Tag: aulas presenciais

  • Fiocruz reafirma importância de atividades presenciais nas escolas

    Fiocruz reafirma importância de atividades presenciais nas escolas

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgou na sexta-feira (24) nota técnica reafirmando a importância da manutenção de aulas presenciais, resguardado o afastamento de casos positivos e de sintomáticos respiratórios. 

    O Grupo de Trabalho enfatiza que é necessário ter disponibilidade de testes para covid-19 na comunidade escolar e recomenda que seja dada prioridade à vacinação (doses de reforço) aos trabalhadores da educação.

    Ainda de acordo com o documento, “situações identificadas como agravos associados à covid-19 devem ser referenciadas para as equipes de atenção primária à saúde, vinculadas a unidades básicas de saúde. Os pesquisadores ressaltam que as escolas são equipamentos seguros e essenciais, por serem promotoras e protetoras da saúde.”

    De acordo com os pesquisadores, “decorrido todo este tempo de convivência com períodos de maior ou menor transmissão do Sars-CoV-2, pode-se afirmar que as atividades presenciais nas escolas não têm sido associadas a eventos de maior transmissão do vírus”.

    Segundo o GT, “a detecção de casos nas escolas não significa necessariamente que a transmissão ocorreu nas escolas. Em sua maioria os casos são adquiridos nos territórios e levados para o ambiente escolar. Nesse sentido, a experiência atual, comprovada por estudos científicos de relevância, revela disseminação limitada da covid-19 nas escolas”.

    O documento informa que em 21 de junho o Brasil apresentava 77,8% com ciclo completo de vacinação da população total e 85,5% para a população elegível acima de 5 anos. No entanto, somente 46% com ciclo completo (todas as doses de reforço) da população total e 55% da população vacinável com reforço acima de 12 anos.

    Na faixa etária entre 5 e 11 anos, há 13.056.571 (63,69%) de crianças com a primeira dose e somente 7.967.345 (38,86%) com a segunda dose, números aquém do necessário para uma imunização coletiva completa.

    Segundo os pesquisadores, essas informações revelam um maior risco para internação, gravidade e morte relacionadas aos não vacinados completamente.

    A nota diz que, pelas características da doença, padrão de disseminação nas diferentes faixas etárias e efeitos da vacinação, é possível afirmar que a transmissão de trabalhadores para trabalhadores é mais frequente do que a transmissão de alunos para trabalhadores, trabalhadores para alunos ou alunos para alunos.

    Portanto, aconselham os pesquisadores, medidas de proteção devem ser adotadas em todos os ambientes escolares, com priorização das estratégias direcionadas à redução da transmissão entre trabalhadores (por exemplo: espaços de convívio e ênfase no rastreio de casos e contatos).

    O documento lembra que o controle da pandemia resultou, em 2022, na retomada plena das atividades presenciais nas escolas, constatando as consequências e prejuízos pedagógicos e psicossociais da pandemia Covid-19. Assim, é imperativo buscar reconstruir as rotinas escolares e seus projetos pedagógicos. A nota afirma que, no atual momento epidemiológico, não são recomendadas novas interrupções das atividades escolares.

    Edição: Pedro Ivo de Oliveira

  • Mais de 80% das escolas das escolas municipais têm aulas presenciais

    Mais de 80% das escolas das escolas municipais têm aulas presenciais

    Após dois anos de pandemia, mais de 80% das escolas das redes municipais de educação estão com aulas totalmente presenciais e mais de 90% oferecem atividades presenciais cinco vezes por semana, com adesão quase total dos estudantes. É o que revela uma pesquisa realizada pela União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), com apoio do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), e do Itaú Social.

    O estudo também mostrou que quase 80% das escolas municipais do país utilizam Busca Ativa para identificar e ajudar crianças e adolescentes que estão fora da sala de aula a retomarem os estudos.

    O presidente da Undime, Luiz Miguel Martins Garcia, aponta que entre os principais desafios relatados pela maioria dos 3.372 municípios participantes da pesquisa está encontrar e integrar estudantes que não voltaram para escola.

    A necessidade de retomada de estudos das séries anteriores que não foram aprendidos de forma satisfatória por causa da pandemia também aparece no estudo. Em Goiás, por exemplo, um levantamento constatou que a alfabetização de crianças ficou comprometida, segundo a secretária estadual de Educação, Fátima Gavioli. Ela informa que o estado realizou uma avaliação de fluência e o resultado foi o baixo nível de aprendizado.

    Segundo a Undime, aqueles municípios que ainda trabalham no formato remoto ou híbrido cumprem essa etapa para adequação de protocolos e também porque, em alguns casos, há ainda necessidade de recomposição de equipes de apoios e estruturação das escolas.

  • USP retorna às aulas presenciais após dois anos de pandemia

    USP retorna às aulas presenciais após dois anos de pandemia

    A Universidade de São Paulo (USP) receberá, a partir de hoje (14), seus mais de 100 mil alunos, entre veteranos e calouros, de graduação e pós-graduação. Universidade exige o uso de máscaras em todos os ambientes e o comprovante de vacinação contra a covid-19.

    Após dois anos de aulas e atividades à distância, os alunos voltam ao presencial. Para os calouros e aqueles que estão no segundo e no terceiro ano de curso é a primeira oportunidade de frequentar os campi universitários.

    “Nós estamos fazendo essas atividades presenciais num momento bastante favorável da pandemia, porque todos os parâmetros epidemiológicos estão diminuindo, isso nos dá a segurança de que se nós seguirmos as recomendações sanitárias, o risco de contaminação no ambiente universitário é mínimo”, afirmou em vídeo do reitor da USP, Carlos Gilberto Carlotti Junior.

    A vice-reitora, Maria Arminda do Nascimento Arruda, falou sobre a importância do convívio acadêmico. “A vida acadêmica pressupõe a convivência, o relacionamento entre colegas, entre alunos e professores, a vivência no campi, e tantas coisas notáveis que a universidade nos traz. A universidade, além de nos oferecer uma profissão, de construir pessoas esclarecidas, de formar cidadãos e cidadãs, ela é uma instituição que faz com que a nossa vida se transforme”.

    Apesar de todos os indicadores negativos relacionados à covid-19 (novos casos, óbitos e internações) estarem em queda, e considerando que as atividades na Universidade são realizadas predominantemente em ambientes fechados, os protocolos preveem o uso contínuo de máscaras em todos os espaços.

    Além disso, os novos alunos precisam apresentar a comprovação de vacinação contra a covid-19 (esquema vacinal completo) e de eventuais doses de reforço até a segunda etapa virtual de confirmação da matrícula da sua respectiva chamada. Professores, funcionários e estudantes de anos anteriores também tiveram que anexar o comprovante no sistema computacional da USP. Ele será obrigatório em todas as atividades desenvolvidas nos campi da Universidade.

    A reitoria enviou ainda, por e-mail para os alunos, as diretrizes para o retorno das atividades presenciais.  O documento traz orientações para dirigentes, docentes e alunos, além de recomendações sanitárias para ambientes como laboratórios, bibliotecas e refeitórios.

    Calouros

    A Semana de Recepção aos Calouros, que marca o início do ano letivo de 2022, acontecerá em todos os campi da USP, entre os dias 14 e 18 de março. Durante a semana, as aulas regulares são substituídas por atividades presenciais e online para integração entre os novos alunos e os veteranos. Os eventos são organizados pelas Comissões de Graduação das Unidades, por seus Centros Acadêmicos e Atléticos.

    Com o tema Essa é a nossa história. Agora ela é sua também, a campanha deste ano, criada pelos próprios alunos, ressalta que o calouro chega para construir uma história que se mistura com a história dos veteranos e da própria Universidade. A frase está estampada em cartazes, totens, banners e faixas espalhadas pelos campi.

    Os materiais também divulgam o Disque-Trote, canal de atendimento para os calouros que se sentirem vítimas de agressão ou constrangimento, dentro ou fora do âmbito da Universidade. Nesse caso, é possível fazer a denúncia de segunda a sexta, das 9 às 21 horas por meio do telefone 0800-012-1090, do e-mail e também pelo aplicativo disponível na Google Play e na APP Store. O trote é proibido na USP desde 1999.

  • Belém adia volta presencial às aulas na rede pública de ensino

    Belém adia volta presencial às aulas na rede pública de ensino

    A prefeitura de Belém adiou o retorno 100% presencial na rede pública de ensino da capital paraense. A decisão foi tomada nesta quinta-feira (20) pela Secretaria Municipal de Educação, após a identificação de casos de síndromes gripais entre trabalhadores da educação.

    Gestores de escolas municipais receberam ofício da pasta detalhando como será o retorno.

    As aulas serão retomadas na próxima segunda-feira (24), data que já estava prevista, mas apenas no formato remoto. A partir do dia 31, o retorno começa a ser presencial, de maneira gradual, com 50% dos estudantes dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ano 9º ano), da 3ª e da 4ª totalidade da educação de jovens, adultos e idosos (Ejai) e do ensino médio (Fundação Escola Bosque).

    Em 7 de fevereiro, começam as aulas presenciais para 100% dos estudantes dos anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º anos), da 3ª e da 4ª totalidade da Ejai e do ensino médio; e para 50% dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º anos) e da 1ª e da 2ª totalidade da Ejai.

    No dia 14 de fevereiro, têm início as aulas presenciais para 100% dos estudantes dos anos iniciais do ensino fundamental (do 1º ao 5º anos) e da 1ª e da 2ª totalidade da Ejai; e para 50% dos estudantes da educação infantil. Por fim, no dia 21 de fevereiro, recomeçam as aulas presenciais para 100% dos estudantes da educação infantil.

    Segundo a prefeitura, o calendário anunciado poderá sofrer alterações conforme as orientações dos órgãos de vigilância sanitária.

    A expectativa da Secretaria de Educação é que, enquanto não retornam ao ensino presencial, as crianças de 5 a 11 anos matriculadas na rede pública da capital tenham tempo de se vacinar contra covid-19.

  • MEC oferece guia de Educação Física para volta às aulas

    MEC oferece guia de Educação Física para volta às aulas

    Governo Federal, por meio do Ministério da Educação, em parceria com o Impulsiona, disponibiliza para escolas de todo Brasil o guia “O papel da atividade física no retorno às aulas presenciais”. Esse documento tem o objetivo de ajudar professores de Educação Física a acolherem e movimentarem os alunos neste segundo semestre, seguindo todos os protocolos de segurança.

    O conteúdo está dividido em seis módulos:

    1)  Como comunicar medidas preventivas

    2)  Como acolher os alunos e resgatar os vínculos

    3)  Como higienizar e descontaminar os espaços da escola

    4)  Medidas de proteção individual e coletivas

    5)  Sugestões de atividades físicas com segurança

    6)  O papel do professor de Educação Física no processo

    Segundo Vanderson Berbat, diretor do Impulsiona, esse material ajuda os educadores a usarem o esporte como uma ferramenta para motivar crianças e adolescentes na volta às aulas presenciais. “O profissional de Educação Física é considerado um agente de promoção da saúde pelo Conselho Nacional da Saúde. Essa disciplina é uma das mais queridas na comunidade escolar e tem o poder de acolher e motivar os jovens.”

    Renato de Oliveira Brito, Diretor de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação do MEC, explica que o guia orienta os professores sobre diferentes modalidades. “Trazemos adaptações que permitem ensinar inclusive os esportes coletivos de forma segura. Fizemos uma vasta pesquisa com todos os países que utilizam a atividade física como ferramenta de acolhimento e preparamos esse material, valorizando a Educação Física escolar.”

    Para baixar o guia “O papel da atividade física no retorno às aulas presenciais”, clique AQUI.

    Com informações do Ministério da Educação

  • CNE traz orientações sobre retorno às aulas presenciais

    CNE traz orientações sobre retorno às aulas presenciais

    Desde o ano passado, a Covid-19 impôs o ensino remoto a milhares de estudantes de todo o país. Com o retorno gradual às atividades escolares presenciais, o Conselho Nacional de Educação publicou diretrizes nacionais que orientam a regularização do calendário escolar da educação básica, superior e educação especial para o . A Resolução foi publicada no Diário Oficial da União no início deste mês. (https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-cne/cp-n-2-de-5-de-agosto-de-2021-336647801)

    O ministro da educação, Milton Ribeiro, destacou a importância das aulas presenciais para o processo de aprendizado. “A presença do professor é insubstituível. Embora a internet e todas essas ferramentas sejam importantes, eu creio que o contato pessoal, a presença do professor, sobretudo na vida das crianças mais novas, é uma coisa marcante”, afirmou.

    As orientações são para escolas públicas e particulares. A presidente do Conselho Nacional de Educação, Maria Helena Guimarães, disse que o Brasil foi um dos países que permaneceu mais tempo com escolas fechadas e agora, com um número maior de pessoas vacinadas e uma situação de mais controle da proliferação da Covid-19, é importante orientar o retorno das atividades escolares.

    “É fundamental assegurar um retorno seguro às aulas presenciais com as escolas respeitando os protocolos sanitários e, principalmente, organizando seu replanejamento pedagógico para assegurar a todas as nossas escolas a oportunidade de retomada com avaliações diagnósticas, com programas de recuperação das aprendizagens para que todos tenham a possibilidade de, aos poucos, irem retomando as atividades e recuperando todo esse tempo de atividades remotas”, salientou Maria Helena Guimarães.

    A resolução determina que o reordenamento curricular deve possibilitar a reprogramação dos calendários escolares de 2021 e 2022, cumprindo os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento de cada etapa. E que deve ser oferecido atendimento remoto aos estudantes de grupo de risco ou que testem positivo para a Covid-19.

    Prevê ainda que no processo de retorno às atividades presenciais, as redes e instituições escolares deverão ofertar formação continuada dos professores para que estejam preparados para enfrentar os desafios impostos durante o retorno.

    Educação Básica

    Para a educação básica, que compreende a educação infantil, ensino fundamental e ensino médio, as diretrizes nacionais determinam que a educação infantil fique dispensada de cumprir o mínimo de dias de trabalho educacional e a carga horária mínima anual.

    Já os ensinos fundamental e médio ficam dispensados do mínimo de dias de efetivo trabalho escolar, desde que cumprida a carga horária mínima de 800 horas anuais.

    Fica prevista ainda que a integralização da carga horária mínima do ano letivo afetado pela Covid-19 pode ser efetivada no ano subsequente, inclusive adotando uma continuação curricular de 2 anos/séries escolares.

    Para complementar as atividades curriculares de 2020 é permitido aumentar os dias letivos e a carga horária do ano de 2021 e, eventualmente, do ano de 2022.

    Ainda podem ser desenvolvidas atividades pedagógicas não presenciais com o uso de tecnologias para fins de integralização da carga horária.

    Educação Superior

    As instituições de ensino superior ficam dispensadas de cumprir o mínimo de dias de efetivo trabalho acadêmico, desde que seja mantida a carga horária prevista na organização curricular de cada curso.

    As instituições poderão adotar atividades não presenciais em substituição às presenciais; organizar o funcionamento dos laboratórios e atividades práticas de acordo com a realidade local; adotar atividades não presenciais de etapas de práticas e estágios, salvo aquelas em que a presença é imprescindível; e fazer processos seletivos na forma não presencial, totalmente digital, entre outros.

    Educação Especial

    No caso da educação especial, as diretrizes preveem que os estudantes da educação especial sejam acompanhados de forma mais intensa no processo de saída do isolamento e que haja planejamento para os casos em que o retorno às aulas presenciais não seja possível.

    Determinam que as escolas, em permanente diálogo com a família, garantam aos estudantes acesso às atividades remotas ou presenciais, com especial atenção às condições de acesso aos meios e tecnologias de comunicação e informação, disponibilizando apoios necessários para que o atendimento escolar especializado ocorra de acordo com as especificidades de cada estudante.

    Garante ainda continuidade do atendimento com cuidados específicos para os estudantes como os surdos sinalizantes que optam pela Língua Brasileira de Sinais (Libras), os com deficiência auditiva falantes que utilizam a leitura orofacial na comunicação, os cegos e de baixa visão que precisem de contatos diretos para locomoção, entre outros.

     

  • Transformação digital é desafio do MEC com volta de aulas presenciais

    Transformação digital é desafio do MEC com volta de aulas presenciais

    O secretário-executivo do Ministério da Educação (MEC) Victor Godoy Veiga afirmou hoje (5) que o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas de todo o país permitirá ao governo federal, em parceria com estados e municípios, focar nas ações que a pasta considera prioritárias para melhorar o ensino brasileiro.

    “Só com a reabertura segura das escolas conseguiremos viabilizar todas as demais prioridades [do MEC], como a transformação digital do sistema educacional brasileiro”, disse Veiga, ao participar, esta manhã, de um seminário virtual que o ministério promoveu para discutir os impactos da pandemia da covid-19 na educação brasileira.

    De acordo com o secretário-executivo, a “transformação digital” do sistema educacional tem entre os objetivos preparar a rede pública de ensino “numa perspectiva de que, no futuro, se enfrentarmos outros desafios desta magnitude, tenhamos condições de não sofrer como sofremos”.

    No mesmo evento, o secretário de Educação Básica do MEC, Mauro Luiz Rabelo, acrescentou que o ministério destinará, a partir deste mês, cerca de R$ 320 milhões para auxiliar as escolas que tiverem que manter o modelo híbrido de ensino, realizando parte das atividades pedagógicas à distância. O montante será disponibilizado por meio do Programa de Inovação e Educação Conectada (Piec).

    Além disso, de acordo com Rabelo, o MEC disponibilizou, por meio do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE) Emergencial cerca de R$ 648,9 milhões, para suplementar os recursos federais destinados aos estabelecimentos de ensino para a compra de itens de consumo e de equipamentos de proteção individual, e para a realização de serviços de desinfecção de ambientes e de pequenos reparos, beneficiando a cerca de 36 milhões de estudantes de 111 mil escolas públicas.

    Prioridades

    Além dos investimentos em tecnologia digital, o secretário-executivo do MEC apontou outras três prioridades da pasta para o ensino: a consolidação da nova Política Nacional de Alfabetização; o fortalecimento do ensino profissional e tecnológico e, “em especial”, a redução das desigualdades regionais.

    Segundo Veiga, a nova Política Nacional de Alfabetização visa a melhorar o desempenho acadêmico dos estudantes, colocando o Brasil em melhor posição nas avaliações internacionais. Já o fortalecimento do ensino profissionalizante é pensado na “perspectiva de aproximar a Educação do Mercado”. “A educação brasileira tem que preparar nossos jovens para as necessidades do mercado de trabalho”.

    De acordo com Veiga, a não-realização de aulas presenciais que, em alguns estados, ultrapassou 400 dias, contribui para aumentar desigualdades socioeconômicas. “Sabemos que grande parte da rede privada retomou as atividades presenciais ainda no ano passado. Precisamos ter em mente políticas que ataquem este problema, que já era uma herança da nossa Educação e que, agora, vai se aprofundar”, comentou o secretário-executivo, destacando que, se dependesse da pasta, as aulas teriam sido retomadas em todo o país a partir de setembro de 2020.

    “Muitas das preocupações [quanto à volta ao ambiente escolar presencial] são legítimas, [como a necessidade de] um protocolo de biossegurança ou quanto à falta de água, mas em relação à falta de água nas escolas, temos 138 mil escolas da rede pública. Destas, 3,4 mil não tem água. Infelizmente, nos balizamos por baixo: porque há uma ou outra escola sem água, decidimos não abrir nenhuma escola”, refletiu Veiga.

    Presidente do Conselho Nacional de Educação (CNE), Maria Helena Guimarães, disse apoiar todas as iniciativas do MEC para que os alunos possam voltar em segurança às escolas, mas lembrou que muitos estados e municípios já tomaram as medidas necessárias e retomaram as aulas.

    “O grande desafio, agora, é entender que a escola é o lugar mais seguro para a criança. Mais seguro que o shopping, que a rua e, inclusive, para muitas crianças que têm que ficar sozinhas em casa, do que seus próprios lares”, disse a educadora, avaliando que a pandemia demonstrou as fragilidades da educação remota. “Os pais têm uma enorme dificuldade de fazer a mediação pedagógica que só o professor consegue fazer.”

    Maria Helena também comentou a importância de um plano para informatizar e integrar às escolas públicas à rede digital de ensino. “Sei que não é uma ação para ser feita de um dia para o outro, mas para chegarmos a termos conectividade no Brasil todo, precisamos ter um plano de voo. E é isto que está faltando. Precisamos de um plano de curto, de médio e de longo prazo para, de fato, conseguirmos chegar, em 2030, com todas as escolas, todos os municípios, plenamente conectados. Ou ficaremos para trás”, pontuou a presidente do CNE, defendendo a importância de escolas conectadas não só para a realização de atividades pedagógicas e de apoio aos estudantes, mas também para a oferta de cursos de preparação dos professores.

  • DF começa retorno às aulas presenciais na rede pública

    DF começa retorno às aulas presenciais na rede pública

    A rede pública de ensino do Distrito Federal começa nesta quinta-feira (5) o processo de retorno às aulas presenciais. Pelo cronograma, está prevista hoje a volta dos alunos da educação infantil.

    No dia 9 de agosto, será a vez da volta às escolas, na modalidade presencial, de alunos do ensino fundamental dos anos iniciais, além dos estudantes da Educação de Jovens e Adultos (EJA) do primeiro segmento.

    Em 16 de agosto, pelo cronograma, estão previstos os alunos do ensino fundamental dos últimos anos e do segundo e terceiro segmentos do EJA. No dia 23 de agosto, a volta às escolas abrangerá as unidades de ensino médio e educação profissional.

    O cronograma será concluído com a volta às unidades de ensino dos alunos de natureza especial, dos centros interescolares de línguas e dos centros de ensino especial, bem como outros atendimentos.

    Protocolos

    O governo do Distrito Federal estabeleceu protocolos de segurança para as aulas presenciais. É exigido distanciamento mínimo de 1,5 metro, além do uso de máscaras, e é recomendada a higienização das mãos com sabão ou álcool em gel. Segundo a Secretaria de Educação do DF, profissionais foram treinados e os ônibus serão higienizados diariamente.

    As turmas vão ser reduzidas e divididas em duas, com metade acompanhando presencialmente e metade com atividades remotas. O tempo será diminuído de cinco horas para quatro horas. Conforme a secretaria, as tecnologias digitais continuarão sendo utilizadas para complementar as aulas.

    Na entrada das escolas será evitado o uso de catraca e haverá a aferição de temperatura dos estudantes. Os espaços físicos serão readequados para garantir o distanciamento mínimo e haverá sinalização da capacidade máxima. Janelas e portas ficarão abertas para permitir ventilação.

    Caso um aluno ou profissional apresente sintomas, deve comunicar à gestão da escola a situação. A pessoa será encaminhada para isolamento e haverá notificação aos responsáveis e à unidade de saúde da localidade.

    Professores

    Em seu site, a secretaria informa que os professores foram vacinados, “a grande maioria com a vacina da Janssen, que é de dose única”. Os que tomaram outros imunizantes foram convidados a comparecer aos postos nos últimos dias. Contudo, o órgão não informa qual o percentual de docentes imunizados.

    Em assembleia no dia 30 de julho, os professores e orientadores educacionais do Distrito Federal aprovaram indicativo de greve e um calendário de mobilização. O Sindicato dos Professores (Sinpro-DF) fará fiscalizações nas escolas e reunião com representantes sindicais e gestores. No dia 11 de agosto está prevista nova assembleia para avaliar a situação.

    Edição: Graça Adjuto

  • Ministérios publicam diretrizes para retorno às aulas presenciais

    Ministérios publicam diretrizes para retorno às aulas presenciais

    Os ministérios da Saúde e da Educação assinaram portaria com orientações para o retorno às aulas presenciais, suspensas com a pandemia de covid-19. A norma não obriga os estados e instituições federais, que possuem autonomia para definir seus calendários e a manutenção ou não do regime de ensino remoto.

    Entre as recomendações para evitar a disseminação do novo coronavírus está o uso de máscaras por estudantes e profissionais que atuam nas unidades de ensino e higienização das mãos com água e sabão ou com álcool em gel. No caso das máscaras, a indicação é que haja unidades suficientes para trocar a cada três horas (máscara de tecido) ou quatro horas (máscara cirúrgica).

    Também é sugerido um distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas. Áreas comuns devem ser evitadas, como bibliotecas, pátios e quadras. As refeições devem ser feitas nas salas, e não nos refeitórios.

    Os horários de chegada e saída, bem como o intervalo, devem ser escalonados, para evitar concentração de alunos nos corredores e nos pontos de acesso a cada unidade escolar. Não é recomendável a autorização da entrada de pessoas externas à escola.

    O documento orienta que os alunos não utilizem o bebedouro, preferindo levar água de casa. Também deve-se evitar o compartilhamento de materiais. O guia dos ministérios coloca a importância de evitar aglomerações, tanto nas escolas quanto após as aulas.

    As gestões de cada unidade de ensino devem reforçar a higienização das escolas e de seus espaços. Professores e gestores devem buscar manter os ambientes ventilados, com portas e janelas abertas.

    Se um estudante demonstrar sintomas de covid-19, deve procurar um posto de saúde. Os pais ou responsáveis devem avisar a escola nessas situações. A notificação também vale para o caso de o aluno ter contato com alguém que testou positivo para o novo coronavírus.

    O guia de retorno às aulas do Ministério da Saúde coloca a importância de uma comunicação constante entre gestores, trabalhadores da educação, estudantes e familiares como forma de divulgar as ações de prevenção e facilitar a sua execução.

  • Ministro assina portaria com orientações para aulas presenciais

    Ministro assina portaria com orientações para aulas presenciais

    O ministro da Educação, Milton Ribeiro, informou que assina hoje (4) uma portaria conjunta com o Ministério da Saúde com orientações sobre o retorno às aulas presenciais nas escolas públicas durante a pandemia de covid-19.

    A informação foi dada durante audiência pública na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados, em resposta à cobrança de deputados sobre o avanço da vacinação entre os profissionais de educação.

    O presidente da comissão, Aureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), defendeu que o retorno ao ensino presencial ocorra com eficiência e com a garantia de todos os protocolos sanitários necessários. O deputado disse ainda que a dificuldade no retorno às aulas presenciais, de forma segura, tem prejudicado os estudantes e vai deixar sequelas na população brasileira.

    “O senhor tem a obrigação de convencer o ministro da Saúde sobre a importância que é para o futuro brasileiro retornamos as aulas com todas as garantias”, disse o deputado. “A prioridade do governo tem que ser vacina no braço e comida no prato”, acrescentou.

    Aureo cobrou ainda a utilização de recursos do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) em ações como a compra de equipamentos como computadores e tablets para auxiliar no processo de ensino.

    “O dinheiro do Fust está parado, servindo apenas para fazer superavit primário”, disse.

    Em resposta, Ribeiro disse que tem trabalhado desde março do ano passado em apoio às redes de ensino e na elaboração de protocolos que garantam um retorno seguro. O ministro disse ainda que também atuou junto ao Ministério da Saúde para inserir os profissionais de educação como prioridade no Plano Nacional de Imunização (PNI).

    “Desenvolvemos protocolos em 2020 e, com relação à vacinação, eu fui o primeiro ministro que mandou um documento a Casa Civil pedindo prioridade aos professores e profissionais de educação”, disse.

    Levantamento do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed), atualizado na última quinta-feira (26), por nove estados e o Distrito Federal definiram os calendários ou sinalizaram a volta ao ensino presencial ao menos para uma parcela dos estudantes neste segundo semestre.

    O ministro, que participa da audiência pública, prestou esclarecimentos sobre a denúncia contra o Centro Universitário Filadélfia (Unifil), de Londrina (PR), suspeito de fraudar o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), sistema que avalia o ensino superior, em 2019.

    Na denúncia, estudantes do curso de Biomedicina teriam recebido as respostas dos testes da coordenadora, que teria recebido antecipadamente o exame. Após a denúncia, investigação do ministério e do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), responsável pelo Enade, concluiu, no final do ano passado, não haver indícios de fraude no exame.

    O autor do requerimento, Leo de Brito (PT-AC), citou uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, apontando que houve interferência direta do ministro para favorecer a instituição e isentá-la de responsabilidades. A Unifil é ligada à Igreja Presbiteriana Central de Londrina, mesma denominação religiosa do ministro.

    O deputado lembrou que o ministro chegou a visitar a instituição em duas ocasiões e que se reuniu com o chanceler e o reitor da Unifil, durante o andamento das investigações

    “A agenda de um ministro, sabemos, é uma agenda disputada e o ministro vai, dá palestra com elogios à instituição e, no dia seguinte, vai na igreja que controla a universidade”, disse. “É importante que o ministro esclareça todas essas situações. São diversos encontros. É uma relação de muita proximidade. Estamos falando de uma instituição que foi denunciada e que as notas estariam fora dos parâmetros”, afirmou.

    O ministro negou haver ocorrido qualquer tipo de favorecimento e disse que encaminhou o resultado das investigações para a Polícia Federal. Ribeiro afirmou ainda que o fato de ter assistido a um culto não poderia ser classificado como indicativo de ter atuado em favor do centro universitário.

    “Houve uma tentativa feita por esse ou por aquele de dizer que eu estaria privilegiando uma instituição por ser desta ou daquela igreja, devido ao fato de eu ter assistido a um culto. Isso não pode ser um indicativo de que eu possa ter ido lá para tentar fraudar um certame. Fui pela amizade que tenho. Quando fui, não fui só para a Unifil, fui nos institutos federais, na Universidade Tecnológica Federal do Paraná. Também tenho família e fui visitar amigos em Londrina”, disse.