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  • Lucas do Rio Verde Lidera em Alfabetização em Mato Grosso com Quase 100% da População Acima de 15 Anos Alfabetizada

    Lucas do Rio Verde Lidera em Alfabetização em Mato Grosso com Quase 100% da População Acima de 15 Anos Alfabetizada

    Um novo marco histórico foi alcançado em Lucas do Rio Verde: o município ostenta agora o maior índice de alfabetização do estado de Mato Grosso, segundo dados do Censo Demográfico 2022 do IBGE.

    Com uma taxa de 97,16% da população com 15 anos ou mais sabendo ler e escrever, Lucas do Rio Verde supera a média do estado (94,19%) e do país (93%).

    Esse resultado é fruto de um investimento consistente em educação, com destaque para o programa “Mais MT Muxirum”, uma parceria entre a Prefeitura de Lucas do Rio Verde e o Governo do Estado que visa reduzir o analfabetismo entre pessoas adultas. Desde o início do programa em 2021, cerca de 100 pessoas já aprenderam a ler e escrever no município.

    Mais do que números: o impacto da alfabetização na vida das pessoas

    Para o prefeito de Lucas do Rio Verde, Miguel Vaz, a conquista vai além dos números: “A alfabetização é a chave para o desenvolvimento individual e social. Ela permite que as pessoas participem da sociedade de forma plena, exerçam seus direitos e construam um futuro melhor para si e para suas famílias.”

    A secretária de Educação, Elaine Lovatel, complementa: “É muito gratificante ver o sorriso no rosto de cada pessoa que aprende a ler e escrever. A alfabetização abre portas, gera oportunidades e transforma vidas.”

    Compromisso com a educação

    A Prefeitura de Lucas do Rio Verde segue comprometida em garantir o acesso à educação de qualidade para todos os cidadãos. Em junho deste ano, serão abertas quatro novas turmas do programa “Mais MT Muxirum” para pessoas com 15 anos ou mais que ainda não tiveram a oportunidade de se alfabetizar. As aulas acontecerão em escolas localizadas nos bairros Luiz Carlos Tessele Junior, Rio Verde, Vida Nova e Cerrado.

    Informações para inscrição

    As inscrições para as novas turmas do “Mais MT Muxirum” serão abertas em breve. Acompanhe as redes sociais e o site oficial da Prefeitura de Lucas do Rio Verde para saber mais.

  • Mais de 200 mil adultos em Mato Grosso não sabem ler e escrever, revela IBGE

    Mais de 200 mil adultos em Mato Grosso não sabem ler e escrever, revela IBGE

    O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou dados do Censo Demográfico 2022 que indicam que 5,81% da população de Mato Grosso com 15 anos ou mais, o equivalente a mais de 212 mil pessoas, não sabe ler e escrever uma carta simples.

    Apesar do número significativo, o estado apresenta uma taxa de alfabetização de 94,19%, superior à média nacional de 93%. Isso significa que, no geral, o nível de alfabetização em Mato Grosso está acima da média do país.

    Desigualdades regionais:

    O estudo também revela disparidades no nível de alfabetização entre as cidades do estado. As três cidades com os melhores índices são:

    • Lucas do Rio Verde: 97,16%
    • Primavera do Leste: 96,81%
    • Cuiabá: 96,73%

    Relacionamos: Mato Grosso lidera ranking com menor taxa de desemprego do país!

    Já as cidades com os piores índices são:

    • Nova Nazaré: 82,43%
    • Nova Brasilândia: 79,79%
    • Porto Estrela: 77,76%

    Mato Grosso no cenário nacional:

    Em relação ao cenário nacional, Mato Grosso ocupa a décima posição entre os estados com maior taxa de alfabetização. Os estados com os melhores índices são Santa Catarina (97,33%), Distrito Federal (97,23%) e Rio Grande do Sul (96,89%).

    Desafios e ações:

    Os dados do IBGE evidenciam a necessidade de ações contínuas para reduzir o índice de analfabetismo em Mato Grosso, com foco nas regiões e grupos populacionais mais vulneráveis.

    Investir em educação de qualidade, especialmente na alfabetização de adultos, é crucial para o desenvolvimento social e econômico do estado.

    Confira os 10 municípios de Mato Grosso com as melhores taxas de alfabetização:

    CidadeTaxa de alfabetização
    Lucas do Rio Verde97,16%
    Primavera do Leste96,81%
    Cuiabá96,73%
    Sinop96,57%
    Nova Mutum96,12%
    Sorriso96%
    Ipiranga do Norte95,83%
    Campo Novo do Parecis95,70%
    Barra do Garças95,69%
    Sapezal95,60%

    A erradicação do analfabetismo é um compromisso de todos. Somente com a união de esforços dos governos, da sociedade civil e das próprias pessoas que desejam aprender a ler e escrever poderemos construir um futuro mais justo e próspero para todos.

  • Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE

    Taxa de alfabetização chega a 93% da população brasileira, revela IBGE

    No Brasil, das 163 milhões de pessoas com idade igual ou superior a 15 anos, 151,5 milhões sabem ler e escrever ao menos um bilhete simples e 11,4 milhões não têm essa habilidade mínima. Em números proporcionais, o resultado indica taxa de alfabetização em 93%, em 2022 e, consequentemente, a taxa de analfabetismo foi 7% do contingente populacional.

    Os dados são do Censo Demográfico 2022 – Alfabetização: Resultados do universo, divulgado nesta sexta-feira (17) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

    Segundo o IBGE, observa-se uma tendência de aumento da taxa de alfabetização das pessoas de 15 anos ou mais ao longo dos censos. Em 1940, menos da metade da população era alfabetizada, 44,%. Após quatro décadas, em 1980, houve aumento de 30,5 pontos percentuais na taxa de alfabetização, passando para 74,5% e, finalmente, depois de mais quatro décadas, o país atingiu um percentual 93% em 2022, representando um aumento de 18,5 pontos percentuais em relação a 1980.

    “A comparação dos resultados de 2000 com os de 2010 e os de 2022 indica que a queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias, refletindo, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 1990, e a transição demográfica que substituiu gerações mais antigas e menos educadas por gerações mais novas e mais educadas”, diz o instituto.

    De acordo com o IBGE, em 2022, o grupo de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%).

    “A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas, conforme almejado pela Constituição de 1988”, diz o órgão.

    Em 2022, a taxa de analfabetismo de pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais era de 4,3% e de 2,5%, respectivamente, enquanto a taxa de analfabetismo de pretos, pardos e indígenas na mesma faixa etária era de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

    Segundo o IBGE, as mulheres tendem a apresentar melhores indicadores educacionais do que os homens, inclusive melhores taxa de alfabetização. Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era 93,5%, enquanto o de homens era 92,5%.

    Essa vantagem das mulheres foi verificada em praticamente todos os grupos etários analisados, exceto entre os mais velhos de 65 anos ou mais de idade. A maior diferença em pontos percentuais a favor das mulheres foi no grupo de 45 a 54 anos, atingindo 2,7 pontos percentuais, ainda que as mulheres pertencentes aos grupos de idade abaixo de 45 anos sigam apresentando maiores taxas de alfabetização comparadas aos homens dos mesmos grupos de idade. Somente na faixa etária de 65 anos ou mais, os homens apresentavam uma proporção maior de pessoas que sabiam ler e escrever, de 79,9%, comparado ao de 79,6% das mulheres.

    A Região Sul se mantém com a maior taxa de alfabetização de pessoas com 15 anos ou mais. O percentual passou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, com maiores taxas, vem a Região Sudeste, que variou de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022.

    O percentual de alfabetização da Região Nordeste permaneceu o mais baixo do país, embora tenha apresentado aumento – de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização foi encontrada na Região Norte tanto em 2010 quanto em 2022. Nessa região, o indicador seguiu a tendência nacional, passando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, situando-se um pouco mais próximo do índice da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

    População indígena

    A taxa de alfabetização das pessoas indígenas – incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento –, foi 85% em 2022. De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo dessa população caiu de 23,4% para 15,1%. A queda mais expressiva foi observada na região Norte (de 31,3% para 15,3%).

    A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 anos (de 22,9% para 12%), 55 a 64 anos (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%).

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  • Estados e municípios devem apresentar demandas para alfabetização

    Estados e municípios devem apresentar demandas para alfabetização

    O governo federal divulgou as regras para que as redes públicas de educação básica dos estados, Distrito Federal e municípios possam apresentar as demandas por ações do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA). A medida, publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira (13), possibilitará apoio técnico e financeiro do Ministério da Educação (MEC) às unidades federativas que aderiram à política pública.

    Lançado no mês de junho, o CNCA tem a previsão de investimentos de R$ 2 bilhões em quatro anos, com o objetivo de garantir que todas as crianças que cheguem ao 2º ano do ensino fundamental estejam alfabetizadas, além de recompor a aprendizagem impactada pela pandemia de covid-19. A política pública busca atuar sobre os índices revelados pela pesquisa Alfabetiza Brasil, que apontaram a não alfabetização de 56,4% dos 2,8 milhões de crianças concluíram o 2º ano do ensino fundamental em 2021.

    As demandas que vão integrar o Plano de Ações Articuladas (PAR), vigente de 2021 a 2024, para atendimento do CNCA, terão que observar critérios de prioridade para formação continuada dos profissionais de educação, aquisição de material didático e equipamentos em técnica digital (TIC). As unidades federativas poderão apresentar demandas do território estadual e demandas individuais.

    Um Plano de Ações do Território Estadual (PATE) será elaborado a cada ano, com as necessidades a serem atendidas por ações colaborativas entre União, estados e municípios, para alfabetização nos 1º e 2º anos do ensino fundamental; para a recomposição da aprendizagem, do 3º ao 5º ano do ensino fundamental; e para a educação infantil, com objetivo de desenvolvimento da oralidade, leitura e escrita. O documento, auxiliar ao PAR, reunirá diagnóstico, planejamento de ações, avaliação do MEC, adesão do município ao CNCA, demandas apresentadas e planejamento para o PAR.

    Os municípios que não aderirem ao plano de seu estado, ou que fizerem adesão parcial, poderão apresentar demandas individuais diretamente no seu Plano de Ações Articuladas, desde que as demandas não estejam contempladas no PATE.

    As demandas de equipamentos em técnica digital que viabilizem a articulação institucional e a supervisão pedagógica também poderão ser apresentadas pelos municípios, estados e Distrito Federal, com a condição de que participem da Rede Nacional de Articulação de Gestão, Formação e Mobilização (Renalfa).

    Edição: Nádia Franco
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  • Camilo defende grande pacto nacional para alfabetização de crianças

    Camilo defende grande pacto nacional para alfabetização de crianças

    O ministro da Educação, Camilo Santana, disse nesta terça-feira (19) que o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada tem o objetivo deapoiar e estimular as ações e iniciativas existentesnos estados e nos municípios.

    “A ideia é criar um grande pacto nacional, para construirmos isso juntos. Todos nos unirmos para garantir a qualidade e a melhoria da aprendizagem das crianças do nosso país”, disse o ministro, durante o Seminário Nacional Pela Alfabetização, realizado em Brasília.

    Até o momento, 100% dos estados brasileiros e 97,1% dos municípios já aderiram ao programa, que tem investimentos previstos de R$ 3 bilhões em quatro anos. O foco é garantir que todas as crianças brasileiras estejam alfabetizadas ao final do 2° ano do ensino fundamental, além da recomposição das aprendizagens, com foco na alfabetização, das crianças matriculadas no 3°, 4° e 5° anos afetadas pela pandemia.

    “Queremos estimular e incentivar os estados que ainda não implementaram o programa e apoiar os que já implementaram, além de continuar a parceria importante com as entidades não governamentais”, informou Camilo Santana, para um público composto de gestores estaduais e municipais de educação.

    Segundo o ministro, a política é um dos mecanismos do governo para estimular a permanência dos alunos nas escolas.

    “Precisamos olhar desde a primeira infância, que é a fase mais importante da vida das pessoas. Todas as evidências mostram que, quando uma criança aprende a ler e escrever na idade certa, o rendimento, o histórico curricular acadêmico dela ao longo dos anos melhora, além de diminuir a evasão, a reprovação e o abandono”, disse Santana, lembrando que o último Censo escolar mostrou que 13,1% dos alunos do ensino médio abandonaram a escola.

    O Criança Alfabetizada tem como objetivo subsidiar ações para a promoção da alfabetização na idade certa das crianças do país. A política prevê o protagonismo dos estados e municípios, que deverão elaborar suas próprias políticas locais de alfabetização, de acordo com suas especificidades. A União atua na indução, coordenação e assistência técnica e financeira.

    Segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), em 2021, 56,4% dos estudantes do 2º ano do ensino fundamental não estavam alfabetizados.

    O Seminário Nacional pela Alfabetização é realizado pelos os estados de Alagoas, Amapá, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe, com o apoio da Associação Bem Comum, da Fundação Lemann e do Instituto Natura.

    Poder da educação

    Brasília, (DF) – 19/09/2023 – Aministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participa do evento sobre oCompromisso Nacional Criança Alfabetizada. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.
    Brasília, (DF) – 19/09/2023 – Aministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participa do evento sobre oCompromisso Nacional Criança Alfabetizada. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.Aministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, participa do evento sobre oCompromisso Nacional Criança Alfabetizada. Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

    As diferentes realidades das crianças brasileiras devem ser levadas em conta na hora de pensar em políticas públicas para a educação, ressaltou a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, que também participou do seminário.

    “Não podemos pensar em alfabetização e em educação básica sem todos os nossos recortes, principalmente raciais e territoriais. Não podemos falar em alfabetização do futuro sem fazer um recorte entre crianças negras e brancas”, disse.

    Ela contou um pouco da sua trajetória e destacou a importância da educação na sua vida.

    “Eu sou extremamente impactada pela educação na minha vida. Eu cansei de ouvir que eu jamais seria nada, mas a minha mãe falava todo dia: ‘vocês são pretas e faveladas, vocês têm que estudar, porque o conhecimento ninguém tira’. Se eu não tivesse escutado a minha mãe, talvez eu não estivesse aqui”, disse Anielle, sendo aplaudida de pé pelos participantes do evento.

    O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, ressaltou a importância de todas as redes trabalharem juntas na educação e na assistência social. “Muitas coisas são importantes para vencer a fome e a pobreza, mas nenhuma delas é tão potente quanto a educação”.

    Edição: Lílian Beraldo
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  • Novo ministro da Educação põe alfabetização na idade certa como maior prioridade do MEC

    Novo ministro da Educação põe alfabetização na idade certa como maior prioridade do MEC

    O novo ministro da Educação, Camilo Santana, assumiu o cargo hoje (2), na sede da pasta, em Brasília, colocando como “prioridade absoluta” a alfabetização na idade certa de crianças do ensino básico.

    Santana citou dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), segundo os quais uma em cada três crianças não aprende a ler e escrever na idade certa. De acordo com os dados mais recentes, houve aumento, por exemplo, de 66% no número de crianças de seis e sete anos que não sabem ler e escrever durante a pandemia de covid-19, entre 2019 e 2021.

    “Ou seja: a maioria é analfabeta dentro da própria escola, o que provoca graves repercussões na sequência da vida dessas crianças”, disse o novo ministro da Educação, que foi empossado ontem (1º) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Se impõe uma prioridade absoluta nesse país, a de promover a alfabetização de todas as crianças na idade certa”, afirmou Santana.

    O ministro atribui os resultados negativos na área à gestão anterior, do governo Jair Bolsonaro. “O que há de mais valioso para uma nação se desenvolver, que é a educação de seu povo, foi tratado como subproduto.”

    Logo no início do discurso, ele homenageou Magda Soares, professora emérita da Universidade Federal de Minas Gerais e uma das maiores referências na área de alfabetização do país, que morreu ontem (1º), aos 90 anos. Ela foi fundadora do Centro de Alfabetização, Leitura e Escrita (Ceale) da UFMG. Santana também pediu aos presentes uma salva de palmas aos professores do Brasil.

    Ex-governador do Ceará por oito anos (2014-2022) e senador eleito pelo estado, Camilo Santana é formado em agronomia e mestre em desenvolvimento ambiental. Antes de chefiar o executivo cearense, ele foi secretário de Cidades e Desenvolvimento Agrário da gestão do ex-governador Cid Gomes.

    Ao montar sua equipe, Santana trouxe consigo outros nomes do Ceará, como a nova secretária-executiva da Educação, cargo número dois da pasta, Izolda Cela, ex-governadora do Ceará, e Fernanda Pacopahyba, ex-secretária de Fazenda do Ceará e que comandará o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Ambas foram bastante aplaudidas ao serem mencionadas pelo novo ministro.

    Outras ações prioritárias

    Em seguida, o ministro citou o combate à evasão escolar, em especial no ensino médio, como tarefa prioritária da Educação. O problema também cresceu nos últimos anos e durante a pandemia de covid-19. “Precisamos garantir todos, todos os alunos na escola nesse país”, afirmou o ministro.

    Ele enumerou ainda, entre as políticas prioritárias da nova gestão, ampliar o ensino em tempo integral, fortalecer o orçamento e a autonomia das universidades públicas, ampliar o acesso dos alunos à internet e a aprovação, no Congresso, da criação e regulamentação do Sistema Nacional de Ensino (SNE), pauta há muito reivindicada por movimentos de defesa da educação.

    De maneira simbólica, Santana recebeu um botom com a identificação do Ministério da Educação das mãos da presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE),Bruna Brelaz, e da presidente da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (Ubes),  Jade Beatriz. O ex-ministro e antecessor na pasta, Victor Godoy, não compareceu à transmissão de cargo.

    Estiveram presentes à solenidade diversos governadores que também acabam de assumir para um novo mandato, como o governador do Ceará (Elmano Freitas), da Bahia (Jerônimo), do Piauí (Rafael Fonteles), do Maranhão (Carlos Brandão), da Paraíba (João), do Rio Grande do Norte (Fátima Bezerra) e do Distrito Federal (Ibaneis Rocha).

    Outros ministros recém-empossados também compareceram, como Nísia Trindade (Saúde), Wellington Dias (Desenvolvimento Social e Combate à Fome), Ana Moser (Esportes) e Vinícius Marques de Carvalho (Controladoria-Geral da União). Também estiveram presentes diversos parlamentares e prefeitos.

    Edição: Maria Claudia

  • Projeto Muxirum forma a primeira turma em Lucas do Rio Verde

    Projeto Muxirum forma a primeira turma em Lucas do Rio Verde

    Uma cerimônia simples, mas bastante emocionante, marcou a formatura de alunos do projeto Muxirum em Lucas do Rio Verde. O ato aconteceu no pavilhão da Igreja Batista, no bairro Jardim das Palmeiras. Alunos, professores e membros da Secretaria Municipal de Educação participaram a solenidade.

    O Mais MT Muxirum é desenvolvido por meio do regime de colaboração entre o Governo do Estado e município. O governo executa o apoio técnico e pedagógico, realizando a formação de profissionais, avaliações externas, premiação de escolas e acompanhamento das ações. O objetivo é erradicar o analfabetismo.

    A coordenadora do projeto, professora Ana Blessa, observou que as aulas tiveram sequência mesmo no período de fim de ano. Ela disse que observar os alunos, todos adultos na faixa de 40 a 50 anos, a ler e escrever é muito gratificante. “Talvez pra muitos possa ser tão simples, mas pra eles é uma certeza de vida mais digna, de um lugar na sociedade. Porque aprender a ler e escrever é se libertar para o mundo”, ressaltou.

    A mesma opinião compartilha Levi Godinho, que foi um dos alfabetizadores do projeto. Ele destaca que a alfabetização amplia os horizontes dos formandos. A partir desta experiência, eles poderão se matricular em turmas do EJA (Ensino de Jovens e Adultos). “E foi uma oportunidade muito rica pra mim também, como profissional foi uma experiência nova. Foi a primeira vez que eu fui desafiado a trabalhar com alfabetização de adultos. Sempre trabalhei com a alfabetização de alunos do ensino fundamental”.

    O alfabetizador elogiou a perseverança dos alunos. “Os nossos alunos trabalhavam o dia todo, vinham cansados, mas motivados e sempre eles diziam assim: professor, a gente vai até o fim porque nós queremos concluir o nosso curso e a gente quer aprender a ler e a escrever”, destacou.

    Vídeo

    Um dos momentos mais emocionantes foi a apresentação de um vídeo dos alunos lendo textos escritos à mão, em um quadro, ou mesmo o conteúdo de livros.

    Dona Eliene Galvão da Conceição, uma das formandas, falou em nome da turma. Ela declarou que aprender a ler e a escrever mudou sua vida. E garante que não parar com o aprendizado.

    “Aprendi a ler, escrever. Quero continuar, não quero parar”, ressalta, citando que essas habilidades faziam muita falta. “Fazia demais. Eu não sabia ler, nem escrever e tudo tinha que pedir pros filhos. E aí estou me esforçando o máximo pra aprender bastante”, acrescentou.

    Agora, com o desenvolvimento das novas habilidades, dona Eliene tem vida mais ativa, inclusive na igreja onde congrega. “Trabalho junto lá com a missionária Cida, na igreja. E aí eu vim pra esse projeto, foi muito bom pra aprender ler, escrever. E vou continuar. Não quero parar. Aí eu quero ir me matricular num colégio, EJA, e continuamos tudo. Não vou parar”, garante.

    Parceria mantida

    Ao abrir as portas da igreja para o projeto, o pastor Wemerson Antônio, da Primeira Igreja Batista em Lucas do Rio Verde, disse que a instituição viu uma oportunidade de contribuir com a comunidade.

    Ele explica que, desde 2016, a igreja conta com a Associação Batista Luverdense, que é considerado um braço social. “E nós temos alguns projetos já com a comunidade e algumas parcerias já com a prefeitura municipal”, explicou. “A igreja prontamente abriu as dependências pra receber a comunidade e diariamente poder ter os alunos aqui estudando. E hoje nessa formatura a nossa alegria é poder ver a alegria deles, vê-los lendo e podendo exercer essa habilidade”, completou o pastor.

    Novas turmas

    A primeira turma começou com cerca de 20 alunos, mas nem todos puderam completar a carga horária do projeto. “Foram seis meses intensos, não parou agora em dezembro. Então nós estamos aqui hoje certificando os vitoriosos, digamos assim, dessa caminhada, os que chegaram até aqui. E já ficou aquela sugestão de darem sequência nas atividades aí no EJA que é uma oportunidade também”, explicou Ana Blessa.

    O município agora se prepara para novas etapas do projeto, oferecendo a oportunidade que outros adultos possam aprender a ler e a escrever. “O Estado abriu o edital agora pra que a gente possa começar a movimentar novas turmas pra esse ano. Então, até março a gente precisa ver como vai ficar isso pra depois, no futuro, ter novamente outras turmas em andamento”, declarou a coordenadora.