Há 110 anos, Brasil e Argentina se enfrentavam pela primeira vez em um jogo de futebol, dando início a um duelo clássico marcado pela rivalidade entre os países nos campos. Esse é o tema do História Hoje, programa da Rádio Nacional.
A primeira partida entre as duas seleções aconteceu, em 20 de setembro de 1914, em Buenos Aires, na Argentina. O jogo amistoso antecedeu a disputa da Copa Julio Roca realizada uma semana depois.
No dia 20, os jogadores desembarcaram no porto da cidade e foram recebidos por fãs e dirigentes argentinos. Depois, a equipe foi recebida na residência do ex-presidente argentino, o general Julio Roca, que estava muito doente e que deu nome ao torneio daquele ano.
Como a delegação do Brasil chegou com atraso, o jogo da Copa Roca foi adiado.
Mas, diante da expectativa do público, a seleção canarinha e a albiceleste jogaram um amistoso no estádio do Clube Gimnasia y Esgrima de Buenos Aires. Os anfitriões venceram por 3 a 0.
Uma semana depois, dessa vez valendo pela Copa Roca, o Brasil venceu a Argentina por 1 a 0 no mesmo estádio. Mais de 17 mil torcedores assistiram à partida.
A escalação do Brasil tinha Mendonça no gol; Nery e Píndaro na zaga; Pernambuco, Lagreca e Egídio no meio de campo; Silveira, Millon, Friedenreich, Bartolomeu e Gomes no ataque.
Com a vitória, a seleção brasileira conquistou seu primeiro troféu. O torneio foi disputado 11 vezes entre 1914 e 1976. O Brasil conquistou oito títulos e a Argentina venceu três edições.
De acordo com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), as duas seleções já se enfrentaram mais de cem vezes em diferentes competições. Quanto ao número de vitórias de cada uma ao longo da história, não existe um consenso entre as entidades esportivas dos dois países e a federação internacional.
História Hoje é um quadro da Rádio Nacional, publicado de segunda a sexta-feira na Radioagência Nacional. Ele rememora acontecimentos marcantes e curiosidades de cada dia do ano.
O calorão que dominou Mato Grosso nos últimos dias está dando lugar a temperaturas mais amenas. Uma massa de ar polar proveniente da Argentina está causando uma queda significativa nos termômetros, com mínimas de até 14°C previstas para Cuiabá no próximo domingo (25).
Embora a chegada do frio seja bem-vinda para muitos, é importante ressaltar que a baixa umidade do ar continua sendo um problema.
A combinação de temperaturas baixas e ar seco pode aumentar o risco de doenças respiratórias, como gripes e resfriados.
Cuidados com a saúde durante o frio em Mato Grosso
Use roupas adequadas: É importante se agasalhar bem, especialmente em horários mais frios do dia.
Beba bastante água: Mesmo com o frio, a hidratação é essencial para evitar problemas de saúde.
Evite ambientes fechados e com pouca ventilação: A proliferação de vírus e bactérias é favorecida em ambientes fechados e sem ventilação.
Procure um médico: Em caso de sintomas como tosse, dor de garganta ou febre, procure um médico.
Outras regiões de Mato Grosso também sentem o frio
Além de Cuiabá, outras cidades de Mato Grosso também registrarão temperaturas mais baixas. Em Chapada dos Guimarães, as mínimas podem chegar a 15°C, enquanto em Cáceres, a sensação térmica pode ser ainda mais baixa, com mínimas de 9°C.
Previsão para os próximos dias
As temperaturas baixas devem permanecer nos próximos dias, com mínimas de 14°C e 17°C e máximas de 31°C e 35°C para Cuiabá na segunda (26) e terça-feira (27), respectivamente.
A Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) participou recentemente de um evento significativo no exterior. Dois de seus professores apresentaram comunicações orais na IV Jornada de Estudos Socioeconômicos do Litoral, realizada de 26 a 28 de junho de 2024, na Universidade Nacional de Entre Rios, na cidade de Paraná, na Argentina.
A professora Ana Aparecida Morais de Oliveira, em coautoria com o professor João Henrique Zanelatto da Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), apresentou a comunicação oral intitulada “A resistência da agricultura familiar ante o projeto hegemônico do império alimentar”. O trabalho aborda o desenvolvimento do modo de produção agrícola baseado no agronegócio e destaca a agricultura familiar como um movimento de resistência que busca manter a identidade da população rural, trazendo exemplos de diversos estados.
Outro trabalho apresentado foi “Mudanças na sociedade brasileira e sua repercussão nas políticas educacionais: o ensino de ciências sociais em perspectiva”, de autoria dos professores Miguel Rodrigues Netto e Ana Aparecida Morais de Oliveira, junto com as mestrandas de sociologia da Unemat, Celina Elias Gomes Gonçalves, Graziele Paceliuka De Cáprio Cardovani e Osmara Evangelista Barbosa. Este estudo apresentou um panorama histórico da sociologia como componente curricular na educação básica, desde a reforma Capanema de 1942 até a contrarreforma do ensino médio de 2018.
A IV Jornada é um evento tradicional da Universidade Nacional de Entre Rios, reunindo mais de 120 trabalhos de pesquisadores de diversas universidades argentinas, além da participação de docentes brasileiros. Eventos como este fortalecem o processo de internacionalização da Unemat e abrem oportunidades para futuros intercâmbios binacionais.
Na primeira visita oficial ao Brasil, realizada nesta segunda-feira (15), a ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, negou que o governo argentino possa interferir, de alguma forma, na disputa entre o megaempresário Elon Musk, dono da plataforma X, antigo Twitter, e o Judiciário brasileiro.
“Os temas internos e condições de cada país são próprios de cada país. O governo argentino jamais vai intervir, ou interferir, nos processos democráticos ou nos processos policiais de cada país. Confiamos na Justiça de cada país” afirmou a chanceler, acrescentando que defende a liberdade de expressão “em todos os sentidos”.
A fala da chanceler da Argentina ocorreu após reunião com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, no Itamaraty, em Brasília.
Ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, recebe a ministra de Relações Exteriores, Comércio Internacional e Culto da Argentina, Diana Mondino – José Cruz/Agência Brasil
A afirmação de Diana Mondino contraria o informe publicado na última sexta-feira (12) por Manuel Adorni, porta-voz do presidente argentino, Javier Milei. De acordo com Adorni, Milei “ofereceu colaboração no conflito que mantém a rede social X no Brasil no marco do conflito judicial e político desse país”.
Milei esteve com Musk nos Estados Unidos, no Texas, para visitar à Tesla, fábrica de carros elétricos controlada pelo multibilionário.
Desde o último dia 6 de abril, Elon Musk ataca o Judiciário brasileiros, acusando-o de censurar a rede social que controla e ameaçando não cumprir decisões para suspensão de contas acusadas de incitação a ruptura da ordem democrática brasileira, o que é crime de acordo com a Lei 14.197 de 2021.
No último dia 9 de abril, a chanceler da Argentina afirmou que o país dará refúgio para quem for “perseguido” por defender a liberdade de expressão.
Segundo notícias veiculadas na Reuters, a rede social X tem excluído conteúdos na Turquia, na Índia e nos Estados Unidos. Em nenhum desses casos, Musk tem acusado os países de censura.
Em resposta aos ataques de Musk, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, incluiu o empresário no inquérito que investiga a atuação de milícias digitais no Brasil. As investigações apuram a suposta tentativa de governo de Estado que culminou no 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro invadiram as sedes dos Poderes, em Brasília, exigindo um golpe militar.
Relações bilaterais
Na primeira visita oficial de Diana Mondino ao Brasil, foram discutidos temas como a infraestrutura física fronteiriça, a cooperação em energia e defesa, a melhoria da Hidrovia Paraguai-Paraná, e o fortalecimento do Mercosul e dos processos de integração regional, segundo informou o MRE.
“O Brasil e a Argentina têm uma aliança estratégica forjada ao longo das últimas décadas. Nossos governos estão comprometidos em seguir trabalhando para ampliar e aprofundar essa relação”, informou à imprensa o chefe do Itamaraty, Mauro Vieira, após o encontro.
O chanceler brasileiro afirmou que foram discutidos os projetos para modernização das pontes entre os dois países, como a Ponte São Borja-São Tome, e para construção do gasoduto desde Vaca Muerta, na Argentina, até o Brasil, para o transporte de gás natural.
“Além de intercambiar percepções sobre perspectivas gerais das relações bilaterais, examinamos, numa conversa privada, os processos de integração regional em curso e a situação da região”, completou Vieira.
A chanceler argentina Diana Mondino destacou que, mesmo com a mudança do governo em Buenos Aires, os projetos entre Brasil e Argentina devem prosseguir.
“Todos os projetos entre Brasil e Argentina são independentes e superiores quem quer que esteja dirigindo os destinos de ambos os países”, destacou Mondino, ressaltando que o Brasil é central para a Argentina.
“Nossa relação bilateral se há constituído em uma verdadeira política de Estado, para ambos os países, para Argentina com toda certeza”, completou a chanceler do país vizinho.
A Argentina ultrapassou o Brasil como o país latino-americano com maior adoção de Bitcoin (BTC) e outras criptomoedas, registrando um impressionante volume de mais de 85 bilhões de dólares em criptoativos. O volume foi negociado até meados do ano passado, segundo um relatório da Lemon Cash.
Este notável volume negociado entre junho de 2022 e junho de 2023 não apenas supera as cifras do Brasil, mas também as do México, Colômbia e Venezuela, segundo o estudo publicado “Estado da Indústria Cripto de 2023”. Além disso, o relatório destaca a Argentina como líder na adoção per capita de criptomoedas na região, estimando que 4 em cada 10 pessoas que acessam um aplicativo cripto na América Latina o fazem a partir deste país.
Ao contrário do Brasil, onde a compra de criptomoedas como Bitcoin e Ethereum é mais comum pelo seu foco em investimentos de longo prazo, na Argentina predomina a preferência por stablecoins como Tether (USDT), que buscam proteção contra a inflação.
As criptomoedas, ativos digitais baseados na tecnologia blockchain, revolucionaram a maneira como concebemos as transações financeiras. Ao oferecer um sistema descentralizado, permite intercâmbios seguros e diretos entre usuários, eliminando intermediários e reduzindo custos.
Na Argentina, o setor de jogos online foi particularmente receptivo a essa tendência. Os jogos de criptomoedas não apenas oferecem entretenimento, mas também uma plataforma para ganhar e utilizar criptomoedas, combinando a paixão por videogames com a economia digital. Esta expansão impulsionou ainda mais o interesse e a aceitação das criptomoedas, demonstrando sua versatilidade e potencial para transformar indústrias além das finanças.
Na Argentina, a implementação das criptomoedas no comércio varejista marcou o início de uma revolução nas transações comerciais. Os negócios de varejo estão adotando essas moedas digitais para oferecer a seus clientes uma alternativa segura, rápida e eficiente na hora de pagar. Esta inovação não apenas reduz os custos associados às transações tradicionais, mas também abre as portas para um novo segmento de consumidores interessados em tecnologia e economia digital.
Por outro lado, na indústria financeira, as criptomoedas estão desempenhando um papel crucial na redefinição dos serviços financeiros na Argentina. A indústria fintech local viu um crescimento significativo de 80% no segmento de gestão de patrimônios, impulsionado principalmente pela inclusão de projetos relacionados ao investimento em patrimônios e criptomoedas.
Mais de 14% do ecossistema fintech argentino está envolvido em soluções cripto, segundo pesquisas da Chainalysis sobre transações na blockchain pública, posicionando a Argentina no 15.º lugar no índice global de adoção de criptomoedas em 2024. Com a Argentina liderando a adoção de criptomoedas na América Latina, superando até mesmo o Brasil, seu futuro no âmbito cripto parece promissor.
Com direito à vitória sobre a Argentina na grande decisão, o Brasil conquistou a Copa América de futsal pela 11ª vez na história, após triunfo de 2 a 0 no ginásio Cop Arena Oscar, em Luque (Paraguai) na noite do último sábado (10).
A conquista da Copa América, alcançada com uma campanha perfeita (com 100% de aproveitamento), garantiu à seleção brasileira a classificação para a Copa do Mundo da modalidade, que será disputada em setembro no Uzbequistão.
Em uma partida muito parelha, o Brasil abriu o placar com Pito, ainda no primeiro tempo, enquanto Rafa Santos deu números finais ao placar já nos últimos momentos da etapa final.
“Tenho apenas a agradecer a todos. Estávamos um pouco engasgados, já tínhamos perdido para a Argentina em três mata-matas. Então hoje nós merecíamos. Jogamos um pouco que nem eles, fizemos o gol e nos defendemos. Agora é comemorar que esse time merecia essa vitória, esse título”, declarou Pito.
O ano começou bem para a seleção masculina de handebol do Brasil. Na noite deste sábado (20), em plena Buenos Aires, a equipe derrotou a Argentina por 28 a 26 e confirmou o título do Torneio Sul-Centro Americano da modalidade.
A partida – válida pela última das cinco rodadas da competição – não era uma final em teoria, mas, na prática, decidiu o campeão, já que somente as duas seleções poderiam sair com o troféu. O triunfo teve sabor de revanche para os brasileiros, que haviam perdido a decisão dos Jogos Pan-Americanos de Santiago, em novembro do ano passado, justamente para os argentinos.
O Brasil chegou à partida precisando apenas de um empate para se sagrar campeão, já que havia saído vencedor dos quatro primeiros duelos (contra Uruguai, Paraguai, Costa Rica e Chile). À Argentina só restava vencer. Na primeira etapa, os argentinos tomaram a frente do placar e foram para o intervalo vencendo por 14 a 13.
No entanto, a segunda etapa trouxe uma reação brasileira, que chegou a abrir três gols de vantagem e terminou por assegurar o triunfo por 28 a 26. O título – o segundo consecutivo do país na competição – estava garantido.
Desde a vitória contra o Chile, o Brasil já havia assegurado um de seus objetivos, que era se classificar ao Mundial de 2025 (os três primeiros colocados receberam esse direito). O título trouxe mais confiança para uma outra meta, em um futuro mais próximo: o Pré-Olímpico.
Como foi derrotada na final do Pan, a seleção viu a Argentina garantir a vaga antecipada do continente nos Jogos de Paris. Com isso, terá que participar, entre os dias 14 e 17 de março, do torneio que dará uma segunda chance para a classificação à Olimpíada. Ainda não há nem local nem adversários definidos.
O Brasil caiu para a 5ª posição do ranking de seleções da Fifa após as derrotas para a Colômbia e a Argentina em jogos válidos pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026. A liderança continua a ser da atual campeã mundial Argentina, segundo a relação divulgada nesta quinta-feira (30).
A segunda posição continua sendo da França, enquanto a Inglaterra assumiu a 3ª posição do ranking e a Bélgica é a 4ª. O restante do top-10 é formado por Holanda (6ª), Portugal (7ª), Espanha (8ª), Itália (9ª) e Croácia (10ª).
O ranking de seleções da Fifa é divulgado justamente após duas derrotas da equipe comandada pelo técnico Fernando Diniz. O primeiro foi uma derrota de 2 a 1 para a Colômbia em Barranquilla no dia 16 de novembro. Cinco dias depois o Brasil foi superado por 1 a 0 pela Argentina em pleno estádio do Maracanã.
Após três jogos sem vencer, a seleção brasileira entra em campo nesta terça-feira (21), às 21h30 (horário de Brasília), para enfrentar a Argentina, líder das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
O técnico terá duas novidades na escalação: o retorno do atacante Gabriel Jesus, recuperado de lesão, e a estreia do lateral-esquerdo Carlos Augusto. Jesus substituirá Vinicius Júnior no ataque, junto com Raphinha, Gabriel Martinelli e Rodrygo. Carlos Augusto entra no lugar de Renan Lodi.
O Brasil precisa vencer a Argentina para se manter na briga pelas primeiras posições das Eliminatórias. A seleção está em quinto lugar, com sete pontos, e está a três pontos da Argentina.
O clássico entre Brasil e Argentina é um dos mais esperados do futebol mundial. As duas seleções já se enfrentaram 109 vezes, com 43 vitórias brasileiras, 40 derrotas e 26 empates.
Onde assistir Brasil x Argentina
O duelo terá transmissão da Globo e do canal por assinatura Sportv.
Brasil x Argentina
6ª rodada – Eliminatórias
Data e horário: terça-feira, 21 de novembro de 2023, às 21h30 (de Brasília) Local: Maracanã, no Rio de Janeiro Onde assistir: Globo e Sportv Arbitragem: Piedro Maza (CHI) (árbitro), Claudio Urrutia (CHI) e Miguel Rocha (CHI) (assistentes), Felipe Gonzalez (CHI) (quarto árbitro) e Juan Lara (CHI) (árbitro de vídeo)
Prováveis escalações
Argentina: Emiliano Martínez, Nahuel Molina, Cuti Romero, Otamendi e Tagliafico; De Paul, Mac Allister e Enzo Fernández; Lionel Messi, Lautaro Martínez (Julián Álvarez) e Di María (Nico González). Técnico: Lionel Scaloni.
Brasil: Alisson; Emerson Royal, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Carlos Augusto; André, Bruno Guimarães; Raphinha, Rodrygo, Gabriel Jesus e Gabriel Martinelli. Técnico: Fernando Diniz.
O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz) vai compartilhar os métodos de produção da vacina contra a febre amarela com laboratórios públicos argentinos. O acordo de transferência de tecnologia foi firmado nesta sexta-feira (17), por meio de termo de compromisso entre o instituto brasileiro e a Administração Nacional de Laboratórios e Institutos de Saúde Dr. Carlos Malbrán (ANLIS). Esta será a primeira vez que a Fiocruz vai transferir sua tecnologia para um parceiro.
Bio-Manguinhos é um dos quatro produtores mundiais da vacina febre amarela pré-qualificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e tem um importante papel no fornecimento desses imunizantes para países da América Latina, Caribe e África, por meio das agências das Nações Unidas. Desde 2002, o laboratório brasileiro já exportou para a Argentina mais de 7 milhões de doses dessa vacina.
Para a assinatura do termo, estiveram presentes no Itamaraty, em Brasília, as ministras da Saúde do Brasil, Nísia Trindade Lima, e da Argentina, Carla Vizzotti, além do presidente da Fiocruz, Mario Moreira, do diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, e do diretor da ANLIS, Pascual Fidelio. Para Mário Moreira, o acordo foi histórico.
“É a primeira vez que assinamos acordo para transferência de tecnologia da Fiocruz para um parceiro. É a Fiocruz transferindo conhecimento e tecnologia para a produção da vacina de febre amarela para um país irmão e uma instituição centenária como a nossa. Trata-se de uma cooperação Sul-Sul absolutamente estruturante. E acredito que podemos ir além no futuro. Mais do que transferir tecnologias, a Fiocruz busca fomentar o desenvolvimento de uma rede de produção regional de vacinas na América Latina em parcerias com os institutos da região” destaca o presidente da Fiocruz.
Doença endêmica
Assim como no Brasil, a febre amarela é uma doença endêmica na Argentina, e a vacinação em áreas de risco foi introduzida no calendário de rotina do país em 2002. Desde então, Bio-Manguinhos fornece o imunizante ao país.
“É com alegria que temos colaborado com o programa de imunizações argentino, ao longo destes anos, por meio do fornecimento da vacina febre amarela. Hoje, temos orgulho de poder fazer ainda mais, contribuindo desta vez para que esse país vizinho possa começar sua jornada rumo a sua autonomia em relação a esse imunizante”, celebra Mauricio Zuma.
Apesar do compromisso já firmado, ainda será necessária a assinatura de um contrato de transferência de tecnologia entre as instituições para o detalhamento de todas as etapas do processo, bem como do cronograma a ser cumprido.
Laboratório centenário
Antes chamada de Oficina Sanitária Argentina, a ANLIS Malbrán foi criada em 1893 e é uma instituição de referência em pesquisa, produção, diagnóstico e vigilância. Ela é ligada ao Ministério da Saúde da Argentina e responsável pela coordenação de toda a rede de laboratórios públicos do país vizinho.
“Para o nosso país, é um avanço muito importante poder receber a transferência de tecnologia para produzir a vacina contra a febre amarela, que vai ocorrer no Instituto Nacional de Enfermidades Virais Humanas Dr, Julio Maiztegui, um dos 14 centros e institutos que compõem a ANLIS Malbrán. É um passo inicial para outras transferências que poderão ocorrer no futuro, tanto no campo das vacinas, como para kits diagnósticos. Em diversos contatos que tivemos com a Fiocruz, essa é a primeira vez que avançamos com as condições para uma transferência desse porte”, comemora Fidelio.