Tag: Automobilismo

  • Piloto de Mato Grosso estreia na Stock Car Light com foco em Interlagos

    Piloto de Mato Grosso estreia na Stock Car Light com foco em Interlagos

    O piloto de Mato Grosso Ernani Kuhn, de 29 anos, inicia nesta semana sua trajetória na Stock Car Light, com os primeiros treinos oficiais no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A estreia marca um novo capítulo na carreira do cuiabano, atual campeão Overall da Turismo Nacional 2024.

    A programação começa nesta quarta-feira (30) com treinos extras e segue até o domingo, com três corridas previstas: uma no sábado e duas no último dia do evento.

    Ernani aposta no primeiro contato com o carro e com a equipe MTK Racing Team para se adaptar à nova categoria. “É um sonho que está se tornando realidade. Sempre vi Interlagos como uma pista emblemática e agora vou acelerar nela com o carro da Stock Light. Estou motivado e pronto para aprender o máximo possível”, afirmou o piloto.

    Ele será o primeiro competidor a contar com o novo programa de desenvolvimento técnico e financeiro da Vicar, organizadora da competição. A iniciativa visa fomentar novos talentos e dar suporte para que pilotos se consolidem no cenário nacional.

    Ao lado de Kuhn está o chefe de equipe Luciano Mottim, que destaca a importância de cada detalhe na preparação: “Nosso objetivo é que ele se sinta confortável e confiante. Interlagos exige atenção em cada trecho, e vamos trabalhar acerto por acerto”.

  • Piloto luverdense de automobilismo conquista dois títulos em Interlagos

    Piloto luverdense de automobilismo conquista dois títulos em Interlagos

    O jovem piloto que representa Lucas do Rio Verde no automobilismo nacional, Rafael Marques, de 19 anos, recebeu em São Paulo, no Salão dos Campeões de Interlagos, neste final de semana, dois importantes títulos de participação no campeonato paulista, categoria iniciante. O atleta foi coroado como título na Fórmula Vee Júnior e pelo vice-campeonato na classificação geral.

    O piloto conta com apoio da Prefeitura de Lucas do Rio Verde, através da Secretaria de Esporte e Lazer, Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer do Mato Grosso e o  patrocínio da BRF.

    Na Fórmula Vee Júnior, que reúne pilotos de 14 a 21 anos, Rafael Marques conquistou seis vitórias e decidiu o título na última etapa. Já a conquista do vice-campeonato na categoria FVee Júnior, foi garantida com duas vitórias na etapa final, com muito empenho e dedicação.

    “Esta foi a vitória mais importante da minha carreira e corou uma temporada de muito trabalho e dedicação, por isso eu agradeço a todos que me ajudaram a chegar até aqui”, afirmou sobre a conquista da Fvee, Rafael Marques.

    Rafael se prepara para o início do campeonato de 2025, e está otimista com a possibilidade de se tornar o primeiro piloto a vencer por duas vezes a FVee Júnior, que é disputada desde 2018.

    “Este foi, sem dúvida, o maior momento até agora neste início da minha carreira no automobilismo. Interlagos é o palco dos grandes campeões e poder fazer parte disso é uma satisfação enorme e um incentivo para seguir em frente em busca de novas conquistas”, disse Rafael Marques ao receber a premiação no autódromo em São Paulo.

  • Sorriso, a nova capital do automobilismo em Mato Grosso

    Sorriso, a nova capital do automobilismo em Mato Grosso

    A cidade de Sorriso, já conhecida por sua tradição no automobilismo, se prepara para mais um grande evento. Nos dias 21, 22 e 23 de novembro, a cidade será palco da Copa Jaiyme Veríssimo de Campos Júnior – Copa MT de Kart/2024, que marcará a inauguração do moderno kartódromo Agro Speed.

    Com investimento milionário da família Rovaris, o circuito de 1.500 metros e 8 metros de largura atende aos mais altos padrões internacionais, sendo homologado pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA). A iniciativa, liderada por Atílio Rovaris, experiente piloto de rally, promete elevar o nível do automobilismo em Mato Grosso.

    A Copa MT de Kart reunirá 108 pilotos de diversas categorias, incluindo campeões nacionais, em uma disputa acirrada por uma premiação total de R$ 170 mil. A competição contará com duas baterias classificatórias e uma final, prometendo muita emoção para o público.

    O evento conta com o apoio de grandes empresas do setor agrícola, como Agrosyn, Spraytec, Soyagro, Sumitomo Chemical, Bom Futuro e Grupo Valdocir Rovaris (GVR), além da Prefeitura Municipal de Sorriso. A coordenação e supervisão estão a cargo da Comissão de Kart da Federação de Automobilismo de Mato Grosso (Faemt), presidida pelo piloto Ivan Júnior.

    A inauguração do kartódromo Agro Speed e a realização da Copa MT de Kart representam um marco importante para o automobilismo em Mato Grosso. A expectativa é que o circuito se torne um polo de desenvolvimento para a modalidade, atraindo pilotos de todo o país e promovendo a prática esportiva em um ambiente seguro e profissional.

  • Aos 15 anos, única garota na F4 brasileira mira carreira nas pistas

    Aos 15 anos, única garota na F4 brasileira mira carreira nas pistas

    A Fórmula 4 Brasil, que terá início em maio, surge em meio à carência de competições de base no automobilismo nacional. O evento tem seis fins de semana previstos até novembro, com três provas em cada. Entre os 16 pilotos, que estão divididos em quatro equipes, Aurélia Nobels é a única garota. Não que seja um cenário estranho à jovem de apenas 15 anos, acostumada a ser minoria nos torneios que disputa.

    “Há poucas meninas no esporte e é bem difícil, porque a gente sofre com os meninos, por ser um esporte bem machista. Mas meus pais sempre apoiaram muito, meus amigos também. Quando falei [que seria piloto], eles [amigos] ficaram até chocados, porque ver uma menina nesse esporte é difícil, mas estão sempre me apoiando, perguntando e ficam felizes com os resultados”, contou Aurélia, à Agência Brasil.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Aurelia Nobels (@aurelianobels107)

    O sobrenome da piloto, aliás, não deixa dúvidas da origem estrangeira. Aurélia nasceu em Boston (Estados Unidos) e tem pais belgas. A família vive no Brasil desde que a jovem tinha três anos, mas o carinho pelo país vem de antes, também motivada pelo automobilismo.

    “Quando era pequeno, tinha uma bandeira brasileira no quarto, porque gostava do Ayrton Senna. Ele era meu ídolo. Sempre sonhei conhecer o Brasil, tive oportunidade profissional [para isso] e depois de mudar para cá. Toda a família mudou, gostou muito e aqui ficamos”, recordou o pai de Aurélia, Kevin Nobels.

    Dos quatro filhos de Kevin, dois seguiram o caminho do esporte a motor – o irmão mais novo de Aurélia, Ethan, também pilota. Ambos iniciaram no kart com Tuka Rocha, piloto com destaque na Stock Car, que faleceu em 2018 em um acidente aéreo. A jovem tinha dez anos quando conheceu a modalidade e participa de torneios desde 2017. Além de pistas brasileiras, ela já competiu na Europa e foi a única representante feminina na categoria OK Junior (12 a 14 anos) no Campeonato Mundial de Kart de 2020, em Portimão (Portugal).

    “Eu achei bem diferente [competir na Europa], em relação ao kart e às pistas. Sobre machismo, eles veem menos diferenças entre meninos e meninas. Além disso, há mais meninas [pilotando] na Europa”, descreveu Aurélia, que tem a paulistana Bia Figueiredo, ex-piloto de Stock Car e Fórmula Indy, entre as referências na modalidade – ao lado do monegasco Charles Leclerc e do britânico Lewis Hamilton, ambos da Fórmula 1.

    “Eu a conheci [Bia] no começo da minha carreira. É uma pessoa incrível, muito gente boa. Ela até me mandou mensagem quando entrei na TMG [equipe de Aurélia na Fórmula 4], já trabalhou com Thiago [Meneghel, chefe da escuderia]”, contou.

    A temporada brasileira da Fórmula 4 será a primeira de Aurélia dirigindo um monoposto. Para se adaptar, a jovem fez testes na Europa – o carro da F4 de lá é o mesmo que será utilizado por aqui – e conheceu as pistas que terá pela frente em 2022, a bordo de um Fórmula 3.

    “[O monoposto] É bem diferente do kart, que é a base de tudo. O carro é mais pesado e mais rápido e o freio é mais duro. Tem de trabalhar bastante o físico para aguentar o carro e fazer bastante simulador para conhecer as pistas, saber onde é a primeira curva, onde frear”, disse a piloto.

    Aurélia sonha com a Fórmula 1, que não tem uma piloto mulher desde a italiana Giovanna Amati, que participou dos treinos oficiais de classificação em três etapas da temporada 1992. Já a última a disputar uma prova foi a compatriota Leila Lombardi, que esteve em 12 corridas, entre 1974 e 1976. De lá para cá, as britânicas Susie Wolff – atualmente a chefe-executiva da equipe Venturi, na Fórmula E (monopostos elétricos) – e Katherine Legge são as que mais chegaram perto de competir na principal categoria do automobilismo.

    “É muito difícil, poucas pessoas conseguem, mas espero que dê certo e eu consiga chegar lá um dia”, afirmou a jovem, que, a partir de 2023, com 16 anos, fica apta a participar das seletivas para a W Series, categoria internacional voltada somente a mulheres e que teve a catarinense Bruna Tomaselli na temporada passada.

    E quanto à bandeira que defenderá? Em 2020, no Mundial de kart, Aurélia e o irmão competiram pela Bélgica. Apesar do sangue meio norte-americano, meio europeu, Aurélia quer representar o país onde cresceu e no qual a família decidiu viver.

    “Vim para cá muito cedo, moro há 12 anos, então me considero brasileira. Prefiro representar o Brasil”, concluiu a piloto, que tem as bandeiras dos três países estampada no capacete.

    O primeiro fim de semana da Fórmula 4 Brasil será o de 14 e 15 de maio, em Mogi Guaçu (SP). Nos dias 30 e 31 de julho, as provas serão em Brasília. A categoria volta para Mogi Guaçu nos dias 25 e 26 de setembro. A quarta etapa está marcada para Goiânia, em 22 e 23 de outubro. A temporada chega ao fim nos dias 19 e 20 de novembro, outra vez em Brasília.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Federação de Automobilismo se une a onda de sanções à Rússia

    Federação de Automobilismo se une a onda de sanções à Rússia

    Seguindo a onda de sanções impostas no mundo esportivo à Rússia, a Federação Internacional de Automobilismo (FIA) anunciou nesta terça-feira (1) um pacote de punições para pressionar os russos a interromperem a campanha militar contra a Ucrânia.

    Entre as medidas adotadas está a proibição da realização de competições em solo russo ou bielorusso (país que também sofreu punição por apoiar as ações bélicas). Também foi proibido o uso de bandeiras ou a execução dos hinos destes dois países nos eventos automobilísticos promovidos pela entidade.

    Em relação à participação de equipes da Rússia e da Belarus em eventos da FIA, foi decidido que está proibida. Já os pilotos com estas nacionalidades poderão correr, mas sob a bandeira da FIA.

    “A FIA está observando os desenvolvimentos na Ucrânia com tristeza e choque e espero uma resolução rápida e pacífica para a situação atual. Condenamos a invasão russa da Ucrânia e nossos pensamentos estão com todos aqueles que sofrem como resultado dos acontecimentos na Ucrânia. Gostaria de salientar que a FIA, juntamente com os nossos promotores, agiu de forma proativa sobre este assunto na semana passada e se comunicou de acordo com a Fórmula 1, Fórmula 2, WTCR e a International Drifting Cup”, declarou o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem.

    Sanções no mundo do esporte

    A Rússia vem sofrendo uma série de punições nos últimos dias em razão da sua campanha militar em solo ucraniano. Na última segunda, por exemplo, a Fifa e a Uefa decidiram suspender a seleção russa e todos os clubes de futebol do país de participarem de qualquer competição organizada por elas, inclusive a próxima Copa do Mundo, que será disputada este ano no Catar.

    Já o conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional (COI) recomendou que as federações esportivas internacionais proíbam atletas e autoridades russas e bielorrussas de competirem em seus eventos.

    Pode te interessar

  • Fórmula 1 confirma sprint race no GP de São Paulo pelo 2º ano seguido

    Fórmula 1 confirma sprint race no GP de São Paulo pelo 2º ano seguido

    A Comissão de Fórmula 1 da Federação Internacional de Automobilismo (FIA) confirmou nesta segunda-feira (14) que o Grande Prêmio (GP) de São Paulo, entre 11 e 13 de novembro, receberá uma das três sprint races (corridas curtas, realizadas no sábado anterior à prova oficial, no domingo) da temporada 2022. As demais etapas serão nos GPs da Emilia-Romagna (22 a 24 de abril) e da Áustria (8 a 10 de julho).

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por F1 São Paulo (@gpbrasilf1)

    A sprint race dura um terço (no caso de São Paulo, 24 voltas) da prova oficial e define a ordem de largada para domingo. No ano passado, os três primeiros colocados da corrida curta pontuaram. A partir de 2022, os oito melhores somarão pontos, em ordem decrescente (o vencedor ganha oito, o segundo leva sete e assim por diante). Um dia antes, na sexta-feira, o treino da tarde servirá de classificação para a sprint.

    Em 2021, o autódromo de Interlagos foi o palco de uma das três sprint races da competição (vencida pelo finlandês Valtteri Bottas) e será o único a recebê-la novamente. As outras duas foram em Silverstone (Reino Unido) e Monza (Itália), com triunfos do holandês Max Verstappen e de Bottas, respectivamente. O modelo de corrida curta foi pensado para atrair mais público e valorizar a experiência do fim de semana de prova.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por FORMULA 1® (@f1)

    “Para nós, do GP de São Paulo de Fórmula 1, a confirmação da sprint pelo segundo ano consecutivo é um atestado de que conseguimos realizar um excelente trabalho no ano passado. A sprint valoriza ainda mais a prova de Interlagos”, disse Alan Adler, chefe-executivo da prova, em nota à imprensa.

  • Fórmula 1 anuncia temporada 2022 com recorde de 23 corridas

    Fórmula 1 anuncia temporada 2022 com recorde de 23 corridas

    A temporada do ano que vem de Fórmula1 terá 23 corridas, uma a mais que o total de provas deste ano. O Grande Prêmio (GP) do Bahrein abre o campeonato mundial no dia 20 de março e o GP do Abu Dhabi será a última em 20 de novembro. A principal novidade é a estreia da etapa de Miami em 8 de maio. O GP do Brasil, no circuito de Interlagos, será em 13 de novembro, penúltima etapa do Mundial.  

    “Estamos entusiasmados em anunciar o calendário de 2022 enquanto nos preparamos para entrar em uma nova era para o esporte com novos regulamentos e carros para o próximo ano que são projetados para criar corridas mais disputadas”, afirmou o Stefano Domenicali, presidente e diretor-executivo da F1.

    A China permancerá fora do calendário de 2022, por conta da pandemia de covid-19. O GP do país asiático vem sendo substituído desde 2019 pelo circuito de Ímola. Ano que vem a  prova Emília Romagna ocorrerá em 23 de abril.  Três corridas retornaram ao calendário de 2022 – GPs da Austrália, Singapura e Japão – após cancelamento este ano, também em razão da covid-19.

    “Nos últimos dois anos, a F1 demonstrou notável resiliência. Isso é claramente demonstrado pelo crescimento contínuo do esporte, apesar dos desafios importantes da pandemia”, analisou Jean Todt, presidente da Federação Internacional de Automobilismo (FIA, sigla em inglês).

  • Fora da F1, Brasil tem desafios na base para alavancar automobilismo

    Fora da F1, Brasil tem desafios na base para alavancar automobilismo

    A temporada 2021 da Fórmula 1 começa neste domingo (28) da mesma forma que as últimas três edições: sem piloto brasileiro no grid. É verdade que, no ano passado, Pietro Fittipaldi correu duas etapas pela Haas, substituindo o então acidentado francês Romain Grosjean, mas este ano o neto do campeão mundial Emerson Fittipaldi voltou ao posto de piloto de testes da escuderia norte-americana. A última vez que um brasileiro iniciou uma edição da mais importante categoria do automobilismo foi em 2017, com Felipe Massa, na Williams.

    Para a terceira nação com mais títulos na história da F1 – oito ao todo –  e que recebe uma etapa oficial desde 1973, é uma ausência que chama atenção. O presidente da Confederação Brasileira de Automobilismo (CBA), Giovanni Guerra, porém, entende que analisar o momento da modalidade no país vai além da presença ou não na categoria.

    “Acho que a ausência de piloto brasileiro na Fórmula 1 não é parâmetro para determinar sucesso ou insucesso. O modelo de negócio tornou a categoria tão exclusiva que o acesso ficou praticamente impossível. A caminhada ficou muito difícil, ao mesmo tempo em que novas categorias foram surgindo. Assim, os jovens que ingressam no automobilismo, atualmente, têm um leque muito maior de opções na hora de sonhar com uma carreira, que não propriamente a Fórmula 1”, analisa Guerra, em entrevista à Agência Brasil.

    “O que deve ser observado é quantos pilotos vivem profissionalmente no automobilismo – internacional ou interno – e quantos estão na trilha da Fórmula 1. Ainda, como podemos ajudar esses e mais pilotos a ingressarem na carreira e chegarem nos estágios mais altos, se o que fazemos é suficiente ou se há algo mais a fazer”, completa o dirigente, que assumiu a entidade há dois meses e meio.

    Nos campeonatos de monopostos organizados pela Federação Internacional de Automobilismo (FIA), o Brasil está representado em três. O único considerado “Mundial” pela entidade é a Fórmula E, de carros elétricos, cuja edição iniciada em fevereiro tem o experiente Lucas Di Grassi, de 36 anos e com passagem pela Fórmula 1, e Sérgio Sette Câmara, de 22 anos.

    Nas demais competições, são três brasileiros na Fórmula 2 – Felipe Drugovich (20 anos), Gianluca Petecof (18) e Guilherme Samaia (24) – e Caio Collet (18) na Fórmula 3. Todas são categorias de acesso à F1. Em 2020, os destaques foram Drugovich, que venceu três provas na temporada da F2, e Petecof, que integra a academia de pilotos da Ferrari e foi campeão da Fórmula 3 Regional Europeia.

    Kartismo

    “O automobilismo é muito complexo. É um esporte caro, que, infelizmente, não é para a massa. A gente tem que olhar isso de forma pragmática, racional, de como fazer ele ser viável, gerar retorno, entretenimento e turismo. É resultado de infraestrutura, investimento e planejamento, desde o kartismo, do longo prazo”, opina Di Grassi, da Fórmula E.

    A menção ao kart não é por acaso. Trata-se da porta de entrada do jovem no mundo automobilístico. Em outubro, o Brasil sediará o Mundial da categoria no Speedpark, em Birigui (SP), considerado o principal kartódromo da América Latina. A disputa estava prevista já para 2020, mas foi adiada devido à pandemia do novo coronavírus (covid-19). A edição do ano passado acabou acontecendo em Portimão (Portugal), com participação de dez brasileiros, sendo cinco na classe principal.

    A oferta de pistas no país, no entanto, concentra-se basicamente no Sul e no Sudeste. Segundo a relação disponível no site da CBA, Rio Grande do Sul (11), Paraná (dez) e São Paulo (seis) são os estados com mais kartódromos. Um desafio a mais para quem sonha seguir carreira no automobilismo e não vive nestas regiões. Nordeste, Norte e Centro-Oeste, juntos, possuem nove circuitos.

    “Meu início em Salvador, é claro, foi bem complicado. A pista de kart mais próxima tinha 500, 600 metros. Em comparação, as nacionais, como Interlagos [na capital paulista] ou Beto Carreiro [em Penha, no interior de Santa Catarina], têm um quilômetro, um quilômetro e meio. Não é possível treinar de carro na Bahia, pela falta de autódromo. Então, a decisão de correr em São Paulo foi para buscar mais oportunidades”, explica o kartista baiano Diogo Moscato, de 16 anos.

    “Temos no Brasil kartódromos públicos e privados. Eles são construídos de acordo com a vontade política e/ou recursos financeiros disponíveis de cada local. O que precisamos, mesmo, é preservar o que já temos e reformar o que não está em condições boas. Posso assegurar que há pilotos em todos os cantos do país. O que falta é impulsionar campeonatos em cada região para os pilotos locais terem oportunidade de competir e se desenvolver. Uma das primeiras ações de nossa gestão foi criar o Campeonato Nordeste de Kart”, argumenta Guerra, citando o evento que será disputado pela primeira vez em 2021 e teve a etapa de abertura, em Aracaju, adiada de abril para julho, devido à pandemia.

    Transição

    Outro desafio é a transição do kart para outras categorias. Há campeonatos como a Fórmula Vee ou a Super Fórmula, realizados pela Federação Paulista de Automobilismo. Atualmente, porém, não existe uma competição do gênero homologada pela CBA. A entidade tem um projeto para viabilizar um evento nacional de monopostos, por meio de parcerias.

    “A CBA não é organizadora, não é promotora, não é dona de pista de corrida, não constrói circuitos e nem é patrocinadora. Nossa função é fomentar, normatizar e supervisionar o cumprimento dos regulamentos. Além disso, firmamos contratos com promotores privados para que atuem nas categorias sob nossa alçada. A CBA só atua como promotora, em conjunto com as federações, quando não há a figura do promotor privado, como no Brasileiro de Kart”, explica o presidente da confederação.

    O último campeonato de nível nacional foi a Fórmula 3 Brasil, disputada até 2017 e que teve Christian Fittipaldi, Ricardo Zonta e Cristiano da Matta (todos com passagem pela Fórmula 1) entre os campeões. O último vencedor foi Guilherme Samaia, hoje na F2.

    “Eu podia ter continuado no Brasil, no kart ou até mesmo alguma categoria de base [para monopostos], mas a gente colocou na balança e viu que era muita a diferença na qualidade do equipamento, pistas e infraestrutura. Quando fui para a Fórmula 4 [inglesa], ainda não tinha uma Fórmula 4 no Brasil, por isso escolhi ir”, conta o carioca Roberto Faria, que disputará a segunda temporada dele na Fórmula 3 Britânica.

    Entre os dias 16 e 18 abril terá início à primeira temporada da Fórmula 4 Argentina. Estão previstas oito etapas, sendo uma no Uruguai e três no Brasil – nos autódromos de Goiânia, Nova Santa Rita (RS) e Pinhais (PR), ainda sem datas marcadas, em razão da pandemia. O evento segue padrões técnicos e de segurança exigidos pela FIA e conta pontos para obtenção da superlicença, documento necessário para, no futuro, o piloto ser autorizado a disputar a Fórmula 1. No curto prazo, a competição sul-americana desponta como o caminho mais curto às novas gerações no sonho de uma carreira internacional.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Carioca quer seguir roteiro vitorioso de brasileiros na F3 Britânica

    Carioca quer seguir roteiro vitorioso de brasileiros na F3 Britânica

    Ver brasileiros “invadindo” autódromos britânicos e sendo vitoriosos não é novidade. Pilotos do calibre de Emerson Fittipaldi, Nelson Piquet e Ayrton Senna são alguns que tiveram esse gostinho na trajetória que os levou para brilhar no topo da Fórmula 1. Eles foram campeões da Fórmula 3 Britânica, uma das categorias de acesso ao automobilismo europeu e que, por muitos anos, foi a principal porta de entrada ao mais importante campeonato à motor do mundo.

    Aos 17 anos, Roberto Faria inicia a segunda temporada dele (a primeira completa) na F3 Britânica entre os dias 22 e 23 de maio. Até o momento, ele é o único brasileiro confirmado na competição, que terá oito etapas e segue até outubro. Ele chegou nesta quinta-feira (18) na Inglaterra, onde iniciará os treinos a partir do próximo dia 28, em Silverstone.

    “Mesmo sendo um dos mais novos, quero brigar pelo título. Acredito que a gente tem bastante chance, por ter mais experiência com o carro. No ano passado, fiz metade [da temporada] na Fórmula 4 [Britânica] e metade na F3 e fui melhorando. Fiquei em segundo na última corrida [de 2020, pela F3]”, disse o piloto carioca, da escuderia Fortec Motorsports, em entrevista à Agência Brasil.

    lockdown pelo qual passou a Inglaterra no início do ano, devido à segunda onda da pandemia do novo coronavírus (covid-19), adiou o retorno do piloto carioca, que acabou se aventurando brevemente na Fórmula 3 Asiática, entre janeiro e fevereiro, nos Emirados Árabes Unidos. Foram 15 provas em menos de um mês. “Vários pilotos de alto nível participaram, inclusive alguns da Fórmula 2 [como o chinês Guanyu Zhou, que foi o campeão], como forma de preparação”, disse Farias, que terminou o evento em 18º lugar.

    Roberto iniciou no kart em 2014, viajando cerca de 90 quilômetros, sempre que precisava treinar, do Rio de Janeiro até o kartódromo de Guapimirim (RJ). Foram cinco anos competindo no Brasil até se mudar para a Inglaterra e passar a correr na Fórmula 4 Britânica. Na primeira temporada, foi o 11º na classificação geral e o terceiro melhor entre os iniciantes. Na segunda, antes de migrar para a F3, o carioca subiu duas vezes ao pódio e brigou pelas cinco primeiras colocações.

    “Em 2019, eram 30 mil pessoas para assistir às corridas da Fórmula 4 todo fim de semana. [O Reino Unido] É o polo do automobilismo mundial, com muitas equipes tradicionais. Eu podia ter continuado no Brasil, no kart ou até mesmo alguma categoria de base, mas a gente colocou na balança e viu que era muita a diferença na qualidade do equipamento, pistas e infraestrutura”, contou o jovem, que vive e estuda em Hastings, a cerca de duas horas de trem de Daventry, onde fica a sede da equipe.

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Roberto Faria | Piloto (@robertofaria777)

    Tradição

    A Fórmula 3 Britânica surgiu nos anos 50 e foi disputada regularmente até 2014. A crise financeira vivida pela categoria na década de 2000 e o surgimento da F3 Europeia, que afastou montadoras e pilotos, interromperam o campeonato, que já não ocorreu em 2015. Além de Fittipaldi, Senna e Piquet, outros nove brasileiros foram campeões nesse período: José Carlos Pace, Chico Serra, Maurício Gugelmin, Rubens Barrichello, Gil de Ferran, Mario Haberfeld, Antônio Pizzonia, Nelsinho Piquet e Felipe Nasr. Somente o Reino Unido teve mais títulos.

    Em 2016, o Clube Britânico de Pilotos de Corrida (BRDC, sigla em inglês) assumiu a realização do campeonato. O primeiro título da “nova” F3 Britânica foi justamente de um brasileiro: Matheus Leist, que superou, entre outros rivais, o inglês Lando Norris, atualmente na McLaren, na Fórmula 1.

  • Pietro Fittipaldi estreia na F1 no lugar de Grosjean no GP de Sakhir

    Pietro Fittipaldi estreia na F1 no lugar de Grosjean no GP de Sakhir

    O piloto brasileiro Pietro Fittipaldi, de 24 anos – neto do bicampeão mundial Emerson Fittipaldi – terá sua primeira chance como piloto principal da Haas na Fórmula 1, no próximo domingo (6), quando substituirá Romain Grosjean, lesionado ontem (29) após escapar de um grave acidente no Grande Prêmio do Bahrein. O piloto francês se recupera de ferimentos nas costas e em ambas as mãos.

    A estreia do brasileiro será no GP de Sakhir, pela 16ª rodada do Campeonato Mundial de F1, no Circuito de Bahrein. Ele será o 32º brasileiro no Circuito Mundial de F1. Desde 2017, quando Felipe Massa se aposentou das pistas, o país não tinha representantes na categoria. Nesta temporada, Pietro participou como piloto reserva e de testes da escuderia norte-americana, na maioria das corridas de F1.Em nota oficial da Haas, o brasileiro revelou que se sente preparado para o desafio.

    “Mais importante do que eu estar feliz é Romain está seguro e saudável”, comentou Pietro Fittipaldi. “Estamos todos muito felizes por seus ferimentos serem relativamente leves após um incidente tão grande. Obviamente, não é um conjunto de circunstâncias ideal para obter minha primeira oportunidade de competir na Fórmula 1, mas sou extremamente grato a Gene Haas e Guenther Steiner por sua fé em me colocar ao volante neste fim de semana”.

    🇧🇷 @PiFitti will make his Formula 1 debut at this weekend’s #SakhirGP 👉 https://t.co/REQ1RhJ8ZM#HaasF1 pic.twitter.com/0Dh8L7m12c

    — Haas F1 Team (@HaasF1Team) November 30, 2020

    Na próxima sexta (4), Pietro assume o volante da do modelo VF 20, como piloto principal da Haas, nos treinos de abertura. Guenther Steiner, chefe da escuderia, está confiante no desempenho de Fittipaldi Neto.

    “Pietro vai pilotar o VF-20 e ele está familiarizado com o fato de ter estado com a equipe nas últimas duas temporadas como piloto de teste e reserva. É a coisa certa a fazer e é obviamente uma boa oportunidade para ele. Ele foi paciente e sempre estava preparado para esta oportunidade – e agora ela chegou. É por isso que o queremos no carro e tenho certeza que ele fará um bom trabalho. É muito exigente ser chamado no último minuto, mas como eu disse, acho que é a coisa certa a fazer pela Haas F1 Team”.