Tag: astronomia

  • Equinócio de Outono: O que é e como ele influencia nosso dia a dia

    Equinócio de Outono: O que é e como ele influencia nosso dia a dia

    O Equinócio de Outono marca a transição do verão para o outono no hemisfério sul. Descubra o significado desse fenômeno, suas influências no clima e na natureza, além de curiosidades e dicas para aproveitar essa nova estação!

    O que é o Equinócio de Outono?

    equinócio
    O equinócio de outono acontece todos os anos no dia 20 ou 21 de março no hemisfério sul, onde está localizado o Brasil

    O Equinócio de Outono marca a transição do verão para o outono no hemisfério sul. Esse fenômeno ocorre quando o Sol cruza a linha do Equador, fazendo com que o dia e a noite tenham praticamente a mesma duração.

    O evento acontece todos os anos entre os dias 20 e 21 de março e indica o início de mudanças perceptíveis no clima, como temperaturas mais amenas e noites mais longas.

    Características do Outono

    • Temperaturas mais baixas: as manhãs e noites ficam mais frias.
    • Menos horas de luz solar: os dias começam a ficar mais curtos.
    • Folhas secas caindo: a vegetação muda de cor em algumas regiões.
    • Redução das chuvas: o clima tende a ficar mais seco.
    • Preparação para o inverno: esse período é uma transição para dias ainda mais frios.

    Curiosidades sobre o Equinócio

    O Equinócio de Outono é um evento astronômico fascinante. Aqui estão algumas curiosidades:

    1. Significado da palavra “equinócio”: vem do latim aequus (igual) e nox (noite), referindo-se à igualdade entre o dia e a noite.
    2. Influência na cultura: antigas civilizações construíram monumentos alinhados com os equinócios, como Chichén Itzá, no México.
    3. Efeito na sombra: nesse período, as sombras ficam mais longas, criando efeitos visuais únicos.

    ✨ Como aproveitar o equinócio de Outono?

    Esse é um ótimo momento para renovar hábitos, refletir sobre mudanças e buscar equilíbrio na vida. Aqui estão algumas sugestões:

    • Conecte-se com a natureza: observe as mudanças no ambiente.
    • Renove sua rotina: ajuste horários e crie novos hábitos saudáveis.
    • Aproveite os dias mais frios: invista em roupas confortáveis e bebidas quentes.
    • Reflita sobre o ano: pense nas conquistas e estabeleça novas metas.

    Calendário Astronômico: Outros eventos importantes

    Além do Equinócio de Outono, outros eventos astronômicos acontecem ao longo do ano. Confira alguns deles:

    • Solstício de Inverno: 21 de junho – o dia mais curto do ano.
    • Equinócio de Primavera: 22 de setembro – quando o dia e a noite voltam a ter a mesma duração.
    • Solstício de Verão: 21 de dezembro – o dia mais longo do ano.

    Influência do Equinócio na espiritualidade

    Ao longo da história, o Equinócio de Outono foi visto como um momento de equilíbrio e renovação. Culturas antigas acreditavam que esse período representava um tempo de preparação para mudanças e **agradecimento pela colheita**.

    Algumas tradições incluem:

    • Mabon: celebração pagã de gratidão pelo ciclo da colheita.
    • Festivais indígenas: rituais para pedir proteção e fartura.
    • Momentos de reflexão: tempo para introspecção e renovação espiritual.

    Conclusão

    O Equinócio de Outono, que ocorre em 20 de março de 2025, marca um período de transição e renovação. Mais do que uma mudança no clima, esse evento representa a **necessidade de equilíbrio** e adaptação na vida cotidiana.

    Independentemente de onde você esteja, aproveite essa energia para refletir, renovar sua rotina e se preparar para os desafios e oportunidades que vêm pela frente. ✨

     

     

  • Você conhece as fases da Lua? Descubra com o novo jogo do Google Doodle!

    Você conhece as fases da Lua? Descubra com o novo jogo do Google Doodle!

    É sempre maravilhoso quando um Google Doodle destaca um tema que nos toca, e o Doodle de hoje, 24 de outubro de 2024, traz um jogo interativo sobre as fases da Lua, em homenagem à fase da “meia Lua”.

    Você acha que entende tudo sobre as fases da Lua? Prepare-se para testar seu conhecimento com o mais novo jogo online do Google Doodle, que celebra a “meia Lua” de uma forma divertida e interativa! No dia 24 de outubro de 2024, o Doodle traz uma experiência única que não só entretém, mas também educa sobre as fases lunares.

    Lua cheia

    Após a Lua cheia em 17 de outubro, conhecida como a Lua do Super Caçador, a Lua entra em uma fase de declínio, perdendo sua iluminação a cada noite até chegar à fase da Lua nova, quando ela não é iluminada. Esse ciclo fascinante é resultado da interação entre o Sol, a Terra e a Lua, que determina quais partes da Lua são visíveis para nós aqui na Terra.

    À medida que avançamos pelo ciclo, a superfície iluminada da Lua aumenta, um processo chamado de “depilação”, levando-a da Lua nova à Lua crescente, passando pela Lua em quarto e pela Lua gibosa até atingir a Lua cheia. Depois, a iluminação começa a diminuir novamente, um processo conhecido como “decrescente”, levando a Lua de volta ao estado de Lua nova.

    Embora o Doodle de hoje faça referência à “meia Lua”, é importante notar que, astronomicamente, estamos observando a “Lua do terceiro trimestre”. O ciclo lunar se inicia na Lua nova, onde ela começa a ganhar iluminação até a Lua cheia, e depois, durante o terceiro trimestre, ela começa a minguar novamente. Essa fase é muitas vezes referida de forma coloquial como “meia Lua”, mas os astrônomos preferem chamá-la de “quarto das Luas”.

    Como Jogar o Jogo do Google Doodle “Half Moon”

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    Você conhece as fases da Lua? Descubra com o novo jogo do Google Doodle!

    O jogo interativo “Half Moon” é uma experiência envolvente, semelhante a um jogo de tic-tac-toe, onde você compete contra o computador. Seu objetivo é combinar cartas que representam diferentes fases da Lua. Aqui estão algumas dicas para jogar e vencer:

    1. Combinações de Cartas: Para marcar pontos, você pode escolher uma carta que seja idêntica à que já foi jogada, formando um “par de fases”. Por exemplo, combine uma Lua crescente com outra Lua crescente.
    2. Fases Opostas: Outra forma de ganhar é combinando uma carta que corresponda à fase oposta da já jogada, como juntar uma Lua crescente com uma Lua gibosa em declínio. Isso também conta como um “par de lua cheia”.
    3. Preenchendo Sequências: Você pode também inserir uma carta que complete uma sequência das fases lunares, como colocar uma Lua crescente entre uma Lua nova e uma Lua em quarto. Isso forma um “ciclo lunar”.

    O jogo se desenvolve em diferentes níveis de dificuldade, começando em um tabuleiro 3×3, progredindo para um 4×3, e assim por diante. Para começar a jogar, basta acessar a página inicial do Google e clicar no botão de reprodução no logotipo.

    O jogo “Half Moon” do Google Doodle é uma maneira divertida de aprender sobre as fases da Lua enquanto você se diverte. Não perca a chance de testar seus conhecimentos e aprimorar suas habilidades astronômicas. Entre no jogo, desafie-se e descubra quanto você realmente sabe sobre o nosso satélite natural!

    Quais são as Fases da Lua?

    Lua Nova: Nesta fase, a Lua se encontra entre o Sol e a Terra, com o lado não iluminado voltado para nós, tornando-a invisível.

    Crescente: Após a Lua Nova, uma pequena parte começa a ser iluminada, aparecendo como um crescente.

    Primeiro Quarto: Aqui, a Lua assume uma forma semicircular, com o lado direito iluminado.

    Lua Crescente: À medida que a Lua se aproxima da fase cheia, mais da metade de sua superfície é iluminada.

    Lua Cheia: Neste momento, a Lua está completamente iluminada, e toda a sua superfície é visível, tornando-se a fase mais brilhante.

    Lua Minguante: Após a Lua Cheia, a parte iluminada começa a diminuir gradualmente.

    Último Quarto: A Lua retorna a uma forma semicircular, desta vez com o lado esquerdo iluminado.

    Crescente Minguante: A Lua inicia um novo ciclo, retornando à forma crescente, finalizando assim o ciclo lunar.

    Esse ciclo lunar dura cerca de 29,5 dias, durante os quais a Lua transita da fase Nova para a Cheia e volta para a Nova novamente. Essa sequência é um assunto constante de interesse para os entusiastas da astronomia que desejam entender melhor os mistérios do céu.

    O que são os Google Doodles?

    Os Google Doodles são variações especiais do logotipo do Google, criadas para homenagear datas, eventos históricos, conquistas significativas e personalidades notáveis. O primeiro Doodle surgiu em 1998, celebrando o Festival Burning Man. Desde então, uma infinidade de Doodles é lançada anualmente, cada um com um tema único, buscando engajar os usuários e marcar momentos especiais. Essas criações artísticas revelam um lado divertido e educativo da plataforma, mostrando que o Google não é apenas uma ferramenta de busca, mas também um espaço de celebração e aprendizado.

  • NASA oferece milhões em desafio para quem resolver problema de lixo espacial

    NASA oferece milhões em desafio para quem resolver problema de lixo espacial

    A corrida espacial ganhou um novo desafio: lidar com o lixo. A NASA, a agência espacial americana, está oferecendo um prêmio milionário para quem desenvolver a melhor solução para o problema do lixo nas futuras missões lunares.

    O desafio é grande e a recompensa também. Com o programa Artemis, a NASA planeja estabelecer uma base lunar permanente. No entanto, para que essa empreitada seja um sucesso, é preciso encontrar formas eficientes de lidar com os resíduos gerados pelos astronautas durante longas missões.

    O que está em jogo? O LunaRecycle Challenge, como é chamada a competição, busca soluções inovadoras para reciclar e reutilizar o máximo possível de materiais na Lua. A ideia é criar sistemas que transformem lixo em recursos, reduzindo a necessidade de enviar suprimentos da Terra e tornando as missões mais sustentáveis.

    E como participar? A competição está dividida em duas fases. Na primeira, os participantes devem criar projetos virtuais de sistemas de gerenciamento de resíduos. Na segunda fase, os melhores projetos serão selecionados para a construção de protótipos reais.

    Por que isso importa? Além de garantir o sucesso das missões lunares, as soluções desenvolvidas no LunaRecycle Challenge podem trazer benefícios para a Terra. Afinal, as tecnologias de reciclagem e reutilização desenvolvidas para o espaço podem ser adaptadas para resolver problemas ambientais aqui no nosso planeta.

    A NASA está investindo pesado nessa iniciativa, com prêmios que chegam a US$ 3 milhões. A agência acredita que a solução para o problema do lixo espacial pode vir de qualquer lugar, e por isso está incentivando a participação de cientistas, engenheiros e inovadores do mundo todo.

    A corrida contra o lixo espacial já começou. E você, tem alguma ideia que possa revolucionar a forma como lidamos com os resíduos no espaço?

  • Alunos de Mato Grosso se preparam para seletiva de olimpíada internacional de astronomia

    Alunos de Mato Grosso se preparam para seletiva de olimpíada internacional de astronomia

    Gabriela Moraes e Rafael Moraes, do Sesi Escola Várzea Grande, em Mato Grosso, estão a todo vapor na preparação para participarem de uma seletiva que garante vaga em Olimpíadas Internacionais de Astronomia de 2025. Os alunos tiveram as melhores notas nas provas internas e recebem mentoria semanal dos professores, com o objetivo de se destacarem no processo de seleção nacional.

    O treinamento é para a dupla representar o Brasil na International Olympiad of Astronomy and Astrophysics, que ocorrerá em 2025, na Índia, e na Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica 2025, com país a ser definido.

    Apesar da pouca idade, Gabriela, 14, é expert quando o assunto é cosmos. Ela conquistou, no início do ano, uma bolsa de Iniciação Científica Júnior (ICjr) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), após um desempenho notável na prestigiada Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG).

    A adolescente ainda carrega no pescoço o peso de duas medalhas de ouro da Jornada Brasileira de Foguetes, uma de 2022 e outra de 2023. “As expectativas estão lá em cima, até porque isso pode definir minha carreira, já que astronomia é minha grande paixão. Estou me esforçando para conseguir uma ótima pontuação e para adquirir aprendizado com essa nova etapa. Estou animada e ansiosa”, conta Gabriela.

    Rafael organizou uma rotina de estudos para conseguir boas notas e brilhar nas disputas internacionais. “Estou estudando provas passadas, consultando professores e pesquisando os assuntos relacionados a temática. Meu objetivo é entrar na equipe internacional”, afirma ele.

    O professor Robson Correa compartilha o orgulho pelos alunos, destacando a habilidade científica, a determinação e o compromisso com a excelência. “Eles são excepcionais e um exemplo inspirador de persistência para jovens aspirantes a cientistas na escola, provando que, com paixão, dedicação e oportunidades adequadas, o céu não é o limite — é apenas o começo”, diz.

    Inicialmente, os alunos farão três provas online. A primeira será no dia 18.10, a segunda no dia 22.11 e a última avaliação virtual será no dia 20.12. Os 150 discentes com a melhor média das três provas serão selecionados para a avaliação presencial, agendada para março de 2025, na Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Depois, as 40 melhores notas avançam para um treinamento. Após o treinamento, os estudantes farão uma última prova para, por fim, integrarem o time nacional nas duas competições internacionais.

    As competições visam estimular o interesse dos jovens em astronomia e astrofísica, além de fortalecer os laços entre as nações e promover o intercâmbio de conhecimentos e experiências científicas e culturais.

  • Mato Grosso ‘perde’ eclipse solar: apenas pequena parte do estado poderá ver o fenômeno

    Mato Grosso ‘perde’ eclipse solar: apenas pequena parte do estado poderá ver o fenômeno

    Enquanto grande parte do Brasil se prepara para apreciar o eclipse solar anular nesta quarta-feira (02/10), Mato Grosso ficará de fora desse espetáculo celeste. Devido à sua localização geográfica, o fenômeno será praticamente imperceptível em todo o estado.

    Apenas a cidade de Alto Araguaia, localizada no sul de Mato Grosso, terá condições teóricas para observar o eclipse, mas a magnitude do evento será tão baixa que a visualização a olho nu se torna praticamente impossível. Segundo a astrônoma Telma Cenira Couto da Silva, apenas 2,2% do diâmetro solar estará encoberto em Alto Araguaia, o que corresponde a uma pequena porção do lado esquerdo do disco solar.

    Em Alto Araguaia, o eclipse terá início às 16h21, atingindo seu ponto máximo às 16h38 e terminando às 16h54. No entanto, devido à pequena área encoberta do Sol, o fenômeno será muito sutil e dificilmente perceptível a olho nu.

    Além de Mato Grosso, outras regiões mais ao norte do país, como Rondônia e Amazonas, também não terão a oportunidade de observar o eclipse. As melhores condições para visualização estão concentradas no extremo sul do Brasil, onde o eclipse parcial será mais significativo. Quanto mais ao sul, maior a área do Sol que estará encoberta.

    É importante ressaltar que a observação direta do Sol, mesmo durante um eclipse, pode causar danos irreversíveis à visão. Para observar o fenômeno de forma segura, é recomendado utilizar óculos de eclipse especiais, que possuem filtros solares adequados.

  • Fenômeno Celestial: Desfile de seis planetas no céu em 28 de Agosto

    Fenômeno Celestial: Desfile de seis planetas no céu em 28 de Agosto

    No dia 28 de agosto, um espetáculo astronômico raro ocorrerá no céu, com seis planetas alinhados e visíveis simultaneamente. Mercúrio, Marte, Júpiter, Urano, Netuno, Saturno e a Lua estarão posicionados de um lado do Sol, criando um cenário único. A partir das 21h do dia anterior, Saturno e Netuno surgirão no horizonte, seguidos por Urano, Júpiter, Marte e a Lua após a meia-noite. Embora Netuno e Urano exijam telescópios para serem observados, os outros planetas poderão ser vistos a olho nu.

    O próximo evento semelhante está previsto para 28 de fevereiro de 2025, quando acontecerá outro grande festival de planetas, oferecendo mais uma oportunidade para os entusiastas da astronomia.

    Espetáculo astronômico

    planetas
    Fenômeno Celestial: Desfile de seis planetas no céu em 28 de Agosto
    Um espetáculo astronômico é um evento ou fenômeno natural no céu que atrai a atenção por sua raridade, beleza ou importância científica. Exemplos incluem eclipses solares e lunares, alinhamentos planetários, chuvas de meteoros, auroras boreais e conjunções de planetas. Esses eventos prometem oportunidades únicas para observar a dinâmica dos corpos celestes e muitas vezes são comemorados e acompanhados por entusiastas da astronomia em todo

  • Brasil traz 5 medalhas da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

    Brasil traz 5 medalhas da Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica

    O Brasil conquistou cinco medalhas na Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica de 2024, a 17ª IOAA, realizada no Brasil de 17 a 27 de agosto, sob organização do Observatório Nacional (ON/MCTI). Os estudantes brasileiros que participaram da competição anual ganharam duas medalhas de prata e três de bronze. Além disso, o estudante Heitor Borim Szabo integrou a equipe multinacional que venceu a Competição de Grupos.

    Assim ficou a distribuição das medalhas para os estudantes brasileiros:

    Prata:

    • Francisco Carluccio de Andrade (São Paulo)

    • Heitor Borim Szabo (Ceará)

    Bronze:

    • Lucas Cavalcante Menezes (Ceará)

    • Gustavo Mesquita França (Ceará)

    • Natália Rosa Vinhaes (Maranhão)

    A IOAA é uma iniciativa voltada para estudantes de ensino médio de todo o mundo. Os alunos participantes devem resolver problemas teóricos, de análise de dados e de observação do céu. O objetivo principal é promover o interesse pela Astronomia e Astrofísica. Além disso, a competição busca promover uma integração cultural e troca de conhecimentos entre os participantes.

    Além do Brasil, que participou da IOAA com uma equipe mista, participaram da olimpíada outros 52 países

    Conforme destacou o professor-doutor Júlio César Klafke, líder da equipe brasileira e membro da Comissão Organizadora da OBA, a IOAA de 2024 foi uma competição

    Sobre a IOAA

    Estabelecida na Tailândia em 2006, a IOAA é um evento anual para alunos do ensino médio de alto desempenho de todo o mundo. O objetivo da competição é disseminar a Astronomia entre os alunos do ensino médio, para fomentar a amizade entre jovens astrônomos em nível internacional, a fim de construir cooperação no campo da Astronomia no futuro entre os jovens estudiosos.

    O Brasil participa da olimpíada desde sua primeira edição em 2007 e as equipes que representam o Brasil na IOAA são formadas através de um processo seletivo rigoroso organizado pela OBA e instituições parceiras, sendo uma delas o Observatório Nacional (ON).

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  • Brasil integra projeto de supertelescópio para mapear céu por 10 anos

    Brasil integra projeto de supertelescópio para mapear céu por 10 anos

    Um dos empreendimentos mais grandiosos da astronomia moderna, o supertelescópio a ser usado pelo projeto Legacy Survey of Space and Time (LSST), inicia em breve a sua fase operacional. Todas as noites, durante dez anos, ele mapeará o céu do Hemisfério Sul e disponibilização as informações para a comunidade científica.

    O Brasil fará parte da empreitada internacional inédita de US$ 1 bilhão, ao lado dos EUA, do Chile, que hospeda o observatório, e de 43 grupos de pesquisa internacionais de 28 países. Para isso, um acordo de cooperação científica até 2038 acaba de ser assinado pelo Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), do Brasil, com o SLAC National Accelerator Laboratory, associado da Universidade Stanford, que representa o Departamento de Energia americano.

    Na semana que vem, já começam os testes com a câmera e, em setembro, serão produzidas as primeiras imagens do telescópio. A parceria garante a participação de 170 brasileiros no projeto, 80% deles jovens pesquisadores, além de estudantes e técnicos, envolvendo 26 instituições de ensino de 12 estados que formam o Grupo de Participação Brasileiro conhecido por BPG-LSST.

    Instalado em Cerro Pachón, no Chile, o supertelescópio de 8,4 metros de diâmetro, com a maior câmera digital do mundo, de ultradefinição, com 3,2 bilhões de pixels, representa um avanço monumental na observação do Universo e vai escanear o céu para capturar imagens detalhadas de “objetos” (estrelas, galáxias, asteroides) no espaço.

    Sob a liderança do Observatório Vera C.Rubin, dos EUA, será feito um levantamento fotométrico do Hemisfério Sul, com imagens de altíssima resolução com seis diferentes filtros de cores. Cada posição será observada mil vezes, em dez anos, com grande profundidade, produzindo um filme do Universo jamais feito.

    A contrapartida do Brasil será a gestão de um grande centro de dados para armazenamento e processamento de parte das informações geradas pelo LSST. Uma equipe de tecnologia da informação desenvolveu e vai operar um software de Big Data com características únicas.

    Em 2021, o LIneA iniciou a implantação desse centro de dados, conhecido como Independent Data Access Center (IDAC), que fará parte de uma rede mundial formada por outros centros internacionais. Anualmente, será produzido um imenso catálogo com dezenas de bilhões de objetos, que pode chegar a cerca de 37 bilhões em dez anos.

    O astrofísico Luiz Nicolaci da Costa, diretor do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LineA), informa que já haverá dados disponíveis a partir do segundo semestre. “Os jovens pesquisadores terão acesso privilegiado aos dados e poderão fazer ciência de qualidade. Esse projeto é único. É uma mudança de paradigma. O universo está numa expansão acelerada e isso está sendo causado pela energia escura”, disse.

    Segundo Nicolaci, o objetivo do projeto é entender a natureza dessa energia escura, conhecimento de fundamental importância para a física básica. “O projeto para fazer isso tem que observar um volume de espaço enorme. Então o que ele vai fazer é se dedicar a fotografar o Hemisfério Sul por dez anos, todas as noites. Esse projeto vai explorar um volume do universo gigantesco, sem precedentes. É uma oportunidade única para o Brasil participar num projeto de vanguarda”, explicou.

    O LSST, diz o diretor do LIneA, não apenas ampliará nossa compreensão do universo, mas redefinirá a forma como os dados astronômicos serão analisados e interpretados. A expectativa é que a experiência permita ao país desenvolver novas soluções computacionais para gerenciar e processar grandes volumes de dados, além de avançar no campo da inteligência artificial.

    A Associação LIneA é um legado do programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT), uma parceria entre o CNPq e fundações de apoio à pesquisa estaduais. É o único da área de astronomia e dá sustentação às atividades científicas do INCT, mantendo um centro multiusuário de e-ciência e um intenso programa de desenvolvimento de projetos e plataformas científicas.

    O Observatório Vera C. Rubin é operado pela Association of Universities for Research in Astronomy (AURA) e foi financiado, em conjunto, pela Fundação Nacional de Ciência dos EUA (NSF) e pelo Departamento de Energia dos EUA (DOE). Desde 2015, o Brasil se integrou ao projeto. O Linea, responsável pela contrapartida brasileira, ainda busca recursos para viabilizar a iniciativa, estimada em R$ 6 milhões anuais, basicamente para o custeio da equipe de operação do centro de dados e de desenvolvimento de software para analisar o grande volume de informações coletadas.

    Edição: Aécio Amado

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  • Dez estudantes representarão o Brasil em olimpíadas de astronomia

    Dez estudantes representarão o Brasil em olimpíadas de astronomia

    Dez estudantes brasileiros vão participar das olimpíadas Internacional de Astronomia e Astrofísica (IOAA) e Latino-Americana de Astronomia e Astronáutica (OLAA). Os alunos que vão representar o Brasil na IOAA 2024 são Francisco Carluccio de Andrade (SP), 16 anos; Gustavo Mesquita França (SP), 18; Heitor Borim Szabo (SP), 17; Lucas Cavalcante Menezes (SE), 17; e Natália Rosa Vinhaes (MA), 17. A Olimpíada Internacional de Astronomia e Astronáutica (IOAA) será realizada no período de 17 a 27 de agosto, nas cidades de Vassouras e Barra do Piraí (RJ), no interior do estado do Rio de Janeiro. Esta será a segunda vez que o Brasil sedia a IOAA. A primeira foi em 2012.

    Já na OLAA, marcada para o período de 25 a 29 de novembro deste ano, na Costa Rica, o país será representado por Arthur Gomes Gurjão (CE), 16 anos; Filipe Ya Hu Dai Lima (PB), 16; Larissa Midori Miamura (CE), 18; Luca Pieroni Pimenta (SP), 17; e Lucas Praça Oliveira (CE), 17. Todos os classificados participaram da Olimpíada Brasileira de Astronomia (OBA) de 2023.

    “Começo de tudo”

    “A prova da OBA é o começo de tudo”, disse nesta segunda-feira (29) à Agência Brasil o pesquisador do Observatório Nacional Eugênio Reis, um dos coordenadores da IOAA. São convidados a participar do processo seletivo da OBA estudantes do ensino médio que receberam na prova nota 7 ou acima de 7; e alunos do 9º ano do ensino fundamental com notas 9 ou acima de 9. “Estamos falando de milhares de estudantes que são convidados para o processo”, destacou Reis. Essa fase é iniciada com três provas online, aplicadas nos três últimos meses do ano, na própria escola ou em casa, sem custos para os alunos.

    As provas vão gradualmente aumentando a dificuldade. “A gente tem que ir preparando os estudantes para enfrentarem questões cada vez mais complicadas de astronomia. As provas online já têm esse caráter de serem cada vez mais difíceis”, explicou Reis. Após as provas online, são selecionados entre 150 e 200 melhores estudantes para realizar uma prova presencial, que costuma ser aplicada no Hotel Fazenda Ribeirão, localizado em Barra do Piraí. “Eles têm que estar lá pessoalmente. É um custo para eles, porque têm que bancar a passagem.”

    Treinamento

    Os alunos têm, nessa etapa, que fazer provas teóricas, de planetário, manuseio de telescópio, estudos da carta celeste. “Aí, sim, vão ser testados de maneira um pouco mais séria porque, desse pessoal que vai fazer prova presencial é que sai a equipe que vai ser treinada. Dos 150 a 200 que a gente chama para fazer essas provas, são selecionados 40 estudantes. Dentro desses 40, há algumas regras para ocupação das vagas”, disse o coordenador. Entre essas regras está a participação de meninas nas equipes; presença de estudantes de escola pública e do 9º ano do ensino fundamental que, no próximo ano, já estarão no ensino médio. “A gente guarda, dentro desses 40, uma cota para esses estudantes, porque a gente quer que nossas equipes sejam mistas, com meninas e meninos juntos; e privilegia aqueles que são de escola pública”. Há também alunos de institutos federais e escolas militares.

    Depois, eles recebem treinamentos, também no Hotel Fazenda Ribeirão, quando competem entre si em duas fases. Depois da segunda fase de treino, são selecionados os dez estudantes que representarão o Brasil na IOAA e na OLAA, e mais cinco suplentes. Este ano, os suplentes são Ana Beatriz Bandeira Martins (SP), Felipe Maia Silva (SP), Franklin da Silva Costa (PE), Henrico Bueno Hirata (CE), Luís Fernando de Oliveira Souza (MS) e Maxwell Caciano da Silva (MT).

    Há, ainda, um terceiro treinamento diferenciado, considerando que a olimpíada internacional é de astronomia e astrofísica e a latino-americana, de astronomia e astronáutica. “A Latino-Americana tem provas de foguetes de garrafa pet. Nos dois primeiros treinamentos, todo mundo constrói e lança foguetes. No terceiro treinamento, em que as equipes já estão formadas, o pessoal já não precisa mais treinar foguetes”. Os suplentes fazem tudo.

    Medalhas

    O Brasil lidera o quadro total de medalhas na olimpíada latino-americana. “O Brasil sempre leva medalhas de ouro. Quando não leva cinco medalhas, leva no mínimo quatro. Isso tem acontecido nos últimos anos”, ressaltou Reis. Como os treinamentos estão sendo aperfeiçoados, a expectativa é ganhar medalha de ouro também na olimpíada internacional, que, segundo o coordenador, “é muito mais difícil”. Até 2021, o Brasil não tinha nenhuma medalha de ouro. “Agora, a gente passou a ganhar também na Internacional. Mas são poucas as medalhas de ouro. A gente tem mais prata, bronze e menções honrosas. Realmente, é uma competição de altíssimo nível. Muito difícil mesmo”, concluiu.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Missão Starliner: Retorno à Terra adiado indefinidamente pela NASA

    Missão Starliner: Retorno à Terra adiado indefinidamente pela NASA

    Dados de propulsão motivam uma revisão detalhada

    Em uma atualização divulgada na noite de sexta-feira, a NASA anunciou o “ajuste” da data de retorno da espaçonave Starliner à Terra, alterando o cronograma original de 26 de junho para um momento não especificado em julho. A decisão segue dois dias de extensas reuniões para avaliar a prontidão da espaçonave, desenvolvida pela Boeing, para transportar os astronautas da NASA Butch Wilmore e Suni Williams de volta à Terra. Segundo fontes, essas reuniões contaram com a participação de alto nível de líderes seniores da agência, incluindo o Administrador Associado Jim Free.

    O teste de voo da tripulação:

    Missão Starliner: Retorno à Terra adiado indefinidamente pela NASA
    Imagem: Boeing

    O “Teste de Voo da Tripulação”, que teve início em 5 de junho a bordo de um foguete Atlas V, originalmente deveria se desatracar e retornar à Terra em 14 de junho. No entanto, à medida que engenheiros da NASA e da Boeing analisavam dados do voo problemático do veículo para a Estação Espacial Internacional, diversas oportunidades de retorno foram adiadas.

    Na noite de sexta-feira, o adiamento se repetiu, citando a necessidade de mais tempo para revisar os dados.

    Priorizando a segurança:

    “Estamos tomando nosso tempo e seguindo nosso processo padrão de equipe de gerenciamento de missão”, disse Steve Stich, gerente do Programa de Tripulação Comercial, na atualização da NASA. “Estamos deixando os dados guiarem nossa tomada de decisão em relação ao gerenciamento dos pequenos vazamentos do sistema de hélio e ao desempenho do propulsor que observamos durante o encontro e a atracação.”

    Apenas alguns dias atrás, na terça-feira, autoridades da NASA e da Boeing definiram a data de retorno à Terra para 26 de junho. Mas isso foi antes de uma série de reuniões na quinta e sexta-feira durante as quais os gerentes da missão revisariam as descobertas sobre dois problemas significativos com a espaçonave Starliner: cinco vazamentos separados no sistema de hélio que pressuriza o sistema de propulsão do Starliner e a falha de cinco dos 28 propulsores do sistema de controle de reação do veículo enquanto o Starliner se aproximava da estação.

    A atualização da NASA não forneceu nenhuma informação sobre as deliberações durante essas reuniões, mas está claro que os líderes da agência não estavam satisfeitos com todas as contingências que Wilmore e Williams poderiam encontrar durante um voo de retorno à Terra, incluindo se desatracar com segurança da estação espacial, manobrar para longe, realizar uma queima de desorbitação, separar a cápsula da tripulação do módulo de serviço e, em seguida, voar pela atmosfera do planeta antes de pousar sob paraquedas em um deserto do Novo México.

    Limite de 45 dias:

    Agora, as equipes de engenharia da NASA e da Boeing terão mais tempo. Fontes disseram que a NASA considerou 30 de junho como uma possível data de retorno, mas a agência também está ansiosa para realizar duas caminhadas espaciais fora da estação. Essas caminhadas espaciais, atualmente planejadas para 24 de junho e 2 de julho, seguirão em frente. O Starliner retornará à Terra em algum momento depois, provavelmente não antes do feriado de 4 de julho.

    “Estamos usando estrategicamente o tempo extra para abrir caminho para algumas atividades críticas da estação enquanto finalizamos a prontidão para o retorno de Butch e Suni no Starliner e obtemos informações valiosas sobre as atualizações do sistema que desejamos fazer para missões pós-certificação”, disse Stich.

    Coletando mais dados:

    Missão Starliner: Retorno à Terra adiado indefinidamente pela NASA
    Créditos: Boeing

    Em certo sentido, é útil para a NASA e a Boeing ter o Starliner atracado na estação espacial por um período mais longo. Eles podem coletar mais dados sobre o desempenho do veículo em missões de longa duração – eventualmente, o Starliner voará em missões operacionais que permitirão aos astronautas permanecerem em órbita por seis meses de cada vez.

    No entanto, este veículo só é classificado para uma permanência de 45 dias na estação espacial, e esse relógio começou a funcionar em 6 de junho. Além disso, não é ideal que a NASA sinta a necessidade de continuar atrasando o veículo para se sentir confortável com seu desempenho na viagem de volta à Terra. Durante duas conferências de imprensa desde que o Starliner atracou na estação, as autoridades minimizaram a seriedade geral desses problemas – repetindo que o Starliner está liberado para voltar para casa “em caso de emergência”. Mas eles ainda não explicaram completamente por que ainda não se sentem confortáveis em liberar o Starliner para voar de volta à