Tag: analfabetismo

  • Alfabetização transforma vidas em comunidade rural de Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso

    Alfabetização transforma vidas em comunidade rural de Santo Antônio de Leverger, Mato Grosso

    Moradores da comunidade Agrovila das Palmeiras, localizada na região da Serra de São Vicente, em Santo Antônio do Leverger, Mato Grosso, têm acesso à alfabetização por meio do Programa Mais MT Muxirum.

    O programa, desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT), oferece 270 horas de aulas ao longo de seis meses, com o objetivo de atender jovens e adultos que abandonaram os estudos na infância. A carga horária mínima semanal é de 10 horas.

    Impacto na vida dos moradores

    Para muitos alunos, como Lourdes da Silva, de 60 anos, a iniciativa representa a primeira oportunidade de contato com a escola. “Agora sei escrever meu nome e contar dinheiro”, comentou emocionada.

    Alfabetizadoras locais, como Rosineide da Silva, destacam a gratificação de ensinar. Segundo ela, o trabalho também fortalece os laços na comunidade, pois muitos já se conhecem e se apoiam mutuamente.

    Idosos de comunidade rural de Santo Antônio de Leverger aprendem a ler e escrever com o Programa Mais MT Muxirum

    Mais MT Muxirum em números

    Desde 2021, o programa alfabetizou 70 mil pessoas em Mato Grosso. Em 2024, mais de 18 mil participantes foram inscritos em 142 municípios. Para 2025, o investimento total é de R$ 16,4 milhões.

    Com histórias como a de Joana Darker de Assis, de 61 anos, que agora sonha em concluir o ensino médio, o Mais MT Muxirum reafirma seu impacto positivo na vida das pessoas e na redução do analfabetismo no estado.

    Fonte: Seduc-MT

  • Seduc investe R$ 16 milhões em 2025 para reduzir analfabetismo em Mato Grosso

    Seduc investe R$ 16 milhões em 2025 para reduzir analfabetismo em Mato Grosso

    A Secretaria de Estado de Educação de Mato Grosso (Seduc-MT) destina R$ 16,4 milhões ao Projeto MT Mais Muxirum em 2025, buscando alfabetizar 17.436 pessoas acima de 15 anos. Desde 2021, mais de 70 mil pessoas já foram alfabetizadas pelo programa.

    Redução do analfabetismo e metas ambiciosas

    Com uma redução gradual nos inscritos, a meta da Seduc é alcançar menos de 4% de analfabetismo no Estado até o final de 2025, um patamar alinhado com as recomendações da Unesco. A iniciativa está vinculada à Meta 9 do Plano Estadual de Educação, formalizada pela Lei Nº 11.422.

    Além disso, um investimento adicional de R$ 2 milhões em 2024 permitiu reajustes salariais para alfabetizadores e coordenadores, beneficiando diretamente 1.500 professores e 150 coordenadores. Os alfabetizadores passaram a receber R$ 1.000, enquanto os coordenadores recebem R$ 1.300.

    Impacto social e continuidade do programa

    O secretário de Educação, Alan Porto, enfatiza a importância de valorizar os alfabetizadores e promover uma educação inclusiva. As aulas, realizadas em centros comunitários, igrejas e escolas, contam com turmas reduzidas e carga horária de 384 horas anuais.

    Com a expansão planejada para 2025, espera-se fortalecer a autonomia e o desenvolvimento social em Mato Grosso, consolidando a educação como um pilar para o futuro.

    As ações do programa também integram o Plano EducAção 10 Anos, que busca posicionar a rede estadual de ensino entre as melhores do Brasil até 2032.

  • Mato Grosso lidera índice de analfabetismo no Centro-Oeste

    Mato Grosso lidera índice de analfabetismo no Centro-Oeste

    A taxa de analfabetismo em Mato Grosso, entre pessoas com 15 anos ou mais, registrou queda de 4,9% em 2022 para 4,5% em 2023. Apesar disso, o estado ainda possui o maior índice de analfabetismo na região Centro-Oeste. Em Cuiabá, a capital, 3,7% da população nessa faixa etária não consegue ler ou escrever um bilhete simples.

    Os dados são da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais (SIS) – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2024”, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento analisa aspectos das condições de vida no Brasil e aponta que, nacionalmente, 5,4% da população com mais de 15 anos são analfabetos.

    No Centro-Oeste, Mato Grosso do Sul apresenta taxa de 3,9%, Goiás de 4%, e o Distrito Federal, com o índice mais baixo da região, 1,7%.

    Desafios históricos e reflexos educacionais

    Especialistas apontam que o analfabetismo entre os mais velhos é reflexo de uma dívida histórica com a educação brasileira. Durante décadas, faltaram investimentos suficientes na escolarização básica e em programas de alfabetização para jovens e adultos que não tiveram acesso ao ensino em idade apropriada.

    Em Mato Grosso, 6,8% das pessoas acima de 25 anos se consideram sem instrução, enquanto 25,8% possuem ensino fundamental incompleto e apenas 19,2% completaram o ensino superior.

    Além disso, o cenário nacional reflete a desistência escolar: cerca de 9,1 milhões de jovens de 15 a 29 anos abandonaram a escola sem concluir a educação básica em 2023. Entre os principais motivos, destacam-se gravidez, responsabilidades domésticas, necessidade de trabalhar e falta de interesse, sendo o trabalho o maior fator entre os homens, com 53,5% das justificativas.

    Iniciativas para reverter o cenário em Mato Grosso

    Para enfrentar o desafio do analfabetismo, o Governo de Mato Grosso criou o programa “MT Mais Muxirum”, voltado para a alfabetização de jovens e adultos. Parte das políticas educacionais do Plano EducAção 10 Anos, o projeto busca posicionar a rede estadual de ensino entre as melhores do país até 2032.

    Desde seu início em 2021, o programa já alfabetizou 52 mil pessoas. Somente em 2023, a meta é alcançar mais 18 mil indivíduos acima de 15 anos que deixaram de estudar. A previsão é de que, até 2025, o programa receba um total de R$ 47,7 milhões em investimentos, reforçando o compromisso estadual com a educação.

    Embora os desafios sejam grandes, iniciativas como esta representam passos importantes na redução do analfabetismo e na ampliação das oportunidades para a população mato-grossense.

  • População indígena em Mato Grosso cresce e apresenta avanços na educação

    População indígena em Mato Grosso cresce e apresenta avanços na educação

    Um novo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgado nesta sexta-feira (4), revela um aumento significativo na população indígena de Mato Grosso nos últimos 12 anos. O número de indígenas no estado passou de 51.696 em 2010 para 58.356 em 2022, representando 1,5% do total da população mato-grossense.

    O estudo detalha que a maioria dos indígenas, cerca de 42.525 pessoas, vive em terras indígenas, enquanto outros 9.171 residem em áreas urbanas ou outras regiões do estado. A pesquisa também analisou as condições de moradia, revelando que 74% dos indígenas vivem em casas, 22% em malocas e uma pequena parcela em apartamentos ou casas de vila.

    Em relação à educação, os dados são promissores. Embora a taxa de analfabetismo entre os indígenas de Mato Grosso seja de 16%, ligeiramente superior à média nacional, o estado apresenta um índice de alfabetização de 83%, ocupando a 18ª posição no ranking nacional. A pesquisa destaca o alto índice de alfabetização entre os jovens de 20 a 24 anos, que chega a 93,73%.

    O crescimento da população indígena em Mato Grosso e os avanços na educação são indicadores importantes, mas ainda há desafios a serem superados, como a desigualdade de acesso a serviços básicos e a garantia dos direitos territoriais.

  • Município mais alfabetizado do estado, Lucas do Rio Verde abre inscrições e busca erradicar analfabetismo

    Município mais alfabetizado do estado, Lucas do Rio Verde abre inscrições e busca erradicar analfabetismo

    A Secretaria de Educação de Lucas do Rio Verde informa que as inscrições para o programa educacional de alfabetização de adultos “Mais MT Muxirum”, do Governo do Estado, estão abertas. O público-alvo são pessoas com mais de 15 anos. A matrícula é gratuita e deve ser feita nas escolas onde serão aplicadas as aulas.

    No último mês (maio), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados que apontaram Lucas do Rio Verde com o maior índice de alfabetização no estado de Mato Grosso. Com uma taxa de 97,16% da população, com 15 ou mais anos de idade sabendo ler e escrever, o município ficou acima da média do estado (94,19%) e do país (93%). Os dados são do Censo Demográfico 2022.

    De acordo com a secretária de Educação, Elaine Lovatel, o programa é para alfabetizar pessoas com mais de 15 anos, que não tiveram acesso à escola no tempo certo. “O nosso foco é alfabetizar, sempre. As aulas acontecem com metodologias específicas para facilitar a alfabetização. Ficamos sempre muito felizes em fazer parte da vida de tantas pessoas e, mais do que isso, levar educação para todos”, enfatizou a secretária.

    Desde o início do Muxirum, em 2021, cerca de 100 pessoas já aprenderam a ler e escrever através do programa em Lucas do Rio Verde.

    Para matrícula, podem entrar diretamente em contato com as professoras ou comparecer nas escolas citadas a partir desta segunda-feira (10), em posse dos documentos pessoais.

    Locais de matrículas e período de aulas:

    Escola Municipal Cecília Meireles: Aulas no período noturno

    Local: rua Amazonita, nº 1026 – bairro Tessele Junior,

    contato para Matrícula: professora Luíza – (65) 99976-2323

    Escola Municipal Érico Veríssimo – Aulas no período Vespertino

    Local: avenida Espírito Santo, 484 – Rio Verde

    Contato para matrícula: professora Neide – (65) 99901-4118

    Escola Estadual Marcio Shabatt – Noturno

    Local: avenida Sergipe, 1120-S – bairro Veneza

    Contato para matrícula: professora Alexsandra – (65) 99813-2080

    Escola Estadual Manoel de Barros – Noturno

    Local: rua Nelson Rigo – bairro Parque das Américas

    Contato para matrícula: professora Márcia – (65) 99616-4586

    As aulas iniciam na data de hoje (10) e terminam no dia 13 de dezembro de 2024. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (065) 99233-1890 (Laura Lange).

    Programa Mais MT Muxirum

    Palavra do tupi guarani que significa “mutirão”, “fazer juntos” – possui o desafio de erradicar o analfabetismo entre pessoas com mais de 15 anos, no Estado de Mato Grosso, nos próximos cinco anos, que não tiveram acesso à escola no tempo certo, tendo agora a chance de aprender a ler e escrever.

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  • Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE

    Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE

    No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. Em números proporcionais, o resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.

    Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Alfabetização: Resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o IBGE, observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais ao longo dos censos. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada, 44,%. Após quatro décadas, em 1980, houve aumento de 30,5 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 74,5% e, finalmente, depois de mais quatro décadas, o país atingiu um percentual 93% em 2022, representando um aumento de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980.

    “A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 1990, e a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas”, diz o instituto.

    De acordo com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%).

    “A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas, conforme almejado pela Constituição de 1988”, diz o órgão.

    Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais era de 4,3% e de 2,5%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas na mesma faixa etária era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

    Segundo o IBGE, as mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive melhores taxa de alfabetização. Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 93,5%, enquanto o de homens era 92,5%.

    Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade. A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas aos homens dos mesmos grupos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 79,9%, comparado ao de 79,6% das mulheres.

    A Região Sul se mantém com a maior taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais. O percentual passou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, com maiores taxas, vem a Região Sudeste, que variou de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

    O percentual de alfabetização da Região Nordeste permaneceu o mais baixo do país, embora tenha apresentado aumento – de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização foi encontrada na Região Norte tanto em 2010 quanto em 2022. Nessa região, o indicador seguiu a tendência nacional, passando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, situando-se um pouco mais próximo do índice da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

    População indígena

    A taxa de alfabetização das pessoas indígenas – incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento –, foi 85% em 2022. De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo dessa população caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%).

    A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 anos (de 22,9% para 12%), 55 a 64 anos (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%).

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  • Cai percentual de estudantes que frequentam série escolar adequada

    Cai percentual de estudantes que frequentam série escolar adequada

    As parcelas de estudantes que frequentam um ciclo escolar adequado para a sua faixa etária ficaram, em 2023, abaixo das metas estabelecidas pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A constatação é de dados de um volume especial sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgado nesta sexta-feira (22), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    O percentual de estudantes com 6 a 14 anos frequentando o ensino fundamental, etapa escolar adequada para esta faixa etária, ficou em 94,6% em 2023, uma queda em relação a 2022 (95,2%). É também a menor taxa desde o início da série histórica da Pnad Contínua, em 2016.

    Apesar de a meta de 95% ter como horizonte o ano de 2024, e, portanto, ainda ser possível voltar a superá-la no prazo previsto, essa foi a primeira vez que o indicador ficou abaixo deste índice, desde 2016.

    O total de crianças nessa faixa etária frequentando a escola em 2023 era maior do que os 94,6%, chegando a 99,4%, o que mostra que algumas crianças com mais de 5 anos ainda estariam na pré-escola.

    Segundo o IBGE, em 2022 já havia tido uma queda da taxa de crianças de 6 a 14 anos no ensino fundamental em relação a 2019 (97,1%).

    “O que a gente percebeu, lá em 2022, com a pandemia, em 2020 e 2021, houve uma dificuldade de as crianças menores consolidarem um momento tão importante que é a alfabetização. Para os adolescentes, a adaptação ao ensino remoto foi mais fácil do que para uma criança de 6 anos se inserir num processo de alfabetização por meio de plataformas digitais. Então essa criança que deveria estar ingressando no ensino fundamental continuava represada na pré-escola”, explica a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

    Ensino médio

    A frequência escolar de jovens de 15 a 17 anos ficou em 91,9% em 2023, abaixo dos 92,2% de 2022. Essa foi a primeira queda desde 2016. O percentual desses jovens no ensino médio, etapa escolar adequada para esta faixa etária, despenca para 75%, também abaixo do índice de 2022 (75,2%).

    Os dois indicadores estão abaixo dos índices de meta do PNE: universalização da escolarização dessa faixa etária até 2016 e 85% dos jovens nessa faixa etária cursando o ensino médio até 2024.

    A Região Norte tinha a menor taxa de jovens nessa faixa etária frequentando o ensino médio (65,9%) e também apresentou a queda mais significativa em relação a 2022, quando a taxa era de 68,1%.

    No grupo etário de 14 a 29 anos, 9 milhões não completaram o ensino médio, seja por terem abandonado a escola antes do término desta etapa ou por nunca a terem frequentado.

    Entre os principais motivos para abandono da escola antes da conclusão do ensino médio, destacavam-se, entre os homens: necessidade de trabalhar (53,4%) e não ter interesse de estudar (25,5%). Para as mulheres, os principais motivos são a necessidade de trabalhar (25,5%), gravidez (23,1%) e não ter interesse em estudar (20,7%).

    A necessidade de realizar afazeres domésticos ou cuidar de pessoas é motivo para 9,5% dos abandonos escolares das mulheres, enquanto que, para os homens, o percentual era de apenas 0,8%.

    Educação infantil

    Outro indicador que ainda não atingiu a meta do PNE é o percentual de crianças com até 5 anos frequentando a creche ou pré-escola. De acordo com a Pnad Contínua, o percentual com 4 e 5 anos frequentando a educação infantil subiu de 91,5% de 2022 para 92,9% em 2023, ainda sem atingir, portanto, a meta de universalização prevista pela PNE. “Ainda estaríamos 7 pontos percentuais distantes da meta, embora venham ocorrendo avanços”, destaca Adriana.

    Já o percentual de crianças com até 3 anos frequentando a educação infantil subiu de 36% em 2022 para 38,7% em 2023, mas continuava bem abaixo da meta de 50%, que precisa ser atingida até 2024.

    Separando-se por faixa etária, de 2 a 3 anos, o percentual de frequência ficou acima da meta (58,5%). Para os menores de 2 anos, no entanto, a parcela era de apenas 16,3%.

    O principal motivo para que crianças até 3 anos de idade não frequentassem a creche, em 2023, era por opção dos pais ou responsáveis (60,7%). No entanto, em 33,5% dos casos, o motivo era a inexistência de creche, falta de vagas ou não aceitação da criança por conta da idade.

    Para as crianças com 2 a 3 anos, a falta de creches ou vagas tinha um papel ainda mais importante para mantê-las fora da educação infantil, com 38,5% dos entrevistados apontando essa questão.

    Analfabetismo

    Já a taxa de analfabetismo atingiu, em 2023, o menor valor da série iniciada em 2016: 5,4%, abaixo dos 5,7% de 2022. Nesse caso, a meta da PNE (taxa abaixo de 6,5% a partir de 2015) já havia sido atingida em 2017.

    A taxa era maior no Nordeste: 11,2%, mais que o dobro da média nacional. Em 2022, o percentual havia ficado em 11,7%.

    Em números absolutos, eram 9,3 milhões de analfabetos no país, em 2023. A grande parte, no entanto, estava entre aqueles com 60 anos ou mais de idade. Para esta faixa etária, a taxa de analfabetismo chegava a 15,4%.

    Escolaridade

    A média de anos de estudo do brasileiro com 25 anos ou mais ficou em 9,9 anos, em 2023, a mesma de 2022, mas acima da de 2019 (9,6 anos). Aqueles que concluíram pelo menos o ensino médio chegavam a 54,5% da população, acima dos 53,2% de 2022 e dos 50% de 2019.

    A parcela dos brasileiros com 25 anos ou mais com ensino superior completo somavam 19,7%, taxa superior aos 19,2% de 2022 e dos 17,5% de 2019. Já aqueles sem instrução eram 6% da população, o mesmo percentual desde 2019.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Brancos estudam em média 10,8 anos; negros, 9,2 anos

    Brancos estudam em média 10,8 anos; negros, 9,2 anos

    Os negros brasileiros têm menos anos de estudo, maiores taxas de analfabetismo e menor acesso ao ensino superior. Dados de uma publicação especial sobre educação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, divulgada nesta sexta-feira (22), mostram que a desigualdade racial persiste no cenário educacional do país.

    Entre os dados que mostram as diferenças raciais destaca-se a média de anos de estudo. Enquanto os brancos tinham, em média, 10,8 anos em 2023, os negros tinham 9,2 anos, ou seja, 1,6 ano a menos. Houve uma pequena queda nessa diferença desde 2016, quando era de 2 anos.

    A partir dos dados da Pnad Contínua, é possível observar que essa desigualdade começa no ensino médio. Enquanto, no ensino fundamental, o percentual de negros no ciclo escolar adequado à sua faixa etária (6 a 14 anos) era superior (94,7%) ao de brancos (94,5%), no nível médio a situação se invertia.

    A parcela de negros de 15 a 17 anos que estudavam ou já tinham concluído o ensino médio, ciclo adequado para essa faixa etária, era de 71,5%, bem abaixo dos 80,5% atingidos pela população branca.

    “O abandono escolar começa a ficar muito mais forte a partir dos 15 anos, que é quando esse adolescente muitas vezes para de estudar, muito em função do trabalho”, ressalta a pesquisadora do IBGE Adriana Beringuy.

    Apenas 48,3% dos negros com mais de 25 anos haviam concluído o ensino médio em 2023. Para os brancos, o percentual era de 61,8%.

    A situação de desigualdade se acentua no acesso ao ensino superior. A taxa de negros de 18 a 24 anos que cursavam uma graduação ou já tinham concluído a faculdade era de 19,3%. Já os brancos eram 36%. O atraso escolar atingia 7% dos brancos na faixa de 18 a 24 anos, enquanto que 10,1% dos negros sofriam com esse problema.

    Segundo o IBGE, 70,6% dos negros com 18 a 24 anos deixaram os estudos sem concluir o ensino superior. Para os brancos, a taxa era de 57%.

    Outro dado que mostra a permanência na desigualdade racial na educação brasileira é a taxa de analfabetismo. Os negros tinham uma taxa de 7,1% em 2023, mais do que o dobro observado na população branca (3,2%). Analisando-se a taxa para pessoas com mais de 60 anos, a diferença é ainda maior: 22,7% para os negros e 8,6% para os brancos.

    Edição: Juliana Andrade

    — news —

  • Analfabetismo em Mato Grosso: um problema persistente

    Analfabetismo em Mato Grosso: um problema persistente

    O analfabetismo é um problema social grave que afeta milhões de pessoas no mundo todo. No Brasil, a taxa de analfabetismo vem caindo nos últimos anos, mas ainda é elevada. Em Mato Grosso, por exemplo, 134 mil habitantes com 15 anos ou mais são analfabetos, o que corresponde a 4,9% da população nessa faixa etária.

    Esses dados, divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, mostram que Mato Grosso caminha a passos lentos para solucionar o problema do analfabetismo. A meta do Plano Nacional de Educação (PNE) é zerar a taxa de analfabetismo até 2024, mas o Estado ainda está muito longe disso.

    Causa e consequências do analfabetismo

    O analfabetismo tem causas diversas, que incluem fatores sociais, econômicos e culturais. Entre as principais causas, destacam-se:

    • Pobreza: as pessoas que vivem em situação de pobreza têm menos acesso à educação.
    • Discriminação: as pessoas de grupos sociais marginalizados, como povos indígenas e quilombolas, têm mais dificuldade de acesso à educação.
    • Desinteresse: algumas pessoas não têm interesse em aprender a ler e escrever.

    O analfabetismo tem consequências negativas para o indivíduo, para a sociedade e para o país. Para o indivíduo, o analfabetismo pode dificultar a obtenção de emprego, a participação na vida social e a realização pessoal. Para a sociedade, o analfabetismo pode levar à exclusão social, à pobreza e ao crime. Para o país, o analfabetismo pode prejudicar o desenvolvimento econômico e social.

    Políticas públicas para o combate ao analfabetismo

    O governo brasileiro tem implementado diversas políticas públicas para o combate ao analfabetismo, como:

    • Programa Brasil Alfabetizado: programa que oferece cursos de alfabetização para adultos.
    • Programa Nacional de Integração da Educação Profissional com a Educação Básica na Modalidade de Educação de Jovens e Adultos (PROEJA): programa que oferece cursos de alfabetização e de educação profissional para jovens e adultos.
    • Educação de Jovens e Adultos (EJA): modalidade de ensino destinada a pessoas que não tiveram acesso à educação na idade apropriada.

    Apesar desses esforços, ainda há muito a ser feito para combater o analfabetismo em Mato Grosso e no Brasil.

    Para que o Estado de Mato Grosso possa alcançar a meta de zerar a taxa de analfabetismo até 2024, é necessário fortalecer as políticas públicas existentes e implementar novas ações, como:

    • Ampliar o acesso à educação infantil: a educação infantil é fundamental para o desenvolvimento cognitivo e social das crianças e para a prevenção do analfabetismo.
    • Promover a alfabetização de pais e responsáveis: pais e responsáveis alfabetizados podem ajudar seus filhos a aprender a ler e escrever.
    • Combater a discriminação: é importante garantir o acesso à educação para todas as pessoas, independentemente de sua origem social ou cultural.

    O combate ao analfabetismo é um desafio que exige a ação conjunta do governo, da sociedade civil e da comunidade internacional. Com o esforço de todos, é possível construir uma sociedade mais justa e inclusiva, em que todos tenham acesso à educação e às oportunidades de desenvolvimento.

    O analfabetismo é um problema sério que afeta milhões de pessoas no mundo todo. Em Mato Grosso, o problema ainda é persistente, apesar da queda na taxa de analfabetismo nos últimos anos.

    Para que o Estado possa alcançar a meta de zerar a taxa de analfabetismo até 2024, é necessário fortalecer as políticas públicas existentes e implementar novas ações.

    Ações que o Governo de Mato Grosso vem fazendo

    O Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), instituiu o programa EducAção – 10 anos, com o objetivo de garantir a melhoria dos índices educacionais na próxima década. A meta é que Mato Grosso esteja entre as 10 melhores Educações do país nos próximos anos.

    De acordo com o governador Mauro Mendes, o programa foi elaborado de forma a contemplar as melhores práticas educacionais existentes no país, parte delas inspirada em ações que deram certo em estados considerados referência em Educação, adaptando-as para a realidade de Mato Grosso.

    Com trabalho sério, já conseguimos avançar no ranking do Ideb, mas podemos muito mais. O Estado está fazendo investimentos recordes na Educação, tanto na Infraestrutura quanto na área pedagógica, e esse programa vai fazer com que todo esse trabalho renda os melhores resultados para o fim do analfabetismo e para a melhoria do aprendizado dos nossos alunos”, destacou o governador Mauro Mendes.

    O programa prevê o monitoramento do desenvolvimento da educação por meio de indicadores oficiais, como o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e as taxas de alfabetismo e de abandono.

    O planejamento prevê que até 2026 Mato Grosso alcance o 10º lugar no ranking da educação aferido pelo Ideb, tanto dos níveis de ensino fundamental quanto do ensino médio. Até 2032, o plano é chegar ao 5º lugar em todos os rankings. Atualmente, o Estado ocupa a 19ª posição, no caso do ensino médio, e a 15ª posição em relação ao ensino fundamental.

    Confira: Governo de Mato Grosso investe R$ 14,6 milhões para erradicar o analfabetismo

    Manoel Silva
    Manoel Silva
  • Analfabetismo emocional: Neurocientista explica o que causa o problema

    Analfabetismo emocional: Neurocientista explica o que causa o problema

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    Analfabetismo emocional é o nome dado à dificuldade em compreender emoções, tanto suas próprias como de terceiros, e de ter empatia, o que pode causar uma série de problemas no seu dia a dia e na sua convivência com os outros, como falta de sensibilidade, facilidade para expressar reações exacerbadas diante de situações complicadas e tendência para se tornar pessoas controladoras.

    De acordo com o Pós PhD em neurociências, Dr. Fabiano de Abreu Agrela, existem diversas razões que podem causar essa condição, mas aponta como principal propulsor do problema a insegurança.

    “Essa desregulação pode ter relação com a insegurança, pessoas que são muito defensivas, com baixa autoestima, devido a situações na infância, como por exemplo, bullying sofrido, pais separados, pois tudo o que acontece na infância não fica lá, nos acompanha pelo resto da vida. Assim como tendência genética de pais com problemas derivados da ansiedade, como algum tipo de transtorno, por exemplo.”.

    “Isso tem relação com problemas de ansiedade, é o linear, desregulado, que está acima em sua intensidade, desregulando o comportamento homeostático necessário do cérebro, é um alarme sempre acionado de maneira equivocada. São pessoas com transtornos instalados ou com probabilidades de desenvolvê-los, comportamento  que, com o passar do tempo, acaba se tornando uma reação instintiva que atua na parte primitiva do cérebro.” Explica.

    Dr. Fabiano de Abreu alerta também para a influência do estilo de vida no desenvolvimento do analfabetismo emocional, indicando as principais formas para reverter a situação.

    “Para controlar a situação é preciso ter autocuidado, dormir oito horas por dia, ter uma alimentação balanceada, praticar exercícios físicos, reduzir o uso de celulares, ler, aprender e jogos de lógica, mas além disso também é necessário olhar para si e desenvolver importantes habilidades como o autoconhecimento e autoestima”. Indica.