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  • Alemães procuram na pesquisa brasileira soluções sustentáveis ​​para o setor agropecuário

    Alemães procuram na pesquisa brasileira soluções sustentáveis ​​para o setor agropecuário

    Na última semana, representantes do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha (APD) visitaram os dois centros de pesquisa da Embrapa, em São Carlos (SP). O APD é um instrumento bilateral de intercâmbio técnico e político para transformação do sistema agroalimentar. O objetivo é intensificar o diálogo e a cooperação entre os dois países para enfrentar os desafios da sustentabilidade e das mudanças climáticas do setor agropecuário.

    Durante uma visita à Embrapa Pecuária Sudeste, o diretor Alexander Borges Rose, o gerente de projeto Carlos Alberto Santos e o consultor Ralph Guenther Hammer conheceram o projeto brasileiro que está sendo construído para recuperação de pastagens degradadas. A pesquisadora Patrícia Menezes Santos, representante da Embrapa no Comitê Gestor Interministerial do Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis ​​(PNCPD), mostrou dados de pastagens brasileiras, tecnologias e desafios do programa.

    Dados de 2022 do MapBiomas indicam que as pastagens no Brasil ocupam cerca de 164 milhões de hectares e uma parte significativa dessa área apresenta algum processo de manipulação. Para Patrícia Santos, mudar esse cenário exige investir em tecnologias, extensão rural, políticas públicas e linhas de crédito.

    O chefe-geral, Alexandre Berndt, e os pesquisadores Ladislau Martin Neto (Embrapa Instrumentação) e Emerson Borghi também acompanharam a visita.

    A comitiva também visitou a área de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), um sistema sustentável de produção e que contribui significativamente para a mitigação de gases de efeito estufa (GEE) e que pode ser uma das estratégias de recuperação de áreas degradadas, assim como o uso de leguminosas e técnicas de intensificação (manejo de pastagens, correção e adubação do solo, nutrição, sanidade e genética animal, etc).

    Segundo o diretor Alexander Rose, que atua nas relações bilaterais há mais de 20 anos, o Brasil é um país estratégico e o único da América Latina que possui uma parceria dessa relevância com a Alemanha para estimular a produção sustentável. De acordo com ele, a Alemanha acompanha e participa conjuntamente na iniciativa do programa de recuperação de pastagens empreendedoras no Brasil.

    Na Embrapa Instrumentação, o grupo conheceu trabalhos ligados ao mercado de carbono e à nanotecnologia.

    Cooperação

    Em dezembro de 2023, os Ministérios do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) e da Agricultura e Pecuária (Mapa) renovaram o Memorando de Entendimento (MoU) com o Ministério Federal da Alimentação e Agricultura da Alemanha (Bmel). O novo memorando, formalizado no âmbito do Diálogo Agropolítico Brasil-Alemanha, é válido por três anos e visa intensificar a cooperação bilateral entre os dois países no setor agroalimentar.

    Nos próximos anos, as parcerias e atividades de substituição serão orientadas por quatro linhas de ação: Programa de Reabilitação de Pastagens Degradadas (PNCPD); Direito à alimentação, agricultura familiar e sistemas alimentares sustentáveis; Agricultura orgânica e bioeconomia; e Cadeias produtivas livres de desmatamento e sistemas de rastreabilidade.

    ODS

    O esforço da Embrapa para contribuir com dados e soluções tecnológicas para recuperação de áreas degradadas no país e melhorar a sustentabilidade dos sistemas de produção agropecuários está alinhado com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, principalmente com a meta 2 – Fome Zero e Agricultura Sustentável – e com a meta 13 – de combate às mudanças climáticas.

  • Produtores alemães se surpreendem com o agronegócio em Lucas do Rio Verde

    Produtores alemães se surpreendem com o agronegócio em Lucas do Rio Verde

    Um grupo de 36 produtores alemães visitou a Fundação Rio Verde, em Lucas do Rio Verde, nesta semana. A comitiva veio conhecer os métodos de pesquisa da instituição e se mostrou surpreendida com as atividades desenvolvidas nas lavouras no Médio Norte de Mato Grosso.

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    Os alemães visitaram a estrutura administrativa e laboratórios em fase de construção, o barracão onde são armazenados as máquinas e insumos usados no plantio das cultivares pesquisadas pela Fundação. Eles também conheceram o local onde serão realizado, de 18 a 22 de março, o Show Safra, principal evento do agronegócio mato-grossense.

    Durante a visita, os produtores fizeram várias perguntas sobre o cultivo da soja, principal cultura agrícola do Brasil. Eles ficaram surpresos com a diversidade de cultivares disponíveis no mercado e com o alto nível de tecnologia empregado no manejo da cultura.

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    “O que mais nos impressionou foi a variedade de cultivares de soja disponíveis no Brasil”, disse o produtor alemão Michael Müller. “No nosso país, temos apenas algumas poucas cultivares disponíveis, e o manejo é muito mais simples.”

    Os produtores também ficaram impressionados com a preocupação ambiental do agronegócio brasileiro. Eles conheceram as práticas de plantio direto, rotação de culturas e controle biológico de pragas e doenças, que são amplamente utilizadas no Brasil.

    “O agronegócio brasileiro é muito mais sustentável do que o que é divulgado no exterior”, disse o produtor alemão Hans-Jürgen Schmidt. “Ficamos muito surpresos com as práticas sustentáveis que são utilizadas no Brasil.”

    A visita da comitiva alemã à Fundação Rio Verde é mais um exemplo da crescente aproximação entre o agronegócio brasileiro e o europeu. As duas regiões são grandes produtoras de alimentos e têm interesses comuns em relação à sustentabilidade e à inovação.

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    “O agronegócio atravessa fronteiras e é importante que haja essa troca de conhecimento entre os países”, disse o diretor de comunicações da Fundação Rio Verde, Rangel Portela. “Essa visita foi uma oportunidade de mostrar ao mundo que o agronegócio brasileiro é moderno e sustentável.”