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  • Caroço e torta de algodão registram alta de preços em Mato Grosso impulsionados pela seca

    Caroço e torta de algodão registram alta de preços em Mato Grosso impulsionados pela seca

    As cotações do caroço e da torta de algodão em Mato Grosso fecharam a última semana em alta, com médias de R$ 592,89/t e R$ 682,00/t, respectivamente, representando aumentos de 0,28% e 0,39% em relação à semana anterior. A seca nas áreas de pastagens foi o principal fator que impulsionou a maior demanda por esses subprodutos, muito utilizados na alimentação animal, segundo apuração do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA).

    Além disso, o preço do óleo de algodão também apresentou crescimento significativo, com uma valorização de 2,27%, atingindo R$ 4.441,43/t. Esse aumento está diretamente ligado ao maior consumo do produto pelas indústrias de biodiesel.

    Normalmente, no período da safra, os preços dos subprodutos do algodão tendem a ser pressionados devido à maior oferta. No entanto, o fortalecimento recente da demanda indica uma possível mudança na dinâmica de mercado a curto prazo.

  • Mercado de algodão mantém estabilidade com leve alta impulsionada por exportações

    Mercado de algodão mantém estabilidade com leve alta impulsionada por exportações

    Nos últimos seis meses, o mercado do algodão em pluma tem se mantido dentro de uma faixa de preços relativamente estável, com cotações variando entre R$ 3,80 e R$ 4,10 por libra-peso. Essa estabilidade, embora oscilante, reflete um cenário de equilíbrio entre oferta e demanda, tanto no mercado interno quanto nas exportações. Em setembro, o Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, seguiu essa tendência, fechando o mês com os preços ligeiramente acima de R$ 4 por libra-peso.

    De acordo com pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), esse movimento positivo, que resultou em uma variação de 3,4% durante o período, foi sustentado, principalmente, pelo avanço dos preços externos e pela paridade de exportação. O desempenho das vendas internacionais trouxe maior suporte ao mercado brasileiro, garantindo que os preços internos não sofressem quedas significativas, mesmo com o término da colheita no país.

    Apesar do encerramento da safra e do avanço no processo de beneficiamento, a oferta no mercado spot nacional permaneceu relativamente restrita. A maior parte do algodão disponível segue sendo destinada ao cumprimento dos contratos a termo, o que limita a disponibilidade de produto para negociações à vista. Esse fator contribui para a manutenção dos preços em patamares mais altos, alinhados com as expectativas do mercado exportador.

    O setor segue monitorando de perto os fatores externos que podem influenciar novas variações nos preços, como a demanda internacional e as condições climáticas nas regiões produtoras globais. No entanto, com a atual paridade de exportação, o cenário para o algodão em pluma no Brasil deve manter relativa estabilidade nos próximos meses.

  • Incêndio em carga de algodão interdita BR-364 em Rosário Oeste

    Incêndio em carga de algodão interdita BR-364 em Rosário Oeste

    A Nova Rota do Oeste foi acionada às 16h46 para atender um incêndio em carga de algodão no km 549 da BR-364, em Rosário Oeste. A pista está interditada nos dois sentidos devido ao incidente.

    As informações iniciais indicam que a carga de pluma de algodão pegou fogo, mas o condutor conseguiu desatrelar o cavalo mecânico, ficando apenas o vagão em chamas. O motorista saiu ileso do ocorrido.

    Para combater o incêndio, a Nova Rota do Oeste enviou um caminhão pipa ao local, onde também estão presentes outros dois pipas particulares, ajudando na contenção das chamas e minimizando os danos.

  • Algodão colorido e agroecológico conquistam passarelas no Brasil e no exterior

    Algodão colorido e agroecológico conquistam passarelas no Brasil e no exterior

    O algodão colorido desenvolvido pela Embrapa é mais uma vez atração em desfile de moda na Itália. A coleção Calunga, da empresa Natural Cotton Color, confeccionada a partir do algodão colorido orgânico produzido da Paraíba, esteve presente em um dos principais eventos de moda sustentável, Beyond the Claim, na sexta-feira, 20 de setembro, no Museo Nazionale Scienza e Tecnologia Leonardo da Vinci, durante a Semana de Moda de Milão. Inspirada no maracatu, herança cultural afro-brasileira, a coleção é composta por 35 peças que integram alfaiataria com detalhes artesanais, incluindo a técnica do labirinto, um patrimônio imaterial da Paraíba.

    Na semana passada, foi a vez do algodão agroecológico subir às passarelas no Rio Grande do Norte. A maior fábrica têxtil da América Latina, a Guararapes, foi palco do lançamento da nova coleção de verão da Riachuelo, com roupas produzidas a partir de matéria-prima do projeto Pró-Sertão.

    O Pró-Sertão é uma iniciativa do Instituto Riachuelo, que visa fortalecer a cadeia produtiva do algodão no Rio Grande do Norte, com ações que vão desde o campo, por meio do incentivo do cultivo agroecológico, até a indústria têxtil e o artesanato local. A Embrapa Algodão é parceira deste projeto que beneficia centenas de agricultores no sertão potiguar e gera quatro mil empregos diretos no estado.

    Algodão colorido

    O algodão colorido é um produto diferenciado para a agricultura familiar, com foco na sustentabilidade econômica e ambiental. Além de gerar renda para o pequeno produtor, o algodão colorido natural não necessita de tingimento, reduzindo a utilização de água e de produtos químicos no processo de obtenção do tecido.

    Por meio do melhoramento genético convencional, a Embrapa Algodão desenvolveu as cultivares de algodão colorido BRS Jade, BRS Safira, BRS Topázio, BRS Verde, BRS Rubi e BRS 200 Marrom.

    O algodão colorido subiu às passarelas pela primeira vez em 2004, na São Paulo Fashion Week, com o estilista Ronaldo Fraga. Desde então, as peças confeccionadas com as variedades de algodão colorido vêm abrindo caminho no mundo da moda. O produto também esteve presente na Fashion Rio, além de desfiles em Paris e Milão.

    Algodão em consórcios agroecológicos

    O cultivo do algodão agroecológico consorciado com outras culturas alimentares como milho, feijão, gergelim e amendoim, mandioca, dentre outras, por agricultores familiares, com certificação orgânica participativa, tem sido outra alternativa disponibilizada pela Embrapa e instituições parceiras para promover a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.

    A metodologia de capacitação dos produtores se dá por meio das Unidades de Aprendizagem e Pesquisa Participativa, respeitando os saberes locais e promovendo a consciência ambiental. O aprendizado vai desde a produção (com foco conservacionista), certificação e comercialização da pluma no comércio justo, com preços acima do algodão convencional.

    Agenda 2030

    O algodão colorido e agroecológico são tecnologias voltadas para a sustentabilidade econômica, ambiental e social, alinhados à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Nesta agenda foram estabelecidos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no Brasil e no mundo. As tecnologias se alinham especialmente ao Selo ODS 12 – Produção e Consumo Sustentáveis.

  • Colheita de algodão em Mato Grosso alcança 99,70% da safra 23/24, segundo Imea

    Colheita de algodão em Mato Grosso alcança 99,70% da safra 23/24, segundo Imea

    O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) divulgou uma atualização sobre a colheita de algodão em Mato Grosso, indicando que até a última sexta-feira (13/09), 99,70% das áreas destinadas ao algodão da safra 23/24 já haviam sido colhidas. Este percentual representa um avanço de 2,94 pontos percentuais em comparação com a semana anterior.

    É importante destacar que houve um prolongamento do ciclo do algodão durante o desenvolvimento das lavouras nesta safra, resultando em um atraso na colheita. No mesmo período do ano passado, os trabalhos no campo já haviam sido concluídos, o que contrasta com o cenário atual.

    Entre as regiões do estado, o Nordeste se destaca ao liderar a colheita com 100% de sua área estimada já colhida, demonstrando eficiência e rapidez nos trabalhos.

    O andamento da colheita no estado é uma indicação da importância da cultura do algodão para Mato Grosso, um dos principais produtores do país. Mesmo com os atrasos, a colheita se aproxima do fim, reforçando a capacidade dos produtores de superar desafios e concluir o processo de forma eficaz.

  • Algodão/CEPEA: Negócios seguem lentos no Brasil

    Algodão/CEPEA: Negócios seguem lentos no Brasil

    O ritmo de negócios envolvendo algodão em pluma segue lento. Segundo pesquisadores do Cepea, esse cenário está atrelado ora à qualidade dos lotes, ora à disparidade entre os preços de compra e venda.

    Agentes consultados pelo Cepea dão prioridade ao cumprimento de contratos; e, assim como comerciantes, que buscam a pluma para atender a suas programações, esses demandantes também apontam dificuldade em encontrar lotes que supram a qualidade desejada, mesmo estando dispostos a pagar valores maiores.

    Parte dos vendedores, por sua vez, até está flexível nos valores de negociação, mas muitos compradores ofertam preços ainda menores.

    Estimativas

    Em relatório divulgado neste mês, a Conab apontou que a produção brasileira deve crescer 15,1%, mantendo o recorde de 3,654 milhões de toneladas.  Em termos globais, o USDA estima a produção mundial da safra 2024/25 em 25,348 milhões de toneladas, avanço de 2,5% frente à safra 2023/24.

    Destaca-se que o Departamento indicou que o Brasil segue na liderança das exportações mundiais, com 2,722 milhões de toneladas, e market share de 29%.

  • Clima adverso reduz em 21,4 milhões de toneladas a safra de grãos

    Clima adverso reduz em 21,4 milhões de toneladas a safra de grãos

    Em sua última projeção da safra 2023/2024, de setembro, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) indica uma produção estimada em 298,41 milhões de toneladas, uma redução de 21,4 milhões de toneladas em relação ao volume obtido no ciclo anterior.

    A diminuição, segundo a companhia, se deve, sobretudo, à demora na regularização de chuvas no início da janela de plantio, aliada às baixas precipitações durante parte do ciclo das lavouras nos estados do Centro-Oeste, além de Maranhão, Tocantins, Piauí, Bahia, São Paulo e Paraná.

    Outro fator citado pela Conab, em nota, é o excesso de precipitação registrado no Rio Grande do Sul, principalmente nas lavouras de primeira safra.

    “Os estados paulista e paranaense, além do Mato Grosso do Sul, também apresentaram condições adversas durante o desenvolvimento das culturas de segunda safra. Ainda assim, esta é a segunda maior safra a ser colhida na série histórica”, explica a Conab.

    A área semeada está estimada em 79,82 milhões de hectares, um acréscimo de 1,6% ou 1,27 milhão de hectares sobre 2022/2023. Já a produtividade média das lavouras registra redução de 8,2%, saindo de 4.072 quilos por hectare na temporada passada para 3.739 quilos por hectare.

    Soja

    Dentre as culturas afetadas pelo clima adverso, a Conab destaca a soja, cujo volume total colhido na safra 2023/2024 é estimado em 147,38 milhões de toneladas, uma redução de 7,23 milhões de toneladas em relação ao período 2022/2023.

    “A queda observada se deve, principalmente, ao atraso do início das chuvas, às baixas precipitações e às altas temperaturas nas áreas semeadas entre setembro e novembro, nas regiões Centro-Oeste e Sudeste e na região do Matopiba [Maranhão, Tocantis, Piauí, Bahia]”, informa.

    Segundo a companhia, esse cenário causou replantios e perdas de produtividade. Apenas em Mato Grosso, principal estado produtor de soja, a produção ficou em 39,34 milhões de toneladas, uma redução de 11,9% em relação ao primeiro levantamento e de 15,7% em relação à safra passada.

    No Rio Grande do Sul, o excesso de chuva também prejudicou a produção da oleaginosa.

    Milho

    Outro produto que, segundo a Conab, também sofreu consequências do clima ao longo do desenvolvimento do cultivo foi o milho. Na primeira safra, as altas temperaturas e chuvas irregulares impactaram importantes regiões produtoras, como Minas Gerais.

    “No segundo ciclo do cereal, o clima foi mais favorável em Mato Grosso e Goiás, por exemplo. Mas em Mato Grosso do Sul, em São Paulo e no Paraná, veranicos ocorridos em março e abril, aliados a altas temperaturas e ataques de pragas, comprometeram o potencial produtivo.”

    Além do menor desempenho, a companhia identificou redução na área destinada ao cultivo do grão. “Nesse cenário de menor área e produtividade, a colheita total de milho está estimada em 115,72 milhões de toneladas nesta safra, queda de 12,3% do produzido em 2022/2023”.

    Algodão

    A Conab apontou ligeira queda de 1,5% na produtividade do algodão, estimada em 4.561 quilos por hectare de algodão em caroço. A área destinada para a cultura, entretanto, registrou “aumento expressivo” de 16,9%, o que reflete em uma elevação na produção de 15,1%.

    Apenas para a pluma, a companhia estima uma colheita de 3,65 milhões de toneladas, “novo recorde para a série histórica”.

    Arroz e feijão

    O volume colhido para arroz e feijão também é maior nesta safra quando comparado à temporada passada. No ciclo 2023/2024, a produção estimada em 10,59 milhões de toneladas de arroz representa um crescimento de 5,5%.

    “Essa elevação é influenciada, principalmente, pela maior área cultivada no país, uma vez que a produtividade média das lavouras foi prejudicada, reflexo das adversidades climáticas, com instabilidade durante o ciclo produtivo da cultura, em especial no Rio Grande do Sul, maior estado produtor do grão.”

    No caso do feijão, a safra total estimada é de 3,25 milhões de toneladas, 7% superior à produção de 2022/23. O bom resultado é influenciado, principalmente, pelo desempenho registrado na segunda safra da leguminosa, onde foi registrado um acréscimo de 18,5% na produção, chegando a 1,5 milhão de toneladas”.

    Edição: Fernando Fraga

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  • Embaixador do Vietnã sinaliza interesse de aumentar as importações de DDG e algodão produzido em Mato Grosso

    Embaixador do Vietnã sinaliza interesse de aumentar as importações de DDG e algodão produzido em Mato Grosso

    A corrente de comércio entre o Vietnã e o Brasil tem potencial de crescimento com a ampliação da exportação de algodão e DDG de milho produzido em Mato Grosso. Essa possibilidade de expansão das relações comerciais foi discutida durante visita do Embaixador vietnamita Bui Van Nghi à Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt) na manhã dessa quarta-feira (11.09).

    A comitiva, composta também pela primeira secretária da Embaixada do Vietnã, Tran Lam Nga, e a assessora Le Hong Ngoc, foi recebida pela equipe técnica da Fiemt, liderada pelo presidente em exercício, Gustavo de Oliveira.

    Mato Grosso é o estado brasileiro que mais exporta para o Vietnã, somando US$ 1,3 bilhões (3,3 milhões de toneladas) em 2023. Ou seja, um terço da exportação brasileira que foi para o Vietnã, saiu de Mato Grosso. O país vietnamita também é um importante parceiro comercial das indústrias mato-grossenses, sendo o terceiro destino mais procurado para o envio de produtos do estado.

    O embaixador destacou a necessidade de estreitar as relações comerciais, com possibilidades de atração de empresários do Vietnã para investirem no processamento do algodão de Mato Grosso. Outro importante produto comercial é o DDG, um dos produtos resultantes da produção do etanol de milho.

    Os compradores vietnamitas também têm o interesse de adquirir, diretamente do produtor, soja e açúcar. Ele também ressaltou a união de esforços com o Brasil na produção do café para a definição dos preços no mercado europeu.

    O Brasil possui uma tratativa em negociação de acordo comercial com o Vietnã para a criação de um Acordo de Livre Comércio Mercosul – Vietnã. Em 2020, Mercosul e Vietnã concluíram o Diálogo Exploratório, em que expressaram a possibilidade negociar um acordo de livre comércio abrangente, comercialmente significativo e mutuamente vantajoso.

  • Desafio na cultura do algodão é conscientizar produtor a rotacionar culturas, dizem pesquisadores

    Desafio na cultura do algodão é conscientizar produtor a rotacionar culturas, dizem pesquisadores

    Três pesquisadores da Embrapa Agropecuária Oeste fizeram parte da programação no 14º Congresso Brasileiro do Algodão , realizado de 3 a 5 de setembro de 2024, em Fortaleza, CE. O pesquisador Fernando Mendes Lamas participa há muitos anos do evento, sendo um dos membros da Comissão Científica e, neste ano, também foi moderador de um Hub pra debates; Júlio Cesar Salton ministrou a palestra “Atributos físicos x crescimento e desenvolvimento das plantas”; e Guilherme Lafourcade Asmus fez palestra sobre o “ Aumento da ocorrência e danos causados ​​por Rotylenchulus reniformis e a evolução da Meloidoginose no algodoeiro”.

    Lamas falou que um dos desafios na cultura do algodão é o modelo de soja-algodão, por ser praticamente em monocultura. “O produtor rural precisa se conscientizar de que a rotação de culturas é extremamente importante, seja com milho ou com qualquer outra cultura, incluindo, no sistema, plantas de serviços, como braquiárias, crotalárias e outras”.

    Ele explica que a Comissão Científica especifica a programação do Congresso dando destaque à rotação de culturas, por ser uma técnica importante no controle de doenças, plantas convencionais, indiretas e nematoides. “O tema ocupou um bom espaço de todas as nossas discussões”. A questão de fisiologia do algodoeiro, especialmente em função das mudanças climáticas, foi outro tema que a Comissão Científica valorizou na programação. “O algodoeiro é uma planta de baixa eficiência fotossintética, tem uma produtividade física reduzida quando há estresse térmico ou estresse hídrico. Por isso, foram temas que também foram abordados durante o Congresso”, disse Lamas ( veja a programação completa ).

    Na palestra de Salton, ele mostrou como a capacidade do “sistema solo” fornece condições para as plantas tolerarem adversidades climáticas como a ocorrência de veranicos quando há cobertura permanente da superfície do solo​, solo com boa estrutura​, agregados grandes e resultados​ e porosidade contínua. “Os resultados são maiores taxas de infiltração da água​, menor perda por evaporação​, maior armazenamento e quantidade de água​ e menor temperatura e amplitude térmica”, falou​.

    Em experimentos em solos de fazendas de Mato Grosso do Sul (municípios de Dourados, Naviraí, Ponta Porâ, Chapadão do Sul e Selvíria ) , com alta, média e baixa quantidade de argila no solo, independentemente do tipo de solo, todos convergiram para o mesmo resultado: “Para que o produtor rural tenha um solo de qualidade, considerando o aspecto físico, é preciso que ele tenha a entrada de material orgânico, que é o combustível para a atividade biológica e, com isso, a melhoria da qualidade física, qualidade da estrutura do solo. Isso então nós medimos em diversos ambientes”, disse Salton, que fez experimentos em Plantio Convencional (PC), Pasto Permanente (PP), Plantio Direto (PD), Integração Lavoura-Pecuária (ILP), tendo o pior resultado sempre em Plantio Convencional .

    Quanto à ocorrência de nematóides, o pesquisador Asmus disse que há uma série de opções de culturas para diversificar o sistema de produção que inclui o algodoeiro. existindo uma série de gramíneas, como forrageiras, milho e sorgo. “O mais importante é o produtor rural e o técnico saber qual nematoide tem em sua propriedade para fazer a melhor escolha de culturas”, alertou o pesquisador.

    As características de áreas infestadas são solos de textura argilosa, boa fertilidade, áreas de monocultivo, reboleiras maiores que o usual e há problemas de fertilidade/compactação. Segundo Asmus, o produtor tem dificuldade, às vezes, de manejar o sistema, primeiro, porque realiza o manejo por pouco tempo, por exemplo, fazendo rotações de culturas somente por um ano.

    “Em um período curto, pode não haver um resultado esmagador, porque o nematoide, como o Rotylenchulus reniformis (Rr) , por exemplo, tem alta persistência no solo, e são necessárias ações de médio a longo prazo”, explicou. Outro ponto é quanto à extensão da área em que o manejo deve ser realizado em áreas extensas e não localizadas, porque os nematóides se distribuem de forma mais uniforme pela área.

    Ele lembra que é necessário que todas as medidas sejam utilizadas para o manejo de nematóides, ou seja, a rotação de culturas, o bom equilíbrio nutricional e, eventualmente, os tratamentos de semente de solo com produtos, sejam químicos ou biológicos.

  • Mercado de algodão inicia setembro com alta volatilidade nas cotações

    Mercado de algodão inicia setembro com alta volatilidade nas cotações

    As cotações internacionais do algodão em pluma iniciaram o mês de setembro com uma volatilidade acentuada. Pesquisadores do Cepea indicam que a dificuldade em se acordar sobre os preços e a qualidade dos lotes disponíveis no mercado spot tem restrição de liquidez do produto. Essa situação se agrava com os fornecedores priorizando a entrega de contratos tanto para o mercado interno quanto para o externo.

    No lado dos comerciantes, há uma busca ativa por novos lotes para atender às suas programações, mas muitos têm operados com negócios “casados” — um tipo de transação que combina a venda de um produto com a aquisição de outro.

    Em relação ao mercado de fios, agentes consultados pelo Cepea relataram uma melhora no ritmo das negociações. Esse cenário reflete uma demanda pontual, motivada pela necessidade imediata de reposição de estoques, ou que contribui para uma entrega mais ativa no setor.

    A expectativa é que essa volatilidade nas cotações se mantenha enquanto as incertezas sobre a qualidade e a disponibilidade dos lotes persistirem.