Tag: autismo

  • Mato Grosso promove respeito e acolhimento pessoas com autismo na Arena Pantanal

    Mato Grosso promove respeito e acolhimento pessoas com autismo na Arena Pantanal

    Em Cuiabá, Mato Grosso |Famílias com pessoas autistas têm encontrado no Camarote do Autista uma oportunidade de vivenciar momentos de lazer com dignidade, conforto e respeito. A ação faz parte do programa estadual de inclusão e é realizada durante os jogos do Cuiabá Esporte Clube na Arena Pantanal.

    O espaço foi elogiado por uma moradora do bairro Santa Isabel, mãe de dois filhos autistas e também diagnosticada com o transtorno. Para ela, o camarote representa um ambiente seguro e sem julgamentos, essencial para o bem-estar de sua família. “Se estivéssemos na arquibancada, eles não aguentariam ficar. Aqui, assistem no tempo deles, descansam, comem e se sentem acolhidos”, afirmou.

    O acesso ao camarote é feito por sorteio, e em 2023 e 2024, 296 pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) foram contempladas. Para participar, é necessário possuir a Carteira de Identificação do Autista (CIA), documento emitido gratuitamente pelo Governo do Estado por meio da Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Mato Grosso (Setasc).

    Além de garantir prioridade em serviços públicos e privados, a carteira representa mais autonomia para as famílias. “Podemos sair sem constrangimento se a criança não se sentir bem. Isso muda tudo”, destacou a mãe.

    Com diagnóstico recebido ainda na infância, a cuiabana compartilha uma trajetória marcada por desafios e superação. “Hoje, aos 40 anos, me orgulho da nossa história. A luta por inclusão precisa continuar, porque o que conquistamos agora fará diferença no futuro”, declarou.

    A ação do camarote é parte do programa SER Família Inclusivo de Mato Grosso, que tem como objetivo ampliar o acesso de pessoas com deficiência a espaços de convivência, lazer e cultura. Segundo a gestão estadual, a iniciativa simboliza o compromisso com políticas públicas humanizadas, que enxergam cada pessoa em sua individualidade.

    Para solicitar a Carteira de Identificação do Autista, o interessado pode utilizar o aplicativo MT Cidadão ou procurar atendimento via site ou telefone da Setasc de Mato Grosso. O prazo de emissão varia entre cinco dias úteis (digital) e até 30 dias (física).

  • Sesc Rondonópolis realiza ‘manhã azul’ em alusão ao Dia de Conscientização do Autismo

    Sesc Rondonópolis realiza ‘manhã azul’ em alusão ao Dia de Conscientização do Autismo

    O Sesc Rondonópolis-MT realiza no dia 12, sábado, a “Manhã Azul”, em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2007 e lembrado todo ano no dia 2 de abril. A ação será repleta de atividades recreativas para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    O evento, que é aberto para o público geral, tem como objetivo proporcionar às crianças uma vivência fora do cotidiano, incentivando a socialização, o compartilhamento de espaço e de brinquedos, com muita alegria e diversão, criando memórias afetivas.

    Serão realizados jogos, brincadeiras, oficinas recreativas, trabalhando o lado lúdico e imaginário dos participantes, pintura de cabelo, desenho livre e espontâneo, brincadeiras aquáticas, entre outras atividades.

    A ‘Manhã Azul’ será realizada das 7h30 às 10h30, de forma gratuita, e sem necessidade de inscrição antecipada.

  • Hidroterapia melhora a qualidade de vida de crianças com autismo

    Hidroterapia melhora a qualidade de vida de crianças com autismo

    “A minha alegria, como mãe, é de outro mundo. Pra eles, é uma brincadeira, uma diversão, mas pra a gente, é uma grande vitória. É uma terapia que faz bem pro desenvolvimento do corpo, promove a interação, a percepção e eles ficam felizes”.

    O depoimento da dona de casa Lília Rocha de Souza, mãe de duas crianças com autismo, ressalta a importância da hidroterapia no tratamento de crianças/pessoas diagnosticadas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    A atividade é uma das terapias ofertadas pela Secretaria de Saúde de Lucas do Rio Verde, por meio de parceria entre o Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps IJ) e o Centro Municipal de Reabilitação.

    Segundo a fisioterapeuta Ana Paula Enzweiller, coordenadora do Centro Municipal de Reabilitação, o projeto atende, atualmente, oito crianças. Os pacientes são selecionados pelo Caps, por apresentarem problemas de coordenação motora e equilíbrio.

    “A gente faz uma avaliação, pra verificar as dificuldades que a criança apresenta. A gente trabalha com o objetivo de melhorar a coordenação motora, a força muscular, o equilíbrio e, principalmente, a socialização”.

    A hidroterapia é composta por dez sessões, são duas turmas, sendo um encontro por semana, as segundas ou as quartas-feiras. Dentro da piscina, as crianças são acompanhadas pela fisioterapeuta, a psicóloga e os responsáveis.

    Além dos pacientes com autismo, o projeto atende também crianças diagnosticadas com transtorno grave persistente. O tratamento inclui, ainda, atividades que envolvem o conhecimento das letras e números.

    “Muitas crianças gostam de água, mas há um receio em levá-las pra piscina. É um ambiente diferente, onde podemos desenvolver outras sensações e avançar no tratamento, no fortalecimento do vínculo familiar e social”, ressalta a fisioterapeuta.

    Natural do Estado de Rondônia, a dona de casa Lília Rocha de Souza conta que quando chegou em Lucas do Rio Verde, há quase cinco anos, os filhos de oito e dez anos de idade, não falavam ainda, apenas balbuciavam.

    De acordo com ela, o tratamento ofertado pelo município foi essencial no desenvolvimento dos filhos, que hoje, já conseguem interagir com outras crianças e falam algumas palavras, como ‘mãe, pai e vó’.

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    (Foto: Ascom Prefeitura/Victor Pauletti)

    “Depois que nós viemos pra Lucas, a nossa vida mudou muito. O Caps transformou a nossa família. As meninas são maravilhosas, desde a limpeza a coordenação. Eles começaram a fazer o tratamento e eu já vi mudança, nem todo município oferece esse serviço”.

    A psicóloga Millena Schutz Selhorst ressalta que, além da hidroterapia, o Caps oferta outras atividades, que também contribuem no desenvolvimento do paciente, como arte, culinária, habilidades sociais, motoras e grupo de família.

    “As oficinas ou grupos, são ferramentas de inclusão. Quando a gente insere uma criança em um grupo, a gente leva em consideração as habilidades que ela tem e as habilidades que ela precisa desenvolver”.

  • Desinformação sobre autismo no Telegram cresceu 150 vezes em seis anos

    Desinformação sobre autismo no Telegram cresceu 150 vezes em seis anos

    Nos últimos seis anos, o volume de desinformação sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA) cresceu mais de 150 vezes nas comunidades da América Latina e do Caribe do aplicativo de mensagens instantâneas Telegram. E ele foi ainda mais intenso nos primeiros anos da pandemia do novo coronavírus, quando apresentou um crescimento de 635%.

    Os dados fazem parte do estudo Desinformação sobre Autismo na América Latina e no Caribe, elaborado pelo Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas, da Fundação Getulio Vargas, e pela Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil).

    Segundo o estudo, o volume de publicações com informações equivocadas sobre o autismo dentro das comunidades conspiratórias apresentou crescimento exponencial nos últimos anos. Em janeiro de 2019, havia apenas quatro postagens mensais sobre o tema, número que saltou para 35 em janeiro de 2020 e chegou ao pico de 611 postagens mensais em janeiro de 2025, crescimento de 15.000%.

    A pesquisa analisou mais de 58 milhões de conteúdos publicados entre os anos de 2015 e 2025 em 1.659 grupos conspiratórios sobre o autismo em 19 países da América Latina e do Caribe. Mais de 5 milhões de usuários estavam inseridos nessas comunidades que, segundo os pesquisadores, são relacionadas a movimentos antivacina e de negacionismo climático e terraplanismo.

    “A pandemia da covid-19 foi um marco no comportamento digital e na circulação de desinformação. A crise sanitária gerou medo, incerteza e uma demanda intensa por explicações – muitas vezes, em ambientes de baixa confiança institucional”, afirma o coordenador do estudo, Ergon Cugler, em entrevista à Agência Brasil.

    “Grupos que antes se restringiam a temas antivacina passaram a incorporar o autismo como nova frente de pânico moral. O que começava como desinformação durante a pandemia foi ganhando tração e se consolidou como um fluxo contínuo de teorias perigosas”, completou Cugler, que é autista, e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Desordem Informacional e Políticas Públicas (DesinfoPop/FGV).

    Segundo o estudo, quase 47,3 mil mensagens publicadas nesses grupos traziam informações incorretas ou enganosas sobre o Transtorno do Espectro Autista. O Brasil concentrou quase metade de todo esse conteúdo conspiratório sobre autismo que circulou pelo Telegram no período.

    “Infelizmente, o Brasil está em primeiro lugar no continente no que diz respeito à desinformação sobre autismo nessas comunidades do Telegram. As comunidades brasileiras de teorias da conspiração somam 46% dos conteúdos sobre autismo no continente, totalizando 22.007 publicações, alcançando potencialmente até 1.726.364 usuários e somando exatas 13.944.477 visualizações.”

    “A Argentina, México, Venezuela e Colômbia também ocupam posição de destaque dentre os países que mais produzem e consomem conteúdos conspiracionistas sobre autismo no Telegram”, afirmou Cugler.

    Nesses grupos do Telegram, os pesquisadores encontraram mais de 150 causas incorretas ou mentirosas sobre o TEA que apontavam como agentes responsáveis pelo autismo: a radiação das redes 5G, vacinas, inversão do campo magnético da Terra, consumo de Doritos e até chemtrails [falsa crença que os rastros deixados por alguns aviões no céu são, na verdade, agentes químicos ou biológicos].

    Também foram encontradas 150 falsas curas do autismo, algumas delas defendendo o uso de produtos ineficazes e até perigosos “como solução milagrosa”. Alguns dos métodos defendidos nesses grupos como cura para o autismo não tinham nenhuma comprovação científica e poderiam colocar pessoas em risco, provocando danos irreversíveis à saúde. Segundo a pesquisa, essas promessas de cura são vendidas principalmente por influenciadores e grupos que exploram emocional e financeiramente os cuidadores, transformando a desinformação em negócio.

    “Muitas dessas ‘terapias’ são comercializadas pelos próprios autores das postagens, transformando o desespero de famílias em negócio”, afirmou Guilherme de Almeida, autista, coautor do estudo e presidente da Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil).

    O especialista também aponta uma instrumentalização da fé, com promessas de cura pela espiritualidade e incentivos ao abandono de tratamentos médicos, reforçando a culpa sobre pais e cuidadores. Ainda segundo ele, as teorias sobre autismo não estão isoladas.

    “Articulam-se com discursos antivacina, nova ordem mundial, negacionismo científico e um caldo ideológico anti-institucional. O estudo mostra como essas redes se organizam, criam sentido, alimentam desconfiança e capitalizam em cima da angústia coletiva”, reforçou.

    Uma combinação de estratégias é usada por essas comunidades do Telegram para espalhar a desinformação, destacou Cugler. “Primeiro, elas atuam como bolhas de reforço, ou seja, espaços onde os membros compartilham e comentam entre si as mesmas ideias, criando uma sensação de validação mútua. Em segundo lugar, elas exploram intensamente a linguagem da ciência, usando termos técnicos fora de contexto para dar aparência de credibilidade às teorias”, explicou.

    “Por fim, muitos desses grupos funcionam com estratégias típicas de marketing digital: constroem narrativas de medo seguidas da oferta de soluções ‘milagrosas’, vendendo produtos como dióxido de cloro, terapias alternativas e até cursos de ‘desparasitação’ do intestino. Em muitos casos, o mesmo perfil que espalha desinformação também lucra com a venda dessas soluções, o que mostra uma engrenagem organizada de exploração da desinformação como negócio”, completou Cugler.

    caminhada do autismo

    Caminhada sobre o autismo movimenta cidades brasileiras. Foto – Tânia Rêgo/Arquivo Agência Brasil

    Almeida alerta que essa desinformação é organizada para servir a interesses. “A desinformação sobre autismo não é inofensiva nem aleatória: ela alimenta um sistema altamente lucrativo. Criou-se uma lógica cultural que naturaliza o autismo como problema a ser corrigido, legitimando uma cadeia de intervenções contínuas que movimenta universidades, certificadoras, clínicas e cursos e algumas grandes ‘corporações da deficiência’”, disse.

    De acordo com Almeida, o estudo é a ponta do iceberg de uma indústria operada entre desinformação e lucro, na qual falsas causas e curas são vendidas por quem espalha as mentiras. Essa estratégia não apenas explora financeiramente as famílias, mas também legitima práticas pseudocientíficas e desvia recursos públicos.

    “O medo, a culpa e a esperança são convertidas em consumo – e o consumo, em lucro. Não se trata de casos isolados. Estamos diante de um complexo articulado entre economia, política e cultura. A desinformação cumpre papel central nesse jogo: ela abre caminho para o negócio da intervenção e reforça uma lógica onde a existência autista só tem valor se puder ser ‘melhorada’ ou ‘curada’”, observou o presidente da Autistas Brasil.

    Riscos

    A desinformação, alerta Almeida, gera muitos riscos à sociedade. Além de aumentar os estigmas e a discriminação sobre o TEA, ela também pode comprometer o diagnóstico do transtorno.

    Brasília - Grupos que militam contra o preconceito e pela conscientização sobre o autismo promovem carreata pela região central de Brasília. Ao final, balões azuis foram soltos em comemoração ao Dia Mundial da Conscientização do Autismo.

    Grupos se manifestam em Brasília contra o preconceito sobre o autismo. Foto: Marcelo Camargo/Arquivo Agência Brasil

    “A desinformação sobre o autismo gera riscos profundos e estruturais: compromete diagnósticos precoces, atrasa o acesso a direitos, favorece tratamentos ineficazes ou até perigosos e reforça estigmas que isolam ainda mais as pessoas autistas”, afirma Almeida.

    “Alimentada por teorias conspiratórias e interesses comerciais, ela distorce o entendimento público e empurra famílias para soluções milagrosas vendidas por charlatões, em vez de apoios baseados em evidências. Além disso, desvia recursos públicos e privados para práticas pseudocientíficas, enfraquecendo políticas públicas sérias e perpetuando a lógica do autismo como tragédia a ser remediada, em vez de uma condição a ser compreendida e incluída”, explicou.

    Um dos aspectos mais preocupantes é que a desinformação acaba levando as pessoas a abandonar os tratamentos oferecidos pelo sistema de saúde, reforça Cugler.

    “É um ciclo que afeta diretamente a saúde pública, porque leva pessoas a abandonar o sistema de saúde e adotar práticas sem qualquer respaldo científico – muitas vezes perigosas. Não é apenas uma ameaça informacional: é uma ameaça concreta à integridade física e emocional de famílias inteiras”, acrescentou.

    Combate à desinformação

    Os pesquisadores defendem que, para combater essa desinformação, são necessárias não só políticas públicas voltadas ao autismo como também informação. Almeida destacou que as pessoas devem sempre desconfiar de conteúdos que circulam em redes sociais, principalmente quando há forte apelo emocional e nenhuma comprovação científica. “Em tempos de mercadores da esperança, proteger-se da desinformação é também um ato de cuidado”, garantiu.

    Cugler argumenta que é preciso também responsabilizar criminalmente quem está lucrando com a desinformação e exigir um posicionamento mais responsável das plataformas de redes sociais, que deveriam limitar a circulação de conteúdos que são prejudiciais à saúde pública. Outro aspecto importante nesse processo, diz ele, é a educação “para fortalecer a capacidade crítica diante da desinformação”.

    Procurado pela Agência Brasil, o Telegram não se manifestou sobre o estudo.

    O que é o TEA

    O Transtorno de Espectro Autista (TEA) é caracterizado por dificuldades na comunicação e interação social, podendo envolver outras questões como comportamentos repetitivos, interesses restritos, problemas em lidar com estímulos sensoriais excessivos (som alto, cheiro forte, multidões), dificuldade de aprendizagem e adoção de rotinas muito específicas.

    Segundo dados da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), uma em cada 160 crianças em todo o mundo tem transtorno do espectro autista, mas a organização reforça que esse dado representa um valor médio e que pesquisas têm apontado números significativamente maiores.A Associação Nacional para Inclusão das Pessoas Autistas (Autistas Brasil) estima que cerca de 5,6 milhões de pessoas tenham sido diagnosticadas como autistas no Brasil.

  • 1º ‘ALFAA em Ação’ oferecerá serviços e atividades para famílias de autistas em Lucas do Rio Verde

    1º ‘ALFAA em Ação’ oferecerá serviços e atividades para famílias de autistas em Lucas do Rio Verde

    Neste sábado (5), a partir das 14h, o Espaço Semeador será palco do primeiro ALFAA em Ação, evento promovido pela Associação Luverdense de Familiares, Amigos e Autistas (ALFAA). A iniciativa busca facilitar o acesso a serviços essenciais para autistas e suas famílias, além de proporcionar um momento de lazer e integração.

    De acordo com a presidente da ALFAA, Karla Quinzani, a proposta surgiu como parte das atividades do Abril Azul, mês de conscientização sobre o autismo. “Queremos unir serviços que realmente beneficiam as famílias, como auxílio jurídico, emissão da carteirinha do autista, orientações para isenção de IPVA e cadastramento para o cartão de estacionamento gratuito”, explicou.

    Além da parte burocrática, a associação pensou também no bem-estar das crianças. Enquanto os pais resolvem pendências, os pequenos poderão se divertir com pula-pula, pipoca, cachorro-quente e monitores garantindo a segurança das brincadeiras. “Muitas mães não conseguem ir atrás desses benefícios por conta da rotina. Então, esse mutirão vai facilitar para elas”, acrescentou Karla.

    A campanha nacional do Abril Azul este ano reforça a mensagem de que “Informação gera empatia, e empatia gera respeito”. Segundo Karla, a falta de conhecimento sobre o autismo ainda persiste até mesmo dentro das próprias famílias. “Nosso objetivo é levar informação para que a sociedade compreenda melhor o espectro autista e possa ser mais inclusiva.”

    Espaço Semeador como referência

    A Secretaria de Cultura e Turismo apoia o evento e, desde o ano passado, cedeu uma sala no Espaço Semeador para as atividades da ALFAA. A secretária Luciana de Souza Bauer destacou que a inclusão é um desafio diário e que o poder público deve estar atento às necessidades da população.

    “Temos buscado aprender com iniciativas como a da ALFAA. Estamos trabalhando para que os eventos culturais da cidade sejam mais acolhedores para pessoas autistas. O ALFAA em Ação será um momento especial, e a Secretaria de Cultura também levará atividades para a tarde de sábado”, afirmou Luciana, convidando a população a conhecer o projeto.

    Parcerias fortalecem a causa

    O evento conta com a colaboração de diversas entidades e empresas, como OAB, CDL, Delmoro, Sicredi e Paschoalotto, que contribuíram com insumos para a realização do evento. “Estamos unindo forças para avançar. Ainda não temos uma sede própria, mas seguimos com o objetivo de apoiar as famílias e fortalecer a inclusão”, finalizou Karla.

    O ALFAA em Ação acontece no Espaço Semeador, localizado ao lado da Escola Municipal Eça de Queirós, no centro da cidade. Toda a comunidade está convidada a participar e conhecer mais sobre o trabalho da associação.

    Para mais informações, a ALFAA disponibiliza seu perfil no Instagram: @alfaalrv.

  • Projeto de lei propõe adaptação de alarmes escolares para alunos com Autismo em Mato Grosso

    Projeto de lei propõe adaptação de alarmes escolares para alunos com Autismo em Mato Grosso

    A Assembleia Legislativa de Mato Grosso aprovou, em primeira votação, um projeto de lei que visa adaptar os sistemas de alerta sonoro nas escolas do estado para atender às necessidades de crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    A proposta do deputado estadual Lúdio Cabral, busca substituir os tradicionais “sinos” escolares por sinais musicais adequados, sinalização visual e outras alternativas que minimizem o impacto sensorial nos alunos com hipersensibilidade auditiva.

    O projeto de lei, aprovado por unanimidade, argumenta que sinais sonoros como sirenes e alarmes podem causar desconforto, desregulação emocional e até pânico em crianças e jovens com TEA.

    A iniciativa propõe que as escolas públicas e privadas de Mato Grosso adotem medidas para substituir esses sinais por indicações de horário mais compatíveis com a presença de alunos com hipersensibilidade sonora.

    As medidas propostas incluem a substituição de sinais sonoros por sinais musicais adequados, sinalização visual e o uso de músicas específicas para indicar os horários escolares.

    O projeto de lei estabelece um prazo de 120 dias para que as escolas implementem as mudanças, e prevê a aplicação de multas em caso de descumprimento.

  • Caps-IJ promove tarde recreativa em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo

    Caps-IJ promove tarde recreativa em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo

    O Centro de Atenção Psicossocial Infantojuvenil (Caps-IJ) de Lucas do Rio Verde promoveu na tarde desta quarta-feira (02), mais uma edição do Autismo com Diversão. O evento é em alusão ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo.

    A data, 02 de abril, foi criada em 2007, pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a importância do diagnóstico precoce, tratamento e acolhimento das pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

    Segundo a psicóloga Milena Schutz Selhorst, o Autismo com Diversão é um momento recreativo pensado 100% nas crianças, com momentos de interação, brincadeiras e, principalmente, a inclusão dos pacientes.

    “É um evento pensado exclusivamente na diversão deles, com pula-pula, piscina de bolinhas, lanche, para que eles possam expressar suas vontades, porque a gente sabe, que quando estão fora daqui, eles acabam sofrendo muito preconceito”.

    O Autismo é um transtorno de neurodesenvolvimento, caracterizado por padrões restritos ou repetitivos, comprometendo a interação social, a fala e o comportamento da pessoa, de acordo com o grau.

    “São todos aqueles comportamentos que se repetem, causando prejuízo a pessoa ou aquela criança que possui dificuldades de interação, que não consegue manter uma conversa ou que tem dificuldade na fala”, explicou a psicóloga.

    Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que existam 70 milhões de pessoas no mundo com autismo. Somente no Brasil, são aproximadamente 2 milhões com o transtorno.

    O diagnóstico precoce é essencial ao tratamento e a qualidade de vida do paciente. Em Lucas do Rio Verde, a porta de entrada para o tratamento são as unidades básicas de saúde, de acordo com o grau de autismo, os pacientes são encaminhados ao Caps.

  • Lucas do Rio Verde: CAPS Infantojuvenil promove evento no Dia Mundial do Autismo

    Lucas do Rio Verde: CAPS Infantojuvenil promove evento no Dia Mundial do Autismo

    Para marcar o Dia Mundial do Autismo nesta quarta-feira (02), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) Infantojuvenil de Lucas do Rio Verde promoveu uma tarde recreativa dedicada integralmente a seus pacientes. A iniciativa busca proporcionar um ambiente inclusivo e acolhedor, permitindo que as crianças e adolescentes autistas possam expressar livremente seus desejos e vontades. “Essa ação é pensada 100% nos nossos pacientes. A maior parte deles é autista e entendemos que essa data precisa ser comemorada. Queremos que o Caps seja um espaço de inclusão, onde eles possam simplesmente ser quem são”, destacou a psicóloga Milena Schutz Selhorst.

    O evento contou com uma programação repleta de atividades lúdicas, incluindo pula-pula, piscina de bolinhas, lanche, música e brincadeiras diversas. Segundo Milena, momentos como esse são essenciais para reforçar a importância da inclusão social dos autistas. “Sabemos que, em outros espaços, eles frequentemente enfrentam preconceito e dificuldades de interação. Nosso objetivo é justamente mudar essa realidade”, afirmou.

    Diagnóstico precoce

    O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição do neurodesenvolvimento, ou seja, a pessoa já nasce autista. O transtorno se caracteriza por padrões restritos e repetitivos de comportamento, além de dificuldades nas interações sociais. Geralmente, o diagnóstico ocorre na primeira infância, sendo fundamental para garantir um tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida do paciente.

    “O diagnóstico precoce é essencial. Quanto mais cedo identificamos, mais cedo iniciamos o tratamento e evitamos problemas futuros. Autistas diagnosticados apenas na adolescência ou na vida adulta costumam apresentar altos níveis de ansiedade devido à falta de compreensão sobre si mesmos durante grande parte da vida”, explicou a psicóloga.

    No Caps, o tratamento é individualizado. O primeiro passo é acolher a família e avaliar as demandas da criança ou adolescente. A partir disso, é definido se o paciente permanecerá no Caps ou será encaminhado para acompanhamento ambulatorial. Os casos considerados mais graves são inseridos em atividades individuais ou em grupo, conforme a necessidade de cada um.

    Diagnósticos e conscientização

    O aumento no número de diagnósticos de TEA tem gerado debates. Segundo Milena, isso não significa que existam mais autistas hoje, mas que os avanços na ciência e na conscientização permitiram uma melhor identificação dos casos. “No passado, muitas dessas pessoas eram marginalizadas, internadas ou levavam uma vida inteira sem entender sua própria condição. Hoje, felizmente, temos acesso ao conhecimento e ao tratamento adequado”, comentou.

    A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que uma em cada cem crianças nascidas é diagnosticada com TEA. No Brasil, no entanto, ainda faltam pesquisas aprofundadas sobre o tema. “Lucas do Rio Verde tem se destacado no atendimento ao autista. A cidade conta com uma equipe médica estruturada, o que permite um diagnóstico precoce e um tratamento mais eficaz”, ressaltou Milena.

    Inclusão

    A inclusão de autistas não depende apenas do poder público, mas também da compreensão da sociedade. Pequenas atitudes fazem grande diferença para as famílias e os pacientes. “Muitas mães chegam ao Caps sem conseguir frequentar espaços como igrejas ou eventos sociais porque seus filhos enfrentam dificuldades de interação. Com o tratamento adequado e o apoio da comunidade, essas barreiras são reduzidas”, pontuou Milena.

    Ela reforça a importância de uma postura mais compreensiva da população. “Antes de julgar uma criança que está correndo ou gritando, é fundamental refletir que pode se tratar de um autista aprendendo a regular suas emoções. Nem tudo é birra ou falta de educação”, afirmou.

    Hidroterapia

    Uma iniciativa recente da Prefeitura de Lucas do Rio Verde é o grupo de hidroterapia para crianças autistas, realizado em parceria com fisioterapeutas. A atividade ocorre às segundas e quartas-feiras e visa melhorar a qualidade de vida dos pacientes. “Muitas crianças autistas adoram água, mas os pais têm receio de deixá-los entrar na piscina. No grupo, trabalhamos a interação entre elas e fortalecemos os laços familiares”, explicou Milena.

    Além de estimular a coordenação motora e o equilíbrio, a hidroterapia contribui para a autonomia dos pequenos. “Dentro da piscina, eles aprendem a nadar com suporte, desenvolvem força muscular e ganham confiança para realizar movimentos sozinhos”, destacou.

    O serviço, por enquanto, está disponível apenas para pacientes do Caps. As mães interessadas podem manifestar interesse durante o acompanhamento e aguardar a inclusão na lista rotativa de participantes.

  • Autismo: entenda os impactos do diagnóstico tardio em adultos

    Autismo: entenda os impactos do diagnóstico tardio em adultos

    Desde que pode se lembrar, a nutricionista Beatriz Lamper Martinez, de 48 anos, sempre apresentou características distintas e que, até pouco tempo, não podiam ser facilmente explicadas.

    Na infância, a mãe se referia a ela como uma criança excessivamente sensível e madura para a idade, que se envolvia emocionalmente com problemas de pessoas mais velhas.

    Na adolescência, ela teve poucos melhores amigos, o que se mantém ainda hoje. Durante a vida adulta, foram muitas as dificuldades de convivência e poucos relacionamentos duradouros.

    Em setembro do ano passado, Beatriz foi diagnosticada com transtorno do espectro autista (TEA). À Agência Brasil, ela disse que buscou o diagnóstico porque, desde 2013, era tratada para transtornos como depressão e ansiedade, mas sem sucesso. “Muda medicação, aumenta medicação, mas eu nunca ficava estável”.

    Foi um relacionamento com o pai de uma criança com TEA que a fez abrir os olhos para características próprias que coincidiam com o quadro em questão. “Ao longo dos meses, comecei a me identificar com aquelas informações”.

    “Foram oito meses tendo acesso a tudo isso. Comecei a ler a respeito, procurar mais coisa. Resolvi ir atrás de um psiquiatra que entendesse do assunto. Inicialmente, me deram um diagnóstico clínico de TEA. No fundo, eu já sabia, mas fui fazer testes neuropsicológicos. Procurei uma clínica, já que é uma bateria de exames, perguntas, desenhos, entrevistas. E veio a confirmação de que sou mesmo autista nível 1 de suporte. O diagnóstico também acusou altas habilidades, com QI [quociente de inteligência] acima da média.”

    Com o diagnóstico, Beatriz pode entender que as crises que se manifestaram durante boa parte da vida não eram pura e simplesmente causadas por transtornos como ansiedade ou depressão. “Na literatura, mulheres que têm diagnóstico tardio de TEA, em sua maioria, desenvolvem ansiedade e depressão na vida adulta”. Atualmente, as crises, segundo ela, se mantêm presentes, mas são compreendidas de uma forma completamente diferente diante do diagnóstico.

    “Hoje, por exemplo, estou muito, muito cansada. Não consigo me levantar, estou em crise. Antes, eu achava que isso era o início de uma depressão, uma recaída. Hoje, sei que não estou tendo uma recaída, estou tendo uma crise. Preciso descansar, ficar quieta, dormir e, com isso, vou melhorar. O diagnóstico, pra mim, trouxe uma certa libertação pra poder entender porque tenho sempre tantas crises, tantos altos e baixos.”

    “Quando recebi o diagnóstico, foi um certo alívio. Pra começar a me entender de uma outra forma. Antes, eu pensava: ‘Que sentido tem a vida? Pra quê viver desse jeito, sempre tendo crises, com vontade de ficar quieta, de não querer fazer as coisas’? Com o diagnóstico, a gente pensa: ‘Eu sou só diferente e preciso aprender a lidar com isso’. No início, foi um alívio. Mas, logo em seguida, já vieram várias questões sociais muito difíceis de lidar”, disse, ao relatar que, entre os membros da família, apenas a irmã sabe do diagnóstico.

    “A sociedade não está preparada, como um todo. Pessoas muito próximas de mim foram bem resistentes ao meu diagnóstico, o que me chocou muito. Mas a gente tem que entender, a vida é assim. No trabalho, pedi pra fazer mudanças de rotina porque eu trabalhava em um ambiente com muito estímulo sensorial. Minha chefe direta me mudou de área, fui pra um setor administrativo mais calmo, mais tranquilo. O trabalho em si foi adaptado. E entrei com um pedido de reconhecimento de PCD [pessoa com deficiência] pra ter meus direitos”, explicou.

    Cecilia Avila

    Ainda na infância, também detestava que penteassem seu cabelo. “Ficava cheio de nós e, pra desembaraçar depois, era um sofrimento”, lembra.

    Durante a adolescência, teve dificuldade pra fazer amigos e pra compreender piadas e ironias, mesmo em tirinhas simples usadas nas aulas de língua portuguesa.

    No ano passado, Cecilia também foi diagnosticada com TEA. “Eu não me encaixava em algumas relações sociais. Sempre fui mascarando essas coisas. Até que, adulta, uma colega que estudou comigo comentou que teve o diagnóstico. Conversei com ela e, assim, começou a minha busca. Querendo ou não, o diagnóstico tardio impacta porque a gente cresceu mascarando os nossos traços. Se não mascarava, as pessoas falavam que era frescura, só uma sensibilidadezinha que depois passa, birra ou drama.”

    “Você cresceu de uma forma e, quando vem o diagnóstico, você sente: ‘Nossa, finalmente consigo me entender. Sei o que tenho e não fui só uma criança chata, fresca, dramática, que não queria vestir as coisas’. Por outro lado, a gente fica duvidando: ‘Será que eu realmente sou autista?’ A gente cresceu ouvindo coisas e, quando vem a explicação, a gente fica meio na dúvida. Mas, ao mesmo tempo, é um alívio.”

    Para a publicitária, um combo de fatores normalmente leva ao diagnóstico tardio de TEA, incluindo falta de informação, dificuldade de acesso aos sistemas de saúde, dificuldades financeiras e falta de apoio familiar. “Muitas vezes, os filhos são diagnosticados com TEA e os pais, quando vão pesquisar para entender os filhos, acabam se vendo muito naquelas características. Há muitos relatos assim”, disse.

    “Acredito que o diagnóstico, mesmo sendo tardio, é importante. Você passa a se conhecer, entende os seus limites, entende até aonde pode ir, quanto tempo você consegue ficar numa interação social, quanto tempo consegue suportar determinados barulhos ou luzes. E envolve comidas também, já que o autismo traz uma seletividade alimentar que pode variar muito de caso pra caso.”

    “Cabe às pessoas entender que não é frescura. ‘Ai, barulho alto’. Não é frescura, está realmente incomodando. ‘Ai, não come tal coisa’. Não é frescura, é que eu realmente não consigo comer. Nesse sentido, o diagnóstico, mesmo que tardio, ajuda, porque a gente começa a se entender e ver que, lá na infância, não era uma criança fresca, chata ou birrenta e que havia uma explicação pra você agir como agia. O diagnóstico tardio pode ajudar na qualidade de vida pra que, a partir daí, ela comece uma vida mais tranquila e dentro das limitações dela,” Cecilia.

    Especialista

    Para o psicólogo Leandro Cunha, o diagnóstico de TEA, ainda que tardio, é fundamental no sentido de permitir que o indivíduo compreenda melhor suas características e dificuldades, facilitando o acesso a tratamentos e apoio adequados. “Isso pode melhorar significativamente a qualidade de vida do adulto, provendo bem-estar emocional e inclusão social – não só para ele, mas para as pessoas ao redor dele”.

    Segundo ele, alguns fatores contribuem para o diagnóstico tardio, sobretudo em adultos. “A criança apresenta a característica, em si, desde cedo, algo que é muito observado nos dias de hoje. Mas, nos adultos, trata-se da própria falta de conhecimento e de conscientização, tanto da própria pessoa como de quem está ao redor, além de crenças culturais que minimizam ou deixam um pouco de lado esses sinais. ‘O adulto não pode ter isso ou aquilo’”, disse.

    “Há também o próprio estigma social associado ao TEA. Além disso, alguns sintomas sutis podem ser confundidos com outras condições, como TOC, TDAH”, contou. De acordo com o especialista, muitos diagnósticos tardios de TEA estão associados ao nível 1 de suporte, popularmente conhecido como autismo leve. “Indivíduos nesse nível podem apresentar dificuldades bem sutis na interação social e na comunicação, levando ao não reconhecimento dos sinais, inclusive durante a infância”.

    A partir do diagnóstico, ainda que tardio, o caminho a ser seguido, segundo Cunha, é simples: buscar informações detalhadas e sobre como o TEA afeta a vida adulta, além de apoio profissional por meio de terapeutas ocupacionais, aconselhamento psicológico e mesmo grupos de apoio e comunidades que compartilham da mesma experiência.

    “A ausência de diagnóstico e a falta de suporte adequado podem levar a dificuldades na vida adulta, incluindo dificuldades acadêmicas; problemas no ambiente de trabalho, afetando o desempenho profissional; dificuldades nas relações interpessoais e sociais; maior incidência de transtornos de humor e ansiedade. Por quê? Porque a pessoa não sabe nem o que tem, não tem o diagnóstico. Está tudo sendo confundido, gerando dificuldades na vida adulta”, concluiu.

  • Entidade promove 1ª edição do “ALFAA em Ação” com serviços gratuitos e diversão para crianças

    Entidade promove 1ª edição do “ALFAA em Ação” com serviços gratuitos e diversão para crianças

    No próximo sábado, 5 de abril, a Associação Luverdense de Familiares e Amigos do Autista (ALFAA) realizará a 1ª edição do evento “ALFAA em Ação”, uma iniciativa voltada ao atendimento de famílias e à promoção da inclusão social. A ação acontecerá a partir das 14h no Espaço do Semeador, com o apoio da Avenida Pará, bairro Alvorada, e oferecerá uma tarde repleta de brincadeiras e diversão para as crianças, além de diversos serviços gratuitos à comunidade.

    Entre os atendimentos disponibilizados estarão auxílio jurídico, solicitação do Benefício de Prestação Continuada (BPC), emissão da Carteirinha do Autista, solicitação de isenção de IPVA para veículos e orientação sobre o cadastramento no aplicativo da ALFAA. O objetivo do evento é facilitar o acesso a esses serviços, permitindo que as famílias resolvam suas demandas de forma mais rápida e eficiente.

    Segundo a presidente da ALFAA, Karla Quinzani, a iniciativa busca melhorar a qualidade de vida das famílias. “Essa ação que vamos promover é para trazer algum tipo de benefício para as famílias. Elas sempre estão em busca de muitos serviços e, às vezes, não conseguem otimizar o tempo. Então, a gente vai, nesse dia, fazer essa ação para facilitar o acesso e otimizar o tempo das famílias”, explicou.

    A ALFAA convida toda a comunidade a participar e aproveitar essa oportunidade de acesso a serviços essenciais, além de proporcionar um momento especial de lazer para as crianças.