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  • Quase 40% dos brasileiros fumantes consomem 11 ou mais cigarros ao dia

    Quase 40% dos brasileiros fumantes consomem 11 ou mais cigarros ao dia

    Uma pesquisa inédita lançada nesta quarta-feira (26) revelou o perfil do câncer de pulmão no Brasil. Os dados mostram que a maioria dos brasileiros desconhece a gravidade da doença: apenas 15% citaram a severidade da doença, ante 24% do total na América Latina.

    Outro dado alarmante é a quantidade de cigarros que os brasileiros fumam por dia: 39% fumam 11 ou mais cigarros por dia (acima da média de 27% da América Latina), sendo 17% fumam todos os dias e  25% fumam ao menos três vezes por semana. O tabagismo (ativo ou passivo) está ligado a 80% dos casos da doença.

    A pesquisa mostrou que 28% dos brasileiros fumam cigarro, abaixo da média de 38% da América Latina, mas fumam mais. Ou seja, não é o país com maior incidência de fumantes, mas tem a maior porcentagem de pessoas que fumam mais de 11 cigarros por dia.

    Segundo a médica oncologista da Beneficência Portuguesa de São Paulo, Suellen Nastri Castro, o dado é impactante.

    “Apesar de ser menor a quantidade de fumantes do que na América Latina, eu ainda imaginava que a gente tivesse uma porcentagem menor, já que existem outras pesquisas que mostraram que teve uma redução importante. E quase 30% das pessoas ainda fumam e quando fumam são mais de 11 cigarros, isso é algo preocupante”, lamentou a médica.

    Para ela, o estresse pode ser a causa. “Atualmente vivemos em um mundo onde está todo mundo ansioso, estressado, trabalhando muito e o cigarro tem muito essa questão, de a pessoa fumar muito mais quando está nervosa. Outra questão é quanto ao estilo de vida hoje da população brasileira e mundial, estamos no limite do estresse e isso faz com que as pessoas tenham menor preocupação com a saúde”, opinou a oncologista, que participou do lançamento da pesquisa realizada pela biofarmacêutica AstraZeneca, em São Paulo.

    O levantamento mostrou também que no Brasil, 87% fazem ao menos uma visita preventiva por ano (check up geral). Com relação à atividade física, 56% fazem exercícios ao menos três vezes por semana.

    A amostra da pesquisa foi de 2.179 pessoas no seguintes países: Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica e México. Foram entrevistadas pessoas com idades de 40 a 49 (61%), 50 a 59 (30%); 60 a 69 (8%) e 70 a 79 (1%).

    Percepção sobre o câncer de pulmão

    O câncer de pulmão é o mais fatal do Brasil, com quase 12 mortes por 100 mil habitantes, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). No mundo, a doença faz 1,8 milhão de vítimas por ano, sendo 86 mil mortes apenas nos países da América Latina.

    A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, Marlene Oliveira, defende a existência de campanhas de conscientização anuais para alertar sobre a prevenção e os sintomas da doença.

    “Precisamos ter campanhas mais efetivas, mas para isso é preciso ter vontade política, onde a gente consiga ter campanhas de prevenção permanentes no nosso país e não esperar só os meses ‘coloridos’ [como outubro rosa e novembro azul] para gente propagar a mensagem da informação de qualidade e a importância de as pessoas cuidarem da sua saúde e com câncer de pulmão não é diferente”.

    Fundado há 13 anos, o Instituto Lado a Lado pela Vida é a única organização social brasileira que se dedica simultaneamente às duas principais causas da mortalidade – o câncer e as doenças cardiovasculares – além do intenso trabalho relacionado à saúde do homem.

    Dados

    Em relação aos fatores de risco não relacionados ao tabagismo, o conhecimento é baixo: apenas 8% citaram sedentarismo; outros 8% citaram fatores genéticos e hereditariedade; 4% citaram exposição a agentes químicos e 5% sequer souberam citar um fator de risco.

    Embora o tabagismo esteja ligado a 80% dos casos, sendo assim o principal fator de risco, ele não foi citado por 23% dos respondentes brasileiros e 25% dos latinoamericanos.

    O conhecimento sobre sintomas também é baixo: 55% citaram problemas respiratórios (dificuldade de respirar, falta de ar, dispnéia, etc);  42% citaram problemas pulmonares (tosse, tosse seca, tosse recorrente, etc);  17% citaram diferentes tipos de dor (ao respirar, no peito, nas costas);  15% citaram fadiga e  3% perda de peso.

    Tumor letal

    O câncer de pulmão é o tumor mais letal da América Latina, responsável por 86 mil mortes por ano na região e chega a fazer cerca de 1,8 milhão de vítimas globalmente.  Só no Brasil, a doença mata mais de 28 mil pessoas e gera quase 30 mil novos casos por ano, o que faz dela um dos cânceres mais incidentes.

    Identificado tardiamente em 85% dos pacientes na América Latina, a doença passa a ter poucas chances de cura, com uma taxa de sobrevida de 5 anos em 18% dos casos.

    O grande desafio é ampliar o diagnóstico precoce, pois quando o tumor é identificado em estágio inicial, a taxa de sobrevida de cinco anos sobe significativamente, alcançando 56%.

    Outros vícios

    Outras formas de consumo do tabaco, como charutos, cachimbos, narguilés e cigarrilhas, também são perigosas, alerta a oncologista Suellen Nastri.

    “O narguilé, charuto e cachimbo têm um aumento do câncer de pulmão, de boca e de garganta. Todos esses cânceres aumentam, até porque o narguile não tem filtro, ele é a fumaça direto na cavidade oral ou a via aérea. É algo que é consumido em menor quantidade, mas ainda assim é relacionado ao câncer de pulmão e outros cânceres, principalmente da cavidade oral e da garganta”.

    Campanha “Cuide-se Hoje”

    Para conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, que pode reverter o cenário do câncer de pulmão na América Latina, a AstraZeneca lança a campanha “Cuide-se Hoje”, elaborada com participação de 19 associações de pacientes, de 10 países da região: Brasil, Argentina, Chile, México, Colômbia, Peru, Costa Rica, República Dominicana, Guatemala e Panamá.

    As entidades formaram um conselho de especialistas para apresentar diferentes realidades e necessidades, assim contribuindo para que a campanha reunisse informações de qualidade sobre o tema, a partir da visão do paciente e sempre destacando que investimento em diagnóstico precoce pode salvar muitas vidas todos os anos.

    Se nada for feito, estima-se que a doença possa alcançar a mortalidade anual de 3,01 milhões de pessoas em 2040 (câncer de pulmão, brônquios e traqueia), um aumento de 67%.

    O câncer de pulmão pode evoluir silenciosamente ou com sinais e sintomas pouco específicos. “Quanto mais conhecimento a população tiver sobre o tema, mais preparados estaremos para lutar contra a doença”, afirma a diretora médica da AstraZeneca Brasil Marina Belhaus.

    Sintomas mais frequentes:

    • Tosse persistente;

    • Escarro com sangue;

    • Dor no peito;

    • Rouquidão;

    • Falta de ar;

    • Perda de peso e de apetite;

    • Pneumonia recorrente ou bronquite;

    • Sentir-se cansado ou fraco;

    • Nos fumantes, o ritmo habitual da tosse é alterado e aparecem crises em horários incomuns.

    Detecção precoce

    Como forma de prevenção, autoridades médicas recomendam não fumar, evitar o tabagismo passivo e exposição a determinados agentes químicos, como arsênico, asbesto, berílio, cromo, radônio, urânio, níquel, cádmio, cloreto de vinila e éter de clorometil2.

    A detecção precoce pode ser realizada com exames clínicos, laboratoriais, endoscópicos e radiológicos em pacientes com sinais e sintomas sugestivos da doença. Caso não haja sinais e sintomas, recomenda-se o rastreamento em grupos com maior chance de desenvolver a doença, como pessoas que fumam ao menos um maço por dia, há 30 anos ou mais.

    Histórias reais

    Como parte da campanha, a AstraZeneca publicou uma série de vídeos com depoimentos de pacientes e médicos, gravados em diferentes países da América Latina, para mostrar a realidade de quem convive com a doença. Cada história tem uma perspectiva diferente sobre o câncer de pulmão e ajuda a compreender suas complexidades e impactos.

  • Fiocruz entrega à pasta da Saúde 1,9 milhão de doses da AstraZeneca

    Fiocruz entrega à pasta da Saúde 1,9 milhão de doses da AstraZeneca

    Mais 1,9 milhão de doses de vacinas AstraZeneca, produzidas com ingrediente farmacêutico ativo (IFA) importado, foram entregues nesta sexta-feira (4) pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) ao Ministério da Saúde e vão reforçar a campanha nacional de vacinação contra a covid-19. 

    As vacinas são fabricadas com o chamado “vetor viral”, um vírus modificado para estimular o sistema imunológico humano na produção de anticorpos contra o novo coronavírus.

    A partir de agora, as doses passam por um processo de controle de qualidade para garantir que cheguem com segurança aos braços dos brasileiros.

    Vacina nacional

    Em fevereiro deste ano, o governo federal recebeu o primeiro lote da vacina Covid-19 totalmente produzida em solo brasileiro. A produção foi viabilizada após a articulação do Brasil com o governo britânico para que fosse possível a transferência de tecnologia entre a farmacêutica AstraZeneca e a Fiocruz.

    Desde o começo da campanha de vacinação contra covid-19, foram distribuídas pelo governo federal aos estados e ao Distrito Federal cerca de 465 milhões de doses de vacinas contra covid-19, das quais 379 milhões já foram aplicadas.

  • Covid-19: vacina brasileira está em fase final de desenvolvimento

    Covid-19: vacina brasileira está em fase final de desenvolvimento

    A vacina da AstraZeneca, fabricada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) com todos os insumos produzidos no Brasil, está em fase final de desenvolvimento. A previsão da Fiocruz é que os primeiros lotes da vacina brasileira sejam entregues em fevereiro ao Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação Contra a Covid-19.

    A vacina brasileira

    O imunizante é resultado de contrato de transferência tecnológica entre a Fiocruz e o consórcio formado pela Universidade de Oxford e a farmacêutica AstraZeneca. Os primeiros lotes produzidos no Brasil pela fundação usaram ingrediente farmacêutico ativo (IFA) enviado pela China.

    A necessidade de adquirir o IFA na China fez com que a entrega de imunizantes da AstraZeneca pela Fiocruz sofresse atrasos no ano passado. Tal situação evidenciou a importância de se concretizar a capacidade de produção do IFA no Brasil.

    O contrato previa que as equipes da Fiocruz adquirissem o conhecimento necessário para produzir no Brasil o IFA, principal insumo da vacina. A fundação montou as estruturas de produção e realizou testes até iniciar a produção do IFA. Após atrasos no cronograma, a Fiocruz está concluindo o processo de desenvolvimento da vacina totalmente nacional.

    O IFA é formado por vírus e células. O método de fabricação da vacina envolve o adenovírus, tecnicamente classificado como “vetor viral não replicante”. Após a produção dos elementos necessários para a fabricação da vacina, as células são induzidas em um processo de multiplicação e, em seguida, de purificação.

    Com isso, a produção do IFA é concluída. Ele é congelado e, depois, descongelado para finalizar a fabricação da vacina com a inclusão de componentes que vão auxiliar a estabilização do imunizante.

    O processo seguinte é o envase do produto nos frascos, que são esterilizados para receber o líquido da vacina, que é transferido do local onde fica armazenado (tanques de aço inox).

    O último procedimento é a transformação do líquido em uma espécie de pastilha, processo chamado de liofilização. Os frascos são fechados efetivamente com tampa e lacre. São retiradas amostras para análise de qualidade.

    Feito o controle de qualidade e atestada a garantia da segurança e eficácia, conforme o previsto e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os frascos recebem rótulos, são embalados e enviados ao Ministério da Saúde, que faz a distribuição em acordo com as secretarias estaduais e municipais de Saúde.

  • Reforço de marca diferente é mais eficaz para vacinados com CoronaVac

    Reforço de marca diferente é mais eficaz para vacinados com CoronaVac

    A pesquisa analisou dados de 1.240 voluntários em São Paulo e Salvador que receberam doses da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, em um intervalo de seis meses antes do início do estudo. Os voluntários receberam doses de reforço da Janssen, Pfizer-BioNTech e AstraZeneca e da própria CoronaVac.

    CoronaVac

    Os índices de aumento da concentração de anticorpos, 28 dias após a dose de reforço, ficaram em 152% para a vacina da Pfizer-BioNTech; 90% para a da AstraZeneca; 77% para a da Janssen, e 12% para a CoronaVac.

    “Em adultos idosos, a diferença dos títulos de anticorpos neutralizadores foi entre 8 e 22 vezes maior em esquemas heterólogos de reforço do que no reforço homólogo com a CoronaVac”, relataram os autores do estudo.

    Conforme os autores, o uso das doses de reforço mostrou eficácia contra variantes como a Delta e a Ômicron. O estudo também apontou a necessidade da dose de reforço para quem completou o ciclo com a CoronaVac.

     

  • Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Estudo indica que vacinas aumentam proteção de quem já teve covid-19

    Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) publicaram hoje (29) um estudo sobre vacinas contra covid-19 usadas no Brasil que aumentam a proteção contra o SARS-CoV-2 em quem já teve a doença previamente. O trabalho foi publicado em formato preprint no site Medrxiv, o que significa que ainda precisa ser revisado por outros cientistas.

    Os pesquisadores avaliaram 22.565 indivíduos acima dos 18 anos que tiveram dois testes de RT-PCR positivos e 68 mil que tiveram teste positivo e depois negativo, entre fevereiro e novembro deste ano.

    Segundo o artigo, a vacinação com as duas doses de AstraZeneca, Pfizer e CoronaVac, ou com a dose única da Janssen, foi capaz de reduzir reinfecções sintomáticas e casos graves da doença em quem já havia contraído a covid-19 anteriormente. A pesquisa mostrou que, quando a vacina requer duas doses, a aplicação da segunda dose de fato elevou o nível de proteção contra reinfecções nos indivíduos estudados.

    Principal pesquisador responsável pelo estudo, Julio Croda, da Fiocruz Mato Grosso do Sul, explica que análise contou com a base nacional de dados sobre notificação, hospitalização e vacinação e confirma a necessidade de completar o esquema vacinal mesmo em quem já teve covid-19.

    “A importância de ser vacinado é a mensagem principal, e a necessidade dessas duas doses para maximizar a proteção. Vemos que alguns países chegam a recomendar apenas uma dose para quem teve covid-19, por considerar que estes já contam com um certo nível de anticorpos neutralizantes. Mas esse tipo de avaliação de efetividade na vida real mostra que há um ganho adicional com a segunda dose. É um ganho substancial contra as formas graves”, disse ele em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias.

    Ao analisar os dados, os pesquisadores descobriram que, após a infecção inicial, a efetividade contra doença sintomática 14 dias após o esquema vacinal completo é de 37,5% para a CoronaVac, 53,4% para AstraZeneca, 35,8% para Janssen e 63,7% para Pfizer. Já a efetividade contra hospitalização e morte, também após 14 dias da aplicação, é 82,2% com a CoronaVac, 90,8% com a AstraZeneca, 87,7% com a Pfizer e 59,2% com a Janssen. O estudo completo pode ser acessado em inglês no site Medrxiv.

     

  • Ômicron: 3ª dose da AstraZeneca aumenta em 2,7 vezes os anticorpos

    Ômicron: 3ª dose da AstraZeneca aumenta em 2,7 vezes os anticorpos

    Pesquisa realizada por investigadores de diferentes instituições, incluindo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Universidade de Oxford, revela que a terceira dose da vacina AstraZeneca aumenta significativamente os níveis de anticorpos neutralizantes contra a variante Ômicron do novo coronavírus. Os resultados foram publicados na plataforma bioRxiv nesta quinta-feira (23) e divulgados na página da Fiocruz.

    “Como temos observado, a variante Ômicron é capaz de infectar pessoas com o esquema vacinal completo, assim como as que foram previamente infectadas por outras variantes. Os dados apresentados neste estudo mostram que a terceira dose é capaz de aumentar a presença de anticorpos neutralizantes contra Ômicron [foram aumentados em 2,7 vezes após a terceira dose da AstraZeneca], resgatando a capacidade de neutralização dos soros das pessoas vacinadas, como observado em relação às outras variantes, de preocupação após a segunda dose”, explicou o vice-presidente de Produção e Inovação da Fiocruz, Marco Krieger.

    O soro obtido de indivíduos um mês após a aplicação da dose de reforço neutralizou a variante Ômicron em níveis semelhantes aos observados para a neutralização das variantes Alfa e Delta depois da segunda dose. Os pesquisadores da publicação consideraram o resultado encorajador, pois, mesmo frente ao desafio da nova variante, foi possível obter resposta protetora.

    O experimento incluiu amostras de 41 indivíduos que receberam três doses da AstraZeneca. Como salientado no estudo, “os anticorpos neutralizadores contra a Ômicron são reforçados após uma terceira dose da vacina, significando que a campanha para fornecer doses de reforço deve adicionar considerável proteção extra contra a infecção pela Ômicron”.

  • Estudo indica que terceira dose da AstraZeneca protege contra Ômicron

    Estudo indica que terceira dose da AstraZeneca protege contra Ômicron

    A farmacêutica AstraZeneca anunciou nesta quinta-feira (23) que a terceira dose de sua vacina aumenta “significativamente” o nível de anticorpos contra a nova variante Ômicron.

    Com base em estudo de laboratório da Universidade de Oxford, a AstraZeneca anunciou, em comunicado, que os níveis de anticorpos que neutralizam a Ômicron após uma terceira dose da vacina foram globalmente similares aos níveis alcançados após as duas doses contra a variante Delta.

    A farmacêutica anglo-sueca acrescentou que “os níveis observados após uma terceira dose foram maiores do que os anticorpos encontrados em indivíduos que haviam sido previamente infectados e se recuperaram naturalmente” das variantes Alfa, Beta, Delta e linhagens originais do SARS-CoV-2.

    A empresa  esclareceu que o estudo da terceira dose foi conduzido “de forma independente” por investigadores da Universidade de Oxford, com quem a AstraZeneca desenvolveu a sua vacina.

    “É muito encorajador ver que as vacinas atuais têm o potencial de proteger contra a Ômicron após uma terceira dose de reforço”, afirmou John Bell, um dos pesquisadores da Universidade de Oxford que conduziram o estudo.

    Vários trabalhos recentes, realizados em laboratório, mostram que o nível de anticorpos diminui contra a Ômicron em pessoas vacinadas com os imunizantes da Pfizer/BioNTech, Moderna e ainda mais com a vacina da AstraZeneca ou da chinesa Sinovac.

    Paralelamente, a Pfizer e a Moderna também anunciaram recentemente que uma dose de reforço das suas vacinas parece aumentar significativamente a imunidade por anticorpos, mas faltam dados sobre quanto tempo essa proteção dura. Embora os dados iniciais sejam positivos, a AstraZeneca anunciou na terça-feira (21) que está trabalhando com a Universidade de Oxford para produzir uma vacina específica para a Ômicron.

    A nova variante já foi detectada em 106 países e já é dominante em vários países, tendo assim superado a Delta.

    Apesar de ser mais transmissível, a Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que ainda não existem dados que permitam concluir que a Ômicron é menos ou mais grave que Delta.

    Novos estudos indicam que a Ômicron é mais contagiosa, mas menos perigosa que a Delta. Pesquisas realizadas no Reino Unido, na África do Sul e Escócia revelam que as internações hospitalares de doentes infectados com a variante Ómicron diminuem entre 40% e 45%, em comparação com a Delta.

    Apesar de ser necessário maior número de anticorpos para neutralizar a nova variante, a OMS e o regulador europeu de medicamento consideram que as vacinas aprovadas para a covid-19 continuam eficazes contra a doença grave, hospitalizações e morte.

    O diretor-geral da OMS alertou nessa quarta-feira (22) sobre a ilusão de que bastaria administrar doses de reforço para sair da pandemia de covid-19. “Nenhum país será capaz de sair da pandemia com doses de reforço e esse reforço não é um sinal verde para comemorar, como já avisamos anteriormente”, disse Tedros Adhanom.

  • Anvisa atualiza informações sobre análise de vacinas contra covid-19

    Anvisa atualiza informações sobre análise de vacinas contra covid-19

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) atualizou nesta segunda-feira (29) a situação da avaliação de vacinas contra a covid-19, incluindo a indicação para imunização de crianças, doses de reforço e pedidos de uso emergencial.

    Crianças

    A Agência analisa a inclusão da indicação da vacina da Pfizer para a imunização de crianças na faixa etária de 5 a 11 anos. O processo está em análise pela equipe técnica, que solicitou à farmacêutica dados complementares para avaliação do pedido.

    “Para essa solicitação, a Anvisa está adotando uma estratégia diferente para as análises técnicas dos estudos clínicos para o público infantil, buscando o envolvimento de diversas entidades”, destacou a agência. “Foram encaminhados convites para representantes das sociedades brasileiras de Imunologia, Infectologia, Pediatria e Epidemiologia, solicitando a colaboração dessas entidades no processo.”

    Assim que houver confirmação por parte das entidades e representações, a Anvisa informou que será realizada uma reunião com a apresentação dos dados disponíveis para discussão e auxílio técnico na tomada de decisão.

    Reforço

    Na última quarta-feira (24), a agência aprovou a inclusão da dose de reforço na bula da vacina da Pfizer. A orientação é adotar a aplicação da vacina homóloga (mesma vacina) na imunização de reforço.

    Houve também, segundo a Anvisa, solicitações de inclusão de dose de reforço na posologia da vacina da Janssen, como reforço homólogo e heterólogo (vacina diferente) e também da AstraZeneca, como reforço homólogo.  As duas solicitações estão em análise pela área técnica.

    Vacinas em avaliação

    A Anvisa informou que recebeu, no último dia 18, o pedido de uso emergencial da vacina Convidecia, fabricada pelo laboratório CanSino. A solicitação foi apresentada pelo laboratório Biomm, representante no Brasil da fabricante. A vacina é produzida na China.

    Há ainda o pedido de uso emergencial encaminhado no final de julho da vacina Adsorvida (inativada) fabricada pela Sinopharm.

    As duas solicitações, segundo a agência, tiveram o prazo de análise suspenso devido à necessidade de complementação de dados. “Uma vez atendida a complementação das informações, os pedidos encontram-se em análise pela área técnica”, informou a agência.

  • Anvisa autoriza fábrica argentina a produzir insumo para vacina

    Anvisa autoriza fábrica argentina a produzir insumo para vacina

    Uma nova fábrica para produzir o insumo farmacêutico ativo biológico (Ifab) da vacina contra a covid-19, desenvolvido pela AstraZeneca, recebeu a Certificação de Boas Práticas de Fabricação (CBPF) da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo informou a agência brasileira nesta quarta-feira (10), a certificação, publicada em resolução ontem (9), foi dada à planta da mAbxience, da Argentina.

    “As boas práticas de fabricação da linha de produção foram avaliadas por meio dos mecanismos de reliance estabelecidos pela Diretoria Colegiada para a certificação durante a pandemia. A empresa apresentou o relatório de inspeção integral emitido pela ANMAT, agência reguladora argentina e membro do Esquema de Cooperação em Inspeção Farmacêutica (PIC/S, do inglês, Pharmaceutical Inspection Co-operation Scheme), o que permitiu à Agência avaliar as condições fabris da planta sem a necessidade de inspeção presencial”, informou a Anvisa em nota.

    A expectativa é que a fábrica argentina aumente o leque de opções para o fornecimento do insumo para a vacina após a inclusão desse novo local de fabricação no registro do produto.

    Histórico

    Em 1º de janeiro deste ano, a Anvisa passou a ser o 54º membro do PIC/S, e a contar com o reconhecimento internacional da excelência das inspeções em boas práticas de fabricação de medicamentos e insumos farmacêuticos de uso humano.

  • Covid-19: Fiocruz já entregou mais de 127 milhões de doses ao PNI

    Covid-19: Fiocruz já entregou mais de 127 milhões de doses ao PNI

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) entrega nesta quarta-feira (10) ao Ministério da Saúde (MS) mais 2,1 milhões de doses da vacina AstraZeneca contra a covid-19, produzidas no Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).

    Com esta liberação, a fundação alcança a marca de 127,9 milhões de doses do imunizante disponibilizadas ao Programa Nacional de Imunizações (PNI).

    A remessa de hoje será enviada para o almoxarifado determinado pelo MS, para ser distribuída aos estados. Uma segunda entrega está prevista para ocorrer na próxima sexta-feira (12) e o quantitativo será divulgado após a liberação dos lotes.