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  • Preço do algodão em pluma sobe e amplia vantagem sobre exportações

    Preço do algodão em pluma sobe e amplia vantagem sobre exportações

    Os preços do algodão em pluma seguem em alta no mercado interno, ampliando a vantagem sobre os valores da paridade de exportação. Segundo pesquisas do Cepea, a valorização ocorre devido à firmeza dos vendedores na negociação dos volumes remanescentes da entressafra, enquanto compradores com demanda no mercado spot aceitam pagar mais, principalmente por lotes com qualidade desejada.

    O Indicador CEPEA/ESALQ, com pagamento em oito dias, iniciou a semana cotado a R$ 4,1957 por libra-peso, retornando aos patamares observados no início do ano. No acumulado de fevereiro, até o dia 24, a valorização já alcança 2%.

    A média parcial do mês, de R$ 4,1312/lp, supera em 5,6% a paridade de exportação, registrando a maior vantagem dos preços domésticos desde abril de 2023, quando a diferença foi de 12,1%.

  • Safra de milho e algodão avança apesar de desafios climáticos e fitossanitários

    Safra de milho e algodão avança apesar de desafios climáticos e fitossanitários

    A semeadura da safra de milho e algodão avança em Lucas do Rio Verde e região, mesmo com desafios que vêm exigindo ajustes técnicos por parte dos produtores. O diretor de pesquisas da Fundação Rio Verde, Fábio Pitellkow, destaca que, apesar das chuvas registradas nos últimos dias, o clima tem permitido a continuidade dos trabalhos no campo, embora em um ritmo mais lento do que o esperado.

    No caso do algodão, o plantio se estendeu além do previsto, o que pode representar um risco maior à produtividade caso falte chuva no futuro. “Estamos conseguindo cumprir as tarefas, mas fugindo um pouco do cronograma esperado. Ainda há áreas comerciais em processo de plantio, o que nos coloca em um período de maior risco de perda de potencial produtivo”, explica Pitellkow. No entanto, ele ressalta que os produtores têm se ajustado tecnicamente, escolhendo materiais mais adequados e adotando estratégias para mitigar possíveis impactos.

    A cultura do milho também enfrenta desafios, especialmente na fase inicial, com uma pressão significativa de lagartas. Pitellkow alerta para a necessidade de monitoramento constante e reforça que as biotecnologias disponíveis nem sempre têm sido plenamente eficazes no controle dessas pragas, tornando necessária a aplicação de defensivos químicos para preservar o potencial produtivo das lavouras. “O percevejo também é uma preocupação constante, pois conhecemos o dano que pode causar. Além disso, a cigarrinha do milho requer atenção, pois mesmo com populações baixas no campo, já observamos no ano passado problemas severos com o complexo de enfezamentos, transmitidos por essa praga”, afirma o diretor da Fundação Rio Verde.

    Colheita de soja

    Enquanto a semeadura do milho e do algodão avança, a colheita da soja ainda está em andamento na região, com um volume significativo a ser retirado do campo no Médio Norte. A umidade e as chuvas têm dificultado o andamento da colheita, mas, de modo geral, os produtores avaliam os resultados de forma positiva. “Sempre investimos para colher mais, e, apesar das dificuldades ao longo do ciclo, temos lavouras com bons potenciais produtivos”, ressalta Pitellkow.

    Entre os desafios enfrentados na safra, ele cita o manejo de nematoides, mancha alvo e a ocorrência de podridão de grãos em alguns talhões. Ainda assim, a perspectiva para a produtividade é favorável. “Conversando com os produtores, percebemos que, de maneira geral, estão satisfeitos com o que planejaram, executaram e agora estão colhendo”, finaliza o diretor de pesquisas.

    A Fundação Rio Verde segue acompanhando o desenvolvimento das lavouras na região e reforça a importância do monitoramento fitossanitário para garantir a segurança produtiva da safra.

  • Semeadura do algodão em Mato Grosso atinge 95,68% da área projetada

    Semeadura do algodão em Mato Grosso atinge 95,68% da área projetada

    A semeadura do algodão da safra 2024/25 em Mato Grosso avançou significativamente na última semana, atingindo 95,68% da área projetada para o ciclo, segundo dados do IMEA divulgados na sexta-feira (14). O avanço semanal foi de 16,12 pontos percentuais, porém o ritmo ainda se mantém 4,29 p.p. abaixo do registrado no mesmo período da safra 2023/24.

    Entre as regiões do estado, a Nordeste segue liderando os trabalhos de plantio, com 99,08% da área já semeada. Em contrapartida, a Noroeste apresenta o menor progresso, com 90,88% da área plantada, refletindo desafios regionais no andamento da safra.

    No mercado de algodão em pluma, o cenário é de baixa liquidez e preços pressionados. De acordo com análises do Cepea, há um impasse entre vendedores e compradores, que não chegam a um consenso sobre o preço e a qualidade dos lotes disponíveis no mercado spot nacional. Os vendedores estão focados no cumprimento de contratos a termo, enquanto os cotonicultores direcionam seus esforços para as atividades no campo, aproveitando as condições climáticas favoráveis para a colheita da soja e a semeadura do algodão. Do lado comprador, apenas agentes com necessidade urgente de recompor estoques se mostram mais ativos no mercado.

    Com esse cenário, a comercialização da pluma segue travada, e o setor aguarda novas movimentações para avaliar o impacto sobre os preços no curto prazo.

  • Comercialização da pluma avança em janeiro com preços mais atrativos

    Comercialização da pluma avança em janeiro com preços mais atrativos

    O mercado de algodão em pluma registrou avanço nas vendas em janeiro de 2025, impulsionado por preços mais atrativos. Segundo dados do setor, a comercialização da safra 2023/24 atingiu 84,65% da produção projetada, com preços médios de R$ 132,87/@, o que representa uma alta de 2,34% em relação a dezembro de 2024.

    Para a safra 2024/25, as condições de mercado mais favoráveis estimularam a comercialização, que já alcançou 49,05% da produção estimada. O cenário positivo reforça a confiança dos produtores e o ritmo de escoamento da safra.

    Já a safra 2025/26 teve suas primeiras vendas registradas, mas com um leve atraso. Até o momento, 3,42% da produção foi comercializada, número 1,65 ponto percentual abaixo do observado no mesmo período da safra anterior. O ritmo mais lento indica que os agentes do mercado seguem cautelosos em relação às perspectivas futuras.

    Com a evolução das vendas e as oscilações de preço, o setor segue atento aos desdobramentos do mercado interno e externo, que podem influenciar nas decisões comerciais nos próximos meses.

  • Exportações de algodão batem recorde, mas mercado interno segue com negociações pontuais

    Exportações de algodão batem recorde, mas mercado interno segue com negociações pontuais

    O mercado doméstico de algodão em pluma iniciou fevereiro com negociações pontuais, em meio a dificuldades para se estabelecer um consenso sobre preço e qualidade dos lotes disponíveis. Enquanto alguns compradores tentam adquirir novos volumes a valores mais baixos, outros estão dispostos a pagar mais para garantir a oferta, evidenciando a falta de um equilíbrio entre oferta e demanda no setor.

    No cenário internacional, o Brasil tem se destacado com um início de ano acelerado nas exportações de algodão, alcançando volumes recordes. Segundo a Secex, apenas em janeiro, foram embarcadas 415,6 mil toneladas da pluma, o maior volume já registrado para o mês. Esse desempenho reforça a posição do Brasil como um dos principais exportadores globais da commodity.

    O acumulado dos últimos 12 meses (de fevereiro de 2024 a janeiro de 2025) mostra um avanço expressivo, com mais de 2,9 milhões de toneladas exportadas. Esse resultado também representa um recorde histórico para o período, impulsionado pela forte demanda externa e pela competitividade da fibra brasileira no mercado global.

    Diante desse panorama, o setor segue atento às oscilações de preços internos e externos, além das condições climáticas que podem influenciar a próxima safra. Enquanto as exportações se mantêm aquecidas, a instabilidade nas negociações no mercado interno pode impactar o ritmo das transações nos próximos meses.

  • Indústrias intensificam compras de algodão para repor estoques, aponta Cepea

    Indústrias intensificam compras de algodão para repor estoques, aponta Cepea

    Pesquisas realizadas pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) indicam um aumento no interesse das indústrias pela aquisição de algodão, impulsionado pela necessidade de atender demandas imediatas e repor estoques. Segundo o levantamento, agentes do mercado também estão intensificando a movimentação em contratos a termo, com entregas previstas para as próximas semanas.

    O cenário atual mostra vendedores disponibilizando novos lotes no mercado spot e demonstrando flexibilidade nos valores para fechar negociações. Essa abertura tem facilitado os acordos, mesmo em um momento de atenção redobrada por parte dos cotonicultores, que monitoram o avanço do cultivo da nova safra e as condições climáticas.

    Em Mato Grosso, maior produtor de algodão do país, as chuvas têm impactado o ritmo da colheita da soja e, consequentemente, o plantio do algodão de segunda safra. De acordo com análises do Cepea, esse atraso deve prolongar o período de cultivo nesta temporada, o que pode influenciar a disponibilidade e os preços da matéria-prima nos próximos meses.

    O mercado de algodão segue em movimento, com compradores e vendedores buscando equilíbrio em meio às incertezas climáticas e à demanda industrial. Enquanto as indústrias buscam garantir suprimentos para suas operações, os produtores acompanham de perto o desenvolvimento da safra e as condições do mercado, que podem definir os rumos das negociações nos próximos períodos.

    O Cepea ressalta que a flexibilidade dos vendedores e a disposição das indústrias em fechar negócios têm sido fatores-chave para manter a dinâmica do mercado, mesmo em um contexto de desafios climáticos e logísticos. A atenção agora se volta para o desenrolar da safra e os impactos das condições meteorológicas na oferta e nos preços do algodão.

  • Custo de produção do algodão em MT deve aumentar quase 16% na safra 25/26

    Custo de produção do algodão em MT deve aumentar quase 16% na safra 25/26

    A estimativa de dezembro de 2024 do Custo de Produção Agropecuária de Mato Grosso (CPA-MT) para o Custo Operacional Efetivo (COE) do algodão na safra 2025/26 é de R$ 15.179,03 por hectare, o que representa um aumento de 15,94% em relação ao consolidado da safra anterior. O principal fator para essa elevação é o incremento de 15,11% nos custos com defensivos agrícolas, acompanhado de um aumento expressivo de 36,27% nos gastos com micronutrientes.

    Segundo o CPA-MT, o cenário está diretamente relacionado à valorização do dólar e à atualização dos painéis modais de custo de produção, que indicaram um acréscimo nas aplicações desses insumos.

    Com base no preço médio futuro negociado em dezembro de 2024, de R$ 133,07 por arroba, o cotonicultor precisará atingir uma produtividade mínima de 114,07 arrobas por hectare para cobrir o COE da safra 25/26. Apesar de a produtividade necessária ser 2,87% inferior à média registrada nos últimos anos, os desafios climáticos deste início de ciclo trazem um ponto de atenção para os produtores.

    O cenário reforça a importância de estratégias de manejo e monitoramento, buscando mitigar os impactos climáticos e os custos elevados para manter a viabilidade econômica da cultura.

  • Exportações brasileiras de algodão começam 2025 em alta e podem atingir recorde mensal

    Exportações brasileiras de algodão começam 2025 em alta e podem atingir recorde mensal

    As exportações de algodão em pluma do Brasil iniciaram 2025 com forte desempenho, impulsionadas pelo amplo excedente interno e pelo avanço de contratos a termo. De acordo com pesquisadores do Cepea, os exportadores têm aproveitado os atuais patamares do câmbio para obter receitas superiores às praticadas no mercado interno.

    Dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), analisados pelo Cepea, mostram que, nos primeiros 12 dias úteis de janeiro, o país embarcou 265,6 mil toneladas de algodão, superando em 6,1% o volume registrado no mesmo período de 2024. A média diária de exportação subiu para 22,1 mil toneladas, quase o dobro das 11,4 mil toneladas observadas em janeiro de 2024.

    Se o ritmo atual de embarques for mantido até o fim do mês, o Brasil pode superar a marca de 480 mil toneladas exportadas, estabelecendo um novo recorde mensal.

    No mercado interno, as negociações da pluma seguem em ritmo lento. Muitas indústrias estão retomando as atividades com estoques adquiridos anteriormente, o que mantém o foco do setor voltado para as exportações neste início de ano.

  • Produtores de algodão enfrentam desafios climáticos e queda nos preços em 2025

    Produtores de algodão enfrentam desafios climáticos e queda nos preços em 2025

    Os produtores de algodão em pluma no Brasil iniciam 2025 concentrados no cultivo da nova safra e na comercialização dos volumes colhidos e beneficiados no ano anterior. Segundo análise do Cepea, o cenário atual é desafiador, marcado por condições climáticas adversas e retração no mercado internacional.

    No Brasil, o clima tem sido motivo de atenção, especialmente nas áreas do Cerrado, onde o excesso de chuvas interfere tanto no andamento da semeadura quanto na qualidade do solo. Até a última sexta-feira (10), o plantio do algodão em Mato Grosso, maior estado produtor, alcançou 14,20% da área projetada, um avanço semanal de 3,91 pontos percentuais. Apesar disso, o ritmo está atrasado em relação à safra passada e à média histórica, em parte devido ao atraso na colheita da soja, que antecede o cultivo do algodão.

    No mercado internacional, os preços do algodão têm sofrido com a oferta global abundante e sinais de desaceleração no consumo, especialmente na China. A nação asiática, maior importadora mundial da fibra, indicou redução significativa nas compras para a temporada 2024/25, um movimento que afeta diretamente as exportações brasileiras.

    No mercado doméstico, o impacto dos recuos internacionais e da valorização do real frente ao dólar tem pressionado a paridade de exportação, resultando em queda nos preços pagos aos produtores brasileiros. Esse panorama reforça a necessidade de estratégias de comercialização mais cautelosas, especialmente em um momento em que as incertezas climáticas e econômicas dominam o cenário agrícola.

    Mesmo diante desses desafios, o setor algodoeiro brasileiro segue sendo um dos mais competitivos globalmente, respaldado pela qualidade da fibra nacional e pela eficiência logística nas regiões produtoras. A expectativa é de que o alinhamento entre mercado, clima e produção seja determinante para os resultados de 2025.

  • Cadeia produtiva de algodão enfrenta desafios e oportunidades em 2025

    Cadeia produtiva de algodão enfrenta desafios e oportunidades em 2025

    O ano de 2025 promete novos desafios para a cadeia produtiva de algodão, que, após alcançar recordes em 2024, enfrenta um cenário de incertezas e ajustes no mercado. De acordo com pesquisadores do Cepea, a produção mundial de algodão está crescendo em um ritmo superior ao da demanda, o que já sinaliza um descompasso no equilíbrio entre oferta e procura. Além disso, o aumento nos custos de produção superou os aumentos nos preços de venda, o que deve impactar negativamente as margens de lucro dos produtores para a nova temporada.

    A economia mundial apresenta crescimento moderado, similar ao observado em 2024, e o preço do petróleo segue abaixo dos níveis registrados no ano anterior, o que pode favorecer as fibras sintéticas, aumentando a concorrência com o algodão no mercado têxtil. Os contratos futuros de algodão indicam uma tendência de estabilidade para 2025, sem grandes variações esperadas nos preços.

    No Brasil, a pressão sobre as cotações do algodão pode vir de diversos fatores, como a maior oferta do produto, um estoque de passagem elevado, uma demanda contida e o crescimento econômico mundial aquém do esperado. No entanto, há também fatores que podem apoiar os preços, como a valorização do dólar frente ao real, o que torna o algodão brasileiro mais competitivo no mercado internacional, impulsionando a paridade de exportação.

    Assim, enquanto o cenário global de algodão enfrenta desafios, fatores cambiais podem atenuar as pressões internas, oferecendo oportunidades para a manutenção de competitividade nas exportações brasileiras.