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  • Aprosoja MT critica Moratória da Soja e defende a livre iniciativa dos produtores rurais em audiência pública no Senado

    Aprosoja MT critica Moratória da Soja e defende a livre iniciativa dos produtores rurais em audiência pública no Senado

    Nesta quarta-feira (23.04), a Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja MT) destacou os impactos econômicos, sociais e jurídicos da Moratória da Soja durante audiência pública realizada no Senado Federal, em Brasília (DF). A audiência foi convocada pelo senador Wellington Fagundes (PL/MT) na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado Federal, em resposta à recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de suspender a Lei nº 12.709/2024, do Estado de Mato Grosso, que buscava retirar incentivos fiscais das empresas signatárias ao acordo.

    Durante seu pronunciamento no segundo bloco da audiência, o presidente da Aprosoja MT e vice-presidente da Aprosoja Brasil, Lucas Costa Beber, afirmou que a Moratória da Soja é uma medida ultrapassada e injusta, que compromete a soberania do país e impede o produtor de exercer a livre iniciativa, mesmo quando cumpre todas as exigências legais. Ele também lembrou da mobilização realizada por mais de 100 prefeitos e 120 câmaras municipais que se manifestaram contra a moratória, reforçando que este acordo privado prejudica o desenvolvimento econômico e social dos pequenos produtores e dos municípios do estado de Mato Grosso.

    “A proposta que a ABIOVE falava lá atrás são os tais dos polígonos, que nós também não aceitamos, porque sobrepõe a nossa legislação. Deixo claro aqui que a ABIOVE e a ANEC alegam a livre iniciativa e eu alego para eles ferem a livre iniciativa dos produtores, porque eles não têm a opção de escolher a cultura mais rentável. Quem desmatou, mesmo que legalmente, após 2008, que estava usando áreas para pecuária, hoje se quer pode ingressar na soja, pois não tem como vender, já que as empresas signatárias da Moratória correspondem a mais de 94% do mercado comprador de soja aqui do nosso país”, destaca.

    A Aprosoja MT reforçou, durante a audiência, que os produtores brasileiros já atendem à legislação ambiental mais rigorosa do mundo e que qualquer medida adicional imposta fora da legislação brasileira constitui uma violação da soberania nacional. A entidade citou exemplos de produtores que, mesmo tendo desmatado legalmente áreas autorizadas, estão sendo impedidos de comercializar sua produção de soja devido aos critérios arbitrários.

    “A Moratória é uma medida famigerada e vencida, porque foi feita em 2006 e em 2012 nós aprovamos o Código Florestal mais restritivo do mundo. Hoje nós temos que lembrar que há 30 milhões de pessoas que moram na Amazônia. Em medidas como a Lei Antidesmatamento Europeia e a Moratória parece que querem fazer uma cerca na Amazônia e retirar o direito a produzir, utilizar suas terras, respeitando esse Código Florestal”, declara.

    O presidente reforça que as pessoas que vivem na região não podem ser excluídas da atividade econômica por exigências externas que não dialogam com a legislação brasileira. Ele alertou que os efeitos colaterais da medida também atingem a indústria nacional. “A Moratória não só prejudica o bioma amazônico, como toda a indústria nacional, já que as máquinas agrícolas têm um valor muito maior que carros e outros bens de consumo, e são produzidas no sul e sudeste do nosso país, ou seja, a Moratória está tornando o Brasil mais pobre, está deixando o Estado de arrecadar e oferecer serviços públicos para toda a população”, salienta.

    O diretor executivo da Aprosoja Brasil, Fabrício Rosa, também a classificou como uma afronta à soberania brasileira e destaca os prejuízos econômicos que ela pode causar ao estado e aos municípios. “São R$ 20 bilhões em receita que deixam de ser geradas em função da Moratória, com impacto econômico e social para todos esses municípios. Mas nós sabemos muito bem que, numa matriz insumo e produto, nós não temos só o que é gerado dentro da propriedade, mas para cada R$ 1,00 que é investido dentro da propriedade, outros R$ 3,00 são gerados fora. Portanto, nós estamos falando de um impacto potencial de mais de R$ 60 bilhões, que deixam de ser gerados de receita no estado do Mato Grosso, em função desse impedimento causado pela moratória”, frisa.

    Além disso, o presidente da Aprosoja MT lembrou da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspendeu a Lei nº 12.709/2024, aprovada em Mato Grosso, que previa a retirada de incentivos fiscais das empresas signatárias da moratória. “Nada impede essas empresas, que correspondem a 94% do mercado comprador de atenderem o mercado europeu exportando produtos provenientes das áreas desmatadas anterior a 2008, desde que eles façam todo o caminho logístico de rastreabilidade separado e passem os custos aos compradores. O que não é justo é eles penalizarem de forma organizada várias empresas, simplesmente restringindo a compra de todas as áreas desses produtores”, finalizou o presidente da Aprosoja MT e vice-presidente da Aprosoja Brasil, Lucas Costa Beber.

  • Audiência no Senado reacende debate sobre a Moratória da Soja e suspensão de lei estadual em MT

    Audiência no Senado reacende debate sobre a Moratória da Soja e suspensão de lei estadual em MT

    A Moratória da Soja e a recente suspensão da Lei nº 12.709/2024, do Estado de Mato Grosso, estiveram no centro das discussões durante audiência pública realizada nesta quarta-feira (23), no Senado Federal. Presidida pelo senador Wellington Fagundes (PL-MT), a sessão reuniu lideranças do setor agropecuário, parlamentares e representantes institucionais que denunciaram o impacto de medidas que, segundo eles, comprometem a segurança jurídica no campo, penalizam produtores e afrontam a soberania nacional.

    Em um dos discursos mais enfáticos, o presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Vilmondes Tomain, defendeu os produtores mato-grossenses e o cumprimento do Código Florestal Brasileiro. Ele destacou que o Brasil possui uma das legislações ambientais mais rigorosas do mundo e que, mesmo assim, o setor produtivo tem sido alvo de políticas que restringem sua atuação, como é o caso da Moratória da Soja.

    “O produtor rural é o maior preservador do meio ambiente. Quase 40% da proteção ambiental de Mato Grosso está dentro de propriedades rurais. E ainda querem impor mais restrições a quem cumpre a lei? Isso é uma afronta ao Estado de Direito”, criticou Tomain, ao afirmar que a moratória fere o direito de comercialização de produtores legalmente amparados.

    A Moratória da Soja é um acordo voluntário firmado entre a Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove) e a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec), que veta a compra de soja oriunda de áreas desmatadas no bioma Amazônia após julho de 2008 — ainda que o desmatamento tenha ocorrido dentro dos limites legais. Para os representantes do setor agropecuário, essa prática tem causado prejuízos a produtores que operam em conformidade com a legislação ambiental.

    Outro ponto de destaque na audiência foi a suspensão da Lei nº 12.709/2024 pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A norma estabelece critérios para a concessão de incentivos fiscais e cessão de terrenos públicos a empresas do setor agroindustrial em Mato Grosso. A suspensão da lei acendeu o alerta sobre a autonomia dos estados para implementar políticas de desenvolvimento regional.

    “O setor produtivo não pode ser penalizado por decisões unilaterais de grandes empresas. Os acordos firmados por essas companhias não podem ditar os rumos da economia de Mato Grosso”, argumentou o deputado estadual Gilberto Cattani, ao defender a legalidade da lei e sua importância para a geração de empregos e renda nos municípios mato-grossenses.

    O deputado Maxi Russi também se posicionou em defesa da norma estadual, ao afirmar que incentivos fiscais devem ser concedidos apenas a empresas que atuem dentro da legalidade. “Nosso estado não pode fornecer benefícios a quem não respeita a legislação ambiental ou trabalhista. Precisamos garantir segurança jurídica para quem quer produzir com responsabilidade”, reforçou.

    A audiência pública contou ainda com a presença do superintendente da Famato, Cleiton Gauer, do diretor da Associação Brasileira dos Produtores de Soja, Fabrício Rosa, além de deputados estaduais, federais, senadores e lideranças de outros estados brasileiros. Todos foram unânimes em ressaltar a importância de se proteger o direito de produzir, respeitando o meio ambiente e valorizando quem age dentro da lei.

    “O campo exige respeito. Respeito ao Código Florestal, à legalidade, à propriedade e ao produtor que alimenta o Brasil e o mundo com responsabilidade ambiental”, concluiu Fabrício Rosa.

  • Transparência: Prefeitura apresenta prestação de contas do 3º quadrimestre de 2024 no dia 27

    Transparência: Prefeitura apresenta prestação de contas do 3º quadrimestre de 2024 no dia 27

    Em conformidade com a Lei de Responsabilidade Fiscal nº 101/2000, a Prefeitura de Lucas do Rio Verde, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Planejamento e Cidade, realizará uma audiência pública para a prestação de contas do 3º quadrimestre do exercício de 2024. O evento ocorrerá no dia 27 de fevereiro de 2025, no auditório da Câmara de Vereadores, com início às 17h.

    A apresentação dos demonstrativos sobre o cumprimento das metas fiscais, investimentos e arrecadação do poder público é uma exigência legal que visa garantir a transparência no uso dos recursos públicos. Serão apresentados os dados sobre receitas e despesas do 3º quadrimestre de 2024, abrangendo o Poder Executivo, Poder Legislativo e as autarquias Saae e Previlucas.

    A audiência pública de prestação de contas é realizada a cada 4 meses com o objetivo de informar a população e promover maior transparência na gestão dos recursos públicos. Além disso, essa é uma oportunidade para que a população conheça os valores arrecadados e os setores que receberam investimentos.

  • ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    ANTT abre audiência pública para discutir concessão das ferrovias FICO e FIOL

    A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) anunciou na quinta-feira (30/1), durante a 1.000ª Reunião de Diretoria Coelgiada (ReDir), a abertura de Audiência Pública para discutir a concessão dos empreendimentos ferroviários Ferrovia Integração Centro-Oeste (FICO) e Ferrovia Integração Leste-Oeste (FIOL). O objetivo é tornar público o projeto, colher sugestões e contribuições para aprimoramento dos estudos de viabilidade, bem como das minutas de Edital e Contrato. O processo de participação e controle social segue a Resolução ANTT nº 6.020/2023.

    As contribuições poderão ser enviadas entre os dias 07 de fevereiro e 24 de março de 2025, até às 18h (horário de Brasília). Para ampliar a participação, serão realizadas sessões públicas híbridas e presenciais. O aviso da Audiência Pública 1/25 está disponível na edição de hoje do Diário Oficial da União (D.O.U).

    Sobre o Projeto

    O projeto envolve a concessão do “Corredor de Integração Oeste-Leste”, que compreende trechos da FICO e FIOL cruzando quatro estados brasileiros: Bahia (BA), Tocantins (TO), Goiás (GO) e Mato Grosso (MT). Os estudos foram conduzidos pela Infra S.A., em parceria com a International Finance Corporation (IFC), e encaminhados ao Ministério dos Transportes para aprovação. A proposta com mais de de R$ 108 milhões em investimento, contempla:

    • Prestação do serviço ferroviário de cargas associado à exploração da malha ferroviária da FICO 1, FIOL 2 e FIOL 3;
    • Construção da FIOL 3 pela futura concessionária;
    • Possibilidade de inclusão do trecho FICO 2 mediante reequilíbrio econômico-financeiro do contrato.

    A estruturação visa consolidar o corredor logístico, garantindo maior eficiência no escoamento de produção, alavancando a competitividade do setor ferroviário.

    Serviço

    A sessão pública será realizada presencialmente e por videoconferência ou outro meio eletrônico, com transmissão ao vivo pelo canal ANTT no Youtube, conforme cronograma abaixo:

    • Data: 11 de março de 2025
    • Sessão Pública virtual e presencial (híbrido)
    • Cidade: Brasília/DF
    • Horário: 8h30
    • Local: Setor de Clubes Esportivos Sul – SCES, trecho 03, lote 10, Projeto Orla
    • Polo 8 – Brasília – DF
    • Capacidade: 353 lugares
    • Data: 12 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Salvador/BA
    • Horário: 14h
    • Local: A definir
    • Data: 14 de março de 2025
    • Sessão Pública presencial
    • Cidade: Cuiabá/MT
    • Horário: 14h
    • Local: A definir

    As informações específicas sobre a matéria, bem como as orientações acerca dos procedimentos relacionados à realização e participação na sessão da audiência, estarão disponíveis, a partir do dia 31 de janeiro de 2025, na íntegra, no sítio gov.br/antt/pt-br > Participação Social > Audiência Pública nº 1/2025.

    Informações e esclarecimentos adicionais poderão ser obtidos pelo endereço de e-mail ap001_2025@antt.gov.br.

    Com essa iniciativa, a ANTT reforça seu compromisso com a transparência e a ampla participação social na construção de soluções para o transporte ferroviário brasileiro.

  • Câmara promoveu Audiência que debateu a Segurança Pública em Lucas do Rio Verde

    Câmara promoveu Audiência que debateu a Segurança Pública em Lucas do Rio Verde

    Muitas pessoas participaram na noite desta quarta-feira (22) da Audiência Pública realizada no Auditório da Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde, proposta pelo vereador Hélio Kamisnki (PL), que debateu a Segurança Pública no município.

    O evento, que contou com autoridades municipais e regionais, além de membros das forças de segurança, presidentes de bairros e imprensa local que fez a cobertura jornalística, teve como objetivo tornar esta iniciativa um espaço destinado à discussão e à contribuição da sociedade sobre a Segurança Pública, onde todos os presentes puderam expor suas opiniões e sugestões, contribuindo para um processo democrático de tomada de decisão.

    “Quero agradecer a presidência da Câmara que abriu este espaço de debate, pois fui muito procurado pela população para que pudéssemos debater a segurança pública. E foi assim que procedemos. Destaco tudo o que tem sido feito pelas forças de segurança locais no município. Mas precisamos conversar mais sobre isso e entendemos que trazer a sociedade pra dentro dessa Casa de Leis, seria o melhor plano para esse momento”, destacou o vereador Kamisnki.

    Foi apresentado um vídeo aos participantes sobre o que motivou o vereador a propor a audiência. Na sequência, um dispositivo composto por autoridades foi composto, onde puderam expor informações, opiniões e até dados sobre a atuação das forças de segurança na cidade.

    Presente na reunião, o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz Ribeiro (Republicanos), detalhou as ações tomadas pelo Executivo, como a implantação da Guarda Civil Armada, instalação das câmeras de monitoramento, além do apoio às forças de segurança. “Temos também que fazer muitas ações preventivas. Só na rede pública de educação temos quase 15 mil alunos, mais 6 mil na estadual e 4 mil na particular. E temos, no contra turno escolar, várias ações e escolinhas, como natação e futebol. São ações como estas que proporcionam que o jovem possa escolher os caminhos do bem”, ressaltou o prefeito.

    Após a fala das autoridades, foi aberto um espaço para que os participantes pudessem expor suas opiniões e fazer perguntas a respeito do tema proposto. O evento contou com a presença dos vereadores Jackson Lopes (PRD), Nelson Tanoue Hasegawa Junior (Republicanos) e Márcio Albieri (MDB).

    Também participaram o Deputado Estadual Gilberto Cattani (PL), o presidente do FECONSEG-MT Danilo Correa de Moraes, o Comandante regional da Polícia Militar Cel Paulo Jailson Secchi de Ávila, o Delegado de Polícia Civil Dr. Allan Vitor Souza da Mata, o Sec. Mun. Seg. Pública Cel Marcos Vieira da Cunha, Comandante da Guarda Civil Municipal, Jota Lima, representante da Politec Osmair Carlos Rossetto de Góis, o Promotor de Justiça Samuel Telles Costa, o Comandante do Corpo de Bombeiros Major Gleiber de Campos Bertolazo, o Diretor do Centro de Detenção Provisória Thomas Hessel Craveiro, além de autoridades locais e representantes de cidades da região.

  • Audiência pública discute segurança pública em Lucas do Rio Verde

    Audiência pública discute segurança pública em Lucas do Rio Verde

    A Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde realizou uma audiência pública para debater questões relacionadas à segurança pública. O evento reuniu representantes das forças de segurança, do poder público municipal, do poder judiciário, do Ministério Público, da OAB, da Assembleia Legislativa, da Federação dos Conselhos de Segurança e de municípios vizinhos, como Sorriso, Nova Ubiratã e Ipiranga do Norte.

    Durante cerca de três horas, representantes de diversas instituições apresentaram dados e ações realizadas em suas áreas de atuação. Os comandantes da Guarda Civil Municipal e da Polícia Militar trouxeram informações sobre operações realizadas no município, incluindo números de roubos e homicídios.

    O deputado estadual Gilberto Cattani destacou que Mato Grosso possui a Polícia Militar mais bem equipada do país, mas apontou que os problemas de segurança pública são de caráter nacional. Ele defendeu a necessidade de leis penais mais rígidas, alinhando-se ao posicionamento do prefeito Miguel Vaz, que criticou a reincidência criminal facilitada pelas legislações atuais.

    Participação popular e reflexões

    A audiência foi aberta à manifestação da população, que relatou vivências e desafios enfrentados no dia a dia. Algumas pessoas que foram vítimas de violência deram o testemunho sobre a experiência vivida e a esperança em ver a criminalidade diminuir.

    O vereador Hélio Kaminski, responsável pelo requerimento da audiência, reconheceu avanços recentes, como a instalação da Cavalaria e da Politec em Lucas do Rio Verde, que têm fortalecido o trabalho das forças de segurança.

    Kaminski destacou, porém, que ainda há demandas pendentes e reforçou a importância do envolvimento popular. “A segurança é um dever do Estado e um direito da população, mas é também um dever da população contribuir com ideias. Trazer a sociedade para dentro desta Casa de Leis foi o melhor plano para este momento”, afirmou.

    A audiência pública reforçou o compromisso das autoridades locais em promover melhorias na segurança pública e a necessidade de ações conjuntas entre instituições e sociedade para enfrentar os desafios do setor.

  • Audiência pública debate prevenção e tratamento para câncer de cabeça e pescoço

    Audiência pública debate prevenção e tratamento para câncer de cabeça e pescoço

    Ações de prevenção e combate ao câncer de cabeça e pescoço foram debatidas durante audiência pública realizada pela Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT),  na tarde da última segunda-feira (15). Os participantes do evento discutiram políticas públicas eficazes no atendimento desse conjunto de 17 doenças. Esses cânceres atingem áreas como nariz, lábios, língua, gengivas, mandíbulas, laringe, tireoide e faringe.

    Requerente do debate, o deputado estadual Valdir Barranco (PT) ressaltou que o câncer de cabeça e pescoço ainda é desconhecido pela população. “Então, o objetivo aqui é de os profissionais falarem e levarem esse conhecimento até a sociedade mato-grossense, principalmente com relação ao diagnóstico e onde procurar os profissionais. Muitas vezes as pessoas são desinformadas e acabam achando que é o médico o responsável pelo diagnóstico deste tipo de câncer. E na realidade são os profissionais da odontologia, que muitas vezes estão muito mais próximos”, explicou o parlamentar.

    A discussão na Casa de Leis também é uma das ações da Campanha Julho Verde – Lei Federal nº 14.328, promovida pela Associação Brasileira de Câncer de Cabeça e Pescoço (ABCG) para conscientizar sobre o tema. Dentista da rede municipal de Cuiabá e voluntária da organização, Karine Kido, defendeu a importância do diagnóstico precoce. “Com isso, a gente consegue salvar vidas e diminuir a questão da reabilitação, saindo um custo muito menor para o Estado, para o município”, disse.

    Para essa detecção, é importante que as pessoas procurem odontologistas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) sempre que houver alguma alteração na boca. “São feridas que não cicatrizam em 15 dias, alguma manchinha branca, uma afta que aparece e não cicatriza. É importante ir ao dentista e verificar isso. Essas feridas também são indolores. Normalmente, a gente fica impressionado com coisas que sangram, feridas extensas, mas é importante ver, inclusive, as lesões brancas que podem cancerígenas”, alerta Karine Kido. Ela ainda afirmou que quem faz uso frequente de álcool, cigarros tradicionais ou eletrônicos (vapes, pods) é ainda mais suscetível  às doenças na região da cabeça e pescoço.

    A coordenadora de Saúde Bucal de Mato Grosso, Andréa Coelho, informou que está em funcionamento nos municípios um aplicativo que permite serem cadastradas as lesões. “Os dentistas já foram capacitados para usar. Qualquer lesão encontrada, o profissional coloca no aplicativo e a partir daí nós temos até 48 horas para devolver uma avaliação, dizer como deve proceder, todo o caminho que deve percorrer para a nossa linha de cuidado do câncer bucal”, apresentou.

    “A gente tem uma dificuldade muito grande em relação aos homens, porque é uma população que não busca muito o serviço”, expôs o assessor técnico da Coordenação Geral de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Gustavo Ribeiro.

    No estado, foram registrados 120 casos em homens a cada 100 mil habitantes. Já em mulheres o número cai para 30 casos a cada 100 mil habitantes. Entre os desafios relatados pelos profissionais da saúde pública também está a demora para a realização de cirurgias, com pacientes aguardando há muito tempo na fila.

  • Lucas do Rio Verde: Audiência do Senado discute violência doméstica

    Lucas do Rio Verde: Audiência do Senado discute violência doméstica

    Autoridades federais, de Mato Grosso e do município se reuniram em Lucas do Rio Verde na tarde desta sexta-feira (15) para debater a violência doméstica que em boa parte resulta em feminicídio. A audiência proposta pelo Senado Federal em parceria com o município iniciou pouco depois das 14 horas no auditório da Câmara de Vereadores que recebeu bom público.

    A senadora Margareth Buzetti presidiu a sessão que foi dividida em três momentos. No primeiro momento, as autoridades que compuseram o dispositivo de honra tiveram um momento de fala, sobre a necessidade de abordar o assunto.

    Em seguida, profissionais que atuam no segmento puderam falar sobre experiências de ações desenvolvidas para combater a violência de gênero no país e a importância de definir políticas voltadas às mulheres.

    A senadora observou que tratar de violência doméstica é um desafio. “É um crime de difícil reconhecimento porque acontece dentro de casa, é diferente de um crime organizado, que você pode ter um trabalho de inteligência”, observou Buzetti.

    Projeto de lei que tramita na Câmara dos Deputados, busca tornar mais rígida a lei contra crimes contra a mulher. A senadora revelou que um pedido de urgência foi assinado pela Procuradoria da Câmara para dar celeridade na votação da proposta. “Vai ser pautado semana que vem, não tem como”.

    A primeira dama de Mato Grosso, Virgínia Mendes, destacou a importância da união entre as esferas de poder para discutir a temática. Entretanto, ela defende mais rigor na legislação penal brasileira. “A gente precisa de uma lei muito mais rigorosa, porque hoje ele mata e daqui dois, três, quatro e cinco anos, tem brechas na lei e ele é solto”, declarou.

    Virgínia comentou que o Estado tem desenvolvido ações voltadas para a proteção de mulheres vítimas de violência. Uma delas é a que tirou do papel a Delegacia da Mulher que atende 24 horas. “E agora tem a próxima (delegacia) que vai funcionar para todos os municípios e vai ser online, as mulheres dos 141 municípios serão atendidas online. É um trabalho mais reforçado, um trabalho mais dedicado, que realmente possa ser atendida não só nessa delegacia vinte e quatro horas, não só do seu município, mas online para todas”.

    A primeira dama de Lucas do Rio Verde, Janice Ribeiro, lembrou que o assunto é tratado com responsabilidade em todos os municípios da região norte de Mato Grosso. “Nós só temos a agradecer a tantas pessoas importantes do nosso Estado que vêm aqui pra gente sentar e falar em políticas públicas, pensar em melhorias e leis mais severas pra que a gente amenizar esse problema que devasta tantas famílias do nosso Estado”, destacou.

    O último momento da audiência foi reservado para que as autoridades pudessem responder a perguntas feitas pelo público presente. O evento, que foi transmitido pela TV Senado, teve cerca de 4 horas de duração.

  • Audiência debate reativação de balanças em rodovias de MT

    Audiência debate reativação de balanças em rodovias de MT

    A reativação de balanças entre eixos nas rodovias de Mato Grosso tornou-se tema de intensos debates, conforme discutido em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa do Estado nesta segunda-feira (4). O assunto provocou preocupações, pois pode resultar em efeitos contraproducentes, prejudicando tanto a logística de grãos durante a colheita quanto a renda dos motoristas de caminhões.

    Enquanto a Secretaria de Infraestrutura (Sinfra) justifica a necessidade das balanças para a preservação da malha asfáltica, as concessionárias responsáveis pela manutenção das vias e representantes do setor produtivo questionam a viabilidade da medida. De acordo com eles, a reativação das balanças entre eixos pode trazer mais prejuízos do que benefícios.

    O presidente da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT), Lucas Costa Beber, alerta que os pequenos produtores serão os mais afetados, pois muitos não possuem estrutura de armazenagem ou colheitadeiras com balanças. Isso os obriga a reduzir a carga para evitar ultrapassar os limites permitidos.

    Além disso, há preocupações com a umidade dos grãos, que pode variar e afetar os pesos das cargas. Isso poderia demandar mais caminhões, aumentando o tráfego e o desgaste das rodovias. O consultor de logística da Aprosoja-MT, Edeon Vaz, sugere que, caso as balanças sejam reativadas, seja adotada a medição por peso bruto total, com uma margem de tolerância para remanejo de carga.

    Durante a audiência, foi ressaltado que os produtores e motoristas não têm interesse em exceder o peso permitido, pois isso poderia resultar em quebras e prejuízos. A fiscalização por meio das notas fiscais foi apontada como suficiente, tornando questionável a necessidade das balanças entre eixos. A discussão continuará sendo objeto de debate entre as partes envolvidas.

  • Futuro da pesca em MT em jogo: STF busca conciliação em nova audiência

    Futuro da pesca em MT em jogo: STF busca conciliação em nova audiência

    Brasília, 01 de março de 2024 – O Supremo Tribunal Federal (STF) convocou para a próxima terça-feira (5), às 14h30, uma nova audiência de conciliação para discutir a lei que proíbe a pesca profissional no estado de Mato Grosso.

    A audiência será conduzida pelo ministro André Mendonça, relator da ação direta de inconstitucionalidade movida pelo Movimento Democrático Brasileiro (MDB) contra a Lei estadual 12.197/2023. A lei proíbe a pesca profissional no estado por cinco anos, a partir de 1º de janeiro de 2024.

    Na primeira audiência, realizada em 25 de janeiro, o estado de Mato Grosso apresentou uma proposta de adequação da lei e um decreto para regulamentar situações emergenciais. Na nova audiência, os participantes discutirão e buscarão um acordo sobre a controvérsia.

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    Lei sobre pesca profissional em Mato Grosso foi contestada no STF

    Convocados:

    • Governo Federal:
      • Advocacia-Geral da União (AGU)
      • Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima
      • Ministério da Pesca e Aquicultura
      • Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama)
      • Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
    • Governo de Mato Grosso:
      • Secretarias estaduais envolvidas
    • Assembleia Legislativa de Mato Grosso
    • Autores da ação

    Objetivo:

    • Obter uma manifestação definitiva sobre a construção de um acordo sobre a lei que proíbe a pesca profissional em Mato Grosso.

    Contexto:

    A pesca profissional é uma importante atividade econômica em Mato Grosso, gerando milhares de empregos e renda.

    A proibição da pesca profissional gerou grande impacto no setor, com protestos de pescadores e empresários.

    O governo de Mato Grosso argumenta que a medida é necessária para proteger os recursos pesqueiros do estado.

    O MDB argumenta que a lei é inconstitucional e que fere os direitos dos pescadores.

    A nova audiência de conciliação é uma oportunidade para que os envolvidos encontrem uma solução que atenda aos interesses de todos os setores.