Tag: atletismo

  • Pan de Santiago: Brasil é ouro e prata no lançamento de disco feminino

    Pan de Santiago: Brasil é ouro e prata no lançamento de disco feminino

    O atletismo brasileiro garantiu dobradinha de ouro e prata nesta segunda-feira (30) no lançamento de disco feminino no Estádio Nacional de Santiago, nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile). Natural de Adamatina (SP), Izabela Rodrigues subiu ao topo do pódio ao cravar a distância de 59m63, e a paraibana Andressa Morais (59m29) ficou em segundo lugar, com a prata. Na terceira posição ficou a jamaicana Samantha Hall (59m14).

    O número de medalhas do país pode subir ainda esta noite com a participação nas finais do salto em distância feminino, lançamento de disco masculino, prova de 10 mil metros feminino e revezamento 4 x 400 metros misto. O Pan tem transmissão ao vivo no site do Canal Olímpico do Brasil.

    Com as duas medalhas, o Brasil já soma três pódios no atletismo do Pan de Santiago – o primeiro foi neste domingo (29) na marcha atlética com a prata de Caio Bonfim.

     
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  • Período de validação da inscrição e retirada dos kits para ‘Corrida do Reizinho’ termina amanhã (05)

    Período de validação da inscrição e retirada dos kits para ‘Corrida do Reizinho’ termina amanhã (05)

    Começou ontem o período de validação das inscrições para a 13ª Corrida do Reizinho, que ocorrerá no dia 12 de outubro. O evento é promovido pelo Sistema Fecomércio-MT, por meio do Serviço Social do Comércio (Sesc-MT). Os responsáveis devem ir ao teatro do Sesc Arsenal até a próxima quinta-feira (5) para garantirem a vaga na competição e retirarem o kit da corrida. Para isso, devem estar munidos da documentação obrigatória. Nos dias 4 e 5, as entregas serão feitas das 12h às 20h.

    Os responsáveis dos pequenos competidores, que já realizaram o cadastro no site, devem apresentar as cópias do seu documento de identificação e a do corredor mirim, além do documento de participação devidamente assinado. No ato, irão receber a confirmação da inscrição e já poderão retirar o kit do atleta – uma camiseta, um número de peito e duas pulseiras, uma para o responsável e outra para a criança inscrita. Os itens devem ser usados no dia da corrida, conforme as regras do evento e duas pulseiras do evento,

    A edição infantil da Corrida de Reis já se tornou tradição em Cuiabá e, assim como no ano anterior, as vagas se esgotaram em tempo recorde. “Em menos de duas horas após o início do período de inscrições, as vagas se esgotaram. Com certeza, repetiremos o sucesso da última edição, reunindo as crianças para um dia de esporte e lazer. Após a competição, o Sesc-MT irá oferecer uma extensa programação com música, jogos, brincadeiras e oficinas garantindo ainda mais diversão para a criançada”, destaca o presidente do Sistema Fecomércio-MT, José Wenceslau de Souza Júnior.

  • Jogos Mundiais Universitários – Dia 14: Brasil é prata no basquete

    Jogos Mundiais Universitários – Dia 14: Brasil é prata no basquete

    Último dia de cobertura de esportes em Chengdu (China). Na próxima segunda-feira (7), no início da noite, sairemos da Vila dos Atletas em direção ao Aeroporto Internacional Tianfu. Já na madrugada de terça-feira (8) terá início o nosso retorno ao Brasil: parada na Etiópia, São Paulo e, finalmente, Rio de Janeiro.

    A programação era tentar acompanhar duas disputas de medalhas. À tarde o vôlei feminino em busca do bronze. À noite a expectativa do primeiro ouro no basquete masculino. Vamos começar pelo basquete.

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    O belíssimo ginásio Fenghuangshan Sports Park estava lotado para ver Brasil e República Tcheca. Para quem gosta de emoção, o confronto foi um prato cheio. Desde a primeira bola levantada até o último segundo de jogo, não havia qualquer pessoa que pudesse afirmar quem seria campeão.

    A cada minuto as equipes se alternavam na liderança. O nervosismo era nítido e tanto Brasil quanto República Tcheca mostravam afobação e erravam lances que, em condições normais, acertariam. A decisão ficou mesmo para os 30 segundos finais. A República Tcheca estava dois pontos à frente no placar e ainda tinha a posse de bola. Gastou o máximo de tempo que conseguiu e tinha dois lances livres faltando menos de dez segundos. A primeira caiu. A segunda não entrou e o Brasil teve a chance de, ao menos, empatar.

    Caio pegou o rebote e, no contra-ataque, tentou de três. A bola tocou no aro e saiu. O cronômetro zerou e o ouro acabou ficando com os adversários. Medalha de prata para o basquete brasileiro, que fez bonito na China. Venceu times fortes como os donos da casa, a Lituânia e os Estados Unidos.

    Vôlei feminino em quarto

    Na disputa da medalha de bronze no vôlei feminino, o Brasil acabou sendo superado pela Polônia, mesmo adversário da primeira rodada. Se no início da competição a seleção brasileira conseguiu vencer após estar perdendo por 2 sets a 0, desta vez foram as polonesas que viraram. Placar final de 3 a 1 com parciais de 12/25, 25/23, 25/21 e 25/20.

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    Natação e atletismo

    A natação garantiu mais uma medalha para o Brasil: bronze no revezamento 4×200 metros estilo livre com Breno Correia, Vinícius Assunção, Eduardo de Moraes e Kaique Alves. Já no atletismo Letícia Lima, Marlene dos Santos, Giovana dos Santos e Anny de Bassi conquistaram a medalha de prata no revezamento 4×400 metros feminino. A Polônia levou a medalha de ouro e a Suíça ficou com o bronze.

    * Maurício Costa viajou como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição em Chengdu.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Alison dos Santos volta às pistas com terceiro lugar na Polônia

    Alison dos Santos volta às pistas com terceiro lugar na Polônia

    O brasileiro Alison dos Santos ficou em terceiro lugar nos 400 m rasos com o tempo de 44.73 segundos na etapa da Polônia da Diamond League neste domingo (16). Essa foi a volta do corredor às pistas depois de dez meses de recuperação de uma grave lesão no joelho direito.

    O tempo conquistado pelo paulista de São Joaquim da Barra é índice para o Campeonato Mundial de Budapeste (Hungria), de 19 a 27 de agosto, e índice olímpico. A vitória na prova deste domingo foi do recordista mundial, o sul-africano Wayde Van Niekerk, com 44.08 segundos. Bayapo Ndori, de Botswana, foi o segundo colocado com 44.61 segundos.

    O próximo compromisso do brasileiro, campeão mundial em 2022 e medalhista de bronze em Tóquio 2021 nos 400 metros com barreiras, é a prova na qual ele é especialista na etapa de Mônaco da Liga Diamante, na sexta-feira (21).

    “Alison está saudável, correu bem, foi uma prova forte boa, com possíveis medalhistas em Mundial e Olimpíada, com a presença do recordista mundial dos 400 m, caiu como uma luva! Ele está cansado, não era pra ser diferente pela longa viagem, mas está muito bem, sem nenhum incomodo muscular pós-prova. Tiramos um peso das costas. Voltamos para o jogo”, afirmou o treinador Felipe de Siqueira à assessoria da Confederação Brasileira da modalidade.

    Edição: Juliana Andrade

  • Bolsa Atleta bate recorde histórico com mais de 8,2 mil solicitações

    Bolsa Atleta bate recorde histórico com mais de 8,2 mil solicitações

    O Bolsa Atleta, programa do Ministério do Esporte, quebrou este ano o recorde histórico de solicitações. Foram feitos 8.621 pedidos de bolsa até às 23h59 da última sexta-feira (17), quando terminou o prazo de inscrições. O total de requisições superou em 12,58% o registrado no edital unificado do programa de 2019/2021, que até então detinha o número mais elevados de pedidos desde 2005, quando o Bolsa Atleta foi criado em 2005. Alista de contemplados tem previsão de sair entre os dias 11 e 15 de abril. 

    “Comemoramos esse recorde de inscrições logo no início da nossa gestão e da volta do Ministério do Esporte. O Programa Bolsa Atleta já faz parte da realidade dos nossos esportistas, que podem contar com o apoio do Governo Federal para continuarem se dedicando aos treinos e às competições”, afirmou a ministra do Esporte Ana Moser. “São contempladas desde as categorias de base, o que permite que os mais jovens tenham condições de seguir treinando”, completou.

    O orçamento do programa este ano passa de R$ 80 milhões para modalidades olímpicas e paralímpicas. O montante será distribuído por seis categorias de bolsa: atletas de base, estudantil, nacional, internacional, olímpico/paralímpico. Conforme a categoria, o valor mensal varia entre R$ 370 (atleta de base) a e R$ 3.100.

    O maior número de solicitações (5.535) foi para a categoria de bolsa nacional. Em seguida estão internacional (1.474), estudantil (610), olímpico/paralímpico (441) e base (399).

    O atletismo paralímpico foi a modalidade que registrou o maior número de pedidos: 731. Depois aparecem atletismo olímpico (613) e handebol e a natação – ambos com om 359 inscrições cada.

    Desde o primeiro ano do programa, o Bolsa Atleta já beneficiou 31.985 esportistas, com recursos distribuídos por meio de 87.873 bolsas.

    O programa do Ministério do Esporte abarca ainda a categoria pódio (reservada a quem se destaca nos cenários olímpico e paralímpico), para a qual estão destinados este ano R$ 40 milhões. As inscrições terminaram no último dia 27 e o total de pedidos ainda será divulgado. Para pleitear a categoria pódio do Bolsa Atleta  – os repasses mensais variam de R$ 5 mil a R$ 15 mil – os solicitantes precisam estar entre os 20 melhores do mundo em modalidades olímpica ou paralímpica. A relação de contemplados sairá em 28 de abril.

    Edição: Cláudia Soares Rodrigues

  • Seleção feminina de futebol está perto do bronze na Surdolimpíada

    Seleção feminina de futebol está perto do bronze na Surdolimpíada

    A seleção feminina de futebol está muito perto de somar mais um bronze no quadro geral de medalhas da 24ª Surdolimpíada. As brasileiras enfrentariam o Japão no sábado (14), às 14h (horário de Brasília), no Estádio Centenário, mas as japonesas não devem sair da concentração e, com isso, o Brasil conquistaria a vitória por W.O. No entanto, oficialmente, a medalha de bronze será computada apenas no sábado (14), se a desistência das japonesas for confirmada. As competições da Surdolimpíada tem transmissão ao vivo online.

    Apesar de não haver um posicionamento oficial do Japão, a alegação para a ausência da partida válida pela fase classificatória, na quarta-feira (11), era uma prevenção de saúde para retornarem em segurança ao país. Desde então, toda a delegação japonesa ficou na concentração.

    Se confirmada, esta será a segunda medalha de bronze da seleção feminina na Surdolimpíada. A primeira foi conquistada na edição de 2017, na Turquia. A entrega das medalhas será no domingo (15), após a final entre Estados Unidos e Polônia.

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    Outras chances de medalhas

    Outros brasileiros competiram nesta quinta-feira (12), no atletismo, Romailson Santana conseguiu a classificação para a disputa da semifinal dos 800 metros no Centro Esportivo do SESI a partir das 16h30 desta sexta-feira (13). Ainda no atletismo, Jonas Petry conquistou uma vaga para a final do lançamento de disco, que será disputada no sábado a partir das 17h.

    Nas quadras, a equipe de handebol feminino perdeu a semifinal para a Turquia por 37 a 17 e vai tentar o bronze, no sábado (14), às 10h, diante das quenianas, que foram derrotadas por 31 a 8 pela Dinamarca. O handebol masculino brasileiro derrotou Gana por 33 a 11 e ficou na sétima posição. Já o basquete feminino perdeu para o Quênia por 98 a 11 na disputa do quinto ao oitavo lugar.

    Ainda nesta quinta (12), a Ucrânia abriu mais vantagem no quadro de medalhas. Com vitórias no Tiro Esportivo e na Orientação, os ucranianos chegaram a 51 medalhas de ouro, 31 de prata e 34 de bronze, com um total de 116 medalhas. Em segundo vem os Estados Unidos, com 18 medalhas de ouro, 7 de prata e 20 de bronze.

  • Atletas de Goiânia e Manaus são campeões dos 10k da Corrida da Água em Lucas do Rio Verde

    Atletas de Goiânia e Manaus são campeões dos 10k da Corrida da Água em Lucas do Rio Verde

    Mais de 500 atletas participaram neste domingo (27), em Lucas do Rio Verde, da 11ª edição da Corrida da Água. O evento é promovido pela Prefeitura e Serviço Autônomo de Água de Esgoto (SAAE) do município. Na modalidade 10k, que reúne atletas de outras cidades de Mato Grosso e outros Estados brasileiros, os campeões foram de Goiânia e Manaus.

    A Corrida da Água marcou o encerramento da programação da Semana da Água, que iniciou com a Corrida Kids e seguiu com atividades nas escolas luverdenses. A iniciativa busca fortalecer a mensagem de uso consciente da água.

    “É justamente o nosso recurso natural mais precioso, que é a nossa água, extraída dos nossos poços. Então tem que fazer essa referência ao que nós temos de recurso natural importante aqui no município”, observou o prefeito Miguel Vaz, que participou da abertura do evento.

    “É um evento fantástico, fazia já dois anos que não tinha em função da pandemia. mas é gratificante ver o pessoal voltando com essas atividades esportivas e o SAAE é sempre parceiro desses eventos”, destacou o diretor do SAAE, Maurício Fossati.

    “A corrida pela preservação da água sempre foi a principal corrida em Lucas do Rio Verde, reúne pessoas do Estado do Mato Grosso, atletas de outras localidades do Brasil e pra nós é uma satisfação imensa a gente poder realizar novamente um evento nessa magnitude”, assinalou o secretário de Esportes, Jackson Lopes, acrescentando que 510 atletas confirmaram inscrição para participar do evento esportivo.

    A corrida

    A largada e chegada da Corrida da Água ocorreram na estrutura montada na Avenida Beira Mata, ao lado do Pavilhão da Expolucas. Atletas de 5k largaram primeiro, seguido dos corredores inscritos nos 10k.

    Com pouco mais de 18 minutos, o atleta luverdense José Filho cruzou a linha de chegada concluindo os 5k. Mas não foi a primeira vitória do corredor em Lucas do Rio Verde. “Graças a Deus, hoje o clima foi agradável. Mas eu quero parabenizar cada um, cada ponto de hidratação, a água ali nos pontos certinho, cada um apoiando, sem desmerecer ninguém, apesar dos adversários, além de ser adversário, apoiando cada um. Mas graças a Deus deu tudo certo”, celebrou.

    Elite

    Minutos depois, o atleta Gustavo Barros de Souza, do clube da Federação Goiânia de Atletismo, cruzou a linha de chegada. Pela primeira vez ele participou da corrida em Lucas do Rio Verde e elogiou a estrutura colocada à disposição dos atletas durante a prova. “Gostei muito do percurso, muito organizado, água pra todo lado. Mas foi bom, percurso meio plano e muita subida, mas foi bom. E agradecer a organização pra continuar fazendo eventos assim, um evento maravilhoso. Estão de parabéns”, ressaltou o atleta, que pratica atletismo há 10 anos e já participou de provas em outros países, como no Canadá.

    Entre as mulheres, a campeã dos 10k foi a manaura Franciane Santos Moura. Atleta da elite, Franciane quer um ano esportivo de vitória. Em 2021 ela participou da maratona de São Silvestre, em São Paulo, onde ficou em quinto lugar. Sobre o trajeto, ela disse que o percurso teve poucas subidas, em comparação às provas que disputa, em Manaus. “Estou aqui para iniciar mais uma temporada e começar o ano com o pé direito aqui na cidade de Lucas do Rio Verde, é uma felicidade imensa”, comemorou.

    Além de esposo, Juarez Silva é o técnico de Franciane. Ele também participou da Corrida da Água, chegando em terceiro lugar entre os homens nos 10k. Juarez já havia participado da corrida, quando morava em Rondônia e desta vez estimulou a companheira a disputar a prova. “Eu fico muito feliz de poder retornar aqui, estar no pódio mais uma vez”, disse, afirmando que o foco é na preparação da esposa. “Eu abri mão um pouco da minha preparação e faço 100% dos treinos, ajudo ela 100% nos treinos. Graças a Deus ela tá sendo bem colocada aí no Brasil. O nosso meu objetivo é colocar ela nas Olimpíadas em 2024”, assinalou.

  • Termina hoje (04) prazo de inscrições para a 7ª Corrida da Água Kids

    Termina hoje (04) prazo de inscrições para a 7ª Corrida da Água Kids

    Termina hoje, sexta-feira (04), o prazo para inscrições para participação na 7ª Corrida da Água Kids. O evento é promovido pelo SAAE em parceria com a Secretaria Municipal de Esportes. A competição que já é tradicional em Lucas do Rio Verde marca as comemorações da Semana da Água.

    As inscrições são gratuitas e podem ser feitas nos sites da Prefeitura de Lucas do Rio Verde e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE).

    Podem participar crianças e adolescentes de 7 a 15 anos, desde que estejam matriculadas em escolas públicas ou particulares do município. Os participantes vão ganhar medalhas. Os três melhores em cada categoria ganharão premiação, como bicicletas, skates, entre outros.

    As entregas dos kits para participação dos atletas serão feitas nas escolas onde as crianças estão matriculadas.

    Largada e categorias

    A largada ocorrerá na rotatória da Prefeitura às 7 horas do dia 20 de março. As categorias são de 7 e 8 anos de idade, que vão percorrer 400 metros, 9 e 10 anos têm o percurso de 600 metros, 11 e 12 anos 1000 metros, e 13 a 15 anos 1.400 metros.

    Nos últimos dois anos, em razão das medidas de prevenção da Covid-19, o evento não pode ser realizado. Por este motivo, a expectativa com a retomada é bastante interessante.

    Ao longo de sua realização, a Corrida da Água Kids foi registrando grande participação. Na primeira edição, por exemplo, foram inscritos cerca de 500 participantes. Na 7ª edição são esperados 1,2 mil corredores.

  • Obra transforma campeã paralímpica em Atena brasileira

    Obra transforma campeã paralímpica em Atena brasileira

    Acostumada a renascer das cinzas sempre que a esclerose múltipla com a qual convive há quase 30 anos se manifestava, Beth Gomes recebeu o apelido de fênix. Um livro lançado no último sábado (29) em Santos (SP), cidade natal da atleta, porém, mostra que a campeã mundial e paralímpica do lançamento do disco merece mais do que a analogia com uma ave mítica.

    “Pela grandeza dela, quis compará-la a uma deusa mitológica. Uma deusa mãe, da sabedoria, da saúde, que tivesse vários atributos. Foi então que achei Atena”, explicou à Agência Brasil a jornalista Luciane Tonon, doutoranda da Universidade de São Paulo (USP) e autora da obra “Beth Gomes – Uma Atena Brasileira”.

    O livro é dividido em quatro capítulos. O primeiro relaciona a ligação de Atena e seu pai Zeus com o vínculo entre Beth e suas famílias (tanto a biológica quanto a que cuidou dela após o diagnóstico da esclerose). No segundo, são destacadas as habilidades da campeã, desde antes da deficiência, quando ela jogava vôlei representando a Guarda Municipal de Santos, e como se adaptou à medida que a doença progrediu, primeiro no basquete em cadeira de rodas, competindo na Paralimpíada de Pequim (China), em 2008, depois no atletismo.

    Na terceira parte da obra, Luciane faz alusão ao lado materno de Atena ao mostrar Beth como madrinha do projeto Fast Wheels Kids, onde crianças sem deficiência interagem com jovens com algum comprometimento. No último capítulo, a luta da atleta contra a esclerose vem à tona, trazendo apoio às pessoas que convivem com a doença e a transformando na Deusa da saúde e dos conselhos.

    “Nunca me imaginei como Deusa, mas como uma pessoa protetora, cuidadora, muito família. Quando eu e a Lu nos identificamos e contei minha história, comecei a perceber o porquê de as pessoas me chamarem de fênix. Às vezes penso: será que existo mesmo? Achei que seria muito gratificante as pessoas saberem um pouco sobre mim”, contou Beth à Agência Brasil.

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    As últimas linhas foram escritas na Paralimpíada de Tóquio (Japão). A presença nos Jogos, por si só, era uma volta por cima, após Beth ficar fora da edição do Rio de Janeiro em 2016. Na ocasião, a classificação funcional (processo que define a classe do atleta paralímpico, conforme o grau da deficiência) pela qual passou a deixou em uma categoria com atletas de menor comprometimento. Reclassificada no ciclo seguinte para, enfim, encarar competidores do mesmo nível, a santista não apenas foi medalhista de ouro como bateu, duas vezes, o próprio recorde mundial da classe F52 (cadeirantes sem controle de tronco e limitação nos membros superiores).

    “A projeção de Tóquio começou no trabalho com minha técnica, Roseane Farias, a quem devo tanto na minha vida, por ter acreditado em mim. Era um sonho buscar essa medalha, tão longe, para que ela estivesse no meu livro. E a Lu esteve lá para contar”, disse Beth.

    “Eu faço uma analogia com Ulisses [guerreiro da mitologia grega, retratado no poema Odisseia, de Homero] retornando para Ítaca [ilha da qual Ulisses era rei]. As dificuldades que ele passou, a Beth teve para ir à Tóquio. Misturei o que a Beth estava sentindo com o que eu pude ver. Foi uma emoção atrás da outra. Eu não sabia se chorava ou se sorria. Foi tudo muito como o planejado, no tempo certo”, descreveu Luciane.

    Tóquio pode ter sido o ponto final do livro, mas não da carreira de Beth. A santista já iniciou os treinamentos de olho no bicampeonato paralímpico em Paris (França). Se depender delas, a obra sobre a campeã terá continuação.

    “Com certeza, continuarei acompanhando. Quem sabe a gente não faz uma segunda edição, acrescentando Paris? A gente vai por isso como meta. É um legado. A biografia da pessoa viva, enquanto ela viver, tem história”, destacou a jornalista.

    “Temos que continuar [risos]. Depois de Tóquio, iniciamos o treino de base e só demos uma paradinha no fim do ano. Temos agora que buscar vaga no próximo Mundial [em 2023, também em Paris], disputar os outros campeonatos nacionais, então creio que estamos no caminho certo”, concluiu a campeã do lançamento do disco.

  • Claudiney dos Santos é bicampeão paralímpico no lançamento de disco

    Claudiney dos Santos é bicampeão paralímpico no lançamento de disco

    Com um lançamento de 45m59, o brasileiro Claudiney Batista dos Santos conquistou mais uma medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Paralímpicos de Tóquio (Japão). O favoritismo do atleta no lançamento de disco classe F56 (cadeirantes)  se confirmou: ele conseguiu os quatro melhores lançamentos da prova, em seis tentativas. O bicampeão faturou o primeiro ouro na Rio 2016.

    Além de conquistar o ouro, Claudiney bateu novamente o recorde paralímpico. Ele detém também o recorde mundial (46m68). Com a medalha obtida nesta madrugada, o atletismo chega a cinco medalhas em Tóquio. O pódio do lançamento de disco teve também o indiano Yogesh Kathuniya, que fez um lançamento de 44m38, medalha de pata, e o cubano Leonardo Aldana, que levou o bronze com um lançamento de 43m36.

    A classe F56 abrange atletas com sequelas de poliomielite, lesão medular e amputação. O medalhista brasileiro teve sua perna esquerda amputada após um acidente de moto em 2005. Antes do acidente ele praticava halterofilismo. A entrada no atletismo foi em 2006.

    Entre suas principais conquistas de Claudiney nos últimos anos estão a a medalha de ouro no Mundial Dubai 2019, e ouro no lançamento de disco e prata no lançamento de peso nos Jogos Parapan-Americanos Lima 2019.