Tag: antibióticos

  • Vacinas também ajudam a conter surgimento de bactérias resistentes

    Vacinas também ajudam a conter surgimento de bactérias resistentes

    A automedicação e a prescrição incorreta de antibióticos estão entre as maiores preocupações das autoridades de saúde, que temem que esses problemas continuem a selecionar cada vez mais bactérias resistentes a esses medicamentos, inviabilizando ou encarecendo tratamentos. Nesse contexto, bloquear a transmissão de bactérias, prevenir as infecções e reduzir o uso de antibióticos está entre as vantagens que as vacinas trouxeram para a saúde pública.

    A diretoria da Sociedade Brasileira de Imunizações Flávia Bravo explica que esse é um papel fundamental de vacinas como a pneumocócica, que previne contra a bactéria Streptococcus pneumoniae.

    Vacinas também ajudam a conter surgimento de bactérias resistentes. Flávia Bravo é diretora da Sociedade Brasileira de Imunizações. Foto: Divulgação/SBIm
    Flávia Bravo destaca papel das vacinas na contenção de bactérias -Divulgação/SBIm

    “A bactéria até consegue invadir, mas o corpo passa a ter o arsenal para atacar antes que ela cause qualquer estrago. Se você não for vacinado, ela vai fazer um estrago, pequeno, médio ou grande. E como você trata? Com antibiótico. Se você começa a tratar inadequadamente, com doses menores ou toma certo e uma bactéria consegue escapar desse antibiótico, estou criando bactérias resistentes. O uso de antibióticos vai treinando e selecionando as bactérias.”

    O resultado disso é que os antibióticos mais usados, chamados de primeira linha, passam a ser menos eficazes, e isso exige que novos medicamentos entrem em ação. “Assim a gente vai depender do desenvolvimento de antibióticos cada vez mais caros, de menor acesso e com mais eventos adversos, para tratar uma bactéria que você poderia nem ter pegado, com a vacinação. Se eu não tiver doença, eu não preciso usar antibiótico, e não vou selecionar cepas resistentes.”

    A prescrição de antibióticos para situações não necessárias, como em viroses, ou sua administração incorreta durante tratamentos sãomotivos de recorrentes alertas de autoridades sanitárias e sociedades médicas. O Ministério da Saúde aponta que alguns dos principais erros relacionados são o uso desses medicamentos sem receita médica, recorrendoa eles em caso de gripe ou garganta inflamada, por exemplo, usando remédios que sobraram de um tratamento anterior, sem passar por avaliação profissional.

    A preocupação com o tema cresceu durante a pandemia de covid-19, quando médicos recorreram aos antibióticos indevidamente de forma frequente para tratar a doença. Quadros específicos da doença, especialmente quando envolvem internações, podem associar a covid-19 à infecção por bactérias, exigindo o uso de antibióticos, mas especialistas identificaram que houve uso excessivo durante a emergência sanitária.

    27/09/2023, Prefeitura disponibilizará doses da vacina Pneumo 23 aos profissionais de saúde da capital. Foto: Ascom SMS
    Prefeitura disponibilizará doses da vacina Pneumo 23 aos profissionais de saúde da capital. Foto: Ascom SMS

    Vacina Pneumocócica 23-valente- Ascom SMS

    A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) chegou a alertar que, em 2019, o número de bactérias resistentes detectadas por laboratórios públicos era pouco maior que mil. Em 2020, no primeiro ano da pandemia, esse número dobrou. E, em 2021, mais que triplicou.

    A Agência Nacional de Vigilância Sanitária chegou a emitir uma nota técnica em 2021 para reforçar que os antibióticos não são indicados no tratamento de rotina da covid-19, já que a doença, é causada por vírus e esses medicamentos atuam apenas contra bactérias. Eles são recomendados apenas para os casos com suspeita de infecção bacteriana associada à infecção viral.

    O uso incorreto, porém, é apenas uma das causas da preocupação com bactérias resistentes. Também estão relacionados a esse problema falhas no controle de infecções em hospitais e clínicas, capacitação insuficiente de alguns profissionais de saúde e excesso de uso de antibióticos em animais destinados à alimentação humana.

    Edição: Juliana Andrade
    — news —

  • Quais os melhores alimentos para parar a diarréia

    Quais os melhores alimentos para parar a diarréia

    Arroz branco, batatas cozidas, um peito de frango cozido para sobremesa, uma maçã assada. Perfeitamente, esse pode ser o menu ideal de uma dieta adstringente para se recuperar após um episódio de diarréia. Aqui estão mais alimentos que vão ajudá-lo.

    Sem dúvida, a diarréia é um distúrbio muito comum (e também desconfortável, ao nos fazer ir ao banheiro com frequência e urgência) que pode ter um grande número de causas.

    • Nosso intestino pode parar de funcionar corretamente devido a uma infecção, alergia, algum tipo de intolerância alimentar ou os efeitos colaterais de um medicamento, como antibióticos.

    A diarreia é considerada várias situações:

    • O aumento no número de vezes que você vai ao banheiro.
    • O número de evacuações.
    • Modificação na textura das fezes, ou seja, passando de uma consistência mais ou menos sólida para uma mais pastosa ou mesmo líquida.

    Veja também: Como fazer soro caseiro?

    Melhores alimentos para parar a diarréia

    Batata

    As batatas são ricas em cálcio, ferro e aumentam a efetividade do sistema imunológico. Isso porque elas têm propriedades que atuam estimulando os componentes celulares e seus reguladores químicos, contribuindo para o equilíbrio intestinal. Podem ser consumidas cozidas, na sopa ou em forma de purê.

    Cenoura

    Rica em pectina – um tipo de fibra solúvel – e em potássio, a cenoura ajuda no combate às inflamações e contribui para o aumento da imunidade. Além de ajudar na restituição de eletrólitos – minerais responsáveis pelo fluxo do líquido no organismo – que são perdidos na diarreia. Sua ingestão pode ser como purê, cozida ou até em sucos.

    Banana

    Com os episódios de diarreia, alguns nutrientes como magnésio e potássio são rapidamente perdidos. E, aqui, a banana é uma excelente aliada para repor esses componentes. Além disso, por ser rica em amidos – substância que pode absorver água do intestino -, essa fruta ajuda a deixar as fezes mais sólidas. Para consumir, a banana pode ser sólida ou amassada.

    Maçã (sem casca)

    A maçã ajuda a amenizar o fluxo intestinal por contar com fibras capazes de regular o intestino. “Limpam” o organismo e aliviam a inflamação causadora da diarreia. Seja a sua ingestão crua ou até cozida, a maçã é uma excelente aliada.

    Importante! A casca da maçã possui propriedades que dificultam a melhora do quadro diarreico, como as fibras insolúveis, por isso, recomenda-se o consumo sem a casca.

    Melancia

    Nessa missão, a melancia é uma boa aliada por ser rica em água e contribuir para a hidratação do organismo, uma vez que a diarreia causa desidratação.

    Carnes brancas

    Devido à baixa quantidade de gordura presente e por ser rica em vitamina B, a carne branca (de preferência frango ou peixe) contribui com o fortalecimento da imunidade. Por ser também uma fonte proteica, esse alimento ajuda na redução da inflamação no intestino. O seu consumo pode ser em pedaços cozidos e cortados ou desfiados.

    Arroz ou caldo de arroz

    O arroz ou seu caldo auxiliam no combate à diarreia devido à ausência de fibras insolúveis, que contribuem para o aumento do quadro diarreico. Além disso, assim como as carnes, o arroz possui vitaminas do complexo B (as quais o organismo humano já não produz de maneira suficiente e, com a diarreia, fica mais deficiente ainda) e ajuda narestauração da flora intestinal.

    Sopa de legumes

    O maior potencial da sopa de legumes está em repor os nutrientes e líquidos que são facilmente perdidos quando se está com diarreia. Em hipótese alguma deve-se utilizar mantimentos industrializados, que mais causariam o efeito contrário, aumentando o quadro diarreico. O melhor é apostar em uma sopa com batata, cenoura, pedacinhos de frangos etc.

    Siga-nos no Facebook Twitter para se manter informado com as notícias de hoje!