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  • Vendas de veículos financiados têm queda em março, diz B3

    Vendas de veículos financiados têm queda em março, diz B3

    As vendas de veículos financiados no Brasil recuaram 2,3% no mês de março, na comparação com o fevereiro deste ano, segundo informações divulgadas nesta terça-feira (15) pela B3, a bolsa de valores de São Paulo. Em relação ao mesmo mês de 2024, a queda foi de 3,6%.

    Ao todo, foram fechadas vendas financiadas de 551 mil veículos neste ano, entre novos e usados.

    No segmento dos veículos leves, a redução foi de 4,4% na comparação com março do ano passado. Com relação a fevereiro, a diferença para menor foi de 3,8%.

    Já no setor de veículos pesados, o mês de março foi 6,7% menor que o mesmo mês de 2024, e 1,1% inferior ao fevereiro passado.

    Motocicletas em alta

    Os financiamentos de motocicletas destoaram da situação dos automóveis ou caminhões. As vendas financiadas do setor cresceram 4,8% diante dos números de março de 2024. E foram 1,5% maiores em relação a fevereiro passado.

    “O resultado do primeiro trimestre mostra que o setor continua aquecido, dando continuidade ao movimento visto no segundo semestre de 2024. Vale ressaltar que a queda em março na comparação com o mês anterior é justificada pela sazonalidade do carnaval, uma vez que a média de veículos financiados em março por dia útil é maior do que em fevereiro”, afirma o superintendente de produtos de financiamentos na B3, Daniel Takatohi.

  • Vendas financiadas de veículos novos e usados cresce 7,3% em fevereiro

    Vendas financiadas de veículos novos e usados cresce 7,3% em fevereiro

    O número de vendas financiadas de veículos novos ou usados chegou a 564 mil em fevereiro, uma alta de 7,3% em relação ao registrado no mesmo mês de 2024. Em comparação a janeiro, o resultado se manteve estável.

    Os dados, divulgados nesta segunda-feira (17) pela B3, levam em conta automóveis leves, pesados e motos.

    No segmento de automóveis leves, a alta das vendas financiadas foi de 6,7% ante fevereiro de 2024. Comparado a janeiro, houve queda de 1,5%.

    Já no segmento de motos, houve crescimento de 10,1% na comparação com o mesmo mês do ano passado e de 11% em relação a janeiro.

    E o número de financiamentos de veículos pesados no mês passado foi 1,4% maior do que em fevereiro de 2024 e 15% maior do que em janeiro.

    Primeiro bimestre

    No acumulado dos dois primeiros meses de 2025, as vendas financiadas de veículos no país somaram 1,1 milhão, um crescimento de 3,6% (ou 39 mil unidades financiadas a mais) em relação ao mesmo período do ano de 2024. O resultado é o melhor para os dois primeiros meses do ano, levando em conta os últimos dez anos.

    “O aumento dos financiamentos de veículos no acumulado do ano mostra que o setor continua aquecido, superando as excelentes marcas registradas no mesmo período do ano anterior”, destacou o diretor de Produtos de Financiamento na B3, Rodrigo Amâncio.

  • Mercado financeiro tem dia de alívio com queda do dólar e alta mensal da bolsa

    Mercado financeiro tem dia de alívio com queda do dólar e alta mensal da bolsa

    Nesta sexta-feira, 31 de janeiro de 2025, o mercado financeiro brasileiro teve um dia de alívio, com o dólar registrando sua décima queda consecutiva e fechando no menor valor em mais de dois meses. A bolsa de valores, por sua vez, recuou após a forte alta de quinta-feira (30), mas registrou a primeira alta mensal desde agosto.

    Queda do dólar

    O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 5,837, com uma queda de R$ 0,015 (-0,25%). A moeda norte-americana começou o dia em alta, atingindo R$ 5,87 na primeira hora de negociação, mas passou a cair após a abertura do mercado norte-americano. Por volta das 11h, o dólar atingiu sua mínima do dia, cotado a R$ 5,81.

    Essa é a menor cotação desde 26 de novembro de 2024. Com uma queda de 1,37% na semana, o dólar fechou janeiro com uma desvalorização de 5,54%, o maior recuo mensal desde junho de 2023, quando caiu 5,60%.

    Bolsa de valores

    Moeda dolar
    Moeda dolar – imagem: CenárioMT

    O mercado de ações teve um dia de realização de lucros. O Ibovespa, índice da B3, fechou em 126.135 pontos, com uma queda de 0,61%. O recuo foi influenciado principalmente por ações de mineradoras e bancos, com investidores vendendo papéis para embolsar os ganhos obtidos na quinta-feira.

    Apesar da queda nesta sexta, a bolsa de valores registrou uma alta de 3,1% na semana e de 4,95% em janeiro, marcando a primeira alta mensal desde agosto de 2024.

    Cenário internacional

    A queda do dólar ocorreu mesmo com a confirmação do novo presidente norte-americano, Donald Trump, de que imporá tarifas de 25% aos produtos do México e do Canadá e de 10% aos produtos da China a partir deste sábado, 1º de fevereiro. Apesar de ensaiar uma alta durante a tarde, o dólar voltou a cair no final do pregão e terminou o dia em baixa.

    Perspectivas para o mercado

    O cenário de queda do dólar e alta da bolsa reflete um momento de alívio para o mercado financeiro brasileiro, que vem enfrentando volatilidade devido a incertezas globais. Apesar das medidas protecionistas anunciadas pelos Estados Unidos, o mercado interno parece estar reagindo positivamente, com investidores buscando oportunidades em meio às oscilações.

    Analistas destacam que a queda do dólar pode trazer benefícios para a economia brasileira, como a redução de pressões inflacionárias e o estímulo ao consumo. No entanto, é importante monitorar os desdobramentos das políticas comerciais internacionais, que podem impactar o cenário econômico global.

    Com o início de fevereiro, os olhos do mercado estarão voltados para os próximos movimentos do dólar e da bolsa, além das reações às novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos.

  • Bolsa fecha ano com índice próximo ao do começo da pandemia de covid

    Bolsa fecha ano com índice próximo ao do começo da pandemia de covid

    O Ibovespa, índice principal da Bolsa de Valores de São Paulo, a B3, encerrou a movimentação no último dia de pregão do ano com 120.283 pontos, registrado às 18h11 desta segunda-feira (30), ligeira alta de 0,01% em relação à sexta-feira.

    O patamar está apenas 2% acima do registrado em 29 de dezembro de 2019, há cinco anos, quando o mercado fechou em 117.706 pontos, um mês e meio antes de começar a queda vertiginosa puxada pela resposta global à pandemia de covid 19. Em 2024 o Ibovespa recuou 12.413 pontos, ou 9,35%, cerca de 75% disso apenas nos últimos 20 dias.

    A estabilidade nas últimas 24 horas tem relação com a queda acentuada de ações da Aeris, de materiais elétricos, da Brasken, de insumos químicos, e da Azevedo & Travassos, de engenharia. As três empresas acumularam o ano com perda em valor de ações superior a 50% e foram destaque negativo no mercado hoje, com quedas respectivas de 31,29%, 19,20% e 10,48%, respectivamente. As altas foram distribuídas, com destaque para os papéis da Americanas, com aumento de 20,39% hoje, compensando parte da queda no ano, quando suas ações despencaram 93,19%.

    A B3 irá retomar negociações na próxima quinta-feira, dia 02 de janeiro. Costumeiramente, e diferente de 2020, o recesso nos 3 poderes e o ritmo calmo nos mercados externos costuma evitar grandes quedas e, ao contrário, apontar tendência de alta nos fechamentos do mês, nos últimos anos.

    Dólar

    A negociação da moeda norte-americana apresentou leve baixa em relação ao real nesta segunda-feira. O dólar à vista fechou em queda de 0,22%, cotado a R$ 6,179. No ano, a moeda norte-americana acumulou alta de 27,36%, maior oscilação desde 2020, quando avançou 29,3% em relação ao real. O dólar abriu o ano cotado a R$ 4,891.

    A queda foi puxada pela atuação direta do Banco Central nos mercados em dezembro, com venda de US$ 15 bilhões somente em dezembro, para segurar o avanço das cotações, que ultrapassaram o valor nominal de R$ 6 pela primeira vez na história em novembro e atingiram a cotação máxima histórica de R$ 6,2679 neste mês. Somente hoje foram US$ 1,815 bilhão leiloados no mercado.

    Incertezas em relação aos cortes de gastos de contas públicas e oscilação em mercados internacionais foram apontados como fatores decisivos na disparada durante o ano. Parte da base governista atrelou a subida a pura especulação financeira de investidores, com saída de capital relacionada a mudança nas políticas de juros nos Estados Unidos.

    Pela nona vez consecutiva, o Boletim Focus elevou a previsão do preço do dólar para 2025. De acordo com o relatório, a previsão é que a moeda custe, em média, R$ 5,96 no próximo ano. Há uma semana, o Boletim Focus estimava um dólar a R$ 5,90. Por sua vez, a LDO aprovada no Parlamento prevê uma taxa de câmbio média de R$ 4,98 para o próximo ano.

    *com informações da Agência Reuters

  • Governador destaca Mato Grosso como destino seguro e estável para investimentos

    Governador destaca Mato Grosso como destino seguro e estável para investimentos

    Mato Grosso, descrito como um “gigante de oportunidades”, foi o tema central de um evento voltado a investidores de todo o Brasil. Durante o Roadshow do Programa de Concessões Rodoviárias, realizado na Bolsa de Valores B3, em São Paulo, o governador Mauro Mendes destacou os esforços do estado para criar um ambiente seguro e confiável para investimentos.

    Na ocasião, Mendes anunciou um projeto de concessão envolvendo 2.100 km de rodovias estaduais, divididos em seis lotes. O leilão está previsto para fevereiro de 2025, com um investimento total estimado em R$ 8 bilhões ao longo de 30 anos.

    “Mato Grosso é um parceiro confiável para o setor privado: cumprimos nossas obrigações e oferecemos transparência e estabilidade para investimentos. Nossa gestão fiscal eficiente permitiu destinar quase 20% da receita estadual a investimentos. Além disso, reduzimos a burocracia e estabelecemos metas claras para os serviços públicos”, afirmou o governador.

    O governador destacou ainda os avanços na infraestrutura, com quase 1.000 km de rodovias construídas anualmente. A meta é alcançar 7.000 km de estradas asfaltadas em oito anos, consolidando o estado como referência logística no Brasil.

    Mendes também ressaltou o crescimento populacional projetado para o estado pelo IBGE, evidenciando o potencial econômico e as baixas taxas de desemprego, atualmente em 2,3%. Ele frisou a diversificação econômica em setores como energia renovável e tecnologia, além do fortalecimento do agronegócio.

    O evento contou com a participação de representantes do mercado financeiro, empresários, o deputado estadual Nininho e o secretário de Infraestrutura e Logística de Mato Grosso, Marcelo Oliveira.

    Fonte: Secom-MT

  • Governo de Mato Grosso Apresenta Concessões Rodoviárias a Investidores na B3

    Governo de Mato Grosso Apresenta Concessões Rodoviárias a Investidores na B3

    O Governo de Mato Grosso apresentou o Programa de Concessões Rodoviárias para investidores do mercado privado, durante evento realizado na B3, a Bolsa de Valores, em São Paulo. Foram destacadas oportunidades de investimentos no estado e detalhes dos lotes de rodovias a serem leiloados.

    No total, 2.104 quilômetros de rodovias serão leiloados em seis lotes, com um investimento previsto de R$ 8 bilhões durante os próximos 30 anos.

    O governador destacou o ambiente favorável ao investimento privado criado por políticas fiscais rígidas e reforçou que Mato Grosso é líder nacional na produção agropecuária. “Se Mato Grosso investe muito, ele cria um ambiente favorável ao investimento privado”, afirmou.

    O secretário de Infraestrutura e Logística destacou os avanços na logística estadual, mencionando que 4.955 km de rodovias foram asfaltados nos últimos seis anos. Ele também ressaltou que os investimentos atuais em rodovias estaduais criarão condições propícias para o aumento da movimentação nas rodovias concessionadas.

    O leilão será realizado na Bolsa de Valores em São Paulo, no dia 07 de fevereiro de 2025, com critérios de escolha baseados no menor valor de pedágio combinado com aportes financeiros escalonados.

    Confira os lotes a serem leiloados:

    • Rota do Arinos (Lote 1): 237 km entre Tapurah e Juara.
    • Rodovia da Produção (Lote 2): 418 km passando por vários municípios, incluindo Tangará da Serra e Nova Mutum.
    • Rota do Rio Acima (Lote 3): 161 km entre Cuiabá e Rosário Oeste.
    • Rodovia da Integração (Lote 5): 308,3 km entre Água Boa e Paranatinga.
    • Rodovia Multimodal (Lote 6): passando por municípios como Sinop, Sorriso e Chapada dos Guimarães.
    • Rota Juruena (Lote 8): 344 km entre Brasnorte, Castanheira e Juína.

    Fonte: Sinfra-MT

  • Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões aos acionistas

    Petrobras aprova pagamento de R$ 20 bilhões aos acionistas

    O Conselho de Administração da Petrobras aprovou nesta quinta-feira (21) o pagamento de R$ 20 bilhões de dividendos extraordinários aos acionistas. O valor equivale a R$ 1,55174293 por ação ordinária e preferencial em circulação. Serão R$ 15,6 bilhões como dividendos intermediários, com base na reserva de remuneração do capital, e R$ 4,4 bilhões como dividendos intercalares.

    A estatal informa que a distribuição está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas vigente, que prevê que a distribuição de remuneração extraordinária, desde que a sustentabilidade financeira da Petrobras seja preservada.

    Para quem tem ações de emissão da Petrobras negociadas na B3, o pagamento da parcela única será feito em 23 de dezembro de 2024. Os detentores de ADRs (American Depositary Receipt – certificado, emitido por bancos norte-americanos, que representa ações de uma empresa fora dos Estados Unidos) receberão o pagamento a partir de 03 de janeiro de 2025.

    A data de corte, segundo a Petrobras, é 11 de dezembro de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3; e 13 de dezembro de 2024 para os detentores de ADRs negociados na New York Stock Exchange (NYSE). As ações da Petrobras serão negociadas ex-direitos na B3 a partir de 12 de dezembro de 2024.

    Também foi informado que o pagamento será contemplado na proposta de remuneração aos acionistas do exercício de 2024 a ser aprovada na Assembleia Geral Ordinária de 2025, e terá o valor reajustado pela taxa Selic desde a data do pagamento até o encerramento do exercício social corrente, para fins de cálculo do montante a ser descontado.

  • Financiamentos de veículos novos e usados cresceram 14,8% em agosto

    Financiamentos de veículos novos e usados cresceram 14,8% em agosto

    A melhoria da renda, o aumento da oferta de trabalho e a perspectiva de estabilidade econômica foram os principais fatores para o aumento de 14,8% das vendas financiadas de veículos novos e usados em agosto deste ano. Foram negociadas 631 mil unidades em comparação às 550 mil unidades de veículos novos e usados vendidos por meio de financiamentos no mesmo mês de 2023.

    Pesquisa feita pela B3 (Bolsa do Brasil) apontou que o aumento das vendas financiadas em relação a julho deste ano foi 0,9%, quando 626 mil unidades foram negociadas.

    No segmento de veículos leves, a alta também foi 14,8% em comparação a agosto de 2023, mas houve uma queda de 3,1% em relação a julho deste ano. O financiamento de veículos pesados teve crescimento de 14,1% na comparação com agosto do ano passado, indicando que as empresas de logística estão renovando suas frotas, até porque houve aumento de 3,2% em relação ao mês de junho deste ano.

    Já o financiamento de motocicletas foi 15,1% maior em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano anterior e 13,8% a mais do que foi financiado em julho deste ano.

    “Encerramos o mês de agosto com o maior número de veículos financiados desde agosto de 2012, o que reforça o ritmo forte apresentado no início deste segundo semestre. O segmento de motos mantém-se como destaque, com um crescimento de 29% no acumulado do ano em relação ao mesmo período do ano anterior”, informou Gustavo de Oliveira Ferro, gerente de Planejamento e Inteligência de Mercado na B3.

    “No entanto, vale ressaltar o desempenho de automóveis e comerciais leves. Esse segmento representa mais de 70% do total de veículos financiados e teve um crescimento de 21% nessa mesma base de comparação”, acrescentou.

    A B3 opera o Sistema Nacional de Gravames (SNG), a maior base privada do país, que reúne o cadastro das restrições financeiras de veículos dados como garantia em operações de crédito em todo território nacional.

    Edição: Aécio Amado

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  • Dólar sobe para R$ 5,65 nesta segunda-feira (01/07)

    Dólar sobe para R$ 5,65 nesta segunda-feira (01/07)

    Em um dia de turbulências nos mercados interno e externo, o dólar superou R$ 5,65, alcançando o maior valor desde janeiro de 2022. O dólar comercial fechou a segunda-feira (1º) a R$ 5,653, com alta de 1,15%. A cotação se manteve estável pela manhã, mas subiu à tarde, encerrando no ponto máximo do dia. Em 2024, a moeda americana acumula alta de 16,48%.

    A bolsa de valores registrou alta, impulsionada por empresas exportadoras de commodities. O índice Ibovespa fechou aos 124.765 pontos, com alta de 0,69%. A valorização das ações de exportadoras foi um fator decisivo.

    Pressões domésticas e internacionais influenciaram o mercado. No exterior, o aumento das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano estimulou a fuga de capitais de países emergentes. No Brasil, a piora das expectativas de inflação no boletim Focus e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central impactaram negativamente. Lula reiterou que os juros atuais são altos e afirmou que nomeará um presidente para a autarquia que tenha uma visão mais alinhada com a realidade do país.

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  • Tesouro Direto destinará R$ 5,2 milhões a startups com foco social

    Tesouro Direto destinará R$ 5,2 milhões a startups com foco social

    As pessoas físicas que compram títulos públicos pela internet passarão a ajudar empreendimentos sociais. O Tesouro Direto destinará R$ 5,2 milhões a até 40 startups com negócios de impacto, cuja atividade principal oferece soluções inovadoras para problemas sociais e ambientais. Terão prioridade os projetos de educação financeira e profissionalizante, de inclusão de pessoas especiais e de promoção do meio ambiente e da economia circular.

    Os recursos virão da taxa de custódia de 0,2% ao ano sobre o saldo das aplicações que os investidores do Tesouro Direto, programa de venda de títulos públicos a pessoas físicas, pagam à Bolsa de Valores (B3). Pelo contrato entre o Tesouro Nacional e a B3, 20% da receita projetada com a arrecadação da taxa, limitada a R$ 50 milhões por ano, serão repassados a projetos sociais e de sustentabilidade.

    As empresas interessadas podem se inscrever a partir desta terça-feira (25), no site www.tdimpacta.com.br. A montagem da plataforma teve o apoio da Artemisia, organização que apoia negócios de impacto fundada em 2005 e que beneficiou 770 empresas por meio de programas de aceleração, apoio em projetos-piloto de inovação aberta (soluções que podem ser reproduzidas por outras empresas) e articulação de investimentos. A organização também ajudará na escolha dos projetos.

    “A iniciativa busca criar uma rede de inovação em tecnologias de fronteira, permitindo levar, numa escala e numa qualidade diferenciada, a educação financeira. Por um lado, a educação financeira para os mais jovens, porque [esse] é o grande papel do Tesouro Direto. Por outro, também apoiar o desenvolvimento de soluções inovadoras para a educação profissionalizante, de inclusão de pessoas especiais e, por fim, projetos socioambientais”, explica o secretário do Tesouro Direto, Rogério Ceron, em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

    Capacitação

    As 40 empresas escolhidas receberão tanto apoio financeiro como capacitação gratuita e online. Ao longo da jornada, as empresas serão avaliadas por critérios de desempenho e engajamento. Ao final do processo, os projetos destaques de cada categoria receberão um valor adicional.

    As empresas escolhidas serão divididas conforme o estágio de maturidade do negócio. As categorias são as seguintes: criação (talentos interessados em empreender, que querem tirar uma ideia do papel); aceleração (para empresas em estágio inicial com um protótipo ou produto mínimo viável que precisam de apoio para desenvolver o modelo de negócio); e inovação aberta (negócios em estágio de tração ou escala, interessados em fazer testar o conceito com os parceiros da iniciativa).

    Todos os recursos financeiros serão concedidos no formato de doação. Na categoria criação, serão escolhidos até 20 empreendedores que receberão R$ 20 mil cada. Ao final, os cinco participantes que se destacarem dividirão R$ 250 mil.

    Em aceleração, os dez escolhidos receberão R$ 40 mil cada, com os cinco destaques dividindo R$ 1,1 milhão. Em inovação aberta, os dez escolhidos restantes ganharão R$ 50 mil cada, com os cinco destaques repartindo mais de R$ 2,6 milhões, que devem ser destinados à implementação de projetos-piloto e custeio das provas de conceito.

    Os negócios de impacto são empresas que oferecem soluções para problemas sociais ou ambientais por meio da atividade principal. As empresas atuam de acordo com a lógica de mercado, com um modelo de negócio que busca retornos financeiros e se comprometem a medir o impacto gerado.

    Esses negócios seguem os seguintes critérios: intenção de resolver um problema social ou ambiental; solução de impacto como atividade principal do negócio; busca de retorno financeiro, operando pela lógica de mercado; e compromisso de monitoramento dos efeitos sobre a sociedade.

    Títulos verdes

    O secretário do Tesouro destaca certa semelhança na iniciativa com os títulos verdes, papéis lançados no mercado internacional que captaram US$ 4 bilhões até agora para projetos sociais e ambientais. Desse total, US$ 2 bilhões foram captados em novembro do ano passado e US$ 2 bilhões este mês.

    “No mérito e no conceito, existe uma semelhança [com os títulos verdes]. No fundo, estamos fazendo um conjunto de iniciativas que reforcem a marca do Tesouro Direto como algo além de uma plataforma de oferta de títulos rentáveis, uma plataforma de educação financeira e de impacto social”, completa Ceron. A diferença está na fonte dos recursos porque o Tesouro Direto Impacta, nome da iniciativa, não envolve diretamente os investimentos em títulos públicos, mas a taxa de custódia paga à B3.

    Edição: Kleber Sampaio

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