Tag: água

  • Falta de acesso à água potável atinge 33 milhões de pessoas no Brasil

    Falta de acesso à água potável atinge 33 milhões de pessoas no Brasil

    No Brasil, cerca de 33 milhões de pessoas vivem sem acesso à água potável, segundo dados divulgados pelo Instituto Trata Brasil. O dado chama a atenção pelo fato de o país abrigar dois dos maiores aquíferos do mundo – o Guarani, localizado no Centro-Sul do país, e o Alter do Chão, na Região Norte.

    A dificuldade de acesso a esse recurso natural abrange diversas regiões do país, segundo a presidente do Trata Brasil, Luana Pretto. “Somos um país muito rico em água doce. Mesmo assim, até mesmo os povos ribeirinhos do Rio Amazonas vivem problemas para terem acesso à água potável”, disse ela à Agência Brasil.

    O Trata Brasil é uma organização da sociedade civil de interesse público (Oscip) que desenvolve ações e estudos visando fomentar o saneamento básico no Brasil. Tendo como mote o Dia Mundial da Água, lembrado nesta sexta-feira (22), a entidade divulgou a 16ª edição do Ranking do Saneamento, levantamento que abrange os 100 municípios mais populosos do país.

    O documento foi elaborado a partir de indicadores do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) e tem como ano-base 2022. “Em média, 33 milhões de pessoas não têm acesso à água do nosso país. Ou seja, apenas 84,9% da população é hoje abastecida com água potável”, destaca Luana Pretto.

    Segundo o levantamento, dos municípios analisados, apenas 22 têm 100% de abastecimento de água. Os piores resultados foram observados em Porto Velho, com apenas 41,74% da população tendo acesso à água potável, seguido de Ananindeua (PA), com 42,74%; Santarém (PA), com 48,8%; Rio Branco, com 53,5%; e Macapá, com 54,38%.

    “Infelizmente, o saneamento, principalmente na Região Norte, está bastante deficitário, com apenas 64,2% da população tendo acesso à água. Isso acontece porque este é um tema pouco priorizado, pelo fato de [historicamente] se enxergar, ali, tantos volumes de recursos hídricos, o que leva as pessoas a acreditarem que se trata de um bem infinito e fácil de ser obtido”, explica a presidente do Trata Brasil.

    Ela diz que é comum, na região, as pessoas cavarem poços e consumirem a água do rio, sem entender que essa água pode estar contaminada, fora dos padrões exigidos pelo Ministério da Saúde.

    Luana Pretto critica o fato de a população pouco cobrar do poder público avanços no saneamento. Com isso, os governantes acabam não priorizando esse tema e não criam planos de investimentos na área.

    “A Região Norte investe, em saneamento básico, R$ 57 por ano para habitante, quando a média de investimento para a gente atingir a universalização do acesso saneamento seria de R$ 231 anuais por habitante. É um investimento muito aquém do necessário”, acrescenta.

    Também por conta do Dia Mundial da Água, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) chama a atenção para um problema: 2,1 milhões de crianças e adolescentes até 19 anos vivem sem acesso adequado à água potável no Brasil.

    Direitos e garantias constitucionais

    A fim de garantir água potável a todos brasileiros, tramita no Congresso Nacional uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que, se aprovada e promulgada, incluirá a água na lista de direitos e garantias fundamentais previstos na Constituição Federal.

    Apresentada em 2018 pelo então senador Jorge Viana (PT-AC), a PEC tramita agora na Câmara e tem como relator o deputado Pedro Campos (PSB-PE). Segundo ele, a PEC 6/2021 é um “passo importantíssimo para garantia do acesso à água para milhões de brasileiros que hoje não têm acesso à água potável e tratada”.

    “Colocar na Constituição a garantia do acesso à água enquanto direito fundamental fortalece todas as políticas públicas que existam na área de saneamento. Inclusive fortalece a demanda pelo Orçamento público, já que obras de saneamento e de abastecimento de água ainda demandam bastante orçamento”, argumenta o relator.

    A expectativa de Campos com relação à tramitação é “muito positiva”. “A gente já conseguiu aprovar na Comissão de Constituição e Justiça e estamos aguardando a montagem da comissão especial que vai avaliar o mérito”, diz o deputado.

    “Como existia mais de uma proposta de PEC apensada, teve então alguma discussão dentro da Comissão de Constituição e Justiça porque alguns dos textos falavam em vedar privatizações e outros assuntos que são mais polêmicos. Mas o texto principal do Senado é um texto bastante sóbrio que traz essa questão do acesso à água potável enquanto direito fundamental. Tenho certeza de que, em uma comissão especial, esse texto teria total possibilidade de ser aprovado”, acrescenta.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

    Sete em cada 10 brasileiros acham que água é um bem pouco cuidado

    A maioria da população brasileira tem uma avaliação negativa sobre o cuidado da água disponível no país. Uma Pesquisa da The Nature Conservancy (TNC) Brasil mostra que 73% dos brasileiros acreditam consideram a água um recurso natural muito utilizado e pouco cuidado. Os dados foram divulgados nesta sexta-feira (22), que é o Dia Mundial da Água.

    A pesquisa A Percepção dos Brasileiros sobre Segurança Hídrica, feita pela The Nature Conservancy Brasil com o apoio técnico do Instituto Ipsos, aponta que 58% da população brasileira está muito preocupada com a falta de água. O consumo excessivo ou desperdício são vistos como os principais responsáveis por este problema na visão de 27% dos entrevistados e as mudanças climáticas aparecem em segundo lugar (21%).

    Entre os entrevistados, pessoas menos escolarizadas atribuem mais a falta de água à escassez de chuvas, enquanto mais escolarizados enfatizam os problemas de gestão. Além disso, 68% da população acredita que evitar o desperdício seja a principal medida que as empresas devem adotar para proteger as nascentes e as bacias hidrográficas.

    O objetivo da pesquisa é identificar o quanto a população brasileira entende a importância da conservação da natureza para garantir a proteção das nascentes e dos rios para a segurança hídrica, o desenvolvimento econômico e o bem-estar social.

    O levantamento foi realizado pela Ipsos a pedido da The Nature Conservancy Brasil. Foram ouvidas 1.499 pessoas, homens e mulheres maiores de 18 anos das classes ABCDE, de todas as regiões do país, entre os dias 8 e 15 de fevereiro deste ano com uma margem de erro de 2,5 pontos percentuais.

    Meio ambiente

    Os brasileiros também classificam o meio ambiente como uma atenção prioritária, sendo que dentre questões como por exemplo queimadas, desmatamento, poluição do ar e descarte incorreto do lixo, os eventos climáticos extremos relacionados à água como secas e enchentes são o principal ponto de preocupação, levantado por 83% dos entrevistados.

    O estudo apontou que as populações menos favorecidas indicam menor associação entre problemas ambientais e mudanças climáticas, enquanto os mais privilegiados têm um entendimento mais amplo.

    Soluções

    A recuperação florestal foi apontada por 45% dos ouvidos como medida mais indicada para garantir a segurança das águas, ficando atrás apenas da fiscalização das leis (53%) e dos programas de educação ambiental (50%).

    A gestão integrada dos recursos hídricos entre governos, sociedade civil e empresas é apontada por 43% dos entrevistados como as principais medidas para garantir a segurança hídrica, identificando a necessidade da colaboração para o desenvolvimento de soluções mais ágeis e eficazes.

    Por outro lado, 70% da população entrevistada nunca ouviu falar sobre os comitês de Bacia Hidrográfica. Entre os que conhecem os comitês, 42% não sabem qual é o seu trabalho. Atualmente existem mais de 230 comitês de bacias instituídos no país, sendo responsáveis por promover uma gestão descentralizada em esforços para aprimorar a qualidade da água.

    Edição: Juliana Andrade

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  • Bezerro nelore faz arte e cai em bebedouro: peripécia viral nas redes sociais

    Bezerro nelore faz arte e cai em bebedouro: peripécia viral nas redes sociais

    Um vídeo hilário que circula nas redes sociais mostra um bezerro nelore protagonizando mais uma das suas peripécias. Veja outros conteúdos em Mundo Animal.

    Dessa vez, o brincalhão bovino conseguiu cair dentro do bebedouro de água, proporcionando momentos de suspense e humor aos internautas.

    Como o bezerro foi parar nesse lugar; ASSISTA

    Nelore travesso: bezerro cai em bebedouro e provoca momentos de susto e diversão em vídeo viral

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    Uma publicação compartilhada por PECUÁRIA OFICIAL (@pecuariamg)

    Mergulho inesperado

    O vídeo, que faz parte da série “As Peripécias dos Nelore”, mostra o bezerro se aventurando próximo ao bebedouro. Em um momento de desequilíbrio, o animal cai de cabeça na água, ficando com o focinho para fora por pouco. A cena, que poderia ser trágica, se transforma em um momento cômico, com o bezerro confuso e tentando se livrar da situação.

    Felizmente, os peões que cuidam do bezerro logo percebeu o problema e correu para ajudar. Com alguns empurrões, ela consegue tirar o filho da água, que sai em disparada, aparentemente ileso.

    O vídeo termina com a mãe observando o bezerro, como se estivesse dando uma bronca por sua travessura.

    Bezerro fica preso entre os vãos do madeiramento de ponte
    Bezerro fica preso entre os vãos do madeiramento de ponte

    Alerta e cuidados

    O incidente serve como um lembrete da importância de manter os bezerros sob observação constante, especialmente em áreas com água. Bebedouros precisam ter medidas de segurança para evitar que animais caiam e se afoguem. A responsabilidade dos criadores é fundamental para garantir a segurança e o bem-estar dos animais sob seus cuidados.

    A série “As Peripécias dos Nelore” diverte os internautas, mas também serve como um alerta para a importância de cuidar dos animais com responsabilidade. A segurança e o bem-estar dos animais devem ser sempre a prioridade dos criadores.

  • A hora da onça beber água: um ritual de vida no Pantanal

    A hora da onça beber água: um ritual de vida no Pantanal

    Na vastidão do Pantanal mato-grossense, a onça-pintada, símbolo da força e da imponência da fauna brasileira, revela um lado mais íntimo e essencial: a hora da hidratação. Veja outras em Mundo Animal.

    Em um registro magnífico do fotógrafo e guia turístico Airton Lara, capturado na região de Porto Jofre, a onça-pintada se aproxima da água com cautela e elegância.

    Onça-pintada curiosa observa turistas em Porto Jofre

    Momento único: onça-pintada é flagrada bebendo água em seu habitat natural

    Ver essa foto no Instagram

    Uma publicação compartilhada por Ailton Lara | Guia no Pantanal (@ailton_lara)

    A importância da água para a fauna selvagem: o exemplo da onça-pintada

    A majestosa felina, com seus movimentos graciosos e precisos, abaixa-se e bebe da fonte cristalina, saciando sua sede e revigorando seu corpo.

    Onça-pintada esbanja beleza e poder no Pantanal

    O momento, intitulado “A Hora da Onça Beber Água”, transcende a simples ação de se hidratar. É um ritual de vida, uma conexão profunda com a natureza e um lembrete da importância da água para a sobrevivência de todas as espécies.

    O Pantanal como palco

    O Pantanal, maior planície inundável do mundo, serve como cenário perfeito para essa cena simbólica. A rica biodiversidade da região, com seus rios, lagoas e fauna exuberante, proporciona à onça-pintada o ambiente ideal para viver e prosperar.

    O Pantanal é um dos maiores biomas do mundo e abriga uma grande diversidade de animais, incluindo onças-pintadas.
    O Pantanal é um dos maiores biomas do mundo e abriga uma grande diversidade de animais, incluindo onças-pintadas. Foto: Enrique Olsen

    Um convite à reflexão

    Observar a onça-pintada saciando sua sede nos convida a refletir sobre nossos próprios hábitos e a importância da preservação da água. A água é um recurso vital, não apenas para os animais selvagens, mas para toda a vida no planeta.

    Turistas ficam frente a frente com onça-pintada no Pantanal

    Ao seguirmos o exemplo da onça-pintada, utilizando a água de forma consciente e responsável, podemos contribuir para a preservação desse elemento essencial e garantir a vitalidade do nosso planeta.

  • Ararinha-canindé abre torneira e bebe água em quartel de Campo Grande

    Ararinha-canindé abre torneira e bebe água em quartel de Campo Grande

    Uma arara-canindé surpreendeu policiais do Esquadrão de Cavalaria da Polícia Militar de Campo Grande (MS) ao abrir uma torneira para beber água. O momento foi registrado em vídeo e compartilhado nas redes sociais.

    No vídeo, a arara-canindé aparece com o bico aberto, bebendo água diretamente da torneira. Em seguida, ela fecha a torneira com o bico e voa para longe.

    Sensacional! Arara repousa no braço de policial durante patrulhamento

    Arara inteligente abre torneira para tomar água

    Arara é visita constante no quartel

    A arara-canindé é um animal comum na região e costuma aparecer no quartel para se alimentar e beber água.

    “Essas araras-canindés costumam ficar muito ali pela área do quartel. Normalmente a gente flagra elas tomando água no cocho dos cavalos, as vezes beliscando grão de ração que cai, ali tem umas goiabeiras que elas gostam bastante, mas hoje a gente foi surpreendido com essa cena, dela abrindo e fechando a torneira”, descreveu a cabo Laryssa Caldera.

    A arara-canindé é uma ave de médio porte, nativa da América do Sul. Ela é conhecida por sua plumagem verde-azulada e seu bico forte.

    A cena da arara-canindé abrindo a torneira para beber água é um exemplo da interação entre humanos e animais silvestres. Ela mostra que é possível conviver com a natureza de forma harmoniosa.

    Belíssimo voo da arara-canindé; VÍDEO

    Sobre a arara-canindé

    A arara-canindé (Ara ararauna) é uma ave psittaciforme da família Psittacidae. É conhecida também como arara-de-barriga-amarela, arara-azul (Amazônia), canindé, arara-amarela e ara-arauna. É um dos psitacídeos mais espertos. Não é considerada como sendo ameaçada, embora seja apreciada como ave de gaiola.

    A arara-canindé é uma ave de médio porte, com cerca de 86 cm de comprimento e 1,1 kg de peso. Possui plumagem verde-azulada no dorso e barriga amarela. A cabeça é verde com uma faixa preta na testa e outra na garganta. O bico é forte e preto.

    A arara-canindé é uma ave social e vive em bandos de até 30 indivíduos. É um animal diurno e se alimenta de frutas, sementes e nozes.

    A arara-canindé é nativa da América do Sul, sendo encontrada na Amazônia, Pantanal, Cerrado e Mata Atlântica.

    A arara-canindé é um animal importante para o ecossistema. Ela ajuda a dispersar sementes e a controlar a população de insetos.

    A arara-canindé é uma ave fascinante e desempenha um papel importante no ecossistema.

  • Saae orienta sobre pagamento de conta em débito automático

    Saae orienta sobre pagamento de conta em débito automático

    O serviço de débito automático em conta corrente é mais uma facilidade de pagamento que o Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Lucas do Rio Verde, oferece aos seus contribuintes.

    Para que seja realizada a inserção dessa opção de pagamento da fatura, o consumidor precisa ir até uma agência bancária conveniada com a autarquia, com a última fatura de água, preencher um formulário de adesão deste serviço e então, o banco enviará para o Saae um arquivo constando dados do cliente a ser incluído no sistema. O banco é o único responsável pelas informações. Consequentemente, no próximo vencimento, o valor será debitado diretamente da conta corrente, evitando problemas ou multas por eventuais atrasos.

    Agências conveniadas ao Saae de Lucas do Rio Verde:

    – Banco Sicredi;

    – Banco Santander;

    – Banco Sicoob;

    O prazo para que ocorra o débito é de no mínimo um mês após a adesão. Quem implanta essa opção de pagamento tem a vantagem de continuar recebendo a conta de água em casa para conferência. Ao receber a fatura com aviso de débito em conta o cliente ficará sabendo a data do seu débito, de forma que deverá ser apresentado ao Saae o extrato bancário do referido período a fim de comprovação de quitação. O serviço é isento de tarifas.

    Confira algumas dicas:

    – Mantenha fundos suficientes para o pagamento do débito;

    – Verifique se o valor da conta é debitado na data do vencimento;

    – Acompanhe o serviço por meio dos extratos e comprovantes;

    Mesmo sendo serviço prático, o consumidor não é obrigado a aderir ao serviço de débito automático em conta corrente, deve ser preservado o direito de escolher onde pagar suas contas (agências bancarias, caixas eletrônicos, pix e internet banking).

  • Água de chuva não pode ser direcionada para rede de esgoto

    Água de chuva não pode ser direcionada para rede de esgoto

    Com o período de chuvas, o maior problema enfrentado pelo Serviço Autônomo de Água e Esgoto (Saae) de Lucas do Rio Verde, são as ligações irregulares entre a rede de drenagem pluvial (água de chuva) e a rede coletora de esgoto. Os transtornos são vários, sendo o mais grave quando a água pluvial sobrecarrega a tubulação de esgoto que não foi projetada para suportar tanto volume, causando o entupimento ou a ruptura da tubulação, com o retorno de sujeira e dejetos nas residências e ruas.

    A maneira correta de direcionar a água da chuva é a instalação de ralos e calhas ou até mesmo fazer a sua captação em cisternas, para que essa água possa ser usada depois em atividades domésticas, como a lavagem de calçadas e carros, sem nenhum problema.

    Além de poder provocar mau cheiro e risco de doenças infecciosas, a ligação da rede pluvial à rede de esgoto traz outra dor de cabeça ao infrator responsável por sua irregularidade, uma multa de R$ 850,00, conforme o artigo 108 do Decreto nº 1.083, de 17 de junho de 2002.

    É importante que cada cidadão tenha consciência da interligação correta nas tubulações, evitando os problemas devidos às chuvas de dezembro e janeiro. Assim, o Saae alerta para que os moradores verifiquem em seus imóveis se as ligações estão corretas e façam as devidas correções para evitar problemas futuros.

  • PREVISÃO DO TEMPO: São Paulo tem tarde de tempo nublado e abafado

    PREVISÃO DO TEMPO: São Paulo tem tarde de tempo nublado e abafado

    A tarde desta terça-feira (2) começou com céu nublado, abertura de sol e sensação de tempo abafado em São Paulo. Segundo as estações meteorológicas automáticas do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) da prefeitura, a temperatura máxima média chega aos 28ºCelsius (C) e os menores índices de umidade relativa do ar se aproximam de 50%. Entre o meio e o fim da tarde, a entrada da brisa marítima favorece a formação de instabilidades que provocam chuvas isoladas, rápidas e de fraca intensidade.

    Para meteorologistas do CGE, a quarta-feira (3) começa com sol, variação de nuvens e temperatura em elevação, podendo ter formação de áreas de instabilidade que provocam chuva em forma de pancadas com intensidade moderada a forte entre o meio da tarde e o período da noite.

    Há potencial para rajadas de vento, descargas elétricas e formação de alagamentos. A temperatura mínima será de 20ºC e máxima de 30ºC.

    Na quinta-feira (4), a sensação será de tempo abafado, com a temperatura entre 20ºC ao amanhecer e 28ºC no início da tarde. Também haverá formação de nuvens carregadas com potencial de chuva em forma de pancadas que podem provocar alagamentos.

    Hidratação para idosos

    O aumento das temperaturas pode causar desidratação e, no caso dos idosos, a falta da ingestão de água pode provocar um quadro de confusão mental, agitação e prostração, com risco de tontura, ocorrência de quedas e efeitos na pele, como uma maior flacidez ou aparência ressecada, e nas mucosas, que também ressecam e podem ficar descoradas.

    A prefeitura alerta para que – ao identificar qualquer sinal ou sintoma de desidratação – o idoso ou o responsável procure uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), Assistência Médica Ambulatorial (AMA), Unidade Básicas de Saúde (UBS) para fazer uma avaliação. Caso seja necessário, o idoso será reidratado por via venosa. Se não for preciso, será orientado a fazer hidratação em casa.

    “Para prevenir, é importante estimular o consumo de líquidos, principalmente de água. Para idosos que vivem com outras pessoas, é fundamental que esse consumo seja supervisionado. Em outros casos, é preciso que o idoso siga orientações da equipe de saúde que o acompanha e não deixe de beber água”, orienta a prefeitura.

    Para evitar a desidratação também é indicado o uso de roupas leves e frescas, em tecidos claros, evitar a exposição ao sol em horários de pico (10h às 16h), usar protetor solar, estimular que os exercícios físicos sejam feitos ao final da tarde ou início da manhã e manter os ambientes ventilados.

    “Nos dias com baixa umidade no ar é indicado o uso de algum tipo de umidificador. Também é importante manter uma alimentação equilibrada, com refeições leves e balanceadas, ricas em frutas e vegetais com alto teor de água, evitando refeições pesadas e quentes que possam aumentar o desconforto térmico”, finaliza a prefeitura.

    Edição: Kleber Sampaio
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  • Desmatamento do Cerrado ameaça segurança hídrica de todo o Brasil

    Desmatamento do Cerrado ameaça segurança hídrica de todo o Brasil

    “Uns anos atrás, o rio aqui da gente só ia baixar bastante no final de agosto para setembro. Hoje não. Parou a chuva, com oito dias ele [nível do rio] já tá lá embaixo porque não tem mais quem sustenta as águas. Os brejos já diminuíram a vazão porque o Cerrado foi desmatado nas cabeceiras, não tem mais Cerrado.” A denúncia em forma de lamento é do agricultor Adão Batista Gomes, de 61 anos, que viveu toda a vida na zona rural do município Formosa do Rio Preto, no oeste baiano.

    O agricultor Jamilton Santos de Magalhães, de 40 anos, conhecido como Carreirinha, é líder comunitário em Correntina, também no oeste do estado, e conta que a morte de nascentes na região se tornou frequente a partir da década de 1990.

    “Começou o desmatamento, dois ou três anos depois começa o secamento das nascentes. Tem famílias que têm mais de 200 anos morando nesse território. Não tinha morte frequente de nascente antes”.

    A região onde Carreirinha e Adão moram é uma das que registra os maiores níveis de desmatamento do Cerrado, provocado principalmente pela expansão da fronteira agrícola do Matopiba, área que engloba parte dos estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia – o termo surge da junção da primeira sílaba desses quatro estados.

    Considerado o berço das águas do Brasil, o Cerrado é a origem das nascentes de oito das 12 bacias hidrográficas mais importantes do país. É também o segundo maior reservatório subterrâneo de água do mundo, formado pelos aquíferos Guarani e Urucuia.

    Cerrado - Bacias hidrográficas

    Ilustração Carolina Guyot – Ipam

    Além disso, fornece cerca de 70% da água do Rio São Francisco e 47% da água do Rio Paraná, que abastece a hidrelétrica de Itaipu. Suas águas são importantes ainda para Bolívia, Paraguai, Argentina e Uruguai. Essas informações são do estudo publicado pela revista científica Sustainability que apontou os riscos que o desmatamento do bioma pode causar para a segurança hídrica e energética do país.

    Menos água

    Um dos pesquisadores do estudo, o doutor em Ciências Florestais Yuri Salmona, explicou à Agência Brasil que as longas raízes das árvores típicas do Cerrado podem chegar a 15 metros de profundidade e fazem o bioma ser conhecido como “floresta invertida”. Essas raízes são responsáveis por levar a água das chuvas até o fundo do solo que, durante o período seco, vai liberando novamente a água.

    Raízes do Cerrado ilustração IpamRaízes do Cerrado ilustração Ipam

    “Essa água vai se acumulando nesse subsolo ou escorrendo entre os rios. Ela vai abastecer o Paraná, o Jequitinhonha, o Araguaia, o Tocantins, entre outros rios. A quebra dessa dinâmica proporcionada pelo desmatamento, que interfere na capacidade de infiltrar essa água, faz com que a água escorra superficialmente, causando erosão, com excesso de vazão nas chuvas e escassez na seca”, explicou o diretor-executivo do Instituto Cerrados.

    Yuri alertou que a situação se agrava com o consumo de água para irrigação do agronegócio durante o período da seca. “Ele [agricultor] está inviabilizando o futuro do próprio negócio dele, porque a gente precisa do Cerrado em pé para continuar produzindo a água”, destacou.

    O estudo analisou o comportamento de 81 bacias hidrográficas do Cerrado, e calculou que essas bacias perderam, em média, 15,4% da vazão dos rios entre 1985 e 2022. Para 2050, a previsão da pesquisa é de que a redução na vazão das águas dessas bacias chegue a 34% do que já foi um dia, “mesmo com diminuição do desmatamento”.

    Brasília (DF), 01.07.2023 - A grandiosidade do Cerrado com suas cores, formas e diversidade, capturadas em duas horas de caminhada pelo Jardim Botânico de Brasília. Foto: Juca Varella/Agência Brasil

    Árvores nativas do Cerrado podem ter raízes com até 15 metros e profundidade – Juca Varella/Agência Brasil

    Exportação de água

    “A água segue sendo exportada para China, União Europeia e Estados Unidos em forma de ‘água virtual’, ou seja: água consumida na produção dos grãos e carne”, cita a pesquisa referindo-se às commoditie exportadas pelo Brasil.

    Segundo a Agência Nacional de Águas (ANA), 49,8% da água consumida no país em 2019 foi com a irrigação da agricultura.

    A coordenadora do MapBiomas Cerrado Ane Alencar destacou que as outorgas para o uso da água no Cerrado não são transparentes. “A gente não sabe quais os critérios, se existe um limite para fornecer essas outorgas. Tem pouca transparência sobre isso”, destacou.

    “De fato, o que acaba acontecendo é que a água – que é um bem para ser usado por todos –, está sendo usada para a produção agrícola e acaba sendo exportada. A gente tá exportando um recurso natural super importante e fazendo o uso desse recurso de qualquer forma”.

    Crises de água

    Onde o uso da água é intenso na irrigação de larga escala, populações locais têm denunciado a redução das vazões dos rios, como no caso do município de Correntina (BA), onde milhares foram às ruas, em 2017, denunciar o uso excessivo de água pelo agronegócio.

    Em 2018, moradores chegaram a tentar impedir a instalação de dragas em rios realizada por fazendeiros.

    Na avaliação da coordenadora do Programa Cerrado e Caatinga do Instituto Sociedade, População e Natureza (ISPN) Isabel Azevedo, que trabalha apoiando comunidades tradicionais do Matopiba, as outorgas para uso de água e as autorizações para supressão da vegetação na região são fornecidas sem controle adequado.

    “Está muito irregular esse sistema. O governo federal não está monitorando nada, está tudo por conta dos estados, é cada um por si e as secretarias ambientais são cooptadas pelo agronegócio”, denunciou.

    MMA

    Brasília (DF) 23/08/2023 Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fala na Comissão do Meio Ambiente do Senado durante audiência pública. Foto Lula Marques/ Agência BrasilBrasília (DF) 23/08/2023 Ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, fala na Comissão do Meio Ambiente do Senado durante audiência pública. Foto Lula Marques/ Agência Brasil

    Marina Silva citou um plano para preservação do Cerrado, durante audiência pública na Comissão do Meio Ambiente do Senado – Lula Marques/ Agência Brasil

    Em audiência pública no Senado no final de agosto, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva informou que a pasta está preparando um novo plano contra o desmatamento do Cerrado que deve ser colocado em consulta público neste mês de setembro. Ao mesmo tempo, Marina destacou que o plano não terá sucesso sem participação dos estados.

    “Considerando que mais de 70% dos desmatamentos que estão acontecendo no Cerrado têm a licença para desmatar, o que nós vamos precisar é, digamos, revisitar essas licenças para saber o nível de legalidade delas”, afirmou a ministra.

    Nossa reportagem procurou a Frente Parlamentar Agropecuária (FPA) e a Confederação Nacional da Agricultura (CNA), enquanto representantes do agronegócio, para comentar o desmatamento do bioma, mas não obteve retorno até o fechamento desta reportagem.

    Edição: Denise Griesinger
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  • Uerj apresenta aplicativo para gestão e comércio de água de reuso

    Uerj apresenta aplicativo para gestão e comércio de água de reuso

    A versão 2.0 do Reusa, aplicativo para gestão e comércio de águas de reaproveitamento, será apresentada ao público nesta terça-feira (29) durante o Seminário Reúso de Efluentes e Geração de Negócios, no campus Maracanã, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj).

    Trata-se de uma tecnologia que vem sendo idealizada desde 2019 por pesquisadores do Departamento de Engenharia Sanitária e do Meio Ambiente da Faculdade de Engenharia da Uerj. A expectativa é que em meados de 2024 uma versão comercial do aplicativo já esteja disponível.

    A ferramenta permitirá controlar em tempo real as demandas e estoques das águas das estações de tratamento de esgoto (ETE) e será uma ponte entre os produtores e consumidores que utilizam esse recurso.

    “Esse aplicativo coloca em contato quem quer comprar essa água de reúso com quem quer vender essa água. É uma espécie de marketplace da água de reúso. Por exemplo, um condomínio pode comprar essa água para lavar as áreas em comum pois não vai usar água potável que é muito cara. Ele pode se cadastrar no aplicativo e identificar onde tem água de reúso disponível e comprar essa água”, explicou o professor Marcelo Obraczka, coordenador do projeto.

    A água de reúso é produzida nas estações de tratamento e pode ser utilizada para várias finalidades como na irrigação industrial e na limpeza urbana. No Brasil, há uma grande oferta de água com características favoráveis para serem reutilizadas, o que ajuda a diminuir a poluição de rios, lagos e mananciais e, portanto, a conservar os recursos hídricos.

    A versão de teste do Reusa vai operar na região metropolitana do Rio de Janeiro, onde foram identificadas ETE que poderiam atender à demanda de centenas de empresas. O aplicativo também poderá ser implementado em outros locais desde que haja a disponibilidade dos dados necessários para sua operação.

    A carência de uma cultura de reúso de água assim como a escassez do registro de dados históricos são alguns dos desafios com os quais a equipe de pesquisadores e desenvolvedores do Reusa lidam. Segundo o professor Marcelo Obraczka, a nova tecnologia é uma proposta inovadora na gestão de recursos hídricos no Brasil, que “irá ajudar na redução substancial dos custos operacionais de indústrias e de outros grandes consumidores de água com o uso mais racional do sistema de água potável, sendo também uma alternativa de aumento de receita na cadeia de produção de água”.

    A tecnologia foi pesquisada e desenvolvida na Uerj, e desde 2022 conta com o fomento do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) por meio do programa Catalisa ICT. Também houve apoios e intercâmbio de expertise e dados com instituições estratégicas do setor como a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) e a Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade e o Instituto Estadual do Ambiente (Inea).

    Edição: Fernando Fraga