Tag: alimentos

  • Cesta básica na capital de Mato Grosso registra queda e alivia o bolso dos consumidores

    Cesta básica na capital de Mato Grosso registra queda e alivia o bolso dos consumidores

    Uma notícia que certamente agradará os consumidores cuiabanos: a cesta básica da capital de Mato Grosso registrou, pela oitava semana consecutiva, uma queda em seu valor.

    De acordo com o Boletim Semanal da Cesta Básica, apurado pelo Instituto de Pesquisa e Análise da Fecomércio Mato Grosso (IPF-MT), o custo do mantimento básico atingiu o patamar mais baixo de 2024, chegando a R$ 733,06 na segunda semana de agosto.

    A redução de 2,75% em relação ao mesmo período do ano passado é resultado, principalmente, da queda nos preços do tomate e da batata.

    As temperaturas mais elevadas favoreceram a produção desses alimentos, aumentando a oferta e consequentemente reduzindo os preços. O tomate, por exemplo, registrou uma queda de 48,73% na comparação anual, atingindo o menor valor histórico da série.

    Tomate e batata lideram a queda dos preços na capital de Mato Grosso

    Essas bolhas continuam a aumentar e tomar a forma de um tomate

    O tomate, que é um dos itens mais voláteis da cesta básica, viu seu preço médio cair para 4,24 reais por quilo, o menor valor já registrado desde o início da coleta de dados pelo IPF-MT. A batata também apresentou uma redução significativa de 6,39%, com o preço médio chegando a R$ 7,33 por quilo.

    Outros produtos e perspectivas

    Apesar da queda geral dos preços, alguns itens como a banana registraram um pequeno aumento de 0,89%, chegando a R$ 9,81 por quilo. Essa variação pode estar relacionada à baixa oferta da fruta no mercado.

    Para José Wenceslau de Souza Júnior, presidente da Fecomércio-MT, a redução da cesta básica é um sinal positivo para a economia da capital. “A queda de 2,75% na comparação anual indica uma tendência de consumo mais aquecida por parte das famílias cuiabanas”, afirma.

  • Efeitos das mudanças climáticas podem agravar fome, revela estudo

    Efeitos das mudanças climáticas podem agravar fome, revela estudo

    O último relatório O Estado da Segurança Alimentar e da Nutrição no Mundo, elaborado por cinco agências especializadas das Nações Unidas, apontou que, em 2023, 2,33 bilhões de pessoas enfrentaram insegurança alimentar moderada ou grave e que 733 milhões passaram fome no mundo.

    O estudo sinaliza que a insegurança alimentar e a má nutrição estão piorando devido a uma combinação de fatores, que incluem a inflação dos preços dos alimentos, desacelerações econômicas, desigualdade, dietas saudáveis inacessíveis e mudanças climáticas.

    Só no Brasil, segundo o Atlas Global de Política de Doação de Alimentos, 61,3 milhões de pessoas sofrem de insegurança alimentar, o que representa quase um quarto da população.

    “O que vimos é que, entre 2019 e 2020, houve um grande aumento na fome e na insegurança alimentar em todo o mundo. Pensávamos que, à medida que a pandemia de Covid-19 terminasse, esses números diminuiriam. Mas o que realmente aconteceu é que, nos últimos três anos, eles permaneceram persistentemente elevados. Tivemos a guerra na Ucrânia, mudanças climáticas e uma superinflação. E tudo isso significa que há milhões e milhões de pessoas que ainda lutam para ter acesso a alimentos suficientes”, disse Lisa Moon, CEO [diretora-executiva] da The Global FoodBanking Network.

    Lisa deu entrevista para a Agência Brasil durante o seminário internacional Sistemas Alimentares: Oportunidades para Combater a Fome e o Desperdício no Brasil, realizado hoje (6) pelo Sesc e pelo The Global FoodBanking Network (GFN), uma entidade internacional que trabalha com organizações locais para apoiar bancos de alimentos em mais de 50 países. O evento foi realizado no Sesc Belenzinho, em São Paulo.

    “Esse seminário traz a abertura das comemorações dos 30 anos do programa Sesc Mesa Brasil e também traz à tona toda essa discussão das mudanças climáticas, desperdícios, vulnerabilidade e fome. É importante a gente estar sempre debatendo esse cenário e buscando novos caminhos para mitigar os efeitos tão severos que a gente encontra, com tantas pessoas em situação de insegurança alimentar”, disse Cláudia Roseno, gerente de assistência do Departamento Nacional do Sesc.

    Um dos temas das discussões promovidas pelo seminário engloba os efeitos da crise climática sobre a fome e a insegurança alimentar no mundo.

    “As mudanças climáticas impactam no circuito de produção e de distribuição [dos alimentos]. Um exemplo muito emblemático e recente é a tragédia no Rio Grande do Sul”, disse Cláudia. No Sul, lembrou ela, as enchentes atingiram toda a produção de agricultura familiar e de subsistência e também a produção de arroz, o que afetou o abastecimento em todo o país.

    Questionada sobre esses impactos, Lisa destacou que as comunidades que mais têm sofrido com as mudanças climáticas são também as mais afetadas pela fome. “Vemos taxas mais elevadas de fome crônica e taxas mais elevadas de insegurança alimentar em comunidades que estão sofrendo os impactos das alterações climáticas. Ao mesmo tempo, o nosso sistema alimentar está produzindo alimentos mais do que suficientes para que todos tenham o suficiente, mas estamos descartando cerca de um terço de todos os alimentos produzidos a nível mundial, aumentando as emissões de gases de efeito de estufa”, observou. “Com o desperdício de alimentos, estamos agravando o problema das mudanças climáticas”, acrescentou.

    No caso específico do Brasil, destacou Carlos Portugal Gouvêa, professor de Direito na Universidade de São Paulo (USP) e professor visitante na Harvard Law School, essa questão do desperdício de alimentos está relacionada também à pecuária. “Se a gente for olhar, o Brasil está entre os maiores produtores de carne do mundo. Temos as maiores companhias produtoras de proteína do mundo, mas a gente também tem um nível muito elevado de desperdício de animais e de desperdício de carne no mundo. E qual é a questão com a sustentabilidade? Se formos olhar quem é o maior poluidor brasileiro, quem mais contribui de uma forma negativa para a emissão de gases, que tem impacto no aquecimento global, é a indústria de carne. A gente consegue perceber que existe uma direta conexão entre o desperdício e a indústria”, afirmou ele, durante o seminário. “O desperdício, muitas vezes, está ligado a um sistema econômico no qual você precisa dar vazão a uma produção, a um certo nível de produção”, salientou.

    Soluções

    As respostas para enfrentar a fome e os impactos das mudanças climáticas sobre a insegurança alimentar não são fáceis, nem imediatas. Mas são urgentes.

    Exigem também esforço coletivo e “muita discussão”, destacou Cláudia Roseno. “É preciso colocar à mesa pesquisadores, governos, sociedade civil e iniciativas como o Sesc Mesa Brasil para discutir esse problema. Precisamos encontrar outros caminhos para reduzir os efeitos das mudanças climáticas, do desperdício e também da vulnerabilidade e da fome no Brasil”, disse ela.

    População haitiana sofre com a fome
    População haitiana sofre com a fomeEm muitos países, 733 milhões passaram fome em 2023, revela estudo. – Marcello Casal/Agência Brasil

    Para Lisa Moon, a redução da fome passa, por exemplo, pelo apoio aos bancos de alimentos. “Para as pessoas que estão na pobreza, se não tiverem dinheiro suficiente para sobreviver, a comida é muitas vezes a última coisa que comprarão. Elas terão que comprar suas moradias, remédios e outras coisas. E isso significa que a fome é muito, muito prevalente, mesmo entre as pessoas que têm emprego. E a função dos bancos alimentares é ajudar a fornecer esse apoio às pessoas necessitadas. E eles não só fornecem alimentos para satisfazer as necessidades básicas, como também fornecem nutrição vital”, sustentou.

    Lisa destaca outras ações importantes para reduzir a fome e a insegurança alimentar no mundo, principalmente relacionadas às doações para os bancos alimentares. A primeira delas, afirmou, diz respeito à proteção de responsabilidade. “Se as empresas e os produtores de alimentos doarem de boa-fé deverão ter a certeza de que não terão qualquer tipo de problemas jurídicos”, opinou.

    Outros pontos que Lisa ressaltou como importantes são os incentivos fiscais, a rotulagem e os investimentos no terceiro setor.

    “Em muitos lugares é mais caro doar alimentos do que jogá-los fora. Com incentivos fiscais podemos ajudar a incentivar as empresas a conseguirem, pelo menos, aliviar alguns dos seus custos quando fazem essa doação. Outra coisa é a rotulagem de validade [dos alimentos]. A rotulagem de validade é muito confusa e causa confusão sobre se esses rótulos de qualidade ou de segurança alimentar. Adotar uma rotulagem realmente focada na segurança alimentar pode ser muito útil para a doação. A última coisa é pensar realmente em como investir no terceiro setor que vai recuperar esse excedente alimentar. Descobrimos que, com pequenos investimentos em subsídios para infraestruturas, podemos realmente aumentar a capacidade dos bancos alimentares para receber mais produtos excedentes e redistribuí-los às pessoas necessitadas”, frisou Lisa.

    Para o professor Carlos Portugal Gouvêa, da USP e da Harvard Law School, a questão da fome precisa ser enfrentada não só com políticas públicas eficientes, mas também com assistência social. Ele lembra que não adianta ter uma boa política pública, se ela não chega a quem mais necessita. “Você precisa ter pessoas que vão onde a pobreza está. A gente precisa ter pessoas que descobrem o problema daquelas famílias especificamente e aí usam o aparato estatal para dar uma resposta especificamente para aquela família”, observou.

    “Se o Brasil é um país desigual e você faz uma política pública que, no fim, está atendendo uma classe média, você, eventualmente, está perpetuando essa desigualdade”, disse Carlos. “Os desafios, no caso da sociedade brasileira, são efetivamente imensos. Mas como eu digo para os meus alunos, se a gente conseguir resolver esses problemas no Brasil, a gente cria exemplos para o mundo”, argumentou.

    Mesa Brasil

    Para celebrar os 30 anos do programa Sesc Mesa Brasil, maior rede privada de bancos de alimentos da América Latina, o Sesc, em São Paulo, está promovendo uma programação especial, que foi chamada de Festival Sesc Mesa Brasil.

    Nos dias 10 e 11 de agosto, as unidades da capital, litoral e interior paulista terão mais de 80 apresentações artísticas gratuitas, além de abrir seus espaços para receber doações de alimentos não perecíveis. Os itens arrecadados serão doados a instituições sociais. Mais informações sobre a programação podem ser obtidas no site.

    Edição: Kleber Sampaio

    — news —

  • Mato Grosso é gigante na indústria da carne

    Mato Grosso é gigante na indústria da carne

    É na agroindústria que está o novo salto de desenvolvimento econômico de Mato Grosso. As terras férteis e a expansão industrial cada vez mais reforçam a vocação econômica mato-grossense na produção de alimentos. Nos últimos nove anos, o volume produzido de carne e grãos mais que dobrou.

    Em 2022, os grãos e a carnes produzidos no estado alimentaram 275 milhões de pessoas, ou seja, 3,5% da população mundial, de acordo com a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec MT). Há duas décadas, Mato Grosso detém o maior rebanho bovino do país. Atualmente, são 34,4 milhões de cabeças, o equivalente a 15% da criação nacional.

    Além de liderar a produção, o estado também é o maior exportador de carne bovina do Brasil. No ano passado, de acordo com dados compilados pela área de Internacionalização do Sistema Federação das Indústrias de Mato Grosso (Sistema Fiemt), foram embarcadas 450 mil toneladas para cerca de 80 países, o equivalente a 22,27% da participação nacional, que rederam US$ 2,1 bilhões.

    A projeção é de aumento nos próximos anos, já que em março o governo chinês habilitou seis nova plantas frigoríficas. Agora, 14 unidades, entre elas de bovinos, suínos e aves, podem exportar para o país asiático.

    Além disso, o grupo JBS/Friboi retomou as atividades em Diamantino, e com R$ 300 milhões em investimento e capacidade de abate de 3,6 mil cabeças de gado por dia, transformou o frigorífico no maior da América Latina.

    “Além da abertura de novos mercados é preciso agregar valor à nossa carne que é de extrema qualidade. O setor frigorífico é grande gerador de emprego e renda e tem alto poder de desenvolver as economias regionais”, afirma Silvio Rangel, presidente do Sistema Fiemt.

    A indústria é o setor que mais gera riqueza no país. A cada real produzido por ela, são gerados R$ 2,32 para a economia brasileira como um todo, de acordo com cálculos da Confederação Nacional da Indústria (CNI). Levantamento do Observatório da Indústria do Sistema Fiemt mostra que Mato Grosso tem 89 frigoríficos e no país é o estado que mais gera empregos no setor. São 23 mil funcionários, o equivalente a 18% dos mais de 130 mil profissionais que atuam em 1.098 estabelecimentos frigoríficos no Brasil.

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    Carne sustentável

    Alguns mercados, em especial o da União Europeia, aplicam diversas restrições relacionadas aos critérios socioambientais de produção. Para isso, as indústrias estruturaram equipes internas para garantir que toda sua cadeia de fornecimento esteja em conformidade.

    “Temos preocupação crescente com a rastreabilidade bovina e atuado juntos às indústrias na adoção de práticas que permitam acompanhar todas as etapas, desde a criação até o produto no mercado”, afirma Paulo Belicanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos de Mato Grosso.

    Diversificação

    Com abundância de grãos para fabricação de ração altamente protéica, Mato Grosso também se destaca na produção e exportação de carnes de aves e suínas. Em 2023, a exportação de carne suína teve acréscimo, comparada ao ano passado, de 44% em volume. Foram embarcadas 31,1 mil toneladas, que representam aumento de receita em 43,2%, alcançando US$ 61,3 milhões. Os maiores compradores são Hong Kong, China, Vietnã e Angola.

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    “União Avícola investirá R$ 180 milhões para ampliar estrutura e produção”, afirna Isabelitha Peron, diretora da empresa

    A maior parte da produção de carne suína está concentrada no Médio-norte mato-grossense. Em 2022, de acordo a Associação dos Criadores de Suínos de Mato Grosso (Acrismat), o estado produziu 269 milhões de toneladas de carne suína, sendo que 59% foram destinadas para outros estados, 29% para consumo interno e apenas 12% para venda internacional. Atualmente, o rebanho é de 3,1 milhões de animais.

    No mesmo período, a exportação de aves mato-grossense cresceu 22,94%, atingindo 113 mil toneladas no ano passado. A receita obtida aumentou 16,88%, chegando a US$ 225 milhões. O Japão é o principal consumidor, seguido por Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, China e Iêmen

    Conforme a Associação Mato-grossense de Avicultura (Amav), o estado possuiu cinco plantas frigoríficas de aves. Somente em 2023, foram abatidos 96 milhões de animais, com média de 1,8 quilogramas cada. “No ciclo mensal, produzimos 15 milhões de aves de corte, o equivalente a 180 milhões de animais anuais”, afirma Lindomar Rodrigues, diretor-executivo da Amav.

    Em Nova Marilândia, a 252 km de Cuiabá, o grupo União Avícola deve investir R$ 180 milhões para aumentar a produção e ampliar a estrutura. Segundo Isabelitha Peron, diretora da empresa, com foco no mercado islâmico e doméstico, a instalação de novos equipamentos e tecnologias ampliará a capacidade de abate de 140 mil para 200 mil aves por dia.

    Rastreabilidade

    As indústrias realizam verificações socioambientais de seus fornecedores de gado e, ao identificar irregularidades, interrompem a compra de animais dessas propriedades. O Instituto Mato-grossense da Carne (Imac), em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), implementou o Programa de Reinserção e Monitoramento (Prem) para auxiliar na regularização do produtor que está bloqueado no sistema de compras dos frigoríficos.

    “Essa é uma importante ferramenta destinada ao monitoramento de áreas ilegalmente desmatadas nas propriedades, permitindo que o produtor possa evidenciar todo o seu esforço na restauração dessas áreas marcadas pelo desmatamento ilegal”, explica Caio Penido, presidente do Imac.

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    Caio Penido é presidente do Instituto Mato-grossense de Carne (Imac)

     Instituto Senai de Tecnologia contribui com a qualidade da carne de Mato Grosso

    O serviço de análise laboratorial de alimentos é uma área focada no controle e garantia da qualidade dos processos produtivos industriais para garantir o padrão dos produtos e a confiabilidade dos dados.

    Você já parou para pensar em como a carne que chega à sua casa percorre um longo caminho até estar pronta para o consumo?

    A rastreabilidade garante a segurança do consumidor e desempenha um papel fundamental para a indústria. Com o rastreio, é possível acompanhar o histórico de um produto do campo até o seu prato.

  • Cafeicultura sustentável torna Seguro Rural mais barato

    Cafeicultura sustentável torna Seguro Rural mais barato

    O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o Conselho Nacional do Café (CNC) e a multinacional Pró Natura Internacional assinaram na última terça-feira, 16 de julho, o acordo de Cooperação Técnica (ACT) do projeto “Cafeicultura Brasileira Sustentável – Sistema de Compensação de Crédito de Carbono na Apólice de Seguro Rural no Brasil”.

    O projeto utiliza créditos de carbono para beneficiar financeiramente os produtores que adotarem práticas sustentáveis. Na prática isso significa que os cafeicultores brasileiros terão uma proteção financeira adicional contra os riscos agrícolas.

    “Esse é um trabalho inédito, e que tem vários focos. Ele trabalha a questão da sustentabilidade, os riscos e as mudanças climáticas, alinhados com o seguro rural”, destaca o secretário de Política Agrícola do Mapa, Guilherme Campos.

    No documento assinado, o acordo visa implantar e desenvolver a viabilidade dos ativos obtidos pelo crédito de carbono, proporcionando a redução de custos para o produtor no pré-custeio da safra. Além disso, o desempenho dos produtores em relação à pegada de carbono será continuamente avaliado.

    Segundo o diretor do Departamento de Gestão de Risco, Jônatas Pulquério, o objetivo do acordo é a redução do custo da apólice do seguro rural por meio da compensação financeira da venda dos créditos de carbono. Com isso, o trabalho é feito por meio de uma política de seguro favorável ao produtor rural, em consonância com as boas práticas agronômicas e o enfrentamento às mudanças climáticas.

    Com a assinatura do documento, iniciam-se agora os estudos para definição dos percentuais a serem abatidos sobre a apólice do seguro e o modelo desse benefício, bem como a escolha da cooperativa que irá compor o trabalho.

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  • Com salários que podem chegar a R$ 5 mil reais, indústria oferece vagas de emprego na região norte de MT

    Com salários que podem chegar a R$ 5 mil reais, indústria oferece vagas de emprego na região norte de MT

    Em busca de novos talentos para fazer parte do time, uma indústria de alimentos, localizada em Sorriso, na região norte de Mato Grosso, realiza nesta sexta-feira (12), mais um mutirão de empregos. A seleção acontece no CRAS, na Praça Céu, Rua Passo Fundo, 1391, Industrial, das 8h às 18h.

    Os interessados devem comparecer com os documentos pessoais e currículo. No local já será feita a primeira triagem para contratação. São cerca de 90 vagas disponíveis para Sorriso e Vera.

    A indústria frigorífica de suínos possuí um programa de valorização de talentos e oferece diversos benefícios como planejamento de carreira, comemorações de datas importantes, aniversários, cesta básica, kit assiduidade, transporte, refeitório, plano de saúde e odontológico, convênio com farmácias, faculdade e escolas particulares na região.

    A remuneração pode chegar em R$ 5 mil reais, e as vagas disponíveis são:

    – Analista fiscal júnior
    – Analista fiscal sênior
    – Apontador de dados
    – Auxiliar de caldeira
    – Auxiliar de higienização
    – Auxiliar administrativo
    – Auxiliar de almoxarifado
    – Auxiliar de controladoria
    – Auxiliar de controle de produção
    – Auxiliar de cozinha
    – Auxiliar de limpeza
    – Auxiliar de serviços gerais
    – Operador de balança
    – Controlador de produção
    – Cozinheira
    – Eletricista
    – Eletricista automotivo
    – Eletromecânico industrial
    – Encarregado de produção
    – Líder de produção
    – Mantenedor de equipamentos
    – Mecânico industrial
    – Mecânico júnior
    – Medidor
    – Motorista
    – Operador de produção
    – Operador de caldeira
    – Operador de empilhadeira
    – Operador de núcleo
    – Operador de pátio
    – Soldador
    – Supervisor de produção
    – Técnico de controle de qualidade
    – Técnico de segurança
    – Zootecnista

    Para mais informações, o RH da empresa está disponível via WhatsApp pelo número (66) 99617-6392.

  • INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação oficial

    INPC fica em 0,25% em junho, acima da inflação oficial

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que mede a inflação para famílias com renda entre um e cinco salários mínimos, registrou taxa de 0,25% em junho deste ano. O índice de junho ficou abaixo do observado em maio (0,46%), segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Apesar do recuo em relação a maio, o INPC registrou, em junho, uma taxa mensal superior à observada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial e que ficou em 0,21% no mês.

    O INPC acumula taxas de inflação de 2,68% no ano e de 3,70% em 12 meses, de acordo com o IBGE.

    Os produtos alimentícios tiveram alta de preços de 0,44% em junho, um aumento menos intenso do que o apurado em maio (0,64%). Os não alimentícios passaram de uma inflação de 0,40% em maio para 0,19% em junho.

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Inflação cai para 0,21% em junho deste ano, diz IBGE

    Inflação cai para 0,21% em junho deste ano, diz IBGE

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial, registrou taxa de 0,21% em junho deste ano. A taxa é inferior à observada em maio (0,46%) mas superior à observada em junho do ano passado, quando foi registrada uma deflação (queda de preços) de 0,08%. A informação foi divulgada hoje (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Com o resultado, o IPCA acumula taxa de inflação de 2,48% no ano de 2024 e 4,23% no acumulado de 12 meses.

    A inflação de junho foi influenciada principalmente pelo grupo de alimentação e bebidas, que registrou alta de preços de 0,44% no mês, com aumento do custo de produtos como batata inglesa (14,49%), leite longa vida (7,43%), café moído (3,03%) e arroz (2,25%).

    O grupo saúde e cuidados pessoais teve alta de 0,54% no mês e apresentou o segundo principal impacto na inflação oficial em junho. Entre os itens que influenciaram o resultado estão os perfumes, com alta de preços de 1,69% no mês.

    Por outro lado, os transportes evitaram uma inflação maior, ao registrar uma deflação de 0,19% no mês, resultado puxado pelas quedas de preços de passagens aéreas (-9,88%), óleo diesel (-0,64%) e gás veicular (-0,61%).

    Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas: despesas pessoais (0,29%), habitação (0,25%), artigos de residência (0,19%), educação (0,06%), vestuário (0,02%) e comunicação (-0,08%).

    Edição: Valéria Aguiar

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  • Campanha alerta sociedade sobre alergia alimentar

    Campanha alerta sociedade sobre alergia alimentar

    Com o tema Superando os Obstáculos em Alergia Alimentar, a Organização Mundial de Alergias (WAO – World Allergy Organization) promove a Semana Mundial da Alergia até o próximo dia 29, chamando a atenção para a conscientização da sociedade sobre alergias.

    O presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição (IMEN), nutrólogo e cardiologista Daniel Magnoni, disse à Agência Brasil que, no passado, a alergia alimentar e suas consequências, principalmente no trato gastrointestinal, passavam despercebidas pelo pouco conhecimento que se tinha.

    “Hoje em dia, estamos nos habituando a tratar e identificar”, garantiu. A alergia alimentar compromete todas as faixas etárias, principalmente crianças e idosos. “São pessoas mais propensas a alergias e, por outro lado, mais propensas às complicações da alergia, dando, às vezes, problemas de saúde muito graves”, detalhou.

    Segundo Magnoni, é conversando com o paciente que o especialista pode saber se ele tem ou não alergia alimentar. “E identificando outros tipos de sintomas semelhantes na própria família e, com o paciente, identificando alterações no trato gastrointestinal, como diarreia, distensão abdominal, cólicas, reações adversas na pele, levando a quadros que mostram que a pessoa está com algum tipo de alergia. Também identificando o nexo causal: se está relacionado diretamente com o comer algum tipo de alimento, seja em algumas horas e, até alguns dias antes”, afirmou.

    As alergias alimentares podem ser fatais. Magnoni explicou que o consumo continuado de alimentos que dão alergia pode provocar casos de desnutrição ou má nutrição, causando deficiência de alguns tipos de minerais e proteínas.

    Ele citou que a alergia ao leite de vaca, por exemplo, é um problema muito sério. Mas, hoje em dia, esse produto pode ser trocado por leites vegetais de soja ou de aveia, por exemplo. E, assim, suprir as pessoas das deficiências de proteínas e minerais. Ele sugeriu que se façam trocas com educação nutricional, identificando as possibilidades das trocas e, com isso, não ter os sintomas, nem desnutrição.

    Alergia alimentar não é a mesma coisa que intolerância alimentar. Essa é uma deficiência enzimática do trato gastrointestinal que a pessoa ou tem como doença genética ou adquire secundariamente a outros tipos de doença, como desnutrição, câncer e diarreias crônicas. Os sintomas, muitas vezes, são bem parecidos e uma consulta ao profissional vai identificar o diagnóstico e tratar da forma mais correta.

    Magnoni explicou que, na medicina, as profissões que podem fazer o diagnóstico de alergia alimentar são os gastroenterologistas, nutrólogos, alergistas e imunologistas. E, para crianças, os pediatras.

    Aumento

    A coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), Lucila Camargo, confirmou que está havendo um aumento das alergias alimentares verdadeiras no Brasil. “As alergias estão aumentando mesmo, mas o Brasil sofre com erro de diagnóstico. Muita gente se acredita alérgico alimentar, mas não tem alergia alimentar”, observou.

    Para fazer a diferenciação entre alergia alimentar ou outra doença, uma avaliação por um especialista é importante. Ele faz uma anamnese ou investigação minuciosa, para correlacionar a ingestão de alimentos com a manifestação dos sintomas. Depois, necessitando, o profissional pode lançar mão de testes auxiliares diagnósticos para confirmar ou afastar essa possibilidade.

    “Havendo dúvidas, a gente pode proceder com teste de provocação oral (TPS). Esse procedimento traz um certo risco para o paciente porque dá o alimento de maneira controlada, em doses crescentes, em ambiente que permite controlar uma eventual manifestação alérgica grave. Só que esse procedimento é pouco disponibilizado tanto no Sistema Único de Saúde (SUS) como no sistema de saúde privado. Esse também é um dos gargalos que a gente tem para o diagnóstico, porque se é um procedimento considerado padrão ouro para checar o estado dos alérgicos, quer seja para o diagnóstico, quer seja para avaliar se aquele indivíduo tem intolerância ao alimento naturalmente, esse procedimento ainda é pouco reconhecido para ser realizado no SUS e no sistema particular”, acentuou.

    Lucila informou, também, que o TPO foi liberado para ser executado para crianças alérgicas a leite de vaca até 24 meses de idade e incluído no rol da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) com essas mesmas finalidades e faixa etária.

    “Mas a gente tem outras alergias alimentares nas diversas idades. O resto não fica contemplado”, destacou a coordenadora do Departamento Científico de Alergia Alimentar da Asbai. Frisou que poucos hospitais realizam o procedimento pelo SUS, mas não recebem do sistema público. Da mesma forma, os pacientes privados não conseguem ter o gasto ressarcido pelos planos de saúde.

    Testes em farmácia

    Outro problema em relação ao diagnóstico é que os testes alérgicos disponíveis podem dar positivo e o indivíduo não ser alérgico. Por isso, ela apontou que na visão de especialistas, a disponibilização de testes em farmácia “é péssimo. O paciente pode achar que é alérgico e, na verdade, ele não é”. Para os pacientes que têm alergia alimentar, a condução é tirar o alimento. Daí que há pessoas que estão em dieta de restrição com risco nutricional e prejuízo na qualidade de vida por positividade em testes alérgicos que não se confirmam na realidade.

    “Por isso, a gente briga que não dá para ter testes alérgicos nas farmácias. Tem que ser indicado pelo especialista e contextualizado dentro de uma história clínica condizente, porque, senão, a pessoa fica achando que tem alergia alimentar e não tem. Esse é outro problema que faz a gente ter um erro diagnóstico para mais”, revelou.

    No caso de o indivíduo ser realmente alérgico, por exemplo, ao leite de vaca e ao ovo, o alimento deve ser retirado da dieta. “Ele não vai poder comer”, lembrou.

    Para crianças menores de um ano alérgicas a leite de vaca, a recomendação é o aleitamento materno. Quando esse não é suficiente, entra-se com fórmula especial infantil para alérgicos. Isso já é disponibilizado no SUS na maioria dos estados.

    Para crianças maiores, a informação da alergia alimentar deve ser levada para as escolas e dita em restaurantes para que não tenham contato sem querer com o alimento. “Às vezes, uma pequena quantidade pode ser suficiente para deflagrar reações alérgicas graves”, advertiu a médica.

    Lucila alertou, ainda, que, às vezes, em um restaurante, o contato cruzado de uma mesma colher usada para mexer um prato com camarão, que a pessoa tem alergia, e um prato com outro tipo de crustáceo que ela pode comer, isso pode deflagrar reações alérgicas.

    Para os pacientes com restrição de alimentos é feito um tratamento multidisciplinar com nutricionista para manter uma dieta balanceada mesmo sem aqueles alimentos que dão alergia, e se estabelece para as famílias um plano de ação por escrito.

    Alguns pacientes recebem indicação de carregar uma medicação que é a adrenalina autoinjetável para casos de reações alérgicas graves e potencialmente fatais, que é a anafilaxia. Essa medicação é efetuada e, em seguida, deve-se levar o paciente a um pronto-socorro, visando reverter os sinais de maneira rápida.

    O problema é que, no Brasil, só existe a adrenalina autoinjetável dentro dos hospitais. De modo geral, não há o dispositivo que o próprio paciente ou o cuidador possa aplicar para dar tempo de chegar no hospital. Essa medicação é importada e cara, o que dificulta muito o acesso, em especial de pacientes do SUS. Em geral, a orientação dos especialistas é que a pessoa tenha duas canetas de adrenalina autoinjetável, que têm de ser renovadas à medida que finda a validade. “Acaba sendo muito caro”, opina.

    Saúde pública

    Na avaliação de Lucila Camargo, a alergia alimentar é um problema de saúde pública no mundo inteiro. No Brasil, ela disse que ainda há poucos levantamentos que mostrem a prevalência real do problema. “Mas ele está crescendo e se agravando. Os verdadeiros alérgicos também estão aumentando”. Na Austrália, por exemplo, a alergia alimentar atinge 10% das crianças. Nos Estados Unidos, os adultos são mais atingidos. Já na África, há poucos relatos.

    As crianças são as mais acometidas. Os principais alimentos que provocam alergia são leite, ovo, soja, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim, castanhas e, em alguns países, o gergelim. Há variações de país para país. No Brasil, atualmente, outro alimento que entrou no rol dos alérgicos é a banana [dada a crianças]. Lucila insistiu que esse é um fenômeno que está aumentando.

    “Se antigamente a maioria dos alérgicos a leite e ovo ficava intolerante ainda na fase escolar, hoje em dia a gente tem visto crianças que arrastam isso para a fase adolescente e adulta. Os quadros estão ficando mais frequentes para mais alimentos, e ficando mais graves e persistentes”, finalizou a médica.

    Edição: Kleber Sampaio

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  • Brasil vai desenvolver cultivo de alimentos no espaço

    Brasil vai desenvolver cultivo de alimentos no espaço

    O Brasil vai desenvolver formas de cultivar alimentos fora do planeta Terra. Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira (AEB), Marco Antônio Chamon, essa é a contribuição que o país tenta levar para o Projeto Artemis.

    Idealizado pela Nasa, a agência espacial norte-americana, o programa pretende estabelecer uma base permanente na superfície da Lua. A proposta é que, partir dali, seja possível lançar missões tripuladas para Marte. Uma primeira missão sem tripulação, como parte do projeto foi lançada em 2022, e uma outra, com tripulantes, está prevista para 2025.

    O Projeto Artemis reúne 39 países comprometidos com a proposta de estabelecer uma base lunar. De acordo com Chamon, nesse contexto, o Brasil tem buscado formas de contribuir com o projeto, apesar de não ter tradição na exploração espacial.

    “Quando você tiver uma base permanente na Lua, não vai poder levar todas as coisas de que você precisa a partir da Terra. Você tem que ter meios locais de produzir oxigênio, energia e comida”, explicou Chamon, ao falar sobre os problemas que precisam ser resolvidos. Ele participou do webinar (seminário online em vídeo) Negócios Espaciais e o Papel do Brasil.

    “O Brasil está tentando contribuir em algo em que tem um protagonismo internacional muito grande, que é a agricultura”, disse o presidente Agência Espacial Brasileira. Segundo Chamon, as tecnologias devem ser desenvolvidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

    Há ainda expectativa de que os projetos para produção de alimentos no espaço possam ser aproveitados para aprimorar as práticas agrícolas na Terra, acrescentou Chamon.

    Edição: Nádia Franco

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  • Inflação oficial fica em 0,38% em abril deste ano

    Inflação oficial fica em 0,38% em abril deste ano

    O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial no país, registrou taxa de 0,38% em abril deste ano. O indicador ficou acima do observado no mês anterior (0,16%), mas abaixo do apurado em abril do ano passado (0,61%).

    Segundo dados divulgados nesta sexta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o IPCA acumula taxa de inflação de 1,8% no ano. Em 12 meses, a taxa acumulada é de 3,69%, abaixo dos 3,93% acumulados até março e dentro do limite de meta definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para este ano: entre 1,5% e 4,5%.

    Os principais responsáveis pela inflação de abril foram os alimentos e os gastos com saúde e cuidados pessoais. O grupo de despesas alimentação e bebidas registrou alta de preços de 0,7% no mês, puxada por itens como mamão (22,76%), cebola (15,63%), tomate (14,09%) e café moído (3,08%).

    Saúde e cuidados pessoais, grupo que teve elevação de preços de 1,16%, os itens com maior destaque foram os produtos farmacêuticos (com alta de 2,84%), impactados pela autorização de reajuste de até 4,5% nos preços dos medicamentos a partir de 31 de março.

    Entre os medicamentos com maiores altas de preço estão os antidiabéticos (4,19%), os anti-infecciosos e antibióticos (3,49%) e os hipotensores e hipocolesterolêmicos (3,34%).

    Por outro lado, os artigos de residência e habitação tiveram deflação (queda de preços) no mês, de 0,26% e 0,01%, respectivamente.

    Os demais grupos de despesas apresentaram as seguintes taxas de inflação: vestuário (0,55%), comunicação (0,48%), transportes (0,14%), despesas pessoais (0,10%) e educação (0,05%).

    Edição: Graça Adjuto

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