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  • Andreza Vitória chega à final no Mundial de bocha paralímpica

    Andreza Vitória chega à final no Mundial de bocha paralímpica

    A pernambucana Andreza Vitória alcançou a final individual do Campeonato Mundial de bocha paralímpica nesta sexta-feira (9) no Parque Olímpico da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).

    A vaga na grande decisão veio após a atleta da classe BC1 (para pessoas que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar) vencer seus jogos desta sexta, contra a tailandesa Satanan Phromsiri, por 5 a 1, e contra a japonesa Yuriko Fujii, por 5 a 0. A final será disputada sábado (10) contra a croata Dora Basic.

    “Estou muito feliz, amanhã vamos lutar para tocar o hino nacional no pódio”, afirmou a atleta diagnosticada com a Síndrome de Leigh, doença neurodegenerativa hereditária rara que afeta o sistema nervoso central.

    Também no sábado e na classe BC1, José Carlos Chagas joga por uma medalha de bronze. Já na classe BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar calha e ter auxílio de outra pessoa), o mineiro Mateus Carvalho disputa uma semifinal.

    Com estes resultados o Brasil já supera a campanha feita na última edição de Mundial da modalidade, em Liverpool (Inglaterra), em 2018. Naquela ocasião, os brasileiros não medalharam e conquistaram apenas um quarto lugar, na disputa por equipes BC1/BC2.

    O Mundial de bocha (principal competição da modalidade do ciclo Paris 2024, que reúne mais de 170 atletas de 40 países) será disputado até a próxima terça-feira (13). O evento é transmitido, ao vivo, pelo canal da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) no YouTube.

    Edição: Fábio Lisboa

  • Brasileiros avançam para fase eliminatória do Mundial de Bocha

    Brasileiros avançam para fase eliminatória do Mundial de Bocha

    Josi Silva foi o destaque brasileiro nesta quinta-feira (8) no Campeonato Mundial de bocha paralímpica. A paulista superou Wai Yan Vivian Lau, de Hong Kong, por 3 a 1 para se classificar para as quartas de final da classe BC4 feminina (para atletas com deficiências severas, mas que não recebem assistência) no Parque Olímpico da Barra da Tijuca (zona oeste do Rio de Janeiro).

    “Estou muito feliz, no meu primeiro Mundial e já estar entre as oito melhores do mundo na minha classe. Ainda bem que minha estratégia deu certo na partida, que foi muito difícil. Agora é continuar com meu trabalho”, declarou a atleta de 29 anos, que nasceu com artrogripose (doença que compromete o movimento das pernas).

    A próxima adversária da brasileira, que ocupa a 14ª do ranking mundial, na principal competição da modalidade do ciclo Paris 2024, que reúne mais de 170 atletas de 40 países, será Yuen Cheung, também de Hong Kon, e atual quinta melhor do mundo na BC4.

    Outros dois brasileiros chegaram às quartas, mas na classe BC1 (que podem jogar com as mãos ou com os pés e que contam com a opção de um auxiliar). A pernambucana Andreza Vitória, que bateu a polonesa Kinga Koza por 6 a 3 em seu terceiro jogo pela fase de grupos nesta quinta, pega agora a tailandesa Satanan Phromsiri. Já José Carlos Chagas venceu o croata Martin Frkovic no tie-break.

    Atual líder do ranking mundial da BC2 (para atletas que não recebem assistência), o cearense Maciel Santos venceu o holandês Bernd Meints por 9 a 1 e agora enfrenta o tcheco Josef Zabka nas oitavas de final.

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    Na BC3 (para atletas com deficiências severas e que podem usar o instrumento auxiliar calha e ter auxílio de outra pessoa), o mineiro Mateus Carvalho bateu o espanhol Wafid Boucherit por 6 a 3 e avançou sem sustos para as oitavas, onde medirá forças com peruano Dean Acosta.

    “Foi uma primeira fase boa, eu e meu pai [calheiro] fizemos um bom trabalho. Agora começam as oitavas e isso eleva bastante o nível de competitividade da competição. São adversários mais complicados de jogar”, analisou Mateus.

    Já na BC3 feminina, a paulista Evelyn Oliveira derrotou a portuguesa Ana Costa por 4 a 1 e a pernambucana Evani Calado superou a alemã Nancy Pose por 9 a 0.

    Agora Evelyn enfrenta a tailandesa Ladamanee Kla-Han, enquanto Evani medirá forças com a polonesa Edyta Owczarz. Se as brasileiras vencerem seus confrontos, ambas farão o duelo das quartas de final.

    A pernambucana Letícia Karoline (BC1), o potiguar Iuri Tauan (BC2), o paulista Antônio Leme (BC3) e o paranaense Eliseu dos Santos (BC4) não conseguiram a classificação para a próxima etapa do Mundial e foram eliminados na fase de grupos.

    O Mundial de bocha será disputado até a próxima terça-feira (13). O evento é transmitido, ao vivo, pelo canal da Associação Nacional de Desportos para Deficientes (Ande) no YouTube.

  • Mascote do Mundial de bocha homenageia multicampeão paralímpico

    Mascote do Mundial de bocha homenageia multicampeão paralímpico

    O Campeonato Mundial de bocha paralímpica deste ano, que será realizado no Parque Olímpico da Barra, zona oeste do Rio de Janeiro, entre 5 e 13 de dezembro, terá uma homenagem a Dirceu José Pinto, dono de quatro ouros em Paralimpíadas, que faleceu em 2020. A Associação Nacional do Desporto para Deficientes (Ande), responsável pela modalidade no país e organizadora do evento, divulgou nesta quinta-feira (1) que o nome da mascote da competição, escolhida em votação popular, será Dibo, uma contração das palavras Dirceu e bocha.

    “Uma homenagem mais que merecida ao melhor atleta de bocha paralímpica de todos os tempos. Agradeço por ter tido a oportunidade e a honra de conviver com ele, principalmente em momentos que marcaram a história da bocha no Brasil e no mundo. Dirceu foi um exemplo para todos nós, não só pelas conquistas, mas pela pessoa que sempre foi”, disse o presidente da Ande, Artur Cruz, em nota à imprensa.

    Dirceu faleceu aos 39 anos por problemas cardíacos. Ele conheceu a bocha em 2002, após descobrir uma doença degenerativa muscular, uma distrofia na região da cintura (coxa e abdome). Seis anos depois, nos Jogos de Pequim (China), o paulista conquistou duas medalhas de ouro, no individual e na disputa de pares (ao lado de Eliseu dos Santos) da classe BC4 (cadeirantes com lesão de origem não cerebral e que não recebem assistência nas partidas), repetindo a dose na Paralimpíada de Londres (Reino Unido), em 2012. Na Rio 2016, veio a prata nas duplas mistas, com Eliseu e Marcelo dos Santos.

    A mascote foi desenvolvida pelo designer e ilustrador Thulio Toledo, que também é jogador de bocha, na classe BC3 (atletas que utilizam o apoio de uma calha para direcionar os arremessos e podem usar instrumentos para empurrar a esfera). Segundo ele, a personagem foi inspirada nas belezas naturais do Rio de Janeiro e da própria modalidade.

    “Quem pensa no Rio, lembra de praia, Cristo, Pão de Açúcar, Selarón. Porém, essa beleza toda do Rio é sempre engrandecida pela luz do sol e pelo calor do seu povo. Assim como o sol, a nossa bola alvo [a bola branca, de nome Jack, perto da qual os jogadores devem arremessar as esferas vermelhas e azuis] é a responsável pelo objetivo da nossa modalidade. Tudo gira em torno dela e todo o jogo é baseado nela, como é no sistema solar”, descreveu Thulio, também no comunicado da Ande.

    “No corpo [da mascote], existem alguns elementos também que ligam à identidade visual da competição, que têm a ver com a escadaria do Selarón. Nos braços, um bracelete dourado, no formato do calçadão [das praias]”. Já a escolha das cores vermelha e azul tem relação direta com as bolas, os elementos do jogo como o tie-break [desempate] e a linha em V, da demarcação da quadra”, completou o jogador-artista.

    Segundo a Ande, mais de 40 países e 170 atletas já confirmaram presença no Mundial. A competição será disputada com a divisão de jogadores por gênero, principal novidade do ciclo da Paralimpíada de Paris (França). Até os Jogos de Tóquio (Japão), no ano passado, a separação se dava somente por classe, com homens e mulheres competindo juntos.

    Edição: Fábio Lisboa