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  • Leis em Mato Grosso promovem inclusão e eireitos de pessoas com Autismo

    Leis em Mato Grosso promovem inclusão e eireitos de pessoas com Autismo

    Mato Grosso tem se destacado na criação de leis que visam garantir direitos e inclusão para pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e suas famílias. Desde 2019, a Lei 10.997/2019 instituiu a Carteira de Identificação do Autista (CIA), um documento que facilita o acesso prioritário a serviços públicos, como saúde e transporte urbano, proporcionando mais dignidade e segurança.

    Outra iniciativa importante é a Lei 10.262/2015, que estabeleceu a Semana Estadual de Conscientização e Reflexão sobre o Autismo, realizada anualmente na primeira semana de abril. O objetivo é disseminar informações, combater o preconceito e fortalecer a implementação de políticas públicas voltadas ao autismo, com debates, palestras e campanhas educativas.

    No setor da saúde, a Lei 10.791/2018 garante que a rede pública ofereça exames e avaliações para diagnóstico precoce do autismo, além de tratamento adequado e suporte às famílias. A identificação rápida do transtorno é fundamental para ampliar as chances de desenvolvimento e adaptação das crianças com TEA.

    A Lei 11.060/2019 determina a realização de um censo quadrienal das pessoas com autismo no estado, permitindo um mapeamento detalhado do perfil socioeconômico das famílias e auxiliando na criação de políticas públicas mais eficazes.

    No transporte, a Lei 9.586/2011 garante a isenção do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para pessoas com autismo, equiparando seus direitos aos de outras pessoas com deficiência.

    Na educação, um projeto de lei propôs a inclusão do “Projeto Autismo na Escola” como atividade extracurricular na rede pública estadual, visando capacitar professores e profissionais da educação para atender adequadamente alunos com TEA. Embora vetado pelo governo, o projeto demonstra o compromisso em promover um ambiente escolar mais inclusivo.

  • Motorista de aplicativo que agrediu mãe de autista é localizado e liberado em Mato Grosso

    Motorista de aplicativo que agrediu mãe de autista é localizado e liberado em Mato Grosso

    Um desfecho parcial para o caso de agressão contra uma mãe de uma criança autista, ocorrido na última quinta-feira (10), em Mato Grosso. Após uma intensa mobilização nas redes sociais e denúncias, policiais civis do Plantão 24h de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica localizaram e ouviram o motorista de aplicativo envolvido no crime.

    O homem de 44 anos foi encontrado em sua residência no bairro Santa Terezinha, na Capital, e conduzido à delegacia para prestar esclarecimentos. Durante a abordagem, os policiais apreenderam uma espingarda de chumbinho em sua posse, o que agrava ainda mais a sua situação.

    A vítima, uma mãe de um menino autista, relatou que foi agredida pelo motorista durante uma corrida por aplicativo. A mulher, que não teve o nome divulgado, estava acompanhada de seu filho quando ocorreu o incidente. Ela procurou as redes sociais para denunciar o caso e pedir ajuda.

    Diante da repercussão do caso e da gravidade das acusações, a Polícia Civil instaurou um inquérito policial para apurar as circunstâncias da agressão. O motorista, apesar de ter sido ouvido e liberado, responderá pelo crime de preconceito contra pessoa com deficiência, conhecido como capacitismo.

  • Mãe de jovem autista ferido com ‘taser’ em abordagem policial pede apuração do caso

    Mãe de jovem autista ferido com ‘taser’ em abordagem policial pede apuração do caso

    No início da noite de domingo, 18, o jovem Maicon Nogueira da Silva (18) foi abordado por uma guarnição da Polícia Militar quando saiu de seu trabalho e seguia em direção ao bairro Jardim Amazonas, em Lucas do Rio Verde. Maicon estava com uma bicicleta elétrica.

    De acordo com o boletim de ocorrências confeccionado pela polícia, o jovem invadiu a preferencial e em velocidade acima da permitida para a via, além de não ter farol para o período noturno.

    Portador de Transtorno de Espectro Autista (TEA), Maicon ficou incomodado com a abordagem e reagiu com desconforto. Diante disso os policiais usaram o Taser, arma não letal (aplica choque) usada para imobilizar suspeitos em abordagens policiais.

    A mãe de Maicon,  Francislene Cruz Nogueira, quer que o caso seja apurado. Ela procurou a Polícia Civil e registrou um boletim de ocorrências, detalhando sobre o que aconteceu no domingo. “Ao ser abordado, ele imediatamente tirou o capacete e se identificou como autista, sendo que os policiais ignoraram essa condição”, relata Fran, acrescentando que ele foi revistado em seguida. “Por ser autista, ele se sente desconfortável com toque físico e começou a tremer”.

    Além do boletim, Fran também procurou o Ministério Público Estadual com uma queixa contra os policiais militares que estavam de plantão e atenderam a ocorrência.

    Ela também entrou em contato com a reportagem de CenárioMT, onde apresentou os documentos confeccionados esta semana, reforçando o pedido para que haja providências em relação a conduta militar.

    Após ser liberado, ele passou mal por causa do nervosismo e ficou com dores no corpo”, acrescentou Fran, citando que o filho ainda foi alvo de deboche por parte de um terceiro militar, por conta de sua reação à situação.

    Abordagem e sindicância

    O Tenente-Coronel Paulo Secchi, comandante do 13º Batalhão da Polícia Militar, falou a CenárioMT sobre o incidente ocorrido no domingo. Ele antecipou que abriria uma sindicância interna para apurar a conduta dos policiais envolvidos.

    Segundo o comandante, a decisão de utilizar a Taser foi tomada devido ao comportamento alterado e agressivo do jovem durante a abordagem, conforme registrado no boletim de ocorrência pelos policiais. Somente após a condução do jovem, os policiais foram informados de que ele é autista, o que gerou questionamentos sobre a adequação do uso da arma não letal.

    O 13º Batalhão está comprometido em esclarecer os fatos e, diante das denúncias, abriremos uma sindicância para ouvir todas as partes envolvidas. Isso inclui o jovem, possivelmente sua mãe, e testemunhas que possam ter presenciado o ocorrido. Além disso, vamos verificar se há câmeras na área que possam ter registrado a ação,” afirmou o comandante da PM.

    Secchi ressaltou que o uso da Taser é uma decisão do policial no momento da abordagem, e a arma é classificada como não letal, sendo utilizada para imobilizar em situações necessárias. O comandante também destacou que, até o momento da abordagem, os policiais não tinham conhecimento do diagnóstico de autismo do jovem. A guarnição foi acionada devido à maneira como o jovem estava conduzindo sua bicicleta, em alta velocidade e de forma irregular, o que colocava em risco tanto a vida dele quanto a de terceiros.”

    A intenção da guarnição era pará-lo para verificar a situação e orientá-lo a conduzir de acordo com as normas de trânsito, prevenindo assim possíveis acidentes,” concluiu.

    A sindicância interna buscará esclarecer se a ação dos policiais foi adequada ou se houve algum excesso, garantindo a transparência e a responsabilidade no processo.

  • Amigos iniciam campanha para auxiliar família de jovem autista

    Amigos iniciam campanha para auxiliar família de jovem autista

    Amigos de Deyverson Vega, morador de Lucas do Rio Verde, iniciaram uma campanha de 48 horas para arrecadar recursos para compra de um medicamento para o jovem. Deyverson, de 17 anos, é autista, epiléptico, cardíaco e sofre de pânico social. E ele depende de um medicamento caro para seu tratamento.

    “Estamos iniciando uma campanha emergencial de 48 horas para ajudar Deyverson, um jovem de 17 anos que enfrenta desafios significativos de saúde. Contamos com o apoio de todos para atingir nosso objetivo”, diz postagem feita em rede social. “Campanha de 48 horas para ajudar Deyverson: Sua contribuição pode fazer a diferença”.

    De acordo com relato de Cristiane, mãe do adolescente, Deyverson faz uso do canabidiol Dona Duza, que custa R$ 7 mil por mês. “Recebíamos esse medicamento do governo, mas em maio o fornecimento foi interrompido”.

    Conforme a mãe do rapaz, o canabidiol é essencial para controlar suas crises e paradas cardíacas. “Antes, ele tomava seis tipos de remédios que não funcionavam. Desde que começou a usar o canabidiol, sua saúde melhorou significativamente”, relata.

    Porém, a família não tem condições financeiras para repor o medicamento que deixou de ser fornecido pelo setor público. “Não conseguimos mais comprar o medicamento devido aos inúmeros empréstimos que temos para cobrir seus tratamentos médicos e medicações. Eu cuido dele 24 horas por dia, pois ele não aceita ajuda de mais ninguém”, relata a mãe de Deyverson.

    Para ajudar, basta fazer uma doação via PIX para o CNPJ: 52799097000148 com a descrição “AJUDA PARA DEYVERSON”. “Nosso objetivo é arrecadar pelo menos R$ 1 mil nas próximas 48 horas para apoiar Deyverson e sua mãe, Cristiane”.

    Outras informações podem ser obtidas com Cristiane, mãe de Deyverson, pelo telefone: (65) 98104-7671.

  • Camarote do Autista na Arena Pantanal terá continuidade nos jogos do Cuiabá no Campeonato Brasileiro 2024

    Camarote do Autista na Arena Pantanal terá continuidade nos jogos do Cuiabá no Campeonato Brasileiro 2024

    A Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por meio do programa Rede Cidadã, renovaram a parceria com o Cuiabá Esporte Clube, para dar continuidade ao Camarote do Autista durante o Campeonato Brasileiro de 2024, que terá início no dia 13 de abril.

    Idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes, com o apoio da senadora Margareth Buzetti, o Camarote do Autista é uma ação que faz parte do Programa SER Família Inclusivo, e teve início em 2023.

    Durante todo o ano passado, em 18 jogos do Dourado na Arena Pantanal, 144 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e que possuem a Carteira de Identificação do Autista (CIA) foram sorteadas.

    “Um projeto que deu certo e vamos abraçar com o compromisso que temos através do programa SER Família Inclusivo. A continuidade do Camarote do Autista durante os jogos do Cuiabá no Campeonato Brasileiro cumpre o nosso desejo em promover a inclusão e sensibilizar sobre a causa do autismo por meio do esporte. É lindo ver como eles aproveitam o espaço e as famílias são recebidas com muito carinho e aconchego. Agradeço ao Cuiabá Esporte Clube e a Setasc pela seriedade com o projeto”, disse Virginia Mendes.

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    O anúncio da continuidade da parceria entre o Governo do Estado e o Cuiabá Esporte Clube para a realização do Camarote do Autista, do SER Família Inclusivo, coincidiu com o “Abril Azul”, mês de conscientização sobre o autismo.

    “É com muita alegria que trazemos essa notícia para todos, justamente no mês de abril, que é o mês de conscientização sobre o autismo. O Camarote do Autista é uma ação muito importante e de grande sensibilidade da primeira-dama Virginia Mendes, junto com a senadora Margareth Buzetti. E poder contar com o apoio do Cuiabá faz o projeto ser ainda mais especial, pois é uma forma de sensibilizar sobre a causa por meio do esporte, e dar oportunidade para os nossos autistas assistirem um jogo de futebol na Arena Pantanal”, explicou a secretária de Assistência Social do Estado, Grasi Bugalho.

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    A inclusão no camarote se dará da mesma forma que ocorreu em 2023, ou seja, por meio de inscrição para o sorteio a ser realizado a cada jogo do Cuiabá na Série A do Brasileiro, na Arena Pantanal.

    Na semana que anteceder aos jogos, a Setasc irá liberar o link no site da secretaria para que os interessados possam se inscrever. Ao todo, são oito vagas para autistas portadores da Carteira de Identificação do Autista (CIA), com direito a um acompanhante ou responsável. Não há limite de idade.

    Após o período de inscrição será realizado o sorteio, e a equipe da Setasc entrará em contato com os contemplados para a confirmação da presença no evento. Caso haja desistência ou alguma inconsistência no cadastro, outros inscritos serão sorteados.

    A novidade para 2024 é que a Arena Pantanal passa a ter reconhecimento facial para entrar nos jogos de futebol realizados a partir deste ano. Portanto, é imprescindível que os interessados em participar dos sorteios a serem realizados para o Camarote do Autista já se cadastrem no aplicativo Facepass, disponível nas lojas de aplicativos para IOS e Android. O reconhecimento fácil será o ingresso para entrar no estádio.

    A previsão é de que o primeiro jogo do Cuiabá, na Arena Pantanal, ocorra no dia 17 de abril, contra o Esporte Clube Vitória.

    Carteira de Identificação do Autista

    O documento é emitido de forma gratuita pela Setasc e contém informações específicas e qualificadas da pessoa com o transtorno, o contato de emergência e, caso houver, informações de seu representante legal/cuidador.

    O cadastro da CIA, desde setembro de 2022, é realizado pelo aplicativo MT Cidadão, na modalidade digital e ou física (impressa). O prazo para a emissão da carteira digital é de cinco dias, a contar do envio da documentação via aplicativo, análise e aprovação pela equipe da Setasc. Já para a emissão da carteira física, o prazo é de 30 dias.

    Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (65) 98421-4080/(65) 3613-5711 ou no site da Setasc.

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  • Defensoria solicita nomeação de candidata com autismo, aprovada em 1° lugar, considerada inapta pela Prefeitura de Rondonópolis

    Defensoria solicita nomeação de candidata com autismo, aprovada em 1° lugar, considerada inapta pela Prefeitura de Rondonópolis

    Na manhã de hoje (1° de fevereiro), a Defensoria Pública ingressou com uma ação em face do Município de Rondonópolis (218 km de Cuiabá), solicitando a imediata emissão de atestado de aptidão de sanidade e capacidade física de Giulyane Santana, 25 anos, aprovada em primeiro lugar nas vagas destinadas a pessoas com deficiência (PCD) no concurso da educação municipal.

    Giulyane, portadora do transtorno do espectro autista, foi aprovada em todas as fases do concurso público, mas acabou sendo considerada inapta para o cargo pelo Departamento de Saúde Ocupacional e Perícia Médica (Desopem) do Município.

    O resultado da avaliação da Prefeitura foi baseado exclusivamente em um trecho do laudo médico encaminhado pela própria candidata, que dispõe que ela “evita lugares muitos cheios se possível (digo situações de interação social que não agreguem ou que não considerem prazerosas como festas cheias, bailes etc.)”.

    Diante do resultado, a candidata ingressou com um recurso administrativo no dia 23 de janeiro, julgado improcedente no dia 26 pelo Município, mantendo o parecer do perito.

    No entanto, segundo a ação da Defensoria, o laudo emitido pela psiquiatra, utilizado pelo médico perito do Município para declará-la inapta, foi interpretado de forma errônea, fora do contexto, sem considerar a parte mais importante, ou seja, o parecer final.

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    (A requerente) consegue desempenhar seus papéis dentro do normal que sua área de atuação exige, ou seja, estar presente dentro de sala de aula com demais pessoas. Se sente bem no atual trabalho como pedagoga”, afirma a conclusão do laudo médico, que consta na ação.

    Portanto, o parecer psiquiátrico constatou que a candidata está apta a exercer a função pretendida.

    Nesse mesmo sentido, a médica que acompanha o tratamento da candidata também discorreu sobre sua capacidade para atuar como docente.

    Considerando o atual quadro psiquiátrico da paciente, e tendo em vista que paciente frequenta eventos escolares (festas escolares, formaturas) e ambiente de sala de aula sem nenhuma restrição ou prejuízo funcional, e que, diante do constatado, não se verificam alterações em seu exame psíquico de hoje que a impeçam de prosseguir com suas atividades laborais, a paciente encontra-se apta a frequentar o ambiente de sala de aula, dando continuidade à sua atuação como professora”, diz o segundo laudo médico.

    Ainda assim, segundo a ação, como se não bastassem os relatórios médicos, o Município também não considerou que a candidata já trabalha na área, atuando como professora nos últimos quatro anos nos Municípios de Jaciara e Dom Aquino, bem como no Estado de Mato Grosso (Seduc).

    Giulyane foi aprovada em primeiro lugar nas vagas reservadas a pessoas com deficiência (PCD), classificada em todas as etapas do certame, para o cargo de docente da educação infantil em Rondonópolis, com vencimentos de R$ 4.076,85.

    Entretanto, a candidata está impedida de tomar posse no concurso, cuja convocação para lotação e provimento do cargo foi publicada no Diário Oficial do Município nos dias 26, 27 e 28 de janeiro.

    “Eu desabei, não estava esperando por isso. Eu me senti humilhada na segunda perícia. Eles deixaram vazar meus documentos médicos. Isso é caso de preconceito. Meus alunos estão revoltados”, afirmou Giulyane.

    A candidata conta que fez duas graduações, Licenciatura em Ciências da Natureza e Pedagogia, a última concluída em 2020.

    Desde então, começou a trabalhar como auxiliar de desenvolvimento infantil (ADI) com deficientes auditivos, e como professora, por meio de contratos temporários. Ela afirma que já passou em outros concursos, como Polícia Militar (PM) e cargos técnicos, mas que tem vocação para o magistério.

    “Gostaria de tomar posse. Conversei com a gestora de educação de Rondonópolis, tentei resolver amigavelmente, mas não foi possível”, relatou.

    A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis, Geane Teles, afirmou que falta preparo para o Município lidar com as pessoas com deficiência.

    “Hoje, tivemos uma reunião com o Desopem e ficou cristalino para mim o seguinte: a gerência do departamento não conhece nem as leis que regem a conduta que deve ser aplicada aos peritos”, revelou.

    Geane citou a luta de 16 mães que, ano passado, tiveram que protestar na Câmara dos Vereadores para garantir a redução da carga horária.

    “É muito triste ver uma jovem autista, que passou em primeiro lugar, ter esse direito negado e ter que buscar as vias judiciais. Vejo a Giulyane chegando como um marcador de diferença para os próximos servidores com algum tipo de deficiência ingressarem no serviço público”, destacou.

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    Violação de direitos

    Conforme a ação anulatória de ato administrativo, com pedido de tutela de urgência e danos morais, protocolada pelo defensor Valdenir Pereira, que atua por cumulação no Núcleo de Jaciara, houve a violação de diversos princípios jurídicos administrativos, como os princípios da legalidade, eficiência, finalidade e moralidade.

    Ante o exposto, a Defensoria solicitou a imediata emissão de atestado de aptidão de sanidade e capacidade física, sob pena de multa diária de mil reais, bem como a garantia da vaga da candidata, conforme a ordem de aprovação no certame.

    O defensor também pediu a condenação do Município ao pagamento de indenização por danos morais no valor não inferior a R$ 35 mil, além dos salários que a candidata possivelmente vai deixar de receber por não ter sido ainda nomeada.

  • Mais de 4,9 mil pessoas com autismo receberam carteirinha de identificação no Estado

    Mais de 4,9 mil pessoas com autismo receberam carteirinha de identificação no Estado

    A vida do meu filho mudou para melhor após a carteira do autista”, declarou Laiza Salustiano, mãe do pequeno Luiz Gustavo, de 9 anos, beneficiário da Carteira de Identificação do Autista (CIA), moradores do município de Dom Aquino (170 km de Cuiabá). Luiz Gustavo é um dos 4.939 autistas que possuem a CIA em Mato Grosso.

    Ela relembra como o filho era visto pelas pessoas, antes da identificação.

    “Depois que eu fiz a carteira de autista do Luiz Gustavo, tudo mudou. Muitas vezes eu saía com ele e vinham as crises, seja pelo barulho ou por ter muita gente ao redor. E o que acontecia? O pessoal achava que era birra,mas, com a identificação da carteira, a correntinha com os símbolos, mostrando que é uma criança no espectro autista, já olham de outra forma. Sabem que aquilo não é uma birra, mas simplesmente a condição dele”, lembrou Laiza emocionada.

    O Governo de Mato Grosso tem atuado na proteção dos direitos da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA), com o apoio e supervisão da primeira-dama Virginia Mendes. Entre as ações voltadas para a causa está a emissão da Carteira de Identificação do Autista (CIA), que garante os direitos dos consumidores autistas. Já foram entregues, desde janeiro de 2020, quando o documento passou a ser emitido, 4.939 carteiras.

    Há 3 anos, a Secretaria de Estado de Assistência Social e Cidadania (Setasc) emite a CIA, e, para facilitar ainda mais, a solicitação pode ser feita pelo aplicativo MT Cidadão.

    A CIA que possui a sua distribuição gratuita faz parte do programa SER Família (Lei 12.013/2023), o “SER Família Inclusivo”, também uma das bandeiras da primeira-dama do Estado.

    “A carteirinha é um instrumento que os possibilitam ter os seus direitos garantidos. A inclusão é uma das minhas prioridades, por isso, temos que ter um olhar especial para as pessoas com deficiência e, acima de tudo, devemos respeitá-las. Depois que a lei foi criada, observamos que cada vez mais a acessibilidade está chegando aos que mais precisam. Fico muito feliz em ver que o trabalho tem ajudado muitas pessoas. A elaboração desse projeto é um sonho e agradeço a todos os envolvidos por torná-lo realidade”, disse Virginia Mendes.

     

    Além da carteirinha, há o projeto “Autismo na Escola”, que promove estudos voltados à promoção de políticas públicas específicas para autistas nas escolas da rede estadual de ensino.

    Laiza ainda ressaltou a importância da CIA para acessar diversos serviços.

    “Quando ele precisa ir ao hospital, o atendimento dele é mais rápido. Mudou a vida dele com a prioridade. Sou muito grata ao Governo do Estado por proporcionar não só ao meu filho, mas para muitos mato-grossenses que necessitam da acessibilidade”, destacou.

    Camarote na Arena Pantanal

    Por meio do Programa SER Família Inclusivo, o Governo de Mato Grosso, em parceria com o Cuiabá Esporte Clube e a senadora Margareth Buzetti, proporcionou visitas no camarote do clube para pessoas com Transtorno do Espectro Autista, durante os jogos do Campeonato Brasileiro 2023. Ao total, em 18 jogos do Dourado na Arena Pantanal, 144 pessoas foram sorteadas.

    A ação ainda teve o apoio da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp), por intermédio da Rede Cidadã.

    A seleção dos oito torcedores e acompanhantes, para cada jogo, foi realizada por meio de sorteios a partir dos beneficiários da CIA de todo o Estado de Mato Grosso.

    A parceria também rendeu um camarote para assistir a partida da Seleção Brasileira de Futebol Masculino conta a Venezuela, pela terceira rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo 2026, com o sorteio de seis autistas. A iniciativa contou com a parceria da Secretaria de Estado de Cultura, Esporte e Lazer (Secel) e a Confederação Brasileira de Futebol CBF).

    Além disso, houve a oportunidade para que os seis autistas pudessem acompanhar o treino do Cuiabá Esporte Clube, no Centro de Treinamento Oficial.

    Para a secretária da Setasc, Grasi Bugalho, o ano foi de muita alegria em poder proporcionar aos autistas e seus responsáveis momentos tão especiais.

    “Foi muito gratificante poder dar às pessoas autistas este espaço dentro da Arena Pantanal, para assistir aos jogos do Cuiabá. Para nós é uma experiência única, uma forma de divulgar a Carteira do Autista, a importância de se ter a carteira, para que os autistas possam acessar inúmeros serviços. Essa sinergia do Cuiabá oferecendo esse espaço e a gente podendo levar esse trabalho para os autistas é muito importante. Essa iniciativa da nossa primeira-dama Virginia Mendes, junto com a senadora Margareth Buzetti, traz um olhar sensível para a inclusão dos autistas”, afirmou a secretária Grasi.

    Ela ainda ressaltou que, além dos jogos do Cuiabá Esporte Clube, a partida da Seleção Brasileira e o treino no CT do Dourado foram experiências excepcionais e que ficarão marcadas nas memórias de todos.

    “Com certeza, serão dias que ficarão guardados nas memórias como a realização de um sonho ao assistir o jogo da Seleção Brasileira, principalmente num ambiente adequado e preparado para que todos fiquem confortáveis e seguros para, realmente, curtir o momento e também o treino do Dourado. Só temos a agradecer a confiança depositada no Governo do Estado E a todos que se inscreveram para participar dos sorteios para o camarote do autista, não só para o jogo da Seleção, mas para todos os jogos do Cuiabá”, concluiu secretária.

    Em referência aos sorteios para o camarote na Arena Pantanal, Laiza relembra que o Luiz foi sorteado duas vezes, sendo uma delas para assistir ao jogo da Seleção Brasileira de Futebol.

     

    “O Luiz foi por duas vezes ao camarote e fiz questão de sair de Dom Aquino e levá-lo ao estádio, porque eu sei a dificuldade que é para nós, mães e pais, proporcionar isso aos nossos filhos por conta das limitações. Mas foram experiências fantásticas, pois era um lugar muito receptivo, caloroso e aconchegante. Muito bem organizado, com todos sos cuidados para o bem-estar deles. O Luiz já me disse que está com saudades e deseja que o projeto continue no ano que vem”, finalizou Laiza.

    Carteira de identificação do autista

    O documento, que é uma das bandeiras da primeira-dama Virgínia Mendes, é emitido de forma gratuita pela Secretaria de Assistência Social e Cidadania (Setasc) e contém informações específicas e qualificadas da pessoa com o transtorno, o contato de emergência e, caso tenha, informações de seu representante legal/cuidador.

    O cadastro da CIA, desde setembro de 2022, é realizado pelo aplicativo MT Cidadão, na modalidade digital e ou física (impressa). O prazo para a emissão da carteira digital é de cinco dias, a contar do envio da documentação via aplicativo, análise e aprovação pela equipe da Setasc. Já para a emissão da carteira física, o prazo será de 30 dias.

    Para mais informações (65) 98421-4080/(65) 3613-5711 ou o site da Setasc.

  • Vereadores apresentam projeto para criar cadastro único das pessoas com transtorno autista

    Vereadores apresentam projeto para criar cadastro único das pessoas com transtorno autista

    Instituir um cadastro único das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) para orientar as políticas públicas desenvolvidas no município de Lucas do Rio Verde. Esse é o intuito de um projeto de lei apresentado em conjunto pelos vereadores Wagner Godoy e Márcia Pelicioli.

    A proposta estabelece um banco de dados a partir de informações apresentadas por hospitais, clínicas e unidades de saúde, das redes pública e privada, em que as pessoas com TEA recebem atendimento. O cadastro também poderá ser alimentado com dados obtidos com entidades de direito privado, organizações da sociedade civil e outras associações e centros que prestam atendimento aos pacientes autistas.

    O cadastro, segundo os autores do projeto, irá unificar as informações quantitativas, com intuito de identificar as pessoas com TEA, “para fins de políticas públicas e disponibilização de atendimento na rede pública de saúde e de educação do município”. Outro objetivo é priorizar o atendimento aos pacientes, conforme lei municipal aprovada em 2020.

    “Dados estatísticos tornam-se necessários para que possamos construir, articular e desenvolver estratégias que atendam às necessidades desse público específico, principalmente nas áreas da saúde, da educação e da assistência social, considerando que esse público é composto por todas as faixas etárias”, dizem os autores do projeto.

    A proposta foi lida na sessão ordinária desta segunda-feira e ainda não foi analisada pelas Comissões do Legislativo. O prazo para votação nas comissões é até 9 de novembro.

  • Agredido por ser diferente: agressão a um menino autista capturada em vídeo

    Agredido por ser diferente: agressão a um menino autista capturada em vídeo

    O desafio de ser pai ou mãe de uma criança autista é uma jornada repleta de amor, dedicação e, infelizmente, muitas vezes marcada pela incompreensão da sociedade. Uma situação perturbadora ocorreu na última quarta-feira (10), quando câmeras de segurança da brinquedoteca de um condomínio em Cuiabá, capturaram um incidente chocante envolvendo um menino diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) de apenas 5 anos.

    As imagens mostram a criança, alegre e inocente, brincando com outras crianças. Em determinado momento, o menino, usando uma camiseta preta, tenta se aproximar de outro garoto, chamando-o para brincar. A reação do pai do outro menino é violenta e totalmente inesperada. Ele se levanta, criança no colo, e agride o menino autista com tapas. A violência não para por aí; ele ameaça o garoto, apontando o dedo, enquanto outro homem presente no local permanece impassível.

    O caso nos obriga a refletir sobre a difícil realidade enfrentada pelos pais de crianças autistas. A incompreensão e intolerância a comportamentos considerados “fora do comum” podem levar a reações extremas, como a agressão sofrida pelo menino.

    A mãe da vítima fez o registro na Polícia Civil, e o caso será investigado pela Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica). Ela também informou que o agressor acusou seu filho de ser “mal educado” e alegou que bateria nele “do mesmo jeito”, independentemente de ele ser uma pessoa com deficiência.

    As cicatrizes físicas podem curar, mas a dor emocional e o trauma que esse incidente causou permanecerão por muito mais tempo. É um lembrete brutal de que a educação, a empatia e o respeito são fundamentais para a convivência harmoniosa em nossa sociedade.

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