Tag: bebê

  • Recém-nascido cai de bebê conforto durante acidente de carro em Nova Mutum

    Recém-nascido cai de bebê conforto durante acidente de carro em Nova Mutum

    Um grande susto tomou conta de uma mãe na manhã desta sexta-feira (14) no bairro Lírios do Campo, em Nova Mutum. A mulher, que dirigia um Hyundai HB20 pela Rua dos Cactos, perdeu o controle do veículo ao fazer a conversão para a Avenida das Gaivotas e colidiu contra uma árvore.

    O que mais chamou a atenção foi a presença de um bebê de apenas 22 dias no banco de trás, em um dispositivo de segurança (bebê conforto). Com o impacto da batida, a criança acabou caindo para trás do banco.

    Felizmente, tanto a mãe quanto o bebê não sofreram ferimentos graves. No entanto, por precaução, a equipe do Corpo de Bombeiros, acionada logo após o acidente, encaminhou ambos para a unidade hospitalar para avaliação médica.

    De acordo com especialistas em trânsito, o uso da cadeirinha é fundamental para garantir a segurança das crianças em caso de acidentes. O equipamento é capaz de reduzir em até 80% o risco de morte em caso de colisão.

    Este caso serve como um alerta para todos os pais e responsáveis que transportam crianças em veículos. É importante lembrar que a segurança dos pequenos deve ser sempre a prioridade, e o uso da cadeirinha infantil é essencial para garantir essa proteção.

  • Polícia Civil recebe laudo pericial sobre morte de bebê em creche particular de VG

    Polícia Civil recebe laudo pericial sobre morte de bebê em creche particular de VG

    A Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa recebeu nesta quinta-feira (25) o resultado do laudo de necropsia elaborado pela Perícia Oficial e Identificação Técnica de Mato Grosso que apontou que a morte do bebê de cinco meses, que estava em uma creche particular de Várzea Grande, ocorreu por traumatismo cranioencefálico.

    O delegado Marlon Luz, responsável pelas investigações, avaliou os dados apontados no laudo pericial e requisitou novas informações à perícia oficial a fim de esclarecer outras dúvidas que surgiram no decorrer da apuração.

    O laudo pericial descartou que a criança tenha sofrido asfixia, seja por água, vômito ou alimento. O resultado pericial, a Polícia Civil aponta que a morte do bebê ocorreu de ato no ambiente da creche particular.

    A equipe de investigação continua com outras diligências a fim de reunir mais elementos informativos ao inquérito policial e que possam trazer esclarecimentos sobre a morte da criança. Familiares da vítima, testemunhas e funcionários da creche estão sendo ouvidos.

    Em razão da sensibilidade da investigação, o delegado só vai se manifestar após as respostas dos quesitos complementares ao laudo pericial e convicção dos fatos.

  • Cavalo faz caretas e balança a cabeça para fazer o bebê sorrir

    Cavalo faz caretas e balança a cabeça para fazer o bebê sorrir

    Um vídeo emocionante que circula nas redes sociais mostra um cavalo cativando um bebê em um carrinho com suas travessuras. Veja muito mais em Mundo Animal.

    A cena, que já conquistou milhares de corações, demonstra a incrível conexão que pode existir entre humanos e animais.

    Cavalo “ataca” clínica odontológica e causa estrago: veja o vídeo!

    Cavalo faz amizade improvável com bebê em vídeo emocionante

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    Uma publicação compartilhada por MarchaDeOuro Mangalarga Marchador (@marchadeourooficial)

    Zeus, o cavalo brincalhão, conquista a internet com suas caretas para um bebê

    No vídeo, o cavalo, que se chama Zeus, se aproxima cautelosamente do carrinho onde o bebê está sentado. Com a cabeça inclinada e os olhos fixos na criança, Zeus começa a fazer caretas engraçadas, balançando a cabeça de um lado para o outro.

    O bebê, inicialmente surpreso, logo se encanta com as brincadeiras do equino e abre um sorriso radiante.

    Zeus, um cavalo de 5 anos da raça Mangalarga Marchador, é conhecido por seu temperamento dócil e brincalhão.

    O animal é treinado para equoterapia e frequentemente visita crianças em hospitais e escolas, onde leva alegria e conforto aos pequenos.

    O cavalo evoluiu há entre 45 milhões a 55 milhões de anos, desde uma pequena criatura com vários dedos, o Eohippus, até o animal grande e com um único dedo de hoje.
    Foto por Pixabay

    O vídeo, que foi gravado pela mãe do bebê, rapidamente se tornou viral nas redes sociais, acumulando milhões de visualizações e milhares de comentários elogiosos.

    A cena tocante demonstra o poder da interação entre humanos e animais, e serve como um lembrete da importância de cuidarmos da natureza e de seus habitantes.

  • Pediatra alerta para importância da vacinação em bebês prematuros

    Pediatra alerta para importância da vacinação em bebês prematuros

    Bebês prematuros necessitam de atenção especial em relação à vacinação, alerta a coordenadora do Centro de Referência em Imunobiológicos Especiais (Crie), de Vitória, e diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), Ana Paula Burian.

    Uma gestação é considerada normal entre 38 e 42 semanas. Isso significa que a criança que nasce com menos de 38 semanas é prematura. E abaixo de 28 semanas ou com menos de 1 quilo ao nascer é um bebê prematuro extremo. Quer dizer que esses bebês têm de cinco a dez vezes mais chances de adquirirem uma infecção comparado a outros recém-nascidos. Por isso, a vacinação é fundamental para os bebês pré-termo, ou seja, aqueles nascidos antes de 38 semanas de gestação.

    Para esse bebês, o Sistema Único de Saúde (SUS) e o setor privado têm vacinas específicas, informou Ana Paula Burian à Agência Brasil. As vacinas estão disponíveis nos centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie), que oferecem imunização às pessoas que necessitam de alguma atenção especial, como é o caso de bebês prematuros.

    Orientação

    As sociedades brasileiras de Pediatria (SBP) e de Imunizações (SBIm) recomendam que se protejam o máximo possível, com a menor reação possível. “Esse é o norte da orientação para qualquer criança e qualquer pessoa, na verdade, mas principalmente para os prematuros”, recomenda a SBP.

    Devido à imaturidade cardiológica, pulmonar e neurológica, os prematuros tendem a ter mais reação. E devido à imaturidade imunológica, eles tendem a responder menos. Ana Paula lembra que a passagem de anticorpos da mãe para o bebê ocorre mais no final da gestação. A partir de 20 semanas, ela começa a acontecer, e a quantidade vai aumentando à medida que a gravidez vai evoluindo. Quando o bebê nasce prematuro, ele ainda não recebeu a grande maioria de anticorpos protetores que a mãe passa para o filho até que ele esteja apto a produzir seus próprios anticorpos.

    Vacinas

    No SUS, todas as crianças recebem a vacina pentavalente, que garante a proteção contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e contra a bactéria haemophilus influenza tipo B, responsável por infecções no nariz, meninge e na garganta. Em outra furada, o bebê recebe a vacina pólio injetável (indicada para prevenir a poliomielite), a rotavírus monovalente oral e a pneumocócica conjugada 10-valente. Isso com 2, 4 e 6 meses. Com 3 e 5 meses, recebe a vacina da meningite C.

    No setor privado, tem a vacina pneumocócica 13 ou 15-valente, que tem mais sorotipos que a pneumo-10, e a vacina hexavalente acelular, que protege contra seis doenças com uma única furada e oferece menos reação vacinal. Além disso, tem a rotavírus que, em vez de ser monovalente, protege de cinco sorotipos do rotavírus.

    Nos centros de Referência em Imunobiológicos Especiais, os bebês prematuros têm direito à vacina hexa acelular que o setor privado dá. “Diminui o número de furadas e dá menos reação”, explica Ana Paula. Mas essa vacina é só para quem nasce com menos de 33 semanas ou com menos de 1,5 quilo de peso. Essa alteração foi feita em setembro no manual dos Crie. Antes, somente os bebês até 31 semanas eram elegíveis.

    Dor

    A coordenadora do Crie de Vitória disse que a dor nos bebês prematuros dá consequências, como apneia, isto é, ele parar de respirar, mesmo por um curto período. “É importante que o prematuro seja mais protegido, porque é mais vulnerável e, também, tenha menos reação”.

    Ela orienta os pais que não devem adiar a vacinação dos prematuros. “Eles têm que tomar as vacinas na data cronológica em que nasceram”. Se para um bebê normal é saudável tomar vacina nos 2, 4 ou 6 meses, para o prematuro também, independente da idade gestacional e de estar internado em UTI pública ou privada.

    Ana Paula esclareceu que mesmo que o prematuro com menos de 33 semanas esteja em uma UTI privada, é importante que a instituição procure a Secretaria Municipal de Imunizações para se inteirar do calendário de imunização e providenciar a vacina para a criança internada. “Cada caso será avaliado para a vacina pertinente”, disse Ana Paula.

    Edição: Fernando Fraga
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  • Regulamentação protege mãe e bebê na entrega voluntária para adoção

    Regulamentação protege mãe e bebê na entrega voluntária para adoção

    A entrega voluntária de bebês recém-nascidos para adoção é garantida legalmente e regulamentada pela Lei da Adoção (13.509/2017), que alterou o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A mudança incluiu a chamada “entrega voluntária”, possibilidade de uma gestante ou mãe entregar seu filho para adoção, em um procedimento assistido pela Justiça da Infância e Juventude.

    No Rio de Janeiro, a entrega legal de crianças recém-nascidas pela mãe ou pai biológico cresceu 22% no ano passado, com cerca de dez casos a cada mês, segundo os dados registrados pelo Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA) e divulgados pela Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro (DPRJ).

    No Brasil, em 2021 foram registradas 1.312 entregas voluntárias no país, número que subiu para 1.667 em 2022, o que representa de quatro a cinco casos por dia.

    A defensora pública Simone Moreira de Souza, explica que as mães colocam seus filhos para adoção para que tenham uma vida e um futuro seguros, e que a entrega clandestina ocorre por medo de julgamento e críticas.

    “Na maioria das vezes, são mulheres sós, pretas, sem nenhum amparo, que não conseguem exercer a maternidade. A entrega protegida permite à mãe biológica abdicar do filho legalmente, sem se expor num momento tão delicado e que, quase sempre, é de absoluta solidão, são crianças que estariam hipervulneráveis se as mães não tivessem tal atitude. Muitas dessas mulheres relatam que a entrega para adoção é um ‘ato de amor’” , salienta a defensora.

    Abordagem humanizada

    O artigo 19-A do ECA determina que gestantes ou mães que demonstrem interesse em entregar seu filho para adoção deverão ser encaminhadas para a Justiça da Infância e Juventude, órgão que deverá realizar o processo para busca de família extensa, termo utilizado pela Justiça para designar parentes ou familiares próximos.

    Em março deste ano, entrou em vigor a Resolução nº 485/2023, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta as diretrizes para atendimento adequado de gestantes que manifestem desejo de entregar filhos recém-nascidos para adoção.

    Desde o momento em que declara querer entregar o recém-nascido, a mãe deve ser assistida por uma equipe multidisciplinar capaz de ampará-la e ao bebê. O CNJ prevê um tratamento acolhedor e humanizado, que evite constrangimentos à mãe e garanta os direitos da criança, e cabe aos tribunais de justiça respeitar estes procedimentos, inclusive o sigilo do processo.

    “Mesmo nos casos em que a mãe biológica pede sigilo absoluto sobre sua identidade, os filhos, quando crescidos, podem pedir autorização judicial para ter acesso aos dados disponíveis no processo”, ressalta Souza.

    *Estagiário sob supervisão de Akemi Nitahara

    Edição: Valéria Aguiar

  • Receita de purê de abóbora: Nutritiva e perfeita para bebês

    Receita de purê de abóbora: Nutritiva e perfeita para bebês

    Hoje em dia diversas receitas são indicadas para a introdução alimentar dos bebês e a receita de purê de abóbora pode ser uma opção viável e barata para você!

    A receita de purê de abóbora fica bem molinha e é perfeita para bebês que estão começando a comer comida agora.

    Como fazer a receita de purê de abóbora?

    A receita de purê de abóbora é muito simples de fazer pois basta que você cozinhe a abóbora e depois vá amassando até ganhar a consistência de purê.

    Mais abaixo vamos detalhar todos os ingredientes que são necessários para você preparar a receita de purê de abóbora e o modo de preparo para você aprender o jeito mais fácil de fazer essa delícia de receita:

    Ingredientes da receita de purê de abóbora

    • 3 colheres de sopa de azeite de oliva extravirgem
    • 400 gramas de abóbora cabotiá cortadas em cubos grandes
    • 1 colher (chá) de caldo de legumes
    • 1/2 xícara de chá de água
    • 100 ml de leite de coco
    • 1 colher de sopa de gengibre ralado (suco)

    Modo de preparo

    1. Aqueça uma panela e coloque o azeite.
    2. Refogue os cubos de abóbora no azeite e com o caldo de legumes até dourarem levemente.
    3. Adicione a água, diminua o fogo e tampe a panela.
    4. Cozinhe até a abóbora ficar macia.
    5. Coloque no processador ou liquidificador a abóbora cozida, o leite de coco e o suco do gengibre.
    6. Bata bem até ficar cremoso e, se necessário, adicione mais leite de coco.

    Poucas receitas são tão perfeitas para introdução alimentar quanto esse tipo de purê, que é nutritivo e muito delicioso!

    Se você quiser fazer mais de uma receita, você pode fazer uma receita de nhoque de batata que é uma delícia e combina perfeitamente!

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  • Consumo de álcool na gestação traz riscos para bebê, afirma médica

    Consumo de álcool na gestação traz riscos para bebê, afirma médica

     “Se você bebe, o seu bebê também bebe” é o tema da campanha da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e Outras Drogas (Abead) que visa alertar mulheres grávidas para os riscos que o consumo de bebidas alcoólicas na gestação pode trazer para os filhos. “Esse é o nosso foco de interesse, de ação in advocacy (lobby do bem)”, disse a presidente da Abead, Alessandra Diehl. A entidade busca prevenir sobre o álcool na gestação, para evitar o que os especialistas chamam de Síndrome Alcoólica Fetal (SAF).

    No Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo, lembrado hoje (18), a psiquiatra destaca os riscos de desenvolvimento da SAF, que ainda é subnotificada no Brasil e subtratada, por não ser identificada durante a gestação. Segundo ela, não existe informação, principalmente para quem trabalha na rede de atenção primária à saúde e que faz o pré-natal, “que são as enfermeiras, os ginecologistas”, para identificar a mulher que está bebendo.

    A SAF tem alto impacto na vida da criança, da mãe, do pai e da sociedade como um todo. De acordo com a Abead, não existe bebê seguro durante a gestação porque qualquer quantidade de bebida pode trazer complicações que incluem retardo mental, microcefalia, baixo peso ao nascer, atraso no desenvolvimento neuropsicomotor, além de complicações gestacionais.

    Estudos mostram que entre 12% e 22 % das mulheres grávidas apresentam históricos de consumo de álcool durante a gravidez. Essa ingestão de álcool pode variar de beber ocasionalmente ao consumo excessivo semanal e até ao uso crônico durante os nove meses da gestação. A Abead defende medidas preventivas para o uso de álcool por mulheres grávidas devido ao risco de desenvolvimento da SAF. A estimativa é de que cerca de 1,5 mil a 6 mil crianças nasçam com SAF todos os anos no Brasil.

    A Abead sugere, entre as medidas preventivas, a adoção de rótulos de advertência sobre o álcool nas embalagens das bebidas, utilizando-os como ferramentas para aumentar a conscientização sobre os riscos gerados pelo produto. Também recomenda abordagens mais amplas de políticas públicas para o controle do consumo, com informações direcionadas ao público-alvo e específicas sobre beber na gestação. A entidade apoia o Projeto de Lei (PL) 4.259/2020, em tramitação na Câmara dos Deputados, que institui o sistema de prevenção à Síndrome Alcoólica Fetal, bem como dispõe sobre a obrigatoriedade de advertência dos riscos relacionados ao consumo de bebidas alcoólicas durante a gravidez. “É uma das primeiras iniciativas que começam a colocar a advertência em bebidas alcoólicas, indicando que a mulher não pode beber, como já existe em outros países. Acho que isso pode ajudar”, afirmou Alessandra.

    Adolescentes

    Para a presidente da Abead, outro problema que deve ser atacado sem demora por meio de políticas públicas é o consumo de álcool cada vez mais cedo entre os jovens. De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), divulgada em setembro do ano passado, 34,6% dos estudantes consultados haviam experimentado bebida alcóolica pela primeira vez antes dos 14 anos, sendo o percentual maior entre meninas (36,8%) do que entre meninos (32,3%). Mais de 63% dos estudantes entrevistados tomaram uma dose de bebida alcoólica em 2019, contra 61,4% em 2016.

    O Terceiro Levantamento Nacional sobre o Uso de Drogas pela População Brasileira, realizado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e divulgado em 2019, confirmou a dependência de álcool entre adolescentes. Segundo o estudo, 7 milhões de brasileiros menores de 18 anos, ou o correspondente a 34,3%, disseram já ter consumido bebida alcoólica na vida, sendo que 119 mil jovens entre 12 e 17 anos apresentavam algum tipo de vício em álcool.

    “É um fenômeno mundial”, disse Alessandra Diehl. Os jovens estão bebendo cada vez mais cedo. A PeNSE mostra claramente que eles começam em torno dos 14 anos”.

    O hábito entre mulheres, que começa quando jovens e se perpetua, também preocupa a Abead, que vem chamando a atenção para o fenômeno há algum tempo. No entanto, segundo a presidente da entidade, não há correspondência em termos de políticas públicas que olhem para essa questão do gênero. “Acho que esse é o nosso gap (lacuna) aqui no Brasil”.

    Alessanda advertiu que embora haja no país uma legislação que proíbe a venda de bebidas para adolescentes, os jovens conseguem comprar bebidas alcoólicas facilmente. “É fácil e não há fiscalização”, afirmou.

    Sacolé

    A psiquiatra lembrou que um novo produto acaba de ser lançado, em parceria com uma indústria de bebidas, apresentando teor alcoólico de 7,9%. “É um geladinho que contém álcool, tem colorido muito interessante e que atrai, sem dúvida, o jovem. Quero ver como vai ser a fiscalização para a venda desse produto, com teor alcoólico de 7%. São coisas que vão causando impacto entre para a iniciação precoce no Brasil”. Na sua opinião, uma parcela significativa desses jovens vai evoluir para uso mais regular e um padrão de dependência. Por si só, acrescentou, o alcoolismo já é um problema de saúde pública imenso.

    O professor de psiquiatria da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, Jorge Jaber Filho, se referiu também a essa espécie de sacolé, com 7,9% de teor alcoólico, cujas amostras estão sendo distribuídas no país gratuitamente e que pode estimular o uso por adolescentes.

    Jaber advertiu que as principais causas de morte de jovens nas grandes cidades são os acidentes, especialmente de trânsito, que envolvem consumo de álcool não só pelo condutor do veículo mas também pelos menores de idade na via pública. Em segundo lugar, aparecem os homicídios e, na terceira posição, o aumento de suicídio entre jovens que utilizam álcool e substâncias químicas, sendo o álcool em maior quantidade. “Em termos de saúde pública entre os jovens brasileiros, a liberação do álcool é devastadora, porque envolve as três principais causas de morte”, disse o psiquiatra.

    Recomendações

    Uma das recomendações feitas pela presidente da Abead no Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é que os pais devem estar atentos ao comportamento de beber dentro de casa, porque as crianças tendem a imitar o exemplo dos adultos. “Se a gente consegue postergar a iniciação de beber na adolescência, se o jovem começar a experimentação acima dos 18 ou 21 anos, as chances desse adolescente vir a desenvolver dependência diminuem em 50%. Essa é questão importante”. Para Alessandra, isso tem a ver também com propaganda, fiscalização da venda de bebida alcoólica, ou seja, diminuição da demanda.

    Segundo a médica, é preciso aumentar os fatores de proteção, entre eles o convívio com atividades mais saudáveis que não incluam bebida alcoólica e o aumento de práticas relacionadas à prevenção ao consumo de álcool, como a realização de refeições em família. “Parece pouco. Mas há uma série de estudos que avaliaram o quanto fazer refeições em família previne o uso de álcool e outras drogas, principalmente no contexto brasileiro”. Incentivo à leitura, religiosidade, espiritualidade, educação, menos jogos e convívio com áreas que não utilizam bebida são outras indicações da presidente da Abead.

    Procurado pela Agência Brasil, o Ministério da Saúde informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que está em elaboração uma linha de cuidados sobre álcool e drogas para lançamento no próximo mês de abril.

    Permissividade

    Jorge Jaber Filho lembrou ainda que é comum o consumo de álcool começar dentro da própria família. Argumentou que muitos pais acham que o fato de o filho tomar uma cerveja não tem nenhum problema quando, na verdade, estão estimulando o uso do produto que traz efeitos negativos para a saúde orgânica e mental. “De maneira geral, a sociedade é muito permissiva com o uso do álcool”.

    Para ele, embora a venda de bebidas alcoólicas seja proibida para menores, o que ocorre é um desrespeito à lei, atingindo uma atividade alarmante, que é a venda de bebidas para adolescentes em postos de gasolina. O mesmo acontece em festas e shows, onde é comum ver jovens com garrafas de refrigerante contendo bebidas alcoólicas misturadas. “Não há nenhuma manifestação da sociedade para coibir isso. É considerado normal”.

    https://www.cenariomt.com.br/saude/hoje-18-de-fevereiro-e-o-dia-nacional-de-combate-ao-alcoolismo-medicos-alertam-sobre-danos-a-saude/