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  • Animais de estimação em apartamentos exigem cuidados especiais

    Animais de estimação em apartamentos exigem cuidados especiais

    A convivência entre humanos e animais de estimação em ambientes urbanos e compactos se tornou comum nos últimos anos. Com a verticalização das cidades, é cada vez mais frequente a presença de cães e gatos em apartamentos. Na coluna dessa semana vamos falar que, com a nova configuração residencial, exige-se uma série de ajustes na rotina e no ambiente para preservar a saúde física e emocional dos pets.

    Mudança no estilo de vida urbano impõe desafios ao bem-estar de cães e gatos criados em espaços reduzidos

    Animais de estimacao em apartamentos exigem cuidados especiais Freepik 2

    A restrição de espaço, o tempo limitado ao ar livre e a ausência de estímulos naturais são fatores que impactam diretamente o comportamento animal. Segundo Farah de Andrade, médica-veterinária e consultora da rede de farmácias de manipulação veterinária DrogaVET, “a limitação de espaço reduz a possibilidade de expressão de comportamentos naturais dos cães e gatos, o que pode levar a quadros de estresse, ansiedade, agressividade, hiperatividade, lambedura excessiva, miados e latidos persistentes, entre outros problemas comportamentais e de saúde”.

    A rotina estruturada é um dos principais recursos para manter o equilíbrio emocional dos animais que vivem em apartamentos. Cães, por exemplo, necessitam de caminhadas diárias que não se limitem às necessidades fisiológicas. Os passeios devem proporcionar estímulos variados, incluindo o uso do olfato, que tem função essencial no processamento mental dos cães. “Farejar durante o passeio é, para o cachorro, como ler o jornal do dia. Ele capta informações sobre outros animais, território e até o estado emocional dos colegas de espécie. Impedir ou apressar esse momento equivale a negar um estímulo essencial”, afirma Farah.

    Em situações em que o tutor possui uma rotina mais rígida ou o animal apresenta alto nível de energia, opções como creches especializadas, passeadores ou adestradores comportamentais têm ganhado espaço. Essas alternativas combinam atividade física com estímulo cognitivo e socialização, reduzindo comportamentos compulsivos ou destrutivos.

    A realidade dos gatos também demanda atenção. Apesar de considerados mais independentes, os felinos não estão isentos dos efeitos negativos da limitação de espaço. A ausência de estímulos pode provocar apatia, estresse crônico, obesidade e até quadros de agressividade. O enriquecimento ambiental se apresenta como medida preventiva, com uso de prateleiras, brinquedos interativos, esconderijos e acesso seguro a janelas, o que permite ao animal observar o movimento externo e se manter mentalmente ativo.

    Animais de estimação em apartamentos exigem cuidados especiais

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    Além do ambiente, a interação diária com o tutor é fundamental. Atividades simples, como brincadeiras curtas, contribuem para o bem-estar emocional do pet e reforçam o vínculo com o humano. Bolas recheadas com petiscos, brinquedos com texturas variadas e circuitos de obstáculos improvisados são exemplos de estratégias eficazes para manter o animal envolvido e equilibrado.

    O enriquecimento ambiental pode ser dividido em categorias sensorial, social, alimentar, físico e cognitivo. Cada tipo atua de forma distinta, complementando os cuidados com o pet e auxiliando na prevenção de distúrbios comportamentais. A criação de estímulos diversificados favorece a expressão de comportamentos naturais, como escavação, caça simulada, socialização e resolução de problemas.

    Mesmo com essas iniciativas, alguns animais desenvolvem quadros de ansiedade mais intensos. Em especial, cães e gatos resgatados, expostos a mudanças bruscas ou com predisposição genética podem necessitar de apoio terapêutico adicional. Florais e fitoterápicos manipulados individualmente surgem como alternativa para esses casos. Substâncias como valeriana, passiflora, L-triptofano, kawa-kawa e melatonina são utilizadas para promover regulação emocional sem causar sedação excessiva.

    A manipulação farmacêutica permite ainda a adequação das doses ao porte, peso e espécie do animal, além de facilitar a administração com apresentações palatáveis. “Esses compostos atuam de forma suave e segura, promovendo bem-estar sem causar sedação excessiva. E, o mais importante, podem ser manipulados em formas farmacêuticas palatáveis, como biscoitos, molhos, glóbulos e caldas com sabores agradáveis, facilitando a administração e a adesão ao tratamento”, destaca Farah.

    O acompanhamento veterinário é indispensável para avaliar a necessidade de terapias naturais e para equilibrar as estratégias comportamentais e ambientais adotadas. “Cada pet é único. Por isso, a individualização da terapia faz toda a diferença. Com o acompanhamento do médico-veterinário, é possível encontrar a combinação ideal de estímulos ambientais, rotina estruturada e apoio terapêutico para que cães e gatos tenham qualidade de vida mesmo em espaços compactos”, finaliza a veterinária.

  • PF investigará câmeras escondidas em apartamento de deputada federal

    PF investigará câmeras escondidas em apartamento de deputada federal

    A Polícia Federal (PF) investigará a instalação de câmeras escondidas encontradas em um apartamento da deputada federal Dayany Bittencourt (foto) (União-CE), em Brasília. O caso já estava sendo apurado pela Polícia Civil do Distrito Federal, após o equipamento ter sido encontrado escondido em meio a disparadores de água e sensores de fumaça, em 2023.

    A entrada da PF no caso foi por determinação do ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Manoel Carlos de Almeida Neto, após reunir-se com a parlamentar.

    No ofício, Almeida Neto cita “suposta prática dos crimes de violação de domicílio e registro não autorizado de intimidade, cometidos contra a deputada durante o exercício do seu mandato e de sua atividade política”.

    Registros audiovisuais

    As câmeras foram encontradas por assessores da parlamentar em um apartamento alugado por ela na Asa Norte, em agosto do ano passado. Além de quatro câmeras espiãs, havia, no local, microfones, cabos de internet e um aparelho gravador DVR e um modem. De acordo com a PF, foi possível extrair 164.325 registros audiovisuais do aparelho.

    “Ao longo das investigações preliminares, foram produzidos laudos e exames periciais, pessoas foram identificadas, qualificadas e ouvidas em termos de declaração. Decorridos cerca de oito meses, a perícia realizada no gravador DVR atestou que as câmeras estavam em pleno funcionamento, mas não esclareceu se as imagens foram acessadas remotamente. O foco da Polícia Federal será o gravador das imagens encontrado no apartamento”, detalhou a PF.

    Edição: Kleber Sampaio

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