Tag: Aracruz

  • (VÍDEO) Polícia Militar e Guarda Civil Municipal de Lucas do Rio Verde realizam treinamento contra ataques em escolas

    (VÍDEO) Polícia Militar e Guarda Civil Municipal de Lucas do Rio Verde realizam treinamento contra ataques em escolas

    A Polícia Militar e a Guarda Civil Municipal de Lucas do Rio Verde participaram de um treinamento intensivo nesta quarta-feira (15), focado na prevenção e resposta a ataques em escolas. O evento, que contou com aulas teóricas e práticas, foi dividido em três etapas e envolveu a participação de alunos voluntários para tornar a simulação o mais realista possível.

    Capacitação Teórica e Prática

    O treinamento teve início às 8h no auditório da Acilve, onde especialistas ministraram aulas teóricas sobre identificação de ameaças e estratégias de resposta. À tarde, as atividades se deslocaram para o Colégio Militar, onde os agentes aplicaram os conhecimentos adquiridos em cenários simulados, aprimorando suas habilidades para atuar sob pressão.

    Simulação Realista no Colégio Menino Deus

    A etapa final ocorreu no Colégio Menino Deus, às 18h, com uma simulação de ataque envolvendo crianças e militares. A utilização de sangue falso e encenações detalhadas visaram proporcionar um ambiente realista para que os agentes pudessem praticar suas respostas em situações críticas.

    Relevância e Preocupação com a Segurança Escolar

    Casos trágicos, como os de Realengo (RJ), Blumenau (SC) e Aracruz (ES), destacam a importância de preparar as forças de segurança para prevenir e responder a ameaças em escolas. Este treinamento busca não só capacitar os agentes, mas também reforçar a confiança da comunidade na segurança dos ambientes educacionais.

    A comunidade foi convidada a acompanhar o treinamento, reforçando a importância do trabalho conjunto entre as autoridades e a população na criação de um ambiente escolar mais seguro.

  • Caso Samarco: Justiça inclui cinco cidades em rol de áreas atingidas

    Caso Samarco: Justiça inclui cinco cidades em rol de áreas atingidas

    O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF6) incluiu cinco municípios do litoral capixaba na lista de atingidos por rompimento de barragem em Mariana (MG), ocorrido em 2015. Com a decisão judicial, São Mateus, Linhares, Aracruz, Serra e Conceição da Barra foram considerados afetados pelo desastre ambiental.

    O reconhecimento das áreas como sujeitas a reparação foi feito a partir de uma deliberação do Comitê Interfederativo (CIF), em 2017, que foi questionada pela Samarco Mineração, responsável pela operação da barragem, e por suas controladoras, BHP Billiton Brasil e Vale.

    De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), que defendeu a inclusão de comunidades dos cinco municípios, as mineradoras alegaram que o comitê não tem poder impositivo e não poderia reconhecer as áreas atingidas. Elas também pediram que fossem produzidas novas provas periciais.

    O MPF afirmou que áreas estuarinas, costeiras e de marinha já haviam sido previstas pelo Termo de Transação e Ajustamento de Conduta (TTAC), firmado entre as mineradoras e os órgãos públicos para reparação e compensação dos danos causados pelo desastre.

    Ainda segundo o MPF, diversas perícias já foram feitas para averiguar a existência de impactos nesses locais. O Ministério Público também se manifestou sobre a validade da deliberação do CIF, destacando que o comitê é a última instância administrativa com legitimidade para aplicar multas em caso de descumprimento das deliberações e que sua criação foi prevista no acordo entre a União, os estados de Minas Gerais e Espírito Santo e as mineradoras.

    A Fundação Renova, criada pelas mineradoras para lidar com os projetos de reparação, tem projetos em cerca de 40 municípios atingidos pelo desastre em Minas Gerais e no Espírito Santo. Por meio de sua assessoria de imprensa, a Samarco informou que não irá comentar a decisão judicial.

    Edição: Denise Griesinger

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  • ES: adolescente usa arma do pai e símbolo nazista em ataque a escolas

    ES: adolescente usa arma do pai e símbolo nazista em ataque a escolas

    Após ser apreendido como principal suspeito de autoria do ataque a duas escolas em Aracruz, no Espírito Santo, um adolescente de 16 anos confessou o crime, informou a Polícia Civil do estado. O jovem contou que vinha planejando a ação há pelo menos dois anos. O adolescente é filho de um policial militar.

    “Os pais estavam destruídos e colaboraram muito com o nosso trabalho”, disse o delegado da Polícia Civil, João Francisco Filho, que apresentou os detalhes da apreensão ao lado do governador Renato Casagrande, do secretário estadual de Educação, Vitor de Angelo, e do secretário de Segurança Pública, Marcio Celante. De acordo com o delegado, o adolescente foi encontrado em um dos imóveis da família no município. A operação foi tranquila e houve cooperação tanto dos pais quanto do autor do crime.

    O ataque às duas escolas teve início por volta das 9h30 de hoje (25) e resultou na morte de pelo menos dois professores e uma aluna. Ficaram feridas 11 pessoas que foram levadas para hospitais da região. Alguns dos feridos já foram liberados. Segundo as últimas informações, quatro pessoas apresentam quadro de saúde mais delicado: três professores, cujo estado é grave, e  um aluno, em situação gravíssima.

    Já se sabe que o adolescente usou duas armas de responsabilidade do pai: um revólver de calibre .38, de propriedade privada e uma pistola .40 pertencente à Polícia Militar. Ele também levava três carregadores. O governador Renato Casagrande confirmou que, no momento do crime, o adolescente usava uma braçadeira com um símbolo nazista.

    Imagens das câmeras de segurança registraram a ação. O atirador vestia roupa camuflada e uma máscara de esqueleto, similar à usada em fotos nas redes sociais por um dos autores do massacre ocorrido em 2019 na Escola Estadual Raul Brasil, em Suzano, São Paulo.

    Motivação

    A ação do adolescente começou pela Escola Estadual Primo Bitti, onde ele arrombou o cadeado de um dos acessos e fez disparos matando dois professores e ferindo mais nove. Em seguida, o atirador entrou em um carro e se dirigiu ao Centro Educacional Praia de Coqueiral, uma instituição privada. No local, efetuou novos disparos, tirando a vida de uma aluna e ferindo mais duas pessoas.

    Segundo a Polícia Civil, o adolescente é ex-aluno da Escola Estadual Primo Bitti, onde estudou até junho deste ano. A família o transferiu para outra instituição, mas a razão ainda não foi esclarecida.

    Ainda de acordo com a Polícia Civil, durante a apreensão, o adolescente não explicou por que fez os ataques. O delegado João Francisco Filho disse que ele estava tranquilo e não manifestou arrependimento. A apuração preliminar apontou que ele fazia tratamento psiquiátrico. A Polícia Civil trabalha com a hipótese de que o adolescente não tinha um alvo definido e que ele pode ter agido sob estímulo de grupos extremistas, que se organizam de forma virtual dentro e fora do Brasil.

    Para Renato Casagrande, a sociedade precisa estar mais atenta aos problemas de saúde mental. Ele pediu que as pessoas fiquem atentas ao comportamento de filhos, netos e irmãos, para que possam identificar situações em que seja necessária ajuda profissional. Considerou ainda que a comunidade escolar também deve estar vigilante.

    O governador manifestou resistência a medidas que busquem dificultar o acesso às escolas ampliando as grades e os muros. “Escola não é para isso. Escola é para educar, para formar pessoas, para poder conviver com quem pensa diferente. Então os sinais de problemas de saúde mental são sinais que precisam receber atenção”, reiterou.

    Choque

    A prefeitura de Aracruz divulgou nota informando que as aulas da rede municipal foram suspensas. As crianças que estavam nas escolas foram dispensadas. Casagrande informou que a retomada das aulas na Escola Estadual Primo Bitti ainda será discutida nos próximos dias. O prefeito de Aracruz, Luiz Carlos Coutinho, disse que as famílias das vítimas já estão sendo identificadas para receber assistência.

    O clima é de choque na comunidade escolar do município. “É muita tristeza. É uma impotência. Aconteceu na escola [em] que eu trabalho, com os meus colegas e as minhas colegas, entende? Não sei se consigo voltar para a sala de aula e dar aula”, disse a professora Leilany Campos, que leciona na Escola Estadual Primo Bitti.

    Segundo Adriana Alves, diretora de uma escola infantil do município, a notícia gerou uma onda de desespero especialmente entre pais e educadores. Ela conta que, logo após o ocorrido, a Polícia Militar recomendou a todas as escolas manter os portões fechados. “Estamos vivendo um terror. Não poderíamos imaginar esse tipo de coisa acontecendo tão perto da gente.”

    *Colaborou Tâmara Freire, repórter da Rádio Nacional do Rio de Janeiro