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  • Dois corpos são encontrados em aterro sanitário com sinais de tortura e execução em Comodoro

    Dois corpos são encontrados em aterro sanitário com sinais de tortura e execução em Comodoro

    A Polícia Judiciária Civil de Comodoro, Mato Grosso, investiga o caso de dois homens encontrados mortos no aterro sanitário da cidade, na manhã desta segunda-feira (30).

    As vítimas, identificadas como do sexo masculino, estavam amarradas com panos e uma delas com uma corrente, apresentando diversas lesões no dorso e na face, sugerindo tortura antes da execução.

    De acordo com informações da PJC, a equipe foi acionada após receber denúncias sobre a presença dos corpos no local. Ao chegarem, confirmaram a veracidade dos fatos.

    A área foi imediatamente isolada e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) foi chamada para realizar a remoção e a perícia dos corpos. Durante a investigação inicial, 15 cartuchos de pistola 9mm foram encontrados na cena do crime.

    As características do caso apontam para uma possível ocorrência de tortura seguida de execução. A polícia segue investigando o crime.

  • Lucas do Rio Verde enfrenta dificuldades para descarte de resíduos em aterro sanitário

    Lucas do Rio Verde enfrenta dificuldades para descarte de resíduos em aterro sanitário

    O município de Lucas do Rio Verde está enfrentando grandes dificuldades no transporte de resíduos sólidos coletados para o aterro sanitário localizado no distrito de Primaverinha, em Sorriso. A estrada de acesso ao aterro, que foi interditada recentemente, forçou o uso de um caminho alternativo. Essa via está praticamente intransitável devido ao agravamento das condições no período chuvoso. O cenário obriga os municípios da região a utilizarem tratores para desatolar caminhões, medida que aumenta os custos operacionais e traz prejuízos à logística de descarte de resíduos.

    A situação crítica das vias não apenas coloca em risco a continuidade do serviço de coleta e transporte, mas também gera custos elevados para o município. Recentemente, um dos caminhões que transportavam os resíduos quebrou, e estima-se que o conserto pode ultrapassar R$ 80 mil, um valor que pesa no orçamento municipal e impacta diretamente na qualidade do serviço de destinação dos resíduos sólidos.

    Para tentar resolver a questão de forma rápida e técnica, a Câmara Municipal de Lucas do Rio Verde se mobilizou. Em recente sessão, o vereador Daltro e o vereador Urso foram designados para acompanhar de perto a situação do transporte e da destinação dos resíduos. Segundo os vereadores, a crise no acesso ao aterro em Sorriso traz implicações graves tanto para a operação de coleta quanto para o meio ambiente local, gerando riscos ao controle sanitário dos resíduos sólidos do município. “É um problema extremamente grave e prejudicial ao meio ambiente do nosso município. Precisamos agir com celeridade,” destacou o presidente da Câmara de Vereadores, Wlad Mesquita.

    O presidente da Câmara também reforçou a eficiência e agilidade do poder legislativo na análise e aprovação dos projetos relacionados ao manejo de resíduos. “A Câmara mostrou mais uma vez eficiência e celeridade. Analisamos o projeto detalhadamente nas comissões para assegurar que ele seja assinado e colocado em prática o quanto antes. O nosso papel é agir de forma técnica e rápida, de modo que o cidadão receba o serviço que merece e necessita,” afirmou.

  • Bloqueio em estrada vicinal prejudica descarte de lixo coletado em Lucas do Rio Verde

    Bloqueio em estrada vicinal prejudica descarte de lixo coletado em Lucas do Rio Verde

    Pelo menos três caminhões de lixo foram retidos num bloqueio na estrada vicinal que dá acesso ao aterro sanitário no Distrito de Primaverinha, em Sorriso. O bloqueio aconteceu na manhã desta segunda-feira (30) e surpreendeu os motoristas que seguiam para o aterro sanitário que atende vários municípios da região norte, entre eles, Lucas do Rio Verde.

    A reportagem de CenárioMT apurou que o bloqueio teria feito pelo proprietário das terras, descontente com o tráfego de caminhões naquela localidade, gerando atrito entre ele os proprietários do aterro, que prestam serviços a diversas prefeituras. A área é local de plantações de milho e soja ao longo do ano.

    Procurada, a assessoria de comunicação da Prefeitura de Lucas do Rio Verde confirmou a existência do problema. A informação é que seria tomada medida judicial para assegurar o tráfego até o aterro sanitário.

    Ainda conforme a assessoria, momentaneamente o resíduo de Lucas do Rio Verde está sendo destinado para outro aterro na região. “Destacamos que a coleta nos bairros não foi afetada e o serviço segue sendo realizado normalmente”.

    Diariamente, cerca de três a quatro caminhões são destinados para o aterro de Primaverinha, de acordo a demanda de resíduos. Atualmente esse transporte é feito pelo SAAE e empresa terceirizada.

  • Município estuda parceria com a iniciativa privada para reaproveitar lixo orgânico

    Município estuda parceria com a iniciativa privada para reaproveitar lixo orgânico

    A destinação adequada do lixo orgânico produzido diariamente em Lucas do Rio Verde tem sido um grande desafio para o poder público. Atualmente ele é coletado e direcionado para o aterro sanitário localizado fora do município. O custo é alto, mas uma parceria com a iniciativa privada pode trazer uma solução para o problema.

    Nesta quinta-feira (09) representantes da Prefeitura e Câmara Municipal conheceram o trabalho de uma empresa que trabalha com compostagem. Localizada na área rural do município, ela recebe resíduos orgânicos oriundos de indústrias, transformando em matéria prima que atenderá o setor produtivo.

    O projeto idealizado pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente de Lucas do Rio Verde é o Lixo Zero. Como o lixo reciclável vem sendo reaproveitado, a ideia é que o resíduo orgânico produzido em residências, empresas e indústrias possa ter uma destinação adequada.

    “A gente sabe da necessidade que se tem de dar um destino correto. E essa empresa aqui, a CRC, está fazendo um trabalho fantástico aqui. É perceptível o trabalho que eles realizam na compostagem”, explicou Paulo Nunes, titular da secretaria,

    Lixo Zero

    O projeto Lixo Zero está sendo desenvolvido a partir da consultoria de uma empresa que atua, principalmente na capital mato-grossense, Cuiabá, onde já realizou diversas ações junto a empresas e poder público.

    Jean Peliciari explica que a responsabilidade da empresa é trazer a educação ambiental na prática. “Nós vamos estar atuando nas escolas, empresas e também em alguns bairros, ensinando, sensibilizando, engajando a população para que faça a separação correta dos resíduos”, explicou. “É uma grande oportunidade que Lucas do Rio Verde tem com uma empresa como essa aqui no município, a maioria das cidades do Brasil não tem onde levar os seus resíduos orgânicos. E Lucas do Rio Verde tem. Só que precisa a separação ali na fonte, dentro das casas, dentro das empresas, porque ele só recebe aqui o resíduo orgânico limpo”.

    A ideia é iniciar o projeto em 2024 e partindo do poder público municipal. “O gabinete do prefeito vai ser o pontapé inicial, porque tem que começar dentro para fora. Então o gabinete do prefeito é ‘Lixo Zero’, um gabinete onde não tem lixeiras. E depois vamos expandir isso para o Paço Municipal sem lixeiras. É possível”, destacou Jean.

    O consultor observa que ao fazer a separação correta de resíduos é possível perceber que menos de 10% é lixo. “Então nós temos aí 50% do que é gerado em média, são resíduos orgânicos, 30 a 40% são recicláveis e menos de 10% é lixo. E hoje nós tratamos tudo como lixo, coloca dentro do saco preto e leva daqui e manda enterrar isso aí. A gente precisa mudar esses hábitos e a Contini, essa empresa aqui é uma grande oportunidade para a cidade evoluir na gestão de resíduos”.

    Compostagem

    O empresário Ivonir Contini recebeu a comitiva e explicou como é o processo, desde o recolhimento do material orgânico até o processo que leva para fazer a compostagem. Antes de iniciar a atividade, Contini trabalhou numa indústria de alimentos e foi percebendo a necessidade de reaproveitar os resíduos produzidos no local. A decisão de trabalhar no segmento veio com a criação de outra indústria que trabalha no processamento de etanol. “Fechou certo o ciclo de eu usar os resíduos deles, visando baixo custo para eles e eu conseguir produzir. Foi aí que nós conseguimos fazer a empresa”.

    Atualmente são produzidos por mês entre 6,5 mil a 7 mil toneladas de produto acabado a partir de 9 mil toneladas de resíduos orgânicos recebidos na empresa. São produtos vindos de frigoríficos, parte de lodo de efluentes, resíduo de restaurantes, varredura de fábrica de ração, cinza produzidos com a queima em indústrias. “Da FS vem cinza, a gente adquire cama de frango e daí faz a mistura. Agora nós estamos também fazendo testes com a casquinha, o capulho de algodão e estamos vendo que está tendo um resultado até bom nessa parte aí na troca de carbono, ajuda bastante a nossa produção”, detalhou.

    Ivonir explica que o ideal seria trabalhar o conceito de reciclagem de forma correta para que o resíduo orgânico seja absorvido por sua empresa. “Se conseguir fazer uma cadeia, fazer a reciclagem como deve ser feita, a gente consegue receber toda essa parte úmida. O que produzir de lixo orgânico a gente recebe e transforma na mesma matéria-prima, não vai mudar em nada o nosso processo”, assegurou. “Se você analisar no final, eu acho que o resultado é muito bom. A gente vai deixar de mandar um monte de material para o aterro sanitário e pode estar transformando aqui, que aqui faz a cadeia, volta lá para gerar o alimento que vamos levar para casa”.

    Apoio

    Acompanharam a visita os vereadores Sandra Barzotto, Daltro Figur e Gilson Fermino, o Urso. “O Legislativo sempre foi parceiro para que o município avance também nessa questão ambiental. Acho que o lixo é um problema e nós precisamos tratar ele hoje a nível de Lucas do Rio Verde, não um poder independente. A Câmara é parceira. Fiz questão de vir aqui, agradeci o convite deles, de também estar com a Câmara junto com esse projeto. E o que depender do legislativo, nós estamos não só para apoiar, mas também para fazer o trabalho juntos”, destacou a presidente da Câmara, Sandra Barzotto.