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  • Preços do arroz em casca se estabilizam com movimento cauteloso de compradores e vendedores

    Preços do arroz em casca se estabilizam com movimento cauteloso de compradores e vendedores

    Os preços do arroz em casca mostraram estabilidade nos últimos dias, em um cenário que reflete tanto a movimentação mais ativa de compradores quanto a retração de vendedores. Segundo levantamento do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), houve um aumento na presença de agentes no mercado buscando recompor estoques, o que sustentou as cotações em um patamar firme. No entanto, a liquidez permanece baixa, já que a maioria dos demandantes adota uma postura cautelosa, limitando aquisições a volumes pontuais.

    De acordo com o Cepea, compradores seguem priorizando lotes que já estão armazenados, evitando se comprometer com grandes quantidades enquanto aguardam uma maior definição do mercado e da qualidade da nova safra. Esse comportamento evidencia a incerteza quanto ao abastecimento futuro e a expectativa em torno dos preços, fatores que influenciam diretamente o ritmo dos negócios.

    Ao mesmo tempo, vendedores demonstram resistência em aceitar valores abaixo das expectativas, motivados pela preocupação com a produtividade das lavouras. Relatos de campo apontam para rendimentos menores e uma redução no percentual de grãos inteiros, o que gera apreensão entre produtores e colabora para a menor oferta disponível para comercialização imediata.

    Outro ponto que pesa nas decisões de venda é a finalização da colheita. Em muitas regiões produtoras, os trabalhos de campo ainda não foram totalmente encerrados, o que reforça a tendência de retenção de produto à espera de uma visão mais clara sobre a real dimensão da produção e da qualidade do arroz colhido.

    Neste contexto de mercado, a estabilidade nos preços se dá mais pela ausência de grandes movimentos do que por uma retomada efetiva da liquidez. O setor aguarda os próximos desdobramentos da safra, que devem trazer mais clareza sobre a disponibilidade do cereal e influenciar o comportamento dos agentes nas próximas semanas.

  • Indicador do arroz recua 14% em março

    Indicador do arroz recua 14% em março

    Em março, o Indicador CEPEA/IRGA-RS do arroz em casca (58% de grãos inteiros e pagamento à vista) acumulou forte baixa de 14%, encerrando o mês a R$ 77,30/saca de 50 kg e voltando aos patamares nominais registrados em outubro/22.

    Segundo pesquisadores do Cepea, a pressão vem da expectativa de maior oferta e do ritmo mais acelerado da colheita nesta temporada.

    Além disso, o recuo nas cotações internacionais, divulgados pela FAO, e os níveis de preços das importações reforçam as quedas domésticas.

    Ainda conforme o Centro de Pesquisas, vendedores seguem retraídos, na expectativa de que os atuais patamares favoreçam a exportação, visando enxugar excedentes e dar sustentação aos valores internos.

    Enquanto fazem caixa com vendas de outros grãos, já sinalizam possível redução de área para a próxima temporada. As unidades de beneficiamento, por sua vez, seguem indicando dificuldades na comercialização e na manutenção dos preços do arroz beneficiado junto aos grandes centros consumidores, também alegando margens apertadas.

    De modo geral, compradores consultados pelo Cepea não demonstraram grande interesse em negociar e estão recebendo principalmente arroz a depósito.

  • Preço do arroz em casca tem queda atípica de 13,95% em novembro no Rio Grande do Sul

    Preço do arroz em casca tem queda atípica de 13,95% em novembro no Rio Grande do Sul

    O preço do arroz em casca no mercado do Rio Grande do Sul apresentou uma forte queda em novembro de 2024, de acordo com o Indicador CEPEA/IRGA-RS (58% de grãos inteiros, com pagamento à vista). O indicador acumulou retração de 13,95% no mês, fechando a R$ 102,23 por saca de 50 kg. A média mensal, de R$ 111,66 por saca, foi 6,39% menor que a de outubro de 2024 e 1,94% abaixo do registrado no mesmo período do ano passado, considerando os valores reais ajustados pelo IGP-DI.

    O movimento é considerado atípico para o período de entressafra, quando a menor oferta do cereal historicamente sustenta os preços. Segundo pesquisadores do Cepea, a baixa reflete a comercialização lenta no mercado spot do estado, com produtores resistindo aos valores oferecidos pelas indústrias e apostando em uma recuperação nos próximos meses.

    Por outro lado, a demanda segue limitada, com compradores locais preferindo ofertas mais baratas e negociações com prazos de pagamento alongados, ou direcionando o interesse ao arroz já depositado. A combinação desses fatores tem pressionado os preços no curto prazo, mesmo em um cenário de estoque reduzido.

    Apesar da desvalorização recente, o comportamento dos mercados internacionais e os impactos climáticos nas próximas colheitas podem influenciar uma eventual recuperação dos preços. No entanto, a persistência da lentidão nas negociações e a postura cautelosa dos agentes envolvidos indicam desafios para o setor no fechamento do ano.

    Esse cenário reforça a necessidade de estratégias comerciais mais robustas e uma maior análise de mercado por parte dos produtores e indústrias para minimizar perdas e garantir competitividade em um ambiente de instabilidade nos preços. O arroz segue como um dos produtos essenciais no agronegócio brasileiro, mas as oscilações recentes alertam para a importância de ajustar a oferta e a demanda nos próximos ciclos.

  • Mercado de arroz em casca enfrenta impasse entre vendedores e compradores

    Mercado de arroz em casca enfrenta impasse entre vendedores e compradores

    As negociações de arroz em casca no mercado brasileiro têm enfrentado uma fase de estagnação. Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), a última semana foi marcada por uma “queda de braço” entre vendedores e compradores, dificultando as transações no spot nacional.

    Os orizicultores, buscando melhores margens de lucro, têm optado por direcionar a comercialização da matéria-prima ao porto de Rio Grande, onde as ofertas para exportação permanecem mais atraentes, mesmo diante da recente desvalorização do dólar. Este movimento tem reduzido a disponibilidade de arroz no mercado doméstico, onde as vendas ocorrem apenas de forma pontual, conforme as necessidades financeiras dos produtores que esperam por uma valorização do produto.

    Do lado das unidades de beneficiamento, a postura foi de manutenção dos preços de compra. Apenas os compradores com urgência para repor estoques se mostraram dispostos a pagar valores ligeiramente mais altos. Esta situação é reflexo da dificuldade na venda do arroz beneficiado, que enfrenta pressão de varejistas e atacadistas, levando os agentes do setor a adiar novas aquisições.

    Essa dinâmica de mercado evidencia a complexidade do setor orizícola brasileiro, onde fatores como a exportação, variação cambial e demanda interna influenciam diretamente nas negociações e na estratégia dos produtores e compradores.

  • Preços do arroz em casca permanecem firmes no início de julho no Rio Grande do Sul

    Preços do arroz em casca permanecem firmes no início de julho no Rio Grande do Sul

    Os preços do arroz em casca estão firmes neste começo de julho no Rio Grande do Sul. De acordo com pesquisadores do Cepea, essa sustentação resulta de uma demanda relativamente firme, tanto de compradores internos quanto externos.

    Do lado dos vendedores, muitos estão afastados das negociações de novos lotes, atentos aos pagamentos de custeio da temporada 2023/24 e à disponibilidade de crédito para o cultivo da safra 2024/25.

    Pesquisadores do Cepea indicam que, aos poucos, o mercado gaúcho de arroz em casca parece voltar à normalidade, com menores impactos de notícias sobre interferências governamentais nas transações da cadeia produtiva.

  • Alta nos preços do arroz em casca reflete incertezas climáticas no Rio Grande do Sul

    Alta nos preços do arroz em casca reflete incertezas climáticas no Rio Grande do Sul

    Os preços do arroz em casca registraram uma elevação acentuada nos últimos dias, segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Este aumento é impulsionado pela maior presença de compradores no mercado, que buscam renovar rapidamente seus estoques com a retomada de parte das atividades econômicas. Ao mesmo tempo, os vendedores estão mais retraídos, diante das incertezas quanto às perdas na produção no estado do Rio Grande do Sul.

    Os pesquisadores do Cepea indicam que a liquidez no mercado de arroz continua limitada, resultado de uma verdadeira “queda de braços” entre compradores e vendedores. Com os compradores ávidos por estocar o produto, e os vendedores cautelosos devido ao impacto das recentes condições climáticas adversas, o mercado se encontra em uma posição de impasse.

    O Rio Grande do Sul, um dos maiores produtores de arroz do Brasil, enfrenta sérios desafios devido às enchentes causadas por chuvas volumosas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou na semana passada novos dados de oferta e demanda, que ainda não refletem completamente os impactos das enchentes na região. A Conab estima que pelo menos 8% da área destinada ao cultivo de arroz no estado registrará perdas significativas como resultado das condições climáticas.

    A Emater-RS, em relatório publicado no dia 16 de maio, informou que a colheita no Rio Grande do Sul avançou um pouco, alcançando 86% da área plantada, enquanto, no mesmo período em 2023, as atividades de colheita já estavam praticamente finalizadas. Esta lentidão no progresso da colheita adiciona mais incerteza ao mercado, exacerbando a retração dos vendedores e a escalada dos preços.

    A situação atual revela um cenário desafiador para o mercado de arroz. Com a combinação de incertezas climáticas e a necessidade urgente de renovação de estoques pelos compradores, o equilíbrio entre oferta e demanda permanece instável. A expectativa é que, de acordo com novos dados sobre o impacto das enchentes sejam coletadas e analisadas, o mercado possa ajustar melhor suas expectativas e estratégias.