados, um crescimento de 0,7% em relação a 2023. Isso representou um faturamento de R$ 2,8 bilhões contra R$ 2,58 bilhões em 2023.

  • Prêmio literário da Biblioteca Nacional inclui tradição oral ancestral

    Prêmio literário da Biblioteca Nacional inclui tradição oral ancestral

    A Biblioteca Nacional recebe até o próxima sexta-feira (28) inscrições de autores para seu tradicional prêmio literário, realizado desde 1994. Neste ano, a novidade foi a inclusão da categoria que contempla cantos ancestrais e narrativas da oralidade, recolhidas no Brasil, entre povos originários, ribeirinhos e de matrizes culturais, o Prêmio Akuli.

    A premiação para os textos de tradição oral homenageia Akuli, jovem sábio da tribo Arekuná. A Biblioteca Nacional resgata que ele foi um exímio narrador de histórias ancestrais, e que a literatura oral sobre Macunaíma, que Akuli transmitiu ao cientista alemão Theodor Koch-Grünber, foi determinante para a obra de Mário de Andrade.

    O presidente da Biblioteca Nacional, Marco Lucchesi, explica que premiar a tradição oral em um prêmio literário agrega a perspectiva de um olhar delicado sobre a memória oral.

    “A ideia é privilegiar a produção oral, quando ela passa a integrar a fixação, o livro, a memória que se recupera – porque a Biblioteca Nacional também é a casa da memória”, afirma.

    Para se inscrever no prêmio é preciso ter nacionalidade brasileira e ter obras inéditas (1ª edição) redigidas em língua portuguesa e publicadas por editoras nacionais, entre 1º de maio de 2022 e 30 de abril de 2023. Autores independentes também podem concorrer, desde que a obra esteja em Depósito Legal e traga impresso o número do ISBN (International Standard Book Number).

    O vencedor de cada uma das 10 categorias recebe o prêmio de R$ 30 mil. Os resultados serão divulgados no Diário Oficial da União e no portal da Biblioteca Nacional, em 27 de outubro.

    Serão analisados pelas comissões julgadoras critérios: qualidade literária, originalidade, contribuição à cultura nacional, criatividade no uso dos recursos gráficos e excelência da tradução.

    Conheça as 10 categorias do prêmio:

    ● Poesia (Prêmio Alphonsus de Guimaraens)

    ● Romance (Prêmio Machado de Assis)

    ● Conto (Prêmio Clarice Lispector)

    ● Tradução (Prêmio Paulo Rónai)

    ● Ensaio Social (Prêmio Sérgio Buarque de Holanda)

    ● Ensaio Literário (Prêmio Mario de Andrade)

    ● Projeto Gráfico (Prêmio Aloísio Magalhães)

    ●Literatura Infantil (Prêmio Sylvia Orthof)

    ● Literatura Juvenil (Prêmio Glória Pondé)

    ● Histórias de Tradição Oral (Prêmio Akuli).

    Edição: Aécio Amado

  • Imortal Marco Lucchesi é indicado para Biblioteca Nacional

    Imortal Marco Lucchesi é indicado para Biblioteca Nacional

    O imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL) Marco Lucchesi foi indicado pela ministra da cultura, Margareth Menezes, para presidir a Fundação Biblioteca Nacional. O ex-presidente da fundação ao fim do governo de Jair Bolsonaro, Luiz Carlos Ramiro Júnior, foi exonerado ontem (2). 

    “Frequento aquela Casa, que amo, desde a adolescência. Respeito seus funcionários. Trabalharemos em conjunto. Obrigado, Ministra!!”, escreveu em sua conta no Twitter.

    Lucchesi já havia atuado na Biblioteca Nacional como editor da revista Poesia Sempre e também na Coordenação Geral de Pesquisa e Editoração, sendo responsável pela edição de catálogos e fac-símiles no período entre 2006 e 2011.

    Poeta, romancista, tradutor e editor, Lucchesi foi eleito para a ABL em 3 de março de 2011 e chegou a presidir a academia entre 2018 e 2021.

    Além da atuação artística e editorial, também trabalhou em projetos literários e educativos em comunidades, quilombos e prisões do Rio de Janeiro e participou da elaboração do Plano Nacional de Fomento à Leitura nos Ambientes de Privação de Liberdade.

    O escritor agradeceu as mensagens de apoio que recebeu via internet e destacou que vai trabalhar pela inclusão. “Meu compromisso continua firme com as prisões, comunidades, terras quilombas e nações indígenas. Com a democracia e a inclusão”.

    Lucchesi foi um dos intelectuais que recusou a Medalha da Ordem do Mérito do Livro no ano passado, quando o agora ex-presidente da Biblioteca Nacional decidiu homenagear o ex-deputado bolsonarista Daniel Silveira, que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por ataques à corte e à democracia, e perdoado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.

    “Se eu aceitasse a medalha seria referendar Bolsonaro, que disse preferir um clube ou estande de tiro a uma biblioteca. Agradeço, mas não posso aceitar”, disse o imortal na época.

    Edição: Maria Claudia

  • Você Sabia? Brasil tem a maior biblioteca da América Latina

    Você Sabia? Brasil tem a maior biblioteca da América Latina

    O ano é 1810. Dom João VI estava no Brasil há dois anos e decidiu que era hora de a colônia ter sua própria biblioteca. Com livros vindos de Portugal, nasce a Biblioteca Nacional, que, em 2010 completou 200 anos e está entre as dez maiores bibliotecas do mundo, segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

    Localizada no Rio de Janeiro, a Biblioteca Nacional acumula mais de 9 milhões de itens entre livros, periódicos, partituras, discos, gravuras, CDs e manuscritos. Entre os tesouros está a primeira edição do clássico Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, e dois exemplares da bíblia de Mogúncia, que foi impressa em 1462 pelo próprio Johann Gutenberg, considerado o pai da imprensa.

    Essas e outras curiosidades são apresentadas pelo presidente da Biblioteca Nacional, Rafael Nogueira, durante entrevista ao programa Brasil em Pauta deste domingo (16).

    No programa, Nogueira também aborda os mudanças trazidas pela pandemia, já que a Biblioteca teve de suspender as visitas. “Tínhamos 1.500 visitantes por dia entre locais e estrangeiros”. Em contrapartida, segundo ele, houve um crescimento de mais de 300% na plataforma digital da biblioteca. Para o futuro, a previsão é criar uma visita virtual ao espaço. “A pandemia atrasou tudo, mas a gente vai realizar e as pessoas poderão visitá-la a partir de suas casas”, diz.