Tag: ataque animal

  • Onça-pintada invade casa em União do Sul e pega cachorro da família

    Onça-pintada invade casa em União do Sul e pega cachorro da família

    Imagine acordar e descobrir que o visitante da madrugada era uma onça-pintada? Em União do Sul, no norte de Mato Grosso, isso deixou de ser cena de documentário para virar caso real – e impressionante.

    Na calada da noite, câmeras de segurança de uma residência flagraram o momento em que uma onça-pintada perambula pelo quintal, silenciosa e ágil. Em poucos segundos, ela pega o cachorro da família, que dormia inocentemente na área coberta. O felino selvagem some na escuridão da mata logo depois – sem sequer levar a presa.

    O registro, compartilhado pela moradora nas redes sociais, viralizou e causou grande comoção. Nos comentários, o que se viu foi uma mistura de luto, indignação e muito medo. “A gente sempre soube que morava perto da natureza, mas agora a natureza está literalmente batendo na porta”, comentou um vizinho.

    No quintal do rei da selva: onça invade casa em MT e pega cachorro da família

    Selva urbana? Cresce número de aparições de onças em cidade de Mato Grosso

    Este já é o segundo caso semelhante registrado em abril na cidade. Dias antes, outra onça (ou quem sabe a mesma?) teria atacado e matado um cachorro em situação parecida. Moradores agora dormem de olhos abertos – e com os pets trancados dentro de casa.

    Especialistas em fauna silvestre não se surpreendem com a visita indesejada. Segundo um biólogo ouvido pela reportagem, o aumento desses encontros entre humanos e onças é consequência direta do desmatamento e da expansão das áreas agrícolas. “Elas perdem território, perdem caça, e acabam indo onde há comida fácil – e infelizmente, às vezes isso significa um cachorro no quintal”, explica.

    A onça-pintada é considerada a rainha do Pantanal Mato-grossense, sendo o maior felino da América do Sul.
    Onça – Fotos do Canva

    Enquanto a população busca formas de se proteger, a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso afirma que está acompanhando os casos e promete reforçar ações de orientação e fiscalização na região. A recomendação é clara: evitar deixar animais domésticos soltos durante a noite, manter áreas externas iluminadas e jamais tentar se aproximar de um animal selvagem.

    União do Sul, cercada por natureza exuberante, agora vive um novo dilema: como conviver com a realeza da floresta sem colocar em risco a vida no quintal?

  • Onça-pintada dá show de caça nas águas do Pantanal

    Onça-pintada dá show de caça nas águas do Pantanal

    Se a vida selvagem tivesse um Oscar, a onça-pintada do Pantanal certamente sairia com a estatueta de Melhor Cena de Ação. Em um espetáculo digno de cinema — mas 100% real — o fotógrafo e guia turístico Branco Arruda registrou um momento impressionante que parece ter saído direto de um documentário da BBC.

    Às margens de um rio pantaneiro, um grupo de turistas observava a calmaria da paisagem quando a tensão natural começou a crescer. No topo de um barranco, uma onça-pintada, rainha do cerrado e símbolo máximo da fauna brasileira, observava com atenção cada movimento de um jacaré que nadava tranquilamente logo abaixo.

    Pantera à espreita: onça-pintada salta e captura jacaré diante de turistas no Pantanal

    Em total silêncio e com a paciência de um caçador nato, o felino esperou o momento exato. Em segundos, o que era contemplação virou adrenalina: a onça saltou como um raio, cortando o ar em um movimento ágil e certeiro, para capturar o réptil em pleno rio.

    “Foi um daqueles momentos que a gente nunca esquece. Parecia que o tempo parou”, contou Branco Arruda, que atua há mais de 15 anos como guia no Pantanal mato-grossense. “O salto da onça foi tão preciso que até os turistas ficaram sem respirar. Depois, só ouvi aplausos!”

    O mistério da onça do Rio Miranda: pegadas e o silêncio da floresta

    O clique de Branco viralizou nas redes sociais, despertando admiração e respeito pela potência da fauna brasileira. Além disso, reforça a importância do turismo ecológico e da conservação dos biomas do país. “Momentos assim mostram que a natureza é o verdadeiro espetáculo. Nosso papel é proteger esse palco”, completa o fotógrafo.

    E se você pensa em viver aventuras como essa, o Pantanal está de braços abertos — e olhos atentos.

  • Tragédia no Pantanal: Onça-pintada mata caseiro no Pantanal e mobiliza operação de busca

    Tragédia no Pantanal: Onça-pintada mata caseiro no Pantanal e mobiliza operação de busca

    O silêncio típico das margens do Rio Aquidauana, no coração do Pantanal sul-mato-grossense, foi brutalmente rompido por um episódio tão raro quanto assustador. Na última segunda-feira (21), o caseiro Jorge Avalo, mais conhecido entre os locais como “Jorginho”, de 60 anos, foi surpreendido por uma onça-pintada enquanto coletava mel próximo à mata. O ataque foi fulminante. Sem chance de reação, Jorge perdeu a vida em um dos cenários mais belos — e implacáveis — da natureza brasileira.

    Buscas no rastro do predador

    Desde então, uma força-tarefa se formou. Equipes da Polícia Militar Ambiental (PMA), com o apoio técnico de um pesquisador da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), retornaram nesta quarta-feira (23) à região de Touro Morto, onde tudo aconteceu. O objetivo é localizar o felino responsável pelo ataque e capturá-lo com segurança.

    A missão tem um duplo propósito: evitar novos incidentes e conduzir o animal a Campo Grande, onde ele será avaliado por especialistas e passará por um processo de manejo responsável.

    As pegadas do horror

    O corpo de Jorge só foi encontrado no dia seguinte, terça-feira (22), após buscas minuciosas realizadas por moradores e agentes. A trilha até os restos mortais foi guiada por manchas de sangue e pegadas profundas na lama. O cenário pintava um quadro de agonia: o corpo havia sido arrastado por mais de 50 metros, o que indica que a onça não apenas atacou, mas também tentou esconder sua presa.

    Foi somente quando os disparos de alerta dos agentes ecoaram pela mata que o felino, provavelmente assustado, abandonou o que restava da vítima e fugiu em meio à vegetação densa.

    Um presságio ignorado

    Em uma reviravolta que beira o trágico roteiro de um filme, um vídeo gravado poucos dias antes do ataque veio à tona nas redes sociais. Nele, um amigo de Jorge brincava com a presença recente de pegadas de onça na área.

    “A onça vai comer o Jorge. Olha a unha dela!”, diz o homem em tom descontraído, enquanto aponta para marcas frescas no solo. Jorge, sorrindo, rebate: “Não, não come não!”. A ironia do destino foi cruel. O que parecia uma piada de caipira virou realidade com um desfecho fatal.

    Por que a onça atacou?

    A natureza é regida por leis próprias — e nem sempre compreendidas pelo homem. Autoridades investigam agora o que teria motivado o comportamento agressivo do animal. Especialistas trabalham com algumas hipóteses:

    • Escassez de alimento: mudanças climáticas e desequilíbrio ambiental podem ter reduzido as presas naturais da onça, levando-a a arriscar-se em áreas humanas.
    • Comportamento defensivo: o felino pode ter interpretado a presença de Jorge como uma ameaça à sua segurança ou à de filhotes próximos.
    • Período reprodutivo: durante o cio, os grandes felinos tornam-se mais territoriais e imprevisíveis.
    • Ação involuntária da vítima: um som ou movimento involuntário de Jorge pode ter desencadeado o ataque.

    Conflitos entre homem e natureza: uma tensão antiga

    O Pantanal, patrimônio natural da humanidade, é também palco de tensões históricas entre humanos e vida selvagem. À medida que a expansão agrícola e a atividade humana avançam sobre os territórios nativos, o conflito com predadores naturais aumenta.

    Casos como o de Jorge Avalo são raros, mas não isolados. Eles expõem as fissuras em nosso convívio com a fauna e colocam em pauta questões cruciais sobre a preservação, o respeito ao habitat e o manejo responsável da vida silvestre.

    A vida de Jorge: simplicidade e bravura

    Jorge não era apenas um nome em um relatório policial. Era um homem simples, conhecido na comunidade por sua generosidade e tranquilidade. Vivia da terra, do rio e da fé. Trabalhava como caseiro há anos, cuidando de um rancho próximo ao Rio Aquidauana, onde cultivava mais silêncio que queixas, mais trabalho do que palavras.

    A tragédia de sua morte comoveu vizinhos, parentes e até mesmo turistas que já haviam cruzado com seu jeito tímido e prestativo.

    E agora, o que será da onça?

    A busca pelo felino continua. O objetivo das autoridades não é o abate, mas a contenção. Especialistas da UFMS estão analisando a possibilidade de sedação e transporte para uma área segura, onde o animal poderá ser monitorado sem representar riscos à população.

    A captura da onça — se ocorrer — poderá ainda fornecer informações valiosas sobre seu comportamento, saúde e até seu histórico genético. Cada fio de pelo carrega pistas que podem ajudar a prevenir futuras tragédias.

    Reflexões que ficam

    A morte de Jorge Avalo é um lembrete brutal de que, por mais que o ser humano queira dominar a natureza, ele continua sendo parte dela — e sujeito às suas forças. No embate entre civilização e instinto selvagem, não há vencedores, apenas lições.

    Que a história de Jorge não seja esquecida. Que ela inspire respeito, empatia e um novo olhar sobre o equilíbrio — frágil e sagrado — que nos une a todos neste planeta.

     

     

  • O mistério da onça do Rio Miranda: pegadas e o silêncio da floresta

    O mistério da onça do Rio Miranda: pegadas e o silêncio da floresta

    A pacata rotina de uma fazenda às margens do rio Miranda, em Aquidauana, Mato Grosso do Sul, foi quebrada por uma cena digna de um documentário da vida selvagem — mas com um desfecho trágico.

    Jorge Avalo, 60 anos, conhecido por todos como um senhor tranquilo e cuidadoso com os animais da região, foi surpreendido por uma onça-pintada na calada da noite. A Polícia Militar Ambiental (PMA) confirmou a ocorrência e, ao chegar no local, encontrou pegadas do felino e partes do corpo de Jorge espalhadas pela vegetação densa.

    Um vídeo feito por outros caseiros mostra claramente os rastros do felino e o rastro da perseguição, como se a natureza tivesse deixado um rastro de suspense no chão úmido. É como se a mata tivesse contado a história, pegada por pegada, gota por gota.

    Pegadas na madrugada: o último encontro de Jorge com a onça do Miranda

    Selvagem e real: quando a natureza se impõe às margens do Rio Miranda

    Na região do rio Miranda, os moradores já convivem com a fama das onças-pintadas. Majestosas, silenciosas e donas do pedaço, elas são vistas com frequência nas redondezas — e não à toa. Com o avanço das atividades humanas sobre áreas nativas, muitos desses felinos têm mudado seus hábitos e se aproximado cada vez mais de zonas habitadas.

    O coronel da PMA, Carlos Rodrigues, informou que a equipe chegou ao local por volta das 9h da manhã, após a denúncia. O local do ataque, que fica a cerca de duas horas de barco da cidade de Miranda, foi isolado para investigação, mas o mistério já está no ar: o que teria levado a onça a atacar Jorge? Instinto? Fome? Medo?

    Onça-pintada é vista e fotografada do céu em Lucas do Rio Verde
    Fotos: @tiagosacarneiro

    Convivência ou Conflito?

    Embora o caso seja trágico, ele acende uma luz importante: como equilibrar a convivência entre humanos e grandes felinos? As onças, símbolo da fauna brasileira, estão cada vez mais cercadas por fazendas, estradas e gente. E, quando não há mais espaço para fugir, elas reagem.

    A PMA segue monitorando a área e reforçando os cuidados para moradores ribeirinhos. A dica? Respeito à natureza, sempre. Porque, no mundo animal, o território é lei — e a selva, mesmo quando silenciosa, fala alto.