Tag: #algodão

  • Preço do Milho sobe 4,16% e acelera comercialização em Mato Grosso

    Preço do Milho sobe 4,16% e acelera comercialização em Mato Grosso

    As vendas da safra de milho 2023/24 em Mato Grosso registraram um avanço significativo em agosto, alcançando 69,70% da produção estimada para o estado, de acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). Esse número representa um crescimento de 11,61 pontos percentuais em relação ao mês anterior, superando pela primeira vez o percentual comercializado na safra 2022/23. O fator chave para esse avanço foi a melhora nos preços do milho, que registraram alta durante o mês.

    MAIS SOBRE MILHO

    Segundo o IMEA, o valor médio da saca de milho em agosto chegou a R$ 41,63, representando um aumento de 4,16% em comparação a julho. Esse cenário favorável contribuiu para acelerar as negociações e permitir que o estado ultrapassasse as expectativas de comercialização para o período.

    Expectativas para a Safra 2024/25

    As perspectivas para a próxima safra também mostram avanços, embora em ritmo mais moderado. Em agosto, a comercialização da safra de milho 2024/25 atingiu 11,36% da produção projetada, um crescimento de 4,07 pontos percentuais em relação ao mês anterior. No entanto, o volume negociado está 16,55 pontos percentuais abaixo da média histórica, o que indica que os produtores estão mais cautelosos com as vendas futuras.

    Mercado da Soja

    No mercado de soja, Mato Grosso também registrou números importantes em agosto. A comercialização da safra 2023/24 atingiu 94,53% da produção prevista, representando um avanço de 2,18 pontos percentuais em comparação ao mês de julho. O resultado é ligeiramente superior à média dos últimos cinco anos, ficando 1,54 pontos percentuais acima do registrado nesse período.

    Entretanto, o ritmo de vendas desacelerou, reflexo da queda nos preços da oleaginosa. Em agosto, o preço médio da saca de soja no estado foi de R$ 120,91, uma queda de 0,63% em comparação com o mês anterior. A desvalorização da soja afetou o mercado e fez com que os produtores adotassem uma postura mais cautelosa nas negociações.

    Para a safra 2024/25, a comercialização avançou, com 30,41% da produção esperada já vendida, um crescimento de 4,12 pontos percentuais em relação ao mês anterior. No entanto, os preços futuros também apresentaram queda, com a saca de 60 kg negociada a R$ 107,20, uma retração de 1,77%.

    Algodão: Desafios no Mercado

    O mercado de algodão, por sua vez, enfrenta um cenário mais desafiador em Mato Grosso. Em agosto, a comercialização da safra 2023/24 chegou a 67,62% da produção estimada, com um crescimento modesto de 2,32 pontos percentuais em relação ao mês anterior. Contudo, as vendas ainda estão abaixo da média histórica, refletindo a pressão de uma maior oferta global que impacta diretamente os preços da pluma.

    O preço médio da arroba do algodão no estado foi de R$ 128,51 em agosto, uma queda de 2,57% em comparação com julho. Com a expectativa de uma oferta elevada no mercado internacional, os produtores têm enfrentado dificuldades em negociar a pluma a preços mais atrativos.

    Já para a safra 2024/25, as vendas permanecem abaixo da média, com apenas 21,84% da produção projetada comercializada até agosto, um avanço de 1,07 ponto percentual no mês. O preço médio da arroba para a safra futura foi de R$ 127,57, uma queda de 4,70% em relação ao mês anterior, evidenciando o impacto da oferta excessiva no mercado.

    Perspectivas para o Setor Agropecuário

    Os resultados de agosto mostram que o mercado agrícola em Mato Grosso segue dinâmico, com algumas culturas como o milho e a soja registrando avanços importantes na comercialização, impulsionados por oscilações nos preços. No entanto, o algodão continua enfrentando desafios devido à pressão do mercado global, o que deve exigir estratégias mais cautelosas por parte dos produtores nos próximos meses.

    O IMEA destaca que o cenário futuro para as safras depende não apenas das condições de mercado, mas também de fatores como clima e logística, que podem impactar diretamente a produção e a comercialização. A alta nos preços do milho e o avanço nas vendas indicam uma reação positiva, mas é fundamental que os produtores se mantenham atentos às movimentações do mercado global e às variações nos preços das commodities para garantir melhores margens de lucro.

    Com a proximidade do final do ciclo das principais culturas, Mato Grosso continua a desempenhar um papel de liderança no agronegócio brasileiro, confirmando sua importância estratégica para o setor. As expectativas para os próximos meses indicam que, com planejamento e ajustes nas estratégias de comercialização, o estado continuará a alcançar resultados expressivos nas safras futuras.

  • Inteligência artificial e sustentabilidade são destaques no Congresso Brasileiro do Algodão

    Inteligência artificial e sustentabilidade são destaques no Congresso Brasileiro do Algodão

    A Embrapa esteve presente no 14° Congresso Brasileiro do Algodão – CBA, realizado de 3 a 5 de setembro, no Centro de Convenções de Fortaleza, CE. Com mais de 3 mil participantes dos diversos elos da cadeia produtiva, o CBA é o maior evento da cotonicultura brasileira, promovido pela Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), com o apoio científico da Embrapa .

    Com o tema “Construindo história rumo ao protagonismo mundial”, o 14º CBA enfocou a liderança do Brasil no mercado internacional do algodão e as perspectivas para os próximos anos. Terceiro maior produtor mundial de algodão, com 3,6 milhões de toneladas por ano, o Brasil se tornou o maior exportador mundial na safra 2023/2024. O País consome cerca de 1 milhão de toneladas e o restante é exportado.

    A presidente da Embrapa, Silvia Massruhá, falou sobre os impactos da inteligência artificial na agricultura durante o 14º CBA. A presidente – que é doutora em Computação aplicada, pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, e que exerceu a carga de chefe-geral da Embrapa Agricultura Digital – participou da plenária máster “A artificial vai produzir algodão? O avanço da agricultura digital”.

    Silvia Massruhá mostrou o quanto a informática vem sendo aplicada na agricultura brasileira e como foi importante para o alcance dos patamares de desenvolvimento observados na atualidade. Ela citou exemplos de como os dados distribuídos ao longo de toda a cadeia de valor do agro são utilizados. Segundo o presidente da Embrapa, a inteligência artificial generativa contribui para a agricultura regenerativa. Ela falou ainda sobre o papel da tecnologia na redução de riscos, na extensão rural, com novos modelos de capacitação, e na sucessão rural, mantendo a juventude no campo.

    Também falaram sobre o tema futurista pelo Institut For The Future (IFTF), Martha Gabriel, e Maurício Schneider, diretor da StartSe Agro. A plenária foi mediada pela jornalista Patrícia Travassos.

    Durante os três dias de evento, 30 pesquisadores da Embrapa interagiram com os participantes durante as plenárias, palestras, workshops, apresentações de trabalhos científicos e no estande institucional da Embrapa. Oito Unidades da Embrapa participaram das atividades: Algodão, Agropecuária Oeste, Arroz e Feijão, Cerrados, Instrumentação, Milho e Sorgo, Soja e Territorial.

    Palestras

    Na terça-feira, 03, o pesquisador Nelson Suassuna articulou discutiu sobre o manejo de nematoides do algodão durante a palestra “Evolução da ocorrência e do manejo de nematoides no algodoeiro com olhar no sistema de produção”.

    Suassuna destacou as ferramentas incluídas no pacote tecnológico desenvolvido pela Embrapa para a cultura do algodão. “A frequência da ocorrência de espécies nematoides, como o Meloidogyne incognita [nematoide das galhas] e o Rotylenchulus reniformis [nematoide reniforme], está aumentando a cada ano e com isso se faz necessário o desenvolvimento de cultivares com maior resistência”, complementou.

    Além do melhoramento genético, que possibilita maior resistência genética do algodoeiro aos nematóides, o pesquisador ressalta a importância de se pensar no manejo como mecanismo indispensável para o controle da praga. “O manejo pode ser fundamentado em várias táticas. A resistência genética por si só não resolve o problema por inteiro. Logo, precisa-se de estratégias de manejo que envolvam outras táticas, como a rotação de cultivos, onde se realize alguma cultura que diminua a população dos nematóides ao longo do tempo”, finalizou Nelson.

    Na quarta-feira, 04, o pesquisador Camilo Morello apresentou um panorama dos desafios e novas ferramentas focadas no aprimoramento do algodoeiro. A exposição ocorreu na palestra “Os desafios e as novas ferramentas para melhorar as cultivares de algodão”.

    Morello destacou como o melhoramento se mostra benéfico à cotonicultura: “O melhoramento pode contribuir, logicamente, em produtividade, primeiro aspecto de relevância. Em segundo lugar, na parte de qualidade da fibra, pois não é sustentável ter produtividade de uma fibra com qualidade baixa. E, por fim, em características que fazem com que as cultivares tenham mais resistência às doenças”.

    Em paralelo, a sala temática “Resultados dos ensaios em cooperação de doenças e nematoides e ações práticas de manejo” apresentou as principais respostas obtidas em pesquisas sobre o controle químico da mancha-de-ramulária e o controle físico-biológico de nematoides do algodoeiro, principal doenças da cultura.

    Simultaneamente, o pesquisador Alexandre Cunha de Barcellos contribuiu com a palestra “Modelos de sistemas de produção para algodoeiro: impactos no perfil e estoque de carbono no solo”. Na atividade, o foco foi discutir pesquisas de longa duração sobre sistemas de produção de algodão para a agricultura de baixo carbono. Além dos almejados em trabalhos sobre resultados de sistemas de manejo do solo e de produção de algodão.

    No último dia do CBA, 5 de agosto, a chefe-geral da Embrapa Algodão, Nair Helena Arriel palestrou no workshop “A produção de algodão na agricultura familiar”, abordando a produção de algodão orgânico no Semiárido. Ela falou sobre a produção no mundo e no Brasil e sobre os impactos da tecnologia na produção na agricultura familiar. O algodão orgânico é plantado em 21 países. No Brasil, os principais estados produtores são Piauí, Pernambuco, Ceará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe. Nair Arriel mostrou as contribuições da Embrapa para a cotonicultura na agricultura familiar – como as cultivares, sistema de produção e controle de regras, dentre outras tecnologias- além de relacionar as estratégias de pesquisa participativa.

    Em paralelo, o fitopatologista da Embrapa Algodão, Fabiano Perina, atuou no workshop “Ferramentas de origem biológica para a agricultura: desafios e oportunidades”. Na atividade, Perina destacou aspectos da utilização de produtos biológicos no Brasil, com ênfase na cultura do algodão, demonstrando resultados de pesquisas recentes com utilização de controle biológico com foco no controle de nematoides e doenças.

    Premiações

    Dos 288 trabalhos científicos apresentados, 12 foram premiados durante o 14º CBA. Divididos em oito categorias, os trabalhos versaram sobre Produção Vegetal, Agricultura Digital, Controle de Pragas, Colheita, Beneficiamento e Qualidade, além de Fitopatologia, Matologia, Socioeconomia e Biotecnologia. Entre os premiados estão quatro pesquisadores da Embrapa Algodão:

    2º lugar – Alexandre Cunha de Barcellos, com o título “Altas produtividades de algodoeiros cultivados sob SPD, em solo argiloso após 14 anos sem revolvimento”.

    3º lugar – João Paulo Saraiva Morais, com o título “Qualidade da fibra de algodão cultivada em diferentes sistemas de produção no Cerrado”.

    5º lugar – Sidnei Douglas Cavalieri, com o título “Resistência de Eleusine indica (L.) gaert aos herbicidas inibidores da ACCASE e EPSPS em municípios do Médio-Norte Mato-Grossense”.

    6º lugar – Carlos Alberto Domingues da Silva, com o título “Seletividade fisiológica de inseticidas a Bracon vulgaris (Hymenoptera: braconidae), parasitose do bicudo-do-algodoeiro.

  • Safra de Algodão 2023/24 em Mato Grosso Enfrenta Desafios Climáticos e Fitossanitários, Afirma Diretor da Fundação Rio Verde

    Safra de Algodão 2023/24 em Mato Grosso Enfrenta Desafios Climáticos e Fitossanitários, Afirma Diretor da Fundação Rio Verde

    A colheita da safra de algodão 2023/24 em Mato Grosso se aproxima do fim, mas os produtores enfrentaram um ciclo cheio de desafios. Fábio Pittelkow, diretor de pesquisa da Fundação Rio Verde, destacou que a safra foi marcada por adversidades climáticas e fitossanitárias, que afetaram a produtividade das lavouras, gerando preocupações para o próximo ciclo agrícola.

    “Nós tivemos uma safra desafiadora com a cultura do algodão”, explicou Pittelkow. Ele mencionou a alta incidência de mancha-alvo, muito superior à registrada em anos anteriores. Esse aumento está relacionado às condições climáticas observadas no final de março e início de abril, com períodos de pouca luminosidade e alta umidade, devido às chuvas constantes. “Esses fatores favoreceram o desenvolvimento da doença, afetando principalmente o terço médio e a base das plantas, o que resultou em uma queda considerável na produtividade”, detalhou.

    Além da mancha-alvo, os produtores também enfrentaram a pressão de pragas como o bicudo em algumas áreas e um complexo de lagartas que, embora não tão agressivo quanto em outras regiões, trouxe desafios adicionais.

    Segundo Pittelkow, a produtividade desta safra ficou abaixo da registrada no ciclo anterior. O rendimento de pluma, por exemplo, apresentou uma queda entre 1,5% e 2% em relação ao histórico das variedades cultivadas, o que representa um motivo de preocupação. “Além de uma colheita abaixo da média, estamos enfrentando problemas de qualidade da fibra, o que torna o ano ainda mais desafiador”, afirmou.

    Apesar das dificuldades, a Fundação Rio Verde está utilizando esses desafios como oportunidade de aprendizado. “Estamos finalizando a análise dos dados desta safra para aprimorar as estratégias de manejo de doenças e pragas, além de identificar as variedades mais adequadas para a região. Isso será crucial para ajudar os produtores na tomada de decisões para a próxima safra”, enfatizou Pittelkow.

    Com o término do vazio sanitário da soja previsto para 7 de setembro e a chegada das chuvas, os produtores já começam a planejar o próximo ciclo agrícola. “O planejamento antecipado é fundamental, e contar com informações precisas será decisivo para que os produtores superem os desafios e alcancem melhores resultados”, concluiu o diretor.

    Mato Grosso, maior produtor de algodão do Brasil, segue enfrentando incertezas, mas também busca soluções para manter sua liderança na produção nacional.

  • Preço do algodão em pluma cai em agosto após dois meses de alta

    Preço do algodão em pluma cai em agosto após dois meses de alta

    Após dois meses consecutivos de alta, o preço médio do algodão em pluma registrou uma queda significativa no mercado interno em agosto, voltando a operar abaixo dos R$ 4,00 por libra-peso. De acordo com pesquisadores do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), vários fatores contribuíram para essa diminuição, incluindo a menor paridade de exportação devido à desvalorização no mercado externo, a necessidade de vendedores em gerar caixa rapidamente e o avanço nas atividades de colheita e beneficiamento.

    No acumulado de agosto, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em 8 dias, registrou uma queda de 4,65%, fechando o mês em R$ 3,8863/lp no dia 30. Esta foi a queda mais acentuada desde março de 2024 e o menor valor registrado desde 12 de junho deste ano. A média mensal de agosto ficou em R$ 4,0036/lp, uma diminuição de 1,86% em relação a julho de 2024 e de 5,12% em comparação a agosto de 2023, considerando valores reais ajustados pelo IGP-DI de julho de 2024.

    Essa retração nos preços reflete a conjuntura atual do mercado, onde as influências externas e as necessidades imediatas de liquidez por parte dos vendedores têm impactado os valores, revertendo a tendência de alta observada nos meses anteriores.

  • Mato Grosso terá maior indústria de óleo do algodão do país

    Mato Grosso terá maior indústria de óleo do algodão do país

    A Federação das Indústrias no Estado de Mato Grosso (Fiemt) celebra uma importante conquista para o setor industrial do estado. O Conselho Deliberativo dos Programas de Desenvolvimento de Mato Grosso (Condeprodemat) aprovou, na sexta-feira (30.08,) o regime de diferimento de ICMS para operações internas com óleo bruto de algodão, destinado à produção de óleo vegetal para alimentação humana. De imediato, a medida irá auxiliar a indústria Icofort Agroindustrial S/A, que, irá inaugurar na cidade de Nova Mutum a maior planta industrial de óleo de algodão do país.

    Com a inauguração de sua nova planta industrial em Mato Grosso, a Icofort, que atualmente tem produção no Nordeste, solidifica sua posição de liderança no mercado nacional.

    A planta terá capacidade instalada de processamento de 198 mil toneladas de caroço de algodão por ano e poderá refinar 108 mil toneladas de óleo bruto, irá gerar 156 empregos diretos e aproximadamente 600 empregos indiretos, impulsionando setores como cultivo de algodão, insumos agropecuários, reflorestamento e logística. A inauguração oficial está prevista para este ano.

    Mato Grosso, já reconhecido como um dos maiores produtores de algodão do país, agora fortalece ainda mais sua cadeia produtiva com a instalação desta gigante da indústria. A nova planta, além de processar o caroço de algodão produzido localmente, também adquirirá óleo bruto de fornecedores do estado, garantindo o abastecimento necessário para atender à crescente demanda por óleo vegetal refinado.

    A Fiemt apoiou junto ao Condeprodemat a aprovação do diferimento do ICMS, uma medida incentiva o desenvolvimento da indústria local e também cria novas oportunidades para produtores e fornecedores em Mato Grosso.

    Para o presidente da Fiemt, Silvio Rangel, essa iniciativa consolida o estado como um polo estratégico para a agroindústria e promove o crescimento econômico sustentável na região. “A Fiemt reafirma seu compromisso com o desenvolvimento industrial de Mato Grosso, contribuindo para a geração de empregos e o fortalecimento da economia local. A nova fábrica da Icofort em Nova Mutum é um marco importante nesse processo, destacando nosso estado na produção industrial”, afirmou.

  • Incêndio de grande proporção atinge rolos de algodão em fazenda de Santo Antônio do Leste

    Incêndio de grande proporção atinge rolos de algodão em fazenda de Santo Antônio do Leste

    Na manhã desta segunda-feira (26), o Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) foi acionado para combater um incêndio de grandes proporções em uma fazenda no município de Santo Antônio do Leste, a aproximadamente 374 km de Cuiabá. Segundo informações preliminares, cerca de 1.400 rolos de algodão estavam em chamas no pátio da fazenda, ameaçando causar prejuízos significativos à produção local.

    A equipe da 6ª Companhia Independente Bombeiro Militar (6º CIBM) agiu com rapidez, deslocando-se prontamente para o local da ocorrência. Ao chegarem, os bombeiros iniciaram o combate direto às chamas, utilizando técnicas e equipamentos especializados para controlar o incêndio.

    Além dos bombeiros, a operação contou com o apoio essencial de funcionários da fazenda e o uso de máquinas agrícolas, pás-carregadeiras e aviões, que ajudaram a conter o fogo e evitar que se alastrasse para outras áreas da propriedade. A utilização de aviões foi fundamental para extinguir as chamas mais intensas e difíceis de acessar por terra.

    Após o combate, a equipe de bombeiros realizou o rescaldo, uma etapa crucial que consiste na eliminação de possíveis focos remanescentes de fogo. Essa medida preventiva visa garantir que o incêndio não reascenda e cause novos danos.

    Ainda não há informações sobre as causas do incêndio, e uma investigação será conduzida para determinar o que provocou o incidente. A rápida resposta das equipes de emergência foi essencial para minimizar os danos e proteger a infraestrutura da fazenda.

    Este incidente ressalta a importância da prontidão e da colaboração entre as equipes de emergência e os trabalhadores rurais na prevenção e combate a incêndios em áreas agrícolas, especialmente durante a seca, quando o risco de incêndios é elevado.

  • Queda nos preços do algodão: valores abaixo de R$ 4 por libra-peso

    Queda nos preços do algodão: valores abaixo de R$ 4 por libra-peso

    Os preços do algodão em pluma caíram significativamente e estão operando abaixo dos R$ 4 por libra-peso, conforme levantamento realizado pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada). Esta queda nos valores não era observada desde o final de julho deste ano.

    De acordo com os pesquisadores do Cepea, a maior oferta interna do produto, combinada com a desvalorização das cotações externas e a queda na paridade de exportação, são os principais fatores que têm pressionado os preços para baixo. A liquidez no mercado spot continua limitada, principalmente devido aos desacordos entre compradores e vendedores em relação aos preços e à qualidade dos lotes disponíveis.

    Além disso, com a maior parte da safra 2023/24 já comprometida em contratos a termo, os produtores de algodão mantêm o foco no cumprimento desses acordos, o que contribui para a menor movimentação no mercado à vista.

  • Custos de produção da safra 24/25 de algodão em Mato Grosso apresentam pequeno aumento

    Custos de produção da safra 24/25 de algodão em Mato Grosso apresentam pequeno aumento

    A mais recente estimativa de julho de 2024 do projeto Acapa-MT para o Custo Operacional Efetivo (COE) ponderado da safra 2024/2025 de algodão em Mato Grosso foi divulgada, revelando um leve aumento de 0,05% em relação ao mês anterior. O valor estimado para o COE da safra ficou em R$ 13.312,71 por hectare, refletindo o impacto do aumento nos preços dos insumos agrícolas, especialmente na categoria de fertilizantes e corretivos.

    O aumento mensal observado no COE foi impulsionado principalmente pela valorização dos preços dos micronutrientes, que subiram 1,85%, e dos macronutrientes, que tiveram um acréscimo de 1,04%. Além disso, houve também um aumento nos custos associados à classificação e beneficiamento da produção, contribuindo para o cenário atual de elevação dos custos de produção.

    Necessidade de atenção ao preço de venda do algodão

    Para que os produtores de algodão de Mato Grosso consigam cobrir os custos operacionais da safra 2024/2025, será necessário vender a pluma a um preço mínimo de R$ 110,07 por arroba, considerando a produtividade média da safra 2023/2024, que foi de 120,94 arrobas por hectare. Para cobrir o Custo Total (CT), que é estimado em R$ 15.881,23 por hectare, o preço de venda necessário sobe para R$ 131,31 por arroba.

    Apesar desses desafios, o preço ponderado da comercialização da safra, que até agora está em 20,74% do total negociado, encontra-se em R$ 131,91 por arroba. Este valor ainda é suficiente para cobrir o Custo Total, mas os cotonicultores precisam estar atentos às oportunidades de mercado para negociar sua produção de forma estratégica, especialmente diante do cenário de baixa nos preços da pluma e dos atrasos nas negociações da safra.

    Este contexto ressalta a importância da gestão eficiente dos custos e da busca por melhores condições de mercado, para que os produtores possam garantir a viabilidade econômica da safra 2024/2025 em um cenário desafiador.

  • Colheita e beneficiamento de algodão avançam, mas comercialização doméstica enfrenta desafios

    Colheita e beneficiamento de algodão avançam, mas comercialização doméstica enfrenta desafios

    Pesquisas do Cepea indicam que, com o avanço das atividades de colheita e beneficiamento do algodão em pluma no Brasil, agentes do setor estão focados no cumprimento dos contratos a termo, previamente firmados a valores mais atrativos do que os praticados atualmente no mercado spot. Essa mudança de foco reflete a necessidade de garantir o cumprimento dos compromissos firmados anteriormente, mesmo em um cenário de preços menos favoráveis.

    Entretanto, a comercialização no mercado doméstico continua limitada pela disparidade entre os preços e a qualidade dos lotes ofertados. Muitos compradores encontram dificuldade em adquirir produtos que atendam aos padrões desejados, o que restringe o volume de negócios realizados.

    Segundo levantamentos do Cepea, as cotações do algodão em pluma têm oscilado em uma faixa estreita, com predominância de fatores que pressionam os preços. Entre os principais fatores está a retração na paridade de exportação, que reduz a competitividade do produto brasileiro no mercado internacional. Além disso, a expectativa de uma boa oferta na safra 2023/24 adiciona mais pressão ao mercado, gerando incertezas sobre a direção futura dos preços.

    Nesse contexto, a atenção dos agentes do setor permanece voltada para o cenário externo e as condições de mercado, buscando ajustar estratégias de comercialização que maximizem os retornos em meio a um ambiente desafiador.

  • Mato Grosso consolida liderança global em exportação de algodão e bate recorde histórico

    Mato Grosso consolida liderança global em exportação de algodão e bate recorde histórico

    O ciclo de exportações da safra 2022/23 de algodão em Mato Grosso foi marcado por resultados históricos, consolidando o estado como o principal produtor e exportador da fibra no Brasil. De acordo com dados do Instituto Matogrossense de Economia Agropecuária (Imea), o estado exportou 1,70 milhão de toneladas de algodão no período, representando um crescimento de 78,49% em relação ao ciclo anterior.

    Esse volume recorde representou 63,41% do total exportado pelo Brasil, colocando o país no topo do ranking mundial de exportadores de algodão, superando os Estados Unidos. A China se destacou como o principal destino da pluma mato-grossense, com um aumento de 176,14% nas importações em relação ao ano anterior. Vietnã e Bangladesh também figuram entre os principais compradores.

    A produção recorde da safra 2022/23, aliada a uma logística eficiente e à qualidade superior do algodão mato-grossense, foram os principais fatores que impulsionaram esses resultados excepcionais. Com a perspectiva de uma produção ainda maior para a safra 2023/24, o Imea estima que as exportações possam atingir 1,73 milhão de toneladas, estabelecendo novos recordes e consolidando ainda mais a posição de destaque de Mato Grosso no mercado global de algodão.

    Essa performance histórica do setor algodoeiro reforça a importância da cotonicultura para a economia mato-grossense, gerando emprego e renda para milhares de famílias e contribuindo significativamente para o Produto Interno Bruto (PIB) do estado.